domingo, março 31, 2013

ANÁLISE DA MÁ FASE RUBRO-NEGRA

Por Danilo Silveira

A análise dos jogadores do elenco do Flamengo atualmente deve ser feita usando um conhecido e velho ditado: nem 8, nem 80. O time do Flamengo não é tão ruim como andam falando por aí, mas também não é o ideal e está atrás de grandes clubes brasileiros, como Corinthians, Atlético/MG e Grêmio, por exemplo.

O Flamengo tem bons valores, como o goleiro Felipe, Léo Moura, González, Íbson, entre outros. Mas, o real problema é a fase em que alguns desses atletas, entre outros, se encontram. Léo Moura não consegue mais ser bom e decisivo como foi outrora. Íbson já teve seu tempo bom com a própria camisa rubro-negra, hoje em dia até esboça lampejos de bom jogador, mas não consegue uma sequência. Dizem que Elias foi bem no Corinthians, mas ele não vem bem no Flamengo. Carlos Eduardo talvez tenha sido importante para o Grêmio, mas ainda não se encontrou no Flamengo. Obviamente, a atuação individual dos jogadores são muito atrapalhadas por uma falta de padrão tático, que se dá muito pelo trabalho ruim realizado pelo Dorival Júnior. Acredito que o próprio Dorival reconheça que seu trabalho no Flamengo não foi bom.

Além dos fatores acima citados, o Flamengo sofre em algumas posições por falta sim de talento. Principalmente no ataque. Hoje, o time da Gávea tem apenas um centroavante no elenco: Hernane. É ruim? Não, não parece ser mau jogador. Hernane tem feito gols importantes, participado bem de algumas jogadas, mas o que acontece, é que outras equipes brasileiras estão muito fortes, então em um quadro comparativo, o Hernane fica desfavorecido. Hernane parece ser bom, mas não tanto quanto Fred, Damião, Barcos, Jô, entre outros que atuam em solo nacional. Rafinha e Nixon ainda são incógnitas. O primeiro fez bons jogos, mas ainda é muito cedo para qualquer avaliação mais profunda. Já o segundo tem ido muito mal, enfrentando dificuldades, talvez pela pressão.

No resumo da obra, o Flamengo tem um time médio (mas que vem jgoando um futebol horrível), com bons valores, mas ao mesmo tempo carências. É um time que deve enfrentar muitas dificuldades no Brasileirão. Apesar disso, não acho que o Flamengo esteja com um time fraco que justifique tanto sofrimento com os times pequenos do Rio de Janeiro. Mais do que os resultados negativos, o time não tem conseguido jogar bem, não se encontra em campo. Não atribuo culpa alguma ao Jorginho. Pelo menos não por enquanto. Foi o nome escolhido pela diretoria, então, simpatize ou não, os torcedores rubro-negros precisam ter paciência como o novo treinador.

Quanto ao futuro, acredito que não seja dos melhores. Título esse ano é algo que o time não deve nem sentir o cheiro. Se não sentir o cheiro da Segundona já me parece bom negócio!

terça-feira, março 26, 2013

BRASIL ENFRENTA DIFICULDADES E EMPATA COM A RÚSSIA

Por Danilo Silveira


Desavisados podem achar que o fato da Seleção Brasileira não ter vencido nenhum dos seus últimos três jogos é um fato curioso ou atípico. Pois a verdade é que hoje nem de longe o Brasil está entre as melhores seleções do mundo. Temos bons jogadores, mas que juntos não formam um bom time. Thiago Silva é um dos melhores zagueiros do mundo, Marcelo é excelente lateral-esquerdo, Oscar tem talento de sobra, Neymar é fora de série, Fred é um dos melhores finalizadores do futebol mundial e por aí vai! Mas, isso não é o suficiente. Tanto não é que com esses jogadores a Seleção Brasileira não vem jogando bem, seja com Mano Menezes, seja com Felipão.

Nesta segunda-feira, o resultado foi um empate com a Rússia. Talvez, anos atrás, isso fosse uma zebra, mas hoje, não passa nem perto disso. Perdemos para a Seleção Russa, que se apresentou muito bem na Eurocopa 2012 (apesar da eliminação na fase de grupos), que é líder do seu grupo nas Eliminatórias para a Copa e que deve estar no Brasil ano que vem, dando trabalho para muita gente. Empatamos com a Seleção Russa, que se não foi brilhante, foi eficiente na marcação, neutralizou os pontos fortes da Seleção Brasileira e atacou com muito mais perigo.

Passado o sufoco dos minutos iniciais, dominados pela Rússia, o Brasil até que não fez uma das suas piores partidas recentes. Mas a falta de criatividade é notável. Talentos como Oscar, Kaká e Neymar, não conseguiam superar a organizada e boa marcação russa. Chances de gol foram escassas. Na segunda etapa, o Brasil soube lhe dar com a própria inoperância ofensiva. Não houve desespero, não houve afobação. A Seleção Brasileira rodava a bola de um lado para outro, mas parecia não encontrar uma forma para penetrar por entre a zaga russa. Os chutes de fora até se tornaram alternativa, mas sem sucesso. A Rússia atacava bem menos que na primeira etapa, mas acabou chegando ao gol. Foi por aí que Felipão resolveu lançar Hulk na vaga de Oscar e o jogador do Zenit veio a ser o melhor jogador ofensivo da Seleção Brasileira. Pela ponta esquerda, ele dava muito trabalho à marcação russa. Por lá, se entendeu bem com Marcelo e aos 44 minutos, deu bela enfiada de bola para o lateral do Real Madrid cruzar para Fred empurrar para as redes.

Acredito que Felipão esteja satisfeito com Fred, que tende a ser titular absoluto nos próximos jogos. Acredito que Felipão não esteja muito satisfeito é com Neymar, que com a camisa amarelinha enfrenta muitas dificuldades. Talvez uma partida como opção no banco de reservas possa fazer muito bem para o talentoso garoto, que é sempre muito cobrado e muito pressionado pela imprensa.
 

sexta-feira, março 22, 2013

SEM BOM FUTEBOL, BRASIL E ITÁLIA EMPATAM EM 2 X 2

Por Danilo Silveira

Na verdade, nem Itália nem Brasil jogaram bem, no amistoso da última quinta-feira, realizado em Genebra, na Suiça. Na primeira etapa, um jogo muito equilibrado e o Brasil abriu um placar em um belo gol do centroavante Fred, que precisou de apenas um toque na bola na jogada para vencer o goleiro Buffon. Se Fred deixa a desejar na marcação e tem dificuldades para driblar e conseguir arrancadas, é um dos melhores finalizadores do mundo. Vale lembrar que antes do Brasil abrir o marcador, Júlio César apareceu bem para defender um chute pela ponta esquerda. E o 2 x 0 do Brasil saiu quando Neymar trouxe da direita para o meio e serviu Oscar, que teve tranquilidade e categoria para tirar o chute do alcance de Buffon.

A Itália voltou para a segunda etapa com duas mudanças: Cerci na vaga de Pirlo e El Shaarawi na vaga de Osvaldo. E a azurra retornou jogando melhor que o Brasil, chegando ao primeiro gol com De Rossi, que desviou após cobrança de escanteio da esquerda. Há quem diga que foi falha de Júlio César. Apesar de achar que ele poderia estar melhor colocado, eu isento a culpa do goleiro brasileiro. Discussão sobre falha ou não de goleiro foi algo que não ocorreu no segundo gol italiano. Balotelli acertou uma bomba, no canto esquerdo de Júlio César: indefensável! Balotelli teve mais duas chances no segundo tempo: em uma o chute foi bloqueado pelo sistema defensivo e na outra Júlio César fez boa defesa. A virada italiana, que no intervalo parecia improvável, parecia agora bem perto. Do meio para o fim do segundo tempo, o Brasil conseguiu melhorar em alguma coisa. Felipão começou a mexer no time e em minha opinião, não o fez da forma correta. Tirou Oscar e lançou Kaká, deixando Hulk em campo. Vale ressaltar que Hulk foi muito mal, errando demais e pouco acrescentarndo de positivoo para a equipe. Felipão ainda tirou Fred e lançou o estreante Diego Costa. O treinador brasileiro também trocou Filipe Luís por Marcelo e Hernanes por Luiz Gustavo. E quando resolveu tirar Hulk, ao invés de lançar um homem de frente, lançou o volante Jean.

Por sinal, por que o Ronaldinho Gaúcho não foi convocado? Se alguém souber, por favor me fale.

quarta-feira, março 13, 2013

O ESPETÁCULO AINDA ESTÁ EM CARTAZ! SAUDAÇÕES CATALÃES!

Por Danilo Silveira

Messi recebe a bola na intermediária, cercado por vários marcadores, e em um pequeno espaço territorial consegue chutar forte no canto direito de Abiatti. Essa jogada aconteceu aos 5 minutos de jogo e abriu caminho para o time do Barcelona não jogar, mas bailar em campo diante do Milan. A vantagem feita pelos italianos no jogo de ida (2x0 em San Siro) já havia reduzido para a metade por conta desse lance genial do carque argenti. E o melhor jogador do mundo tratou de zerar tal vanategm antes do intervalo, em chute quase do mesmo local, mas que saiu rasteiro, no outro canto do goleiro Abiatti.

Messi sendo decisivo, quase como chuva caindo molhada. E entre esses dois gols do craque, o Barcelona martelou, sufocou e encurralou o Milan, ao melhor estilo Barcelona. As estatísticas da ESPN após a primeira etapa apontavam que o time italiano tinha trocado 91 passes certos, enquanto o Barcelona havia trocado 364. Isso mesmo, o quádruplo! Se ano passado o Barcelona martelou, preesssionou e sufocou o Chelsea, mas não contou com a sorte, dessa vez ela bateu à porta. Quando o jogo estava 1 x 0, Nyang saiu na cara de Valdés e acabou acertando a trave direita, em uma das raras chances de gol dos italianos.

Veio a segunda etapa e Messi quase fez o terceiro, mas o chute dessa vez não saiu dos melhores e Abiatti defendeu. Porém, o goleiro nada pôde fazer quando Villa recebeu de Xavi e bateu colocado no canto direito. Era o gol que colocava o Barcelona com um resultado favorável. Pela terceira vez, o fantástico time catalão conseguia quebrar a retranca do Milan. Milan esse que com o resultado adverso, resolveu atacar. Deu alguns sustos, é verdade, Robinho entrou e deu algum trabalho, mas o Barcelona é fantástico e deu uma aula de como se joga futebol. Antes do apito final, Messi puxou um contra-ataque, tocou para Sanchés, que enfiou no meio para Alba concluir: 4 x 0!

Aqueles que previam o fim do futebol fantástico do Barcelona, vão precisar esperar pelo menos mais um pouco, pois o espetáculo ainda está em cartaz.

NÃO PODES PERDER NEM EMPATAR COM NINGUÉM: BOTAFOGO CAMPEÃO NA TAÇA GUANABARA 2013

Por Eduardo Riviello, extraído de: http://www.jogadadefeito.blogspot.com.br/2013/03/nao-poder-perder-nem-empatar-com.html

Vasco e Botafogo coloriram o Engenhão de preto e branco numa linda tarde de domingo. Em campo, duas equipes que integravam - e continuarão integrando - o grupo A no Campeonato Estadual 2013. Por ter feito melhor campanha naquela fase, o Vasco jogava com a vantagem de poder empatar para ser campeão. Só que deu Botafogo. Foi a vitória do time que mais procurou atacar, que mais buscou o gol, que teve maior volume de jogo, que mostrou-se mais preparado técnica e taticamente para levantar a taça Guanabara 2013.

Talvez o destino fosse diferente se Carlos Alberto tivesse concluído na parte interna da rede um lance ainda nos primeiros minutos de jogo. Só que não. Talvez nem Carlos Alberto nem nenhum vascaíno, por mais pessimista que pudesse ser, poderia imaginar que aquela oportunidade de gol seria a maior do time em toda a partida. O Botafogo dominou territorialmente, se impôs. E o gol do título tardou, mas veio: aos trinta e cinco minutos do segundo tempo, uma jogada iniciada por Seedorf pela esquerda terminou com assistência de Bolívar (que recebeu cruzamento de Júlio César) para a finalização precisa de Lucas.

Perceberam como o Botafogo pressionava? A bola passou pelo maestro holandês e por três jogadores que teoricamente compõem a linha de defesa, envolvendo um zagueiro e ambos os laterais. O Alvinegro mostrou que a melhor maneira de se defender é atacando. Manteve a bola longe do goleiro Jéfferson e deu muito trabalho para o goleiro Alessandro. No final, o Vasco enfim tirou a máscara que o assemelhava a um clube pequeno e foi para cima. Faltava organização, é verdade, mas pelo menos havia coragem. Coragem que não era vista anteriormente, num time que chegou ao cúmulo de simular lesões (até Dedé o fez) e retardar toda e qualquer reposição de bola em jogo (que o diga o goleiro Alessandro).

Houve tempo para um gol anulado de Renato Silva (o vídeo abaixo não tira dúvida nenhuma, mas deixa a certeza de que foi um momento dos mais emocionantes no torneio). Houve tempo também para defesa de Jéfferson, em nova cobrança de falta de Fellipe Bastos. Muito pouco. Mesmo para alguém que "jogava pelo empate". Parabéns, Botafogo, merecidamente campeão na Taça Guanabara 2013.

sexta-feira, março 08, 2013

SOB COMANDO DE RONALDINHO, GALO VENCE THE STRONGEST

Por Danilo Silveira

Uma mescla de puro talento e pura objetividade. Assim se resume a atuação de Ronaldinho Gaúcho. E com uma grande contribuição dele, o Atlético/MG derrotou o The Strongest, da Bolívia, por 2 x 1, chegando aos 9 pontos em três jogos, mantendo os 100% de aproveitamento na Libertadores.

Galo é superior, mas primeira etapa termina sem gols.

O Galo começou a partida tentando pressionar o time boliviano e por pouco não abriu o placar aos 16 minutos, quando Ronaldinho tabelou com Jô e deu uma assistência por elevação para Diego Tardelli, que chutou para defesa do goleiro Vaca. No minuto seguinte, Ronaldinho repetiu a dose: novo passe por elevação, dessa vez para Jô, que cabeceou quase em dividida com goleiro, que tocou na bola evitando o gol. Logo após esses dois lances, a torcida atleticana reconheceu as boas jogadas do R10 e começou a gritar "Eô eô, Ronaldinho é o terror". O gol atleticano parecia maduro, mas o The Strongest também assustava. A equipe boliviana encaixou um bom contra ataque após erro de Leandro Donizete e por pouco não abriu o placar, com Escobar, livre de marcação, chutando para fora. Bernard, que não estava no auge da sua forma física, recuperando-se de um problema na garganta, apareceu bem aos 29, arriscando de fora da área para defesa de Vaca e no rebote, Jô chutou na direção do gol, mas um jogador de linha do time boliviano apareceu para fazer o corte. O The Strongest jogava retrancado a maior parte do tempo, saindo em contra ataque esporadicamente. E foi dessa forma que o jogo foi para o intervalo sem gols.

Galo segue bem e chega à vitória.

Logo com um minuto da segunda etapa, o The Strongest assustou quando Escobar bateu um escanteio rasteiro, encontrando um companheiro desmarcado, que finalizou para boa defesa de Victor. O Galo tentava na base da movimentação e toque de bola, espaços no campo ofensivo, para furar o bloqueio do time boliviano. Foi aos 10 minutos que a equipe de Cuca enfim conseguiu um grande espaço no campo ofensivo, em contra ataque rápido, que terminou com Tardelli cruzando para finalização de Bernard, que acabou tocando no poste esquerdo do goleiro Vaca. No minuto seguinte, o Galo conseguiu enfim chegar ao gol. Ronaldinho Gaúcho apareceu pela ponta esquerda, cruzou e a bola acabou tomando o rumo de onde se encontravam três jogadores do The Strongest. E foi a hora do Atlético contar com a sorte: a bola desviou na cabeça do primeiro dos três adversários, encobriu os outros dois e chegou até Jô, que chutou para abrir o marcador. Aos 20, o Galo balançou novamente as redes com Tardelli, que finalizou após cruzamento da esquerda, porém, o bandeirinha marcou impedimento em um lance muito complicado, que até com o recurso do replay eu fiquei em dúvida. Aos 26, Ronaldinho apareceu novamente de forma magistral. Ele dominou a bola cercado pro dois marcadores e conseguiu um espaço para dar uma belíssima assistência para Marcos Rocha, que acabou derrubado na área. Pênalti que Ronaldinho cobrou no canto direito de Vaca para feazer o segundo. Com dois gols de vantagem, o Atlético/MG tinha total controle do jogo. A torcida cantava alegre e feliz, assistindo mais uma vitória da equipe. Aos 45, o The Strongest diminuiu após jogada de escanteio, dando um susto e tanto no Galo. A bola voltou a rolar e pouco depois o árbitro apitou o final do jogo, decretando mais um triunfo do time mineiro.

domingo, março 03, 2013

BOTAFOGO VENCE FLA NO ENGENHÃO PELA PRIMEIRA VEZ E PEGA O VASCO NA FINAL DA TAÇA GUANABARA

Por Danilo Silveira


Depois de um duelo de dois tempos totalmente distintos, o Botafogo saiu vitorioso diante do Flamengo, credenciando-se assim para a disputa da final, contra o Vasco (que bateu o Fluminense no sábado), no próximo domingo. Vale lembrar que a vitória por 2 x 0 de hoje, onde os dois goleiros foram destaques, teve um sabor especial para os alvinegros, já que foi a primeira vez que o Glorioso derrotou o Flamengo no Engenhão. E semana que vem, novamente o time de Oswaldo de Oliveira poderá fazer história, já que nunca ergueu um troféu no Engenhão.

A primeira etapa foi toda dominada pelo Botafogo, que não demorou nem um minuto para abrir o placar. Em linda jogada, Júlio César trouxe da esquerda para o meio costurando por entre os marcadores rubro-negros, chutou no canto esquerdo de Felipe, que viu a bola tocar a trave antes de entrar. Vale ressaltar os dois esquemas totalmente distintos das duas equipes. O Botafogo usava quatro meias de armação (Fellype Gabriel, Andrezinho, Lodeiro e Seedorf), com Rafael Marques como atacante. Esquema esse que rendeu muita movimentação na primeira etapa, contando ainda com uma marcação avançada, que dificultava a saída de bola do Flamengo. Flamengo esse que atuava com três volantes (Ibson, Cáceres e Elias), que além de não darem conta de qualificar a saída de bola, não estavam conseguindo superar a velocidade do poder de frente alvinegro. Carlos Eduardo, aberto pela ponta esquerda, foi quase nulo, visivelmente fora de ritmo de jogo. Rafinha estava muito bem marcado pela direita e pouco criou, enquanto Hernane lutava bastante na frente, mas pouco conseguia. A superioridade do Botafogo não se refletiu em numerosas chances de gol, mas, em compensação, o Flamengo terminou a primeira etapa sem dar uma sequer finalização ao gol do mero expectador Jefferson.

Situação essa que se inverteu por completo na segunda etapa, quando o Flamengo foi superior. Dorival Júnior mexeu duplamente no intervalo, lançando Rodolfo na vaga de Carlos Eduardo (considerei boa mexida) e lançando Renato Abreu na vaga de Elias (não gostei dessa mexida. Por que não lançar o Cléber Santana ao invés do Renato? Por que não tirar o Ibson ou o Cáceres, ao invés do Elias?) Acabou que foi Renato Abreu responsável pelo primeiro arremate a gol, uma cabeçada bem defendida pelo goleiro Jefferson. Goleiro esse que foi um dos grandes responsáveis pela classificação alvinegra. A marcação avançada do Botafogo desapareceu, o Flamengo dominou territorialmente a parte ofensiva, mas não fez bom uso desse seu domínio. Bolas alçadas na área em sequência e poucas opções de jogadas ditavam o jogo rubro-negro. Em meio a isso, o Botafogo passou a tentar explorar os contra ataques. Ainda mais quando Cáceres saiu para a entrada de Gabriel e Vitinho entrou no lugar de Lodeiro. E o jovem alvinegro infernizou o sistema defensivo rubro-negro, com sua velocidade característica e bom domínio de bola. O Flamengo pressionava e na base da raça dava sinais que poderia empatar o jogo. A melhor chance poderia ter ocorrido após chute de Rodolfo, que Marcelo Mattos interceptou com o braço, mas o árbitro negou a penalidade, para mim, existente. Mas, o empate poderia também ter saído em cabeçada de Hernane, livre de marcação, mas Jefferson não só defendeu esse arremate, como usou o pé para defender o rebote, também executado por Hernane. O arqueiro alvinegro também defendeu muito bem um chute de Gabriel, de fora da área, no canto direito. Do outro lado, Felipe também trabalhava bem, como por exemplo, no lance onde defendeu um chute de Fellype Gabriel e o chute de Vitinho no rebote. Esse mesmo Felipe, nos acréscimos, foi para a área do Botafogo, tentar ajudar também na parte ofensiva, porém, o Botafogo quem se saiu beneficiado dessa história. Jefferson recolheu a bola, ligou o contra ataque de forma veloz e precisa e no fim das contas Vitinho chutou para o gol vazio, fazendo o segundo gol do finalista da Taça Guanabara.