sexta-feira, junho 28, 2013

JOGO 13 - JÚLIO CÉSAR DEFENDE PÊNALTI, PAULINHO FAZ GOL SALAVADOR E MESMO SEM JOGAR BEM BRASIL VENCE URUGUAI E CHEGA À FINAL

Por Danilo Silveira

Brasil e Uruguai entraram no gramado do Mineirão para lutar por uma vaga na final da Copa das Confederações. Depois de noventa minutos com boas emoções, mas um futebol pouco vistoso, o Brasil credenciou-se para a disputa da final.

A primeira etapa como um todo foi muito ruim. Foi o exemplo de que posse de bola e bom futebol não necessariamente andam lado a lado. O Brasil manteve um percentual alto de posse de bola, mas com pouca criatividade. Thiago Silva, David Luiz e Luiz Gustavo trocavam passe com tranquilidade na intermediária defensiva, mas quando o time tentava avançar a se deparava com a marcação uruguaia, que começava a partir do meio-campo, ficava nítida a dificuldade brasileira. Logo nos minutos iniciais, David Luiz cometeu pênalti infantil em Lugano. Júlio César trabalhou bem, defendendo a cobrança de Forlán no canto esquerdo. Pouco depois, o mesmo Forlán assustou em chute de fora da área, mas a bola foi fora do alvo. Pelo lado brasileiro, destaca-se um chute para fora de Hulk e o gol, que saiu instantes antes do intervalo. Paulinho lançou Neymar, que chutou para defesa de Muslera, mas no rebote, Fred, mesmo chutando um pouco desajeitado, conseguiu abrir o marcador. Há de se destacar também a entrada criminosa de Luiz Gustavo, acertando a sola da chuteira na barriga de um uruguaio, não sendo expulso de campo (só recebeu cartão amarelo) por erro do árbitro da partida.

No início da segunda etapa, o Uruguai empatou. Perigo na área brasileira e Thiago Silva tentou sair tocando rasteiro para Marcelo, mas Cavani interceptou e chutou no canto direito de Júlio César.  Por falar em Cavani, cabe ressaltar que ele foi o melhor jogador uruguaio em campo, ajudando demais na marcação pelo lado direito de defesa.  A verdade é que na segunda etapa o jogo aumentou um pouco de intensidade. O Uruguai parecia mais corajoso em campo. Hulk assustou em cobrança de falta defendida por Muslera e Thiago Silva, que já havia falhado no gol uruguaio, foi cortar um cruzamento uruguaio da direita e deu um susto na torcida brasileira, já que a sua cabeçada passou bem próxima ao travessão de Júlio César. A maior evolução na equipe do Brasil se deu quando Bernard entrou na vaga de Hulk. O jovem, que joga no Atlético Mineiro, time que joga um futebol envolvente e é treinado por Cuca, o técnico adpeto do futebol bonito, deu uma movimentação boa para o ataque brasileiro. Logo, a equipe conseguiu criar duas chances de gol. Na primeira, Fred bateu mal, por cima. E na segunda, Neymar acabou finalizando fraco para fácil defesa de Muslera. Quando a prorrogação se aproximava, apareceu Paulinho para dar a classificação ao Brasil. Após escanteio cobrado da esquerda, ele apareceu no segundo pau para cabecear. Lembrei-me do gol de Paulinho pelo Corinthians, contra o Vasco, nas quartas-de-final da Libertadores. Um gol também de cabeça, nos minutos finais, que naquele caso, evitou que o confronto fosse para as penalidades. Cabe ainda destacar que nos acréscimos, Felipão tirou Neymar e colocou Dante em campo. Achei a substituição equivocada. Se o Uruguai consegue o empate, Felipão jogaria a prorrogação sem Neymar, que não fez uma bela partida, mas é o melhor jogador dessa seleção.

