quinta-feira, agosto 30, 2012

AOS TRANCOS E BARRANCOS E NA RETRANCA, SPARTAK GARANTE VAGA NA FASE DE GRUPOS DA CHAMPIONS

Por Danilo Silveira


Quando sento para assistir a um jogo de um time que não conheço muito e também não conheço a treinador que o dirige, procuro sempre analisar a forma que o time atua e a filosofia implantada pelo treinador. Assim foi na última quarta-feira, quando me deparei com o jogo de volta de Fenerbahce e Spartak Moscou, realizado em Istambul, na Turquia, valendo vaga na fase de grupos da Champions League. Na partida de ida, em Moscou, 2 a 1 para o Spartak.

Jogando melhor, Spartak sai em vantagem

De cara, achei o time turco com bons valores individuais na parte ofensiva, isso porque o jogador da Sérvia Krasic e o holandês Kuyt integravam a equipe titular. A bola rolou e o Fenerbahce tomou dois duros golpes em menos de 15 minutos. Aos 5, Mc Geady cruzou rasteiro da direita, o brasileiro Ari se antecipou ao goleiro Gunok e chutou para as redes, abrindo o placar para o time visitante. Aos 13, Krasic caiu no campo sentindo dores e pedindo substituição. Ali, o Fenerbahce estava perdendo o seu ponta esquerda para o restante do jogo decisivo. Em seu lugar, entrou Stoch, que deu muito trabalho à defesa adversária, mas se mostrou afobado em alguns momentos. O fato é que o Spartak fazia uma partida melhor que o time turco. E assim foi durante o primeiro tempo todo. A equipe da casa não conseguia construir jogadas ofensivas mais bem elaboradas e o goleiro Dikan tomou pouquíssimos sustos. Mas, o segundo tempo seria totalmente diferente.

Fenerbahce até empata, mas esbarra na retranca russa

Veio a segunda etapa e foi nela que ficou nítido que o técnico da equipe russa, Unai Emery, não usou a filosofia de jogo que eu acredito mais apropriada. Logo aos 5 minutos, ele abriu mão do meia Ari, autor do gol e que foi uma boa opção ofensiva na primeira etapa, para colocar o volante brasileiro Rafael Carioca, ex-Vasco. Não que o time não possa jogar bem e de maneira ofensiva com mais um volante e menos um homem mais de criação, mas a saída de Ari coincidiu com a queda de produção do Spartak na parte ofensiva e crescimento do Fenerbahce no jogo. Como o jogo de ida tinha sido 2 a 1 para o Spartak, o time turco precisava de dois gols para levar o duelo para a prorrogação. Assim, a equipe foi para cima da retranca do time russo, em busca do primeiro, mas esbarrou mais de uma vez no goleiro Dikan. Aos 6 minutos, Topal arriscou de fora e ele deu um leve toque na bola, que ainda explodiu no travessão antes de  sair. Cinco minutos mais tarde, o Spartak teve uma das raras chances na segunda etapa. Suchy pegou sobra de bola aérea na área adversária, dominou no peito, limpou um marcador e carimbou a trave esquerda. Aos 12, entrou em cena o meia Alex, na equipe do Fenebace. O veterano brasileiro, que já atuou no Cruzeiro e no Palmeiras, entrou na vaga de Sahin, e por sinal, jogou bem o período em que esteve em campo. Aos 17, Dikan voltou a trabalhar, fazendo duas defesas seguidas.Aos 20, nova mexida no Spartak: saiu K. Kombarov, entrou Bilyaletdinov. E o gol que colocou fogo no jogo saiu aos 23; Alex cobrou escanteio da esquerda, Topuz cabeceou e o atacante Sow, também de cabeça, já dentro da pequena área, colocou para as redes. Se a proposta de jogo do Spartak já estava sendo mais se defender que atacar antes de tomar o gol, imaginem daqui em diante. A troca de atacantes feita pelo técnico (Emenike por Dzyuba) pouco mudou o panorama do jogo e o Fenerbahce continuou em cima. Aos 33, o brasileiro Cristian entrou na equipe turca, na vaga de Topuz. No minuto seguinte, o meio-campista De Zeeuw levou o segundo amarelo, sendo expulso e deixando o Spartak com um a menos. Para piorar a situação, a equipe russa já tinha feito as três alterações e Makeev sentia cãimbras constantes, caindo no campo de jogo por mais de uma vez pedindo atendimento médico.  Dikan apareceu mais duas vezes para defender, primeiramente um chute de Sow e depois uma finalização de Stoch. O árbitro deu 6 minutos de acréscimos e o Fenerbahce foi praticamente todo para o campo ofensivo. Aos 49, poderia ter saído o gol que levaria o jogo à prorrogação, mas Sow acabou se desequilibrando na hora de finalizar, já dentro da área adversária, e batendo mal. Assim, o jogo terminou com a classificação russa, mas fica a pergunta ao treinador da equipe: precisava de tanto sufoco, Unai Emery? 

quarta-feira, agosto 29, 2012

CAVADINHA DE MAICOSUEL FALHA E UDINESE É ELIMINADA NOS PÊNALTIS PELO BRAGA

Por Danilo Silveira



Depois de terem se encontrado na semana passada em Portugal, Udinese e Braga se enfrentavam agora na Itália, no duelo onde uma das equipes garantiria vaga na fase de grupo da Liga dos Campeões. O Braga jogou melhor, mas o 1 a 1 do jogo de ida se repetiu, as redes não foram balançadas na prorrogação e a decisão foi parar nos pênaltis. O meia Maicosuel, ex-Botafogo, hoje na Udinese, entrou no decorrer do jogo e protagonizou uma cena dolorosa aos torcedores da equipe italiana, ao bater sua penalidade com cavadinha, nas mãos do goleiro adversário. Foi a única cobrança que não teve o endereço do gol, e com isso, o Braga acabou avançando, eliminando os donos da casa.

A partida começou equilibrada e aos poucos foi se desenhando melhor para a equipe do Braga. Aos 8 minutos, Willians, volante ex-Flamengo que hoje defende a Udinese, falhou em uma saída de bola e na seqüência do lance o Braga teve perto de abrir o marcador, mas o goleiro Brkic acabou salvando a Udinese. Se salvou o time aos 8 minutos, aos 16 o goleiro quase complicou a vida da sua equipe ao sair mal após um escanteio cobrado da esquerda, mas Armero apareceu para afastar o perigo com a cabeça, jogando a bola novamente para escanteio. E foi também através da cabeça do ponta esquerda ex-Palmeiras que saiu o primeiro gol do jogo. Aos 24 minutos, Fabrini deu um belo passe encontrando Basta na ponta direita da área e o meio campista cruzou, achando Armero que, livre de marcação cabeceou para vencer o goleiro Beto: 1 a 0. Apesar de estar na frente, a Udinese não fazia um bom jogo, com o Braga melhor coletivamente. A equipe portuguesa, dirigida pelo técnico Jopsé Peseiro, apertava a saída de bola, complicando a vida da Udinese e principalmente a do volante Willians, que fez um primeiro tempo muito ruim, com muita dificuldade no quesito passe. Mesmo assim, foi o time italiano que chegou mais perto do gol nos minutos finais. Aos 40, após falta cobrada da ponta esquerda, um leve desvio na área e Beto fez boa defesa no canto esquerdo. Aos 43, um belo contra ataque da equipe italiana, contando com um acerto de passe de Willians e Armero apareceu livre pela esquerda da área, chutando para boa defesa de Beto.

Para a segunda etapa, o técnico do time italiano, Francesco Guidolin, tirou Willians, que, como já dito acima, foi muito mal, e lançou Badu. Acredito que o grande erro da Udinese na segunda etapa foi ter adotado uma postura extremamente defensiva, praticamente isolando Di Natale na frente. O Braga ganhou campo para jogar e passou a assustar constantemente o gol adversário, por sinal, muito bem defendido por Brkic, que passou a ser o melhor jogador da Udinese em campo. Aos 6, ele apareceu para defender um chute de fora da área, evitando o empate. Aos 12, a Udinese esteve muito perto do segundo gol, quando Armero apareceu livre de marcação pela ponta esquerda, mas acabou sendo responsável por uma cena inusitada, chutando a grama ao invés da bola e caindo no chão. Aos 14, o técnico do time português, José Peseiro, tirou Ruben Amorim e lançou Rúben Micael. O Braga seguiu melhor na partida e aos 22 o goleiro Brik defendeu outro chute de fora, rasteiro no canto direito. Aos 23, Francesco Guidolin resolveu fazer a sua segunda mexida no jogo, lançando Pasquale na vaga do argentino Pereyra. Pasquale até apareceu pela ponta esquerda, dando algum trabalho ao Braga, mas de fato, quem mais atacava na partida era o time português. O meia armador Mossoró passou a aparecer bem no meio campo da equipe lusitana, sendo um dos destaques. Os minutos se passavam e a Udinese conseguia segurar às duras penas o placar que estava lhe garantindo a classificação. Brkic fez sua defesa mais bonita no jogo em cobrança de falta de Hugo Viana, pulando para o canto esquerdo alto e defendendo de mão trocada, colocando para escanteio. No lance seguinte, Mossoró apareceu pela ponta esquerda da área e Brkic se agigantou para defender seu chute. Mas o meia brasileiro foi esperto, aproveitou que a bola não saiu e cruzou na medida para Rúben Maciel cabecear para o gol vazio. Era o gol de empate da equipe que mais fazia por onde estar vencendo a partida. Aos 35 minutos, entrou em cena um dos personagens principais do duelo: Maicosuel foi para o jogo na vaga de Fabrini. E aos 36, ele recebeu na intermediária e mesmo desequilibrado conseguiu tocar para Di Natale na ponta direita da área, mas foi marcado o impedimento no lance, de forma equivocada, já que o camisa 10 do time da casa encontrava-se na mesma linha de um adversário. A Udinese até mudou sua postura nos minutos finais, passou a atacar mais, porém, o destino do confronto era mesmo a prorrogação.

A Udinese já tinha feito as três alterações, enquanto o Braga só havia feito uma. Aos 3 minutos da prorrogação, José Peseiro promoveu uma troca de brasileiros: saiu Alan, entrou Paulo César. Aliás, cabe ressaltar que dos 11 titulares do Braga, 6 são brasileiros. Aos 7 minutos, o talento de Mossoró apareceu mais uma vez; o camisa 8 deu uma bela enfiada de bola para um companheiro, que recebeu na ponta esquerda, deu um toquinho por cima do goleiro e viu a bola passar pelo meio da área adversária, mas sem que um jogador do seu time aparecesse para empurrar para o gol vazio. Com um minuto do segundo tempo da prorrogação, José Peseiro mexeu pela última vez, tirando Mossoró de campo para colocar Éder, substituição que só se explica por um possível cansaço do camisa 8. O 1 a 1 persistiu e a decisão foi para os pênaltis.

Das dez cobranças, apenas uma não teve o endereço do gol. Maicosuel, o terceiro a bater para Udinese, incrivelmente  optou por dar uma cavadinha no meio do gol, mas o goleiro Beto não pulou para nenhum dos cantos e defendeu calma e tranqüilamente. Totalmente irresponsável, totalmente sem sentido o que fez o bom e habilidoso meio-campista brasileiro. Uma cena que comprometeu diretamente a temporada da Udinese e que pode comprometer sua estadia no clube. Analisando o jogo de hoje, pode-se dizer que o Braga foi o time que mais buscou o gol, mais atacou e mereceu a classificação.


terça-feira, agosto 28, 2012

COLÓN VAI A LA PLATA, VENCE O ESTUDIANTES E ASSUME A PONTA DO ARGENTINO

Por Danilo Silveira



Pela primeira vez, Os Craques na Rede está fazendo uma publicação que tem como tema o Campeonato Argentino. Nesta segunda-feira, pela 4ª rodada, o Colón, de Santa Fé, foi até La Plata para enfrentar o Estudiantes, no estádio Ciudad de La Plata. E após o apito final, o time visitante pode comemorar a terceira vitória na competição, a conquista da liderança e a manutenção da invencibilidade.

Estudiantes cria mais, porém, sai em desvantagem.

O primeiro lance que chamou a atenção teve o zagueiro Desábato, do Estudiantes, como protagonista. Ainda nos minutos iniciais, ele machucou o rosto e mesmo com um grande “galo” um pouco acima do olho, teve a coragem de continuar no campo de jogo. Com a bola rolando, aos poucos o Estudiantes foi se mostrando melhor e mais perigoso na partida. Aos 14, Carrillo arriscou de fora da área e o goleiro Pozo precisou trabalhar, rebatendo o chute. Aos 24, foi a vez e Gastón Fernández arriscar, também de fora da área, mas o chute do camisa 10 passou rasteiro à direita do gol. E na primeira grande chance criada pelo Colón, as redes foram balançadas. Prediger apareceu pela intermediária e deu um passe perfeito para Caire chegar batendo cruzado e vencer o goleiro paraguaio Villar, que ainda tocou na bola antes dela entrar: 1 a 0. Ainda na primeira etapa, Maximiliano Nunez teve duas chances de para empatar o confronto. Aos 41, ele pegou uma sobra de bola aérea e emendou de primeira, mas o chute saiu à esquerda do gol. Aos 46, ele recebeu ótimo passe de Gastón Fernández e chutou para defesa de Pozo. Resumindo, o time que mais criou na primeira etapa foi para o intervalo atrás no marcador.

Estudiantes até empata, mas Colón vence com gol de pênalti no fim.

Para a segunda etapa, as duas equipes voltaram sem modificações e as chances de gol, que já não foram tantas no primeiro tempo, diminuíram ainda mais. O Colón conseguia neutralizar as investidas ofensivas do Estudiantes, mas também não criava quase nada. Aos 15, Cagna resolveu mexer pela primeira vez no Estudiantes, tirando Benítez e lançando Gelabert. Os minutos se passavam, o Estudiantes rondava a área adversária, mas tinha muita dificuldade na criação de jogadas. Pode-se dizer que Gastón Fernández mostrou-se o jogador mais perigoso da equipe, mas na segunda etapa ele estava enfrentando muita dificuldade no meio da marcação adversária. Aos 27, mais duas substituições na partida, uma para cada lado. No Estudiantes, Auzqui entrou na vaga de Jara, enquanto no Colón, o técnico Sensini lançou Graciani na vaga de Mugni. Três minutos mais tarde, nova mexida no time visitante: o paraguaio Achucarro entrou na vaga de Curuchet. Lembra que falei há pouco que Gastón Fernándes estava tendo dificuldades com a marcação adversária? Pois aos 33, ele conseguiu descolar um belo lançamento por elevação para Auzqui, que deu uma boa ajeitada de cabeça para Carrillo, que apareceu pelo meio, invadiu a área e finalizou para empatar o jogo. A torcida passou a cantar mais alto e o desenrolar do jogo indicava que teríamos uma pressão do Estudiantes em busca da virada. Porém, aos 39, após falta cobrada na área, o árbitro assinalou mão de um jogador do Estudiantes: pênalti para o Colón. Moreno y Fabianesi foi para a cobrança, bateu entre o meio e o canto esquerdo de Villar, que pulou para o outro lado: 2 a 1 para o Colón e festa da torcida visitante em La Plata. Nem os cinco minutos de acréscimos tiraram a vitória e a liderança do time de Santa Fé

sábado, agosto 25, 2012

COM TORRES SENDO DECISIVO, CHELSEA VENCE NEWCASTLE E SEGUE 100% NO CAMPEONATO INGLÊS

Por Danilo Silveira





Em termos de resultados, o Chelsea começou a temporada da melhor maneira possível. No Campeonato Inglês, são três jogos e três vitórias. Nesse sábado, diante do Newcastle, a equipe do técnico Roberto Di Matteo fez um bom jogo e venceu por 2 a 0, com mais de 41 mil pessoas em Stamford Bridge.

Torres aparece e Chelsea abre 2 a 0

A bola rolou quem tomou a iniciativa do jogo foi o Chelsea, partindo para o ataque, valorizando a posse de bola. Os minutos se passavam e o Newcastle até chegava ao ataque, mas eram os donos de casa que jogavam melhor. Aos 17, Raul Mireles efetuou um bonito lançamento longo, da meia direita, encontrando Fernando Torres, que dominou no peito e tocou para Bertrand, que bateu fraco, para tranqüila defesa de Krul. Três minutos mais tarde, Torres recebeu pela ponta direita, passou por Santon, invadiu a área e na hora em que driblava Anita, acabou derrubado pelo camisa 8 adversário: pênalti corretamente assinalado. O goleiro Krul até acertou o canto direito, mas a cobrança feita por Hazard foi muito bem executada: 1 a 0 para o Chelsea. Por falar em Hazard, o meia belga se mostrou muito habilidoso e foi um dos destaques da partida. O gol fez bem para o Chelsea, que apresentou um bom futebol no restante da primeira etapa. Bom futebol, quem também está apresentando é Fernando Torres. Aos 46, ele apareceu pela ponta direita, tocou para Hazard, recebeu de volta de calcanhar e, da entrada da área, bateu forte, no canto esquerdo de Krul, ampliando o marcador.

Chelsea administra vantagem e consegue mais três pontos

As duas equipes voltaram para a segunda etapa sem alterações e o Newcastle retornou melhor do que havia terminado a primeira etapa. A equipe conseguia figurar mais no ataque, tendo como melhor nome entre seus jogadores o meia armador Ben Arfa, que mesmo muito marcado, ainda conseguia gerar algum perigo ao Chelsea. Aos 13, o atacante Denba Ba apareceu pela esquerda da área, arriscou para o gol e Peter Cech apareceu fazendo boa defesa. O técnico A. Pardew resolveu mexer pela primeira vez aos 18, tirando Simpson e lançando Ryan Taylor. De Matteo mexeu no Chelsea três minutos mais tarde, colocando o brasileiro Ramires na vaga de Mata. Apesar de ser conhecido como volante, Ramires atuou bem mais avançado, quase como um atacante. O Chelsea conseguia administrar bem a vantagem que tinha, não levando muito sufoco na defesa e sabendo trabalhar bem a bola quando a tinha nos pés. Fernando Torres continuou bem, mostrando boa presença ofensiva. A. Pardew queimou suas duas últimas alterações. Aos 28, Marveaux na vaga de Santon e três minutos mais tarde, Perch no lugar de Cabaye. Aos 34, o Chelsea assustou em chute de Bertrand, que passou à esquerda de Krull. O Newcasrtle teve a sua oportunidade de gol mais clara aos 38, quando DenBa Ba apareceu dentro da área e chutou rasteiro, mas Cech novamente apareceu para defender. Não demorou para chegar o apito final, que decretou a terceira vitória em três jogos do líder Chelsea

Está certo que o Chelsea foi campeão da Champions League na temporada passada, mas esse atual Chelsea, à primeira vista, parece bem mais leve, organizado e ofensivo. 

quarta-feira, agosto 22, 2012

DE VIRADA, DÍNAMO KIEV DERROTA BORUSSIA MONCHENGLADBACH FORA DE CASA E FICA PERTO DA FASE DE GRUPOS DA LIGA DOS CAMPEÕES

Por Danilo Silveira



Ainda sem tantos holofotes, a Liga dos campeões 2012-2013 já começou. E durante esta semana estão sendo disputados os jogos de ida do último mata-mata dessa fase da competição. Os vencedores garantem vaga na fase de grupos do torneio. E nesta terça-feira, no Borussia-park, o Borussia Monchengladbach até saiu na frente do Dínamo Kiev, mas, no fim das contas, o time ucraniano virou o placar, venceu por 3 a 1 e está muito próximo da classificação.

Melhor, Borussia abre o placar, mas acaba levando a virada. 

A partida começou muito boa para os donos da casa. Com uma proposta ofensiva, o Borussia Monchengladbach, dirigido pelo treinador suíço L. Favre, foi dono da maior parte das ações ofensivas e levava maior perigo ao gol adversário. Com menos de cinco minutos, a equipe já tinha arriscado dois chutes, que passaram próximo da meta. Aos 6, Xhaka arriscou de fora da área e o goleiro Koval defendeu no centro do gol. E a atitude ofensiva da equipe da casa acabou sendo premiada aos 12 minutos. Pela ponta direita, o venezuelano Arango descolou um belo passe para Ring, do outro lado do campo. E o meio-campista do time da casa deu um belo come em um adversário e chutou rasteiro, no canto direito do goleiro, para abrir o marcador, para festa dos torcedores alemães. O Borussia fazia uma partida muito boa, dominando por completo o jogo. No time ucraniano, o atacante nigeriano Ideye aparecia isolado na frente, com muita dificuldades no meio da zaga do Borussia. Aos 24, o time da casa teve perto de ampliar o placar, em um boa jogada de Xhaka, que deu uma caneta em um marcador e arriscou de fora da área com perigo e a bola acabou passando à direita do gol. O Dínamo respondeu dois minutos mais tarde, em chute de fora de Garmash, que obrigou Ter Stegen a defender, espalmando para escanteio. E no rebote do escanteio, Mykhalyk emendou de fora da área, a bola ainda tocou em um adversário e foi para o fundo das redes: 1 a 1. E demorou menos de dez minutos para os visitantes chegarem à virada. Quem acompanhou a Eurocopa 2012 com bastante atenção, conhece os dois jogadores que participaram do gol. O ucraniano Garmash enfiou bola para o seu compatriota Yarmolenko, que pedalou para cima de um adversário pela ponta direita, cortou para o meio e bateu rasteiro no canto esquerdo do goleiro, marcando um bonito gol. Mesmo jogando melhor a maior parte do tempo, o Borussia ia para o intervalo atrás no marcador e com um problema, que ficaria mais nítido ainda na segunda etapa: seus dois atacantes, L. de Jong e De Camargo, não faziam boa partida.

Dinamo amplia vantagem e leva excelente resultado para Ucrânia.

A segunda etapa começou com menos intensidade. Os donos da casa não conseguiam criar chances de gol e o Dínamo administrava a partida, não demonstrando muita vontade de correr atrás de mais um gol. Aos 14 minutos, Arango chutou de fora da área e obrigou o goleiro Koval a fazer boa defesa. Aliás, o meio-campista venezuelano foi o melhor jogador em campo, sendo o principal armador de jogadas da equipe alemã. O meio-campo do Borussia até se portava bem, mas o ataque pouco funcionava. Aos 18, o técnico do time ucraniano, Y. Semin, resolveu mexer na equipe, sacando o croata Kranjcar e lançando Vukojevic. Cinco minutos mais tarde, foi a vez de L. Favre mexer. E ele trocou dois jogadores de uma só vez: saíram De Camargo e Ring, para as entradas de Hanke e Hermann. O Borussia tentava pressionar, mas não conseguia encontrar a organização tática apresentada na primeira meia hora de partida, onde a equipe viveu seu melhor momento no jogo. Cigerci entrou na vaga do volante Nordtveit aos 28 minutos, mas a mudança pouco alterou o panorama do jogo. No time visitante, o brasileiro Raffael entrou aos 27, na vaga de Ninkovic. No time da casa, o atacante L. de Jong pouco conseguia produzir no campo ofensivo e, pior que isso, acabou atrapalhando na parte defensiva. Aos 35, falta cobrada na área do Borussia, da ponta esquerda, e L. de Jong acabou cortando mal, jogando para dentro das próprias redes, marcando um gol contra. Era o terceiro tento do Dínamo, que mesmo longe de fazer um jogo brilhante, leva uma vantagem muito grande para a Ucrânia e, salvo um desastre, garantirá a classificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

domingo, agosto 19, 2012

ATLÉTICO/MG VENCE BOTAFOGO DE VIRADA E GARANTE TÍTULO DO PRIMEIRO TURNO DO BRASILEIRÃO

Por Danilo Silveira




Em um grande jogo, principalmente por conta dos 45 minutos iniciais, o Atlético/MG venceu o Botafogo de virada, no estádio Independência, e garantiu o simbólico título do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, com uma rodada de antecedência e ainda um jogo a menos que 18 dos seus 19 concorrentes.

Jogo aberto na primeira etapa

A bola rolou e logo o duelo se desenhou aberto, com as duas equipes buscando o ataque. Aos 7 minutos, um contra ataque botafoguense pegou a defesa do Galo aberta e Jadson cruzou da direita, achando o uruguaio Lodeiro, o estreante da tarde, que cabeceou mal, por cima da meta. A resposta do Galo veio aos 13, quando Ronaldinho Gaúcho, que vive boa fase no clube mineiro, enfiou bola para Bernard, que viu o goleiro Jéfferson se agigantar em sua frente e evitar o gol. Aos poucos, o Galo foi se mostrando mais perigoso e criando mais jogadas de real perigo de gol. Aos 22, Escudero tabelou com Jô e chutou no meio do gol, onde estava Jéfferson, que novamente defendeu, dessa vez usando as pernas. Quatro minutos mais tarde, um contra ataque atleticano poderia ter sido fulminante, mas Júnior César finalizou fraco, para tranqüila defesa do goleiro alvinegro. O primeiro dos cinco gols da partida saiu aos 35 minutos. Jadson roubou bola de Leandro Donizete no meio, Elkeson apareceu pela direita, cruzou rasteiro, e após dividida entre dois adversários, a bola sobrou limpa para Andrezinho finalizar para as redes: 1 a 0 para os visitantes. O gol fez bem ao Botafogo e mal ao Galo. A equipe comandada por Oswaldo de Oliveira passou a viver um bom momento no jogo e parecia que chegaria ao intervalo em vantagem. Aos 40 minutos, Márcio Azevedo acabou precisando deixar o gramado por conta de uma contusão e Lima entrou em seu lugar. E além de perder seu lateral esquerdo titular, o time carioca viu o Galo chegar ao empate antes do apito final da primeira etapa. Ronaldinho deu belo lançamento para Jô, que em posição duvidosa (até agora não sei se estava na mesma linha ou poucos centímetros impedido), bateu na saída de Jéfferson, que conseguiu fazer a defesa, mas Escudero aproveitou o rebote e empatou o jogo.

Com gol de Berola, Galo garante triunfo e título simbólico

Veio a segunda etapa e o Galo, empurrado por sua apaixonada torcida, começou a pressionar o Botafogo logo nos minutos iniciais. Logo aos 2 minutos, Ronaldinho cobrou falta e Jô cabeceou com perigo, mas para fora. E aos 8 minutos, R49 apareceu pela ponta esquerda da área adversária, recebeu um lançamento primoroso, do campo defensivo, teve a calma e a habilidade necessária para dominar, não se afobar com a saída de Jéfferson e tocar para trás, onde estava Jô, que teve o trabalho de chutar, ver a bola tocar no travessão e entrar: 2 a 1 para os donos da casa. De certa forma, o Galo dominava a partida, mas o Botafogo mostrava-se perigoso, contando com boa participação do holandês Seedorf. Aos 17, Oswaldo de Oliveira fez sua segunda modificação, lançando Rafael Marques na vaga de Lodeiro. E por volta dos 20 minutos, o duelo mudou um pouco de figura. O Galo mostrou-se cansado e o Botafogo passou a ser mais incisivo no campo ofensivo. Nenhuma grande chance criada pela equipe alvinegra, mas a bola rondava muito a área atleticana. Os minutos se passavam e a tendência era o Botafogo atacar cada vez mais e o Atlético se defender cada vez mais. Cuca resolveu mexer aos 29 minutos, tirando Escudero e lançando Neto Berola, que voltava de contusão e fazia seu primeiro jogo no Brasileirão. Um minuto depois, o treinador atleticano mexeu novamente, lançando Carlos César na vaga de Serginho, que jogou como lateral-direito, na vaga de Marcos Rocha, suspenso. Aos 33, Seedorf deu um belo lançamento da intermediária, encontrando Rafael Marques na área e o atacante botafoguense acabou sendo derrubado por Leonardo Silva: pênalti corretamente assinalado. Andrezinho bateu no canto esquerdo, vencendo Victor, que pulou para o lado contrário: 2 a 2. O Botafogo cresceu na partida e demonstrava fôlego para conseguir virar o jogo. Mas foi o Galo quem assustou aos 38, em chute de fora de Leandro Donizete, que passou com perigo, próximo ao gol. E aos 42, o gol da vitória do Galo saiu dos pés dos jogadores que Cuca lançou no decorrer da segunda etapa. Pela ponta direita, Neto Berola tocou para Carlos César, recebeu de volta de calcanhar e finalizou bonito, com um toquinho por cima de Jefferson, para dar mais três pontos e o título do primeiro turno ao Galo e fazer o torcedor atleticano ter um final de domingo bem mais feliz.

Mais um capítulo que termina com final feliz para o líder do Campeonato Brasileiro. Um time guerreiro, que joga com raça, vontade e determinação. Um time que demonstra em campo uma vontade acima da média. Um time excelente tática e tecnicamente. Um time comandado por Cuca, para mim, o melhor técnico desse país.

quinta-feira, agosto 16, 2012

COM UM A MENOS, FLAMENGO É DERROTADO PELO PALMEIRAS POR 1 A 0

Expulsão de Íbson prejudica equipe carioca e gol de Barcos garante vitória do Verdão

Por Danilo Silveira


Embalado por duas vitórias consecutivas, o Flamengo foi até a Arena Barueri, nesta quarta-feira, enfrentar o Palmeiras, atual campeão da Copa do Brasil, que freqüentava a zona de rebaixamento do Brasileirão. E a vitória por 1 a 0, não só tirou a equipe de Felipão da zona da degola, como freou uma arrancada rubro-negra.

Logo nos minutos iniciais, o jogo se desenhou muito pegado e corrido. O Palmeiras tentava adiantar a marcação e impedir que o Flamengo ficasse muito tempo com a bola nos pés. O goleiro Felipe trabalhou pelo menos duas vezes para evitar que o placar fosse movimentado. Primeiro, ao sair nos pés de Barcos, que tinha recebido belo lançamento de Marcos Assunção nas costas do zagueiro Marllon. E depois, em chute de Valdívia, pela ponta direita. Como resposta, o Flamengo conseguiu assustar em um chute colocado de Negueba, que passou à esquerda do gol. O jogo também se desenhava muito faltoso. E foi em duas desssas faltas que o Flamengo viu o seu jogo altamente comprometido. Íbson cometeu uma infração aos 8 minutos e outra aos 28, tomando dois cartões amarelos e conseqüentemente o vermelho, sendo expulso de campo. Como se não bastasse a desvantagem no número de jogadores, o Flamengo viu o palmeiras abrir o placar aos 33 minutos. Artur recebeu pela ponta direita, bateu cruzado, Felipe espalmou mal e o perigoso atacante Barcos foi oportunista para empurrar para as redes. Daí até o fim do primeiro tempo, o Palmeiras dominou o jogo, apertou a marcação, deu poucos espaços para o Flamengo e parecia perto do segundo gol. O Flamengo aparentava ter sentido demais a expulsão de Íbson e pouco conseguia no campo ofensivo. Mesmo atrás no marcador, o Flamengo viu o intervalo chegar em boa hora.

Para a segunda etapa, o time carioca voltou sem mudanças, enquanto o Palmeiras voltou com Márcio Araújo na vaga de Marcos Assunção. O time paulista continuou com o estilo de jogo implementado na primeira etapa, marcando muito forte e tentando reduzir os espaços do adversário. O Flamengo retornou melhor do que acabou o primeiro tempo, diminuindo a superioridade do Palmeiras. Mas ainda era muito pouco e o goleiro do Bruno, continuou tendo pouco trabalho. Vale ressaltar que com menos de um minuto da segunda etapa, o jogo poderia ter ficado empatado no número de jogadores para cada lado. Thiago Heleno deu uma forte entrada em Negueba, colocando a sola da chuteira na coxa do atacante rubro-negro, mas acabou recebendo apenas o cartão amarelo pela infração. Barcos teve duas chances para ampliar, em dois chutes próximos da meia-lua. Os dois passaram perto do gol, um à direita e outro à esquerda. Dorival Júnior resolveu mexer na equipe e promoveu a estréia de Fernandinho na equipe profissional do Flamengo. O garoto entrou na vaga de Thomas e pouco conseguiu em meio à forte marcação adversária. Os minutos se passavam e era difícil imaginar que o Flamengo pudesse reverter o placar da partida. Dorival ainda lançou Mattheus na vaga de Renato Abreu e Deivid na vaga de Negueba, mas pouco adiantou. Felipão fez sua segunda mudança, lançando Fernandinho na vaga de Mazinho. Sendo assim, tínhamos em campo dois jogadores de mesmo nome, vindos do banco de reservas. E o Fernandinho que vestia camisa verde teve perto de ampliar o placar, mas acabou batendo por cima. A última substituição na partida foi Obina na vaga de Barcos, o autor do gol. E antes do apito final, o Anjo Negro ainda apareceu na área e tentou cavar uma penalidade, para cima do zagueiro Welinton. O árbitro nada assinalou e o Palmeiras acabou vencendo por um magro 1 a 0, que garantiu a saída da equipe da zona de rebaixamento. Já o Flamengo, segue na parte intermediária na tabela. Vale ainda ressaltar que o excesso de faltas fez o duelo terminar com um número abusivo de cartões aplicados: 14.