terça-feira, junho 25, 2013

JOGO 12 - URUGUAI GOLEIA TAITI E PEGA O BRASIL NA SEMIFINAL

Por Danilo Silveira


O Uruguai entrou em campo diante do Taiti, precisando de uma vitória por 8 gols de diferença, para garantir-se na semifinal da Copa das Confederações sem precisar depender do resultado de Nigéria x Espanha. Isso porque uma vitória nigeriana sobre os espanhóis somada a uma vitória do Uruguai diante do fraco Taiti, geraria um empate triplo no grupo, com Espanha, Nigéria e Uruguai com seis pontos. Uma vitória com tal elasticidade no placar em uma competição internacional, parece algo completamente inviável, só que não dessa vez. O Uruguai tinha como oponente o simpático Taiti, um time que tem um jogador profissional apenas, sendo os outros amadores. No fim das contas, o Uruguai conseguiu vencer por 8 x 0, mas um empate e até uma derrota (dependendo do número de gols) classificaria o Uruguai, já que a Nigéria perdeu para a Espanha.

Abel Hernández foi um dos destaques com quatros gols. Lodeiro fez um e também participou de boas jogadas. O lateral direito Aguirregaray e o volante Gargano foram outros dois que participaram bem da partida. Um momento interessante da partida foi quando o zagueiro Scotti desperdiçou uma penalidade, defendida pelo goleiro Meriel, levando o torcedor ao delírio na Arena Pernambuco.

O destaque do Taiti na Copa das Confederações foi o camisa 3 Vahirua, o único profissional do time, que demonstrou boa técnica com a bola nos pés. Após o término do jogo contra o Uruguai, os jogadores do Taiti apareceram segurando bandeiras do Brasil e exibindo um cartaz dizendo “Obrigado Brasil”, em retribuição ao carinho conquistado pela Torcida Brasileira. Após a coletiva de imprensa, o técnico Eddy Etaeta foi até cada um dos jornalistas para cumprimenta-los.

A passagem da Seleção do Taiti no Brasil foi totalmente inusitada. Um time frágil, amador, que conquistou rapidamente a torcida do público, acredito eu, que apoiado justamente na lógica de “torcer para o mais fraco”. Fraqueza essa que parecia ser vista pelo taitianos, não como algo ruim, mas como normal e natural.

O Uruguai, mesmo sem ter jogado bom futebol na primeira fase, segue vivo na competição. Agora, o adversário na semifinal é o Brasil, em partida que acontece quarta-feira, no Mineirão. Não é em 1950, não é em uma Copa do Mundo, não é uma final, não é no Maracanã, mas quando se fala no Brasil x Uruguai da próxima quarta é impossível não lembrar da final da Copa do mundo de 1950, quando os uruguaios “calaram” o Maracanã.

JOGO 11 - ARROJADA E GUERREIRA, NIGÉRIA DÁ ADEUS COM DERROTA PARA A ESPANHA: 3 A 0

Por Danilo Silveira

Quando vejo a Espanha jogar a sensação que me passa é que estou vendo o que há de melhor entre as seleções de todo o mundo. Muitos falam sobre o fim da hegemonia da Fúria, sobre um possível desgaste desse grupo, bicampeão da Eurocopa e campeão da Copa do Mundo, mas os dias passam e cada vez mais a Espanha dá provas que está mais forte do que nunca. Diante da Nigéria, mais uma ótima atuação, coroada com uma vitória por 3 x 0 e a classificação em primeiro lugar do grupo.

O duelo foi bastante interessante na primeira etapa. A Nigéria não aceitou de forma passiva o domínio espanhol. A equipe comandada por Stephen Keshi tentava atacar e não deixar que a Espanha tivesse um domínio avassalador no quesito posse de bola. Só que a qualidade da Espanha é incrível. Iniesta teve uma atuação impecável e logo com um minuto de jogo,  deu um elástico em um adversário e chutou para defesa de Enyeama. Pouco depois, ele tocou para Jordi Alba que fez bela jogada, costurando os marcadores nigerianos e chutando para abrir o marcador. A Nigéria conseguia atacar a Espanha mais do que outros adversários conseguiam, mas no geral não conseguiu dar muito trabalho a Valdés. Uma ótima chance veio quando Mikel recebeu na área, de frente para o gol, mas acabou finalizando em cima de Sérgio Ramos. A Espanha por sua vez, teve duas belas chances de ampliar, com Soldado, que acabou parando em Enyeama em ambas oportunidades.

Veio a segunda etapa e a Nigéria chegou muito perto de ampliar logo nos minutos iniciais. Musa cruzou da direita e a bola chegou até Ideye, que debaixo da trave, acabou furando. Os minutos foram se passando e a superioridade espanhola foi ficando cada vez mais visível. Cada vez mais a Nigéria tinha dificuldade de impedir que a Fúria aplicasse seu estilo de jogo bonito e envolvente. Fernando Torres entrou na vaga de Soldado e mostrou oportunismo ao marcar de cabeça, após cruzamento de Pedro. Villa também entrou no decorrer da segunda etapa e mostrou ótima visão de jogo nos minutos finais. Ele sofreu falta no campo de defesa e bateu rápido, lançando Jordi Alba de maneira genial. O lateral esquerdo espanhol saiu do campo defensivo, sem ver nenhum marcador de linha à sua linha e demonstrou calma para driblar Enyeama e empurrar para o gol vazio. Três a zero em mais uma ótima atuação espanhola.

A Nigéria foi corajosa e arrojada, mas não conseguiu evitar uma derrota que já era esperada.  Contra a Espanha, a impressão que dá é que todos os adversários estão fadados à derrota. Na quarta-feira, é a vez da Itália tentar vencer a Espanha e chega à final da Copa das Confederações. Tarefa muito difícil da Azurra.

JOGO 10 - EM JOGO DE SEIS GOLS, FRED FAZ DOIS E BRASIL VENCE A ITÁLIA

Por Danilo Silveira


Brasil e Itália fizeram em Salvador um jogo de baixo nível técnico, mas de boas emoções. Seis gols e vitória brasileira. Com o triunfo, o Brasil fugiu da temida Espanha na semifinal e enfrenta o uruguai. Sobrou para a Itália a missão de derrotar a Fúria, em duelo que vai marcar a reedição da final da Eurocopa de 2012.

Logo com um minuto de jogo, Hulk apareceu pela ponta esquerda e chutou para boa defesa de Buffon. Era o indício que teríamos um primeiro tempo bem movimentado, com muitas chances de gol. Alarme falso. O que se viu nos 45 minutos iniciais foi um jogo pegado, faltoso, com 4 cartões amarelo (David Luiz, Neymar, Luiz Gustavo e Marchisio). Chances de gols mesmo, foram pouquíssimas, Júlio César foi praticamente um espectador. Há de se destacar também que os treinadores foram forçados a mexer em suas equipes, por conta de lesões. Montolivo e Abate deixaram o campo para as entradas de Giaccherini e Maggio, enquanto David Luiz, que quebrou o nariz no último jogo, dessa vez sentiu a coxa e deu lugar a Dante. E quando chegava a hora do árbitro do Uzbequistão, Ravshan Irmatov, apitar o fim da primeira etapa, veio o gol brasileiro. Candreva fez falta em Neymar pela esquerda de ataque. O próprio Neymar cobrou na área, Fred cabeceou para defesa de Buffon e no rebote Dante chutou para as redes. Detalhe que o zagueiro brasileiro encontrava-se em posição de impedimento na hora da cabeçada de Fred, portanto, o gol foi ilegal.

Na segunda etapa, o jogo continuou ruim no aspecto técnico, mas cresceu no quesito emoção. Giaccherini não demorou muito tempo para empatar a partida, depois de receber passe genial de Balotelli. E quando a coisa não anda das melhores no Brasil, tem se tornado constante a aparição de um dos melhores jogadores da competição até aqui: Neymar. O garoto tratou de recolocar o Brasil na frente em cobrança sensacional de falta, daquelas em que se acerta o chute no canto do goleiro, o pegando no contrapé. Fred, que até então não havia balançado as redes, tratou de balança-las, ao receber lançamento de Marcelo: 3 x 1. Para tirar do Brasil o primeiro lugar do grupo, a Itália precisa virar o jogo, o que parecia pouco provável. Com dois gols de vantagem, Felipão tirou Neymar e lançou Bernard. Pouco tempo depois, a Itália diminuiu em um gol recheado de polêmica. Jogada na área brasileira, Luiz Gustavo agarrou Balotelli e o árbitro começou a fazer o gesto para apontar a penalidade quando Chielini chutou para as redes. Para desespero dos brasileiros, o árbitro deu a lei da vantagem, validando o gol. A reclamação dos brasileiros era por um suposto apito do árbitro, indicando a marcação da penalidade, antes de Chiellini chutar para o gol. O fato é que o gol foi validado e a Itália chegou muito perto de empatar pouco depos, em cabeçada de Maggio, que explodiu no travessão. A Azurra veio para o ataque em busca do empate, mas acabou foi levando o quarto gol nos minutos finais. Bernard tocou para Marcelo, que arriscou para defesa de Buffon, mas no rebote Fred apareceu para empurrar para as redes.

Cada dia que passa a Espanha se torna mais favorita para vencer a Copa das Confederações, devido ao abismo que existe entre a qualidade do futebol apresentado pela
Fúria em relação ao futebol apresentado pelas demais equipes.

segunda-feira, junho 24, 2013

JOGO 9 - EM DUELO DE ELIMINADOS, CHICHARITO FAZ DOIS E MÉXICO DERROTA JAPÃO

Por Danilo Silveira

Já eliminados, com duas derrotas cada, México e Japão duelaram em Belo Horizonte em um jogo fadado a ter poucas emoções. Apesar disso, as duas equipes não fizeram um duelo dos piores. A partida foi corrida, bem disputada e terminou com vitória do México, que jogou melhor durante a maior parte do tempo.

O Japão vinha de uma partida emocionante, um révés de 4 x 3 para a Itália, que o eliminou da competição, mas deixou uma boa impressão dos asiáticos, que jogaram um futebol de alta qualidade. Diante do México, nos minutos iniciais, a equipe comandada por Alberto Zaccheroni esboçou um pouco desse bom futebol, mas nada que se possa equiparar com a bela atuação diante dos italianos. Kagawa esteve perto de abrir o marcador, mas parou em Ochoa, goleiro que estava substituindo o titular Corona. Aos poucos, o México passou a ser melhor em campo. Guardado era o jogador de maior destaque, dando trabalho pelo lado esquerdo do campo. Mas, foi aparecendo pelo meio que ele levou perigo, ao cabecear um cruzamento da esquerda e acertar a trave direita e Kawashima.

Um dos grandes méritos do México foi conseguir, se não neutralizar, reduzir bastante o toque de bola rápido da Seleção japonesa. No mais, sobrou espaço para Giovani dos Santos ter uma boa atuação, assim como Guardado. Sobrou espaço também para Chicharito ser decisivo. Os gols saíram já na segunda etapa. Primeiro, o atacante aproveitou cruzamento da esquerda, se antecipou a Kawashima e cabeceou para fazer 1 x 0. Pouco depois, escanteio cobrado da direita, Mier desviou e lá estava Chicharito no segundo pau para usar novamente a cabeça e ampliar. Nos minutos finais, o Japão partiu ao ataque em busca de um empate. A tarefa se tornou menos complicada aos 40, quando Kagawa deu belíssimo passe por elevação, encontrando Endo na ponta direita, que por sua vez tocou para o meio, onde Okazaki empurrou para o gol. Embalado pela torcida presente no Mineirão, o Japão buscava o empate, que lhe daria o primeiro e único ponto na Copa das Confederações. Aos 45, Chicharito teve a oportunidade de fazer seu terceiro gol, mas acabou desperdiçando uma penalidade, defendida por Kawashima. No rebote, outra chance para o atacante, mas dessa vez o travessão foi o vilão. O erro de Chicharito não tirou os três pontos da equipe mexicana, que não foi brilhante durante a Copa das Confederações, mas mostrou bons valores. Já o Japão, deu sinais de que pode dar muito, mas muito trabalho na Copa do Mundo de 2014

domingo, junho 23, 2013

JOGO 8 - EM JOGO DE POUCAS EMOÇÕES, URUGUAI VENCE NIGÉRIA E FICA PERTO DA CLASSIFICAÇÃO

Por Danilo Silveira


Depois de perder na estreia para a Espanha, o Uruguai não podia ser derrotado pela Nigéria, na Arena Pernambuco, senão daria adeus às possibilidades de classificação para as semifinais da Copa das Confederações. A Nigéria, que vinha de goleada por 6 x 1 em cima do Taiti na estreia, buscava três pontos para avançar antecipadamente às semifinais. Esses ingredientes tornavam o jogo com um caráter totalmente decisivo. Apesar disso, o duelo foi pouco empolgante e sem muitas emoções.
Jogando um futebol nada vistoso e pouco atrativo, o Uruguai venceu por 2 x 1 e tem imensas chances de avançar, enquanto a Nigéria está em situação muito complicada.

O Uruguai começou melhor na partida e abriu aos 18 minutos, com o zagueiro Lugano, que aproveitou cruzamento rasteiro de Forlán, para empurrar para as redes. Aos poucos a Nigéria foi se soltando em campo e conseguindo equilibrar as ações. A melhora dos africanos se transformou em gol (muito bonito, por sinal) aos 36 minutos. Ideye tocou para Mikel, que deu um bonito corte no seu marcador e chutou, vencendo Muslera e estufando as redes uruguaias.

Veio a segunda etapa e aos 5 minutos funcionou o famoso trio ofensivo do uruguai, muito falado na Copa do Mundo de 2010. Contra-ataque rápido, Suárez tocou para Cavani que abriu na ponta esquerda para Forlán, que acertou um chutaço, vencendo Enyeama e marcando um belo gol. Gol esse que foi suficiente para o uruguai adotar na maioria dos 40 minutos restantes, uma postura extremamente defensiva. Cabe ressaltar que Arévalo fez boa partida, dando grande sustentação à defesa. Enquanto isso, Lugano não foi bem, mostrando-se estabanado e grosso. Por sinal, o uruguai adotava um esquema com três zagueiros. Lugano e Godín eram os dois de origem na posição e
Cáceres fechava o trio, atuando pelo lado esquerdo de defesa. O ferrolho uruguaio dificultava muito as ações da Nigéria, que pouco criava ofensivamente. O jogo se tornou chato e sem emoção. O Uruguai contra-atacava esporadicamente, como em jogada que Forlán deu excelente lançamento para Cavani, que chutou muito mal, errando a direção do gol. Os minutos se passavam e pouca coisa destacável acontecia. Lugano acabou recebendo cartão amarelo e desfalcará a Seleção Celeste.
no jogo decisivo contra o Taiti.

Em um resumo rápido do grupo, a Espanha tem 6 pontos e 11 de saldo, a Nigéria tem 3 pontos e 4 de saldo e o uruguai tem 3 pontos e 0 de saldo. No plano teórico, o Uruguai leva vantagem em relação à Nigéria na última rodada, pois pega o fraco Taiti, enquanto a Nigéria pega a Espanha. Para ultrapassar a Espanha, a Nigéria precisa vence-la por 4 gols de diferença, igualando assim o número de pontos e ultrapassando no saldo de gols. Se os africanos vencerem por menos de quatro gols, vão precisar torcer para o Uruguai não vencer o Taiti por uma vantagem que suficiente para ultrapassa-la no saldo de gols. Cabe ressaltar, portanto, que a tarefa da Nigéria é das
mais complicadas.

sábado, junho 22, 2013

JOGO 7 - GOLEADA JÁ ESPERADA: ESPANHA 10 X 0 TAITI

Por Danilo Silveira

A melhor Seleção do Mundo enfrentou ontem, no Maracanã, a pior seleção que está participando da Copa das Confederações. A Seleção Espanhola e do Taiti fizeram um jogo até certo ponto sem graça e sem emoção, devido à diferença técnica gritante entre elas.

Espanhóis comemoram um dos seus dez gols
Da equipe titular da Espanha, apenas Sérgio Ramos iniciou a partida contra o Taiti. Tão fantástica é a Seleção Espanhola que entre os reservas tínhamos nomes como David Villa, Fernando Torres, David Silva e Mata. Qualidade de sobra! Logo aos 4 minutos, Torres abriu o marcador após jogada pela ponta esquerda. O Taiti até conseguiu evitar que a Espanha balançasse as redes por algum tempo, já que o segundo gol saiu somente aos 31 minutos. Daí em diante, a porteira se abriu, como se diz na gíria. Era gol a toda hora, todos marcados pela mesma equipe. Nas arquibancadas, a torcida era para o Taiti, que pouco conseguia atacar e incomodar o time espanhol. Reina era quase um expectador.

No fim das contas, Torres marcou quatro gols (e ainda desperdiçou um pênalti, carimbando o travessão do goleiro Roche, que comemorou muito), Villa fez três, David Silva dois e Mata um. Goleada digamos incontestável da Seleção Espanhola, por 10 x 0. Está certo que o Taiti, devido à sua fragilidade, não serve como parâmetro para saber se uma Seleção está ou não em alto nível. A Espanha é fantástica e favorita para conquistar o título da Copa das Confederações não por ter aplicado 10 x 0 no Taiti, mas por tudo aquilo que fez nos últimos anos no futebol mundial. No domingo, a Fúria enfrenta a Nigéria e um empate a coloca na primeira colocação do grupo. No outro grupo, Itália e Brasil duelam no sábado, para saber quem será o primeiro colocado. É um fato que a Espanha vai enfrentar nas semifinais a Itália ou o Brasil. Contra qualquer um dos dois, o favoritismo da Espanha é gigantesco.

Vibração do goleiro Roche, do Taiti

sexta-feira, junho 21, 2013

JOGO 6 - JAPÃO FAZ TRÊS GOLS, ACERTA A TRAVE TRÊS VEZES, MAS PERDE PARA ITÁLIA EM JOGO EMOCIONANTE

Por Danilo Silveira

Acredito que o italiano mais pessimista não esperava uma atuação tão ruim da Seleção Italiana. Acredito que o japonês mais pessimista não esperava uma falta de sorte tão grande. As duas frases acima evidenciam o que aconteceu na última quarta-feira, na Arena Pernambuco. Um domínio sobrenatural da Seleção Japonesa contrastou com uma Seleção Italiana fria, apática, mas oportunista. Características essas que no âmbito prático fizeram os amantes de futebol assistirem a um jogo emocionante, que terminou com uma vitória Italiana.

Com poucos minutos passados da partida, pôde-se perceber que o Japão estava em noite inspirada, principalmente o camisa 10 Kagawa, o melhor em campo. Maeda teve chance de abrir o marcador, mas acabou cabeceando em cima de Buffon. O Japão dominava o jogo teritorialmente, deixando a tetracampeã mundial acuada, pequena. Aos 19 minutos, De Sciglio recuou mal para Buffon, que acabou cometendo pênalti em Okazaki e recebendo cartão amarelo. Honda foi para a cobrança e acertou o canto esquerdo de Buffon para abrir o marcador. Já era mais do que hora da Itália acordar, só que não. O Japão era dono do jogo, absoluto dentro das 4 linhas. Aos 30, Cesare Prandelli resolveu mexer na equipe. Aquilani, reserva na estreia, mas titular contra o Japão, deixava o gramado para a entrada de Giovinco. Aos 32, veio o segundo gol  do Japão, recheado de polêmica. Próximo à meia lua, Konno deu um chute que se tornou um passe para Kagawa, que em posição legal ganhou dos seus adversários e chutou para as redes. O problema é que Okazaki estava próximo ao lance, em posição de impedimento e, para mim, participando da jogada, mesmo que indiretamente. Por isso, acredito que o gol foi irregular. Contudo, o placar refletia o que estava acontecendo em Recife. Aos gritos de Olé vindo das arquibancadas, o Japão colocava a Itália na roda, com um futebol bonito, envolvente e produtivo. Aos 39 minutos, o maestro italiano Pirlo, que não esteve em seus dias mais inspirados, assustou em cobrança de falta, que passou por cima. No minuto seguinte, ele cobrou escanteio da direita e De Rossi apareceu para cabecear e diminuir o marcador. Antes do apito final, Giaccherini acertou a trave e por pouco não empatou a partida. Dominada por quase todo o tempo, a Itália assustou no fim da primeira etapa. 

Veio a segunda etapa e logo aos 4 minutos, Yoshida falhou pela direita da defesa, perdendo a bola para Giaccherini, que cruzou e contou com a ajuda de Uchida, que desviou para as redes, marcando contra. Aos 5, Giovinco apareceu na área, chutou e a bola bateu na mão de Hasebe, para mim, de forma totalmente involuntária, mas o árbitro argentino Diego Abal assinalou pênalti, convertido por Balotelli. Era a incrível virda italiana. Para quem acha que as emoções terminavam por aí, digo que elas apenas começavam. Quem achou que o Japão perderia forças após sofrer uma virada "espírita" da Itália, enganou-se. A seleção asiática voltou rapidamente ao seu estilo de jogo, veloz e envolvente. A Itália voltou a ficar acuada e a emoção do duelo crescia cada vez mais. Aos 22 minutos, Prandelli lançou Marchisio na vaga de Giaccherini e logo em sequência, Endo cobrou falta da direita e Okazaki usou a cabeça para empatar a partida. Vale lembrar que o Japão não poderia perder o jogo se quisesse seguir vivo na competição. Com o jogo empatado em 3 x 3 o que se via em campo era o Japão exercendo uma pressão de intensidade elevada na equipe italiana. Aos 27, Balotelli recebeu na área e acabou derrubado por Yoshida. Para mim, pênalti não assinalado pelo árbitro, que errava mais uma vez. Aos 36, o domínio japonês poderia ter se transformado em gol, se a sorte tivesse ajudado um pouco: Okazaki chutou, a bola pegou na trave esquerda de Buffon e voltou para Kagawa, que cabeceou com o goleiro italiano caído no chão, mas acabou acertando o travessão. Não culpo o camisa 10 japonês pelo gol perdido, apesar de Buffon estar caído, a bola voltou de forma muito veloz em sua direção. Aos 40, veio o gol fatal. Marchisio recebeu livre pela direita e tocou para o meio, onde estava Giovinco, que chutou para o gol vazio: 4 x 3 para a Itália. Valente, guerreiro e encantador, o Japão continuava atacando, buscando o empate. Aos 42, Okazaki chegou perto de empatar, mas novamente tinha um travessão pelo caminho, e na sobra, Yoshida empurrou para as redes, mas o gol foi corretamente anulado, já que ele estava em posição de impedimento.

Quando falo em justiça no futebol, levo em consideração a atuação do árbitro, analisando se houve algum erro grave, que interferiu diretamente na partida, tornando esse resultado injusto. Para mim, um gol mal validado para o Japão, um pênalti mal marcado para a Itália e um pênalti negado à Itália. Juntando esses três lances, podemos dizer que o Japão foi favorecido. Nada que me faça desconfiar da honestidade do árbitro. Quando falo em merecimento, aí sim levo em conta o que as duas equipes produziram e mostraram dentro das 4 linhas durante os 90 minutos. Sendo assim, não posso deixar de registrar que o Japão merecia a vitória. Fez por onde consegui-la, mas o futebol não obedece regras e não segue lógicas. O futebol não deve ser entendido, deve ser apreciado!

Cai, em pé, a Seleção Japonesa!






quinta-feira, junho 20, 2013

JOGO 5 - BRASIL "JOGA APENAS 15 MINUTOS" E DERROTA O MÉXICO SOB COMANDO DE NEYMAR

Por Danilo Silveira


Depois da vitória por 3 x 0 em cima do Japão, no jogo na estreia, em Brasília, o Brasil foi até o Castelão, em Fortaleza, em busca da manutenção dos 100% na competição. O adversário foi o México, que vinha de derrota para a Itália, no Novo Maracanã. E, após o final final, mesmo sem conseguir uma atuação convincente, o Brasil de Felipão comemorou mais uma vitória.

O Brasil entrou em campo com a mesma formação da estreia, mas o México não. A equipe comandada por José Manuel de la Torre ia para campo com duas alterações em relação a time que perdeu para Itália: Zavala e Aquino (muito mal na estreia), davam lugar a Torres Nilo e Mier. Os primeiros 15 minutos da Seleção Brasileira foram muito bons. A equipe sufocou o México e abriu o placar aos 8 minutos: Um mexicano desviou um cruzamento da direita e Neymar estava no lugar certo, para demonstrar sua grande habilidade, pegando de primeira no canto direito do goleiro Corona. Deposi de abrir o placar, o Brasil continuou bem no jogo, pressionando os mexicanos, até então quase inoperantes no ataque. Porém, por volta dos 15 minutos o Brasil parou de apresentar o futebol acima descrito. O time que sufocou o México nos minutos iniciais deu lugar a um time faltoso, sem jogadas bem elaboradas. O México passou a sair mais para o jogo, mas tinha dificuldades de criar chances de gol. Por pouco o Brasil não ampliou com o que tinha de melhor: Neymar. O garoto recebeu lançamento de Fred, dominou no peito e arriscou para fora. Pouco depois dos 30 minutos, David Luiz machucou o nariz, ao chocar-se com Thiago Silva. O zagueiro precisou passar quase todo o restante da primeira etapa recebendo atendimento médico. Com um a menos, aí mesmo que o Brasil desencontrou-se em campo. O intervalo veio em boa hora para a seleção que vestia amarelo.

Felipão poderia mexer para a segunda etapa devido à má atuação na maior parte da primeira etapa, mas preferiu voltar com o mesmo time que foi para o intervalo. Não houve nem sopro de melhorias. Apesar do time estar mal, tinha um fator de desequilíbrio: Neymar. O jovem talento destoava em campo, com belas jogadas. Ele colocou Hulk na cara do gol em belo passe por elevação, mas o camisa 19 chutou mal, para fora. Depois, ele recebeu pela direita, driblou um marcador e bateu cruzado para fora. Jogadas mais bem elaboradas e bom entrosamento não faziam parte do vocabulário da Seleção Brasileira. O que de melhor produzia a Seleção Brasileira mais acontecia por conta do talento individual. Como exemplo, um contra-ataque onde Paulinho saiu enfileirando adversários e tocou para Neymar, que chutou para boa defesa de Corona. O México cada vez mais rondava a área de Júlio César e o jogo tornava-se complicado para o Brasil. Felipão tinha no banco de reservas jogadores de frente como Lucas e Bernard, mas preferiu mexer lançando Hernanes, na vaga de Oscar, completamente sumido em campo. Acredito que o treinador brasileiro poderia ter mexido melhor. A essa altura, José Manuel de la Torre já tinha lançado Herrera na vaga de Flores no time mexicano e pouco depois da entrada de Hernanes, o treinador mexicano mexeu de novo, colocando Barrera na vaga de Torres Nilo. Os minutos se passavam e o apito final chegava mais perto. O jogo não era dos melhores e o Brasil aproximava-se de uma vitória magra e feia. Barrera deu algum trabalho para a marcação brasileira pela ponta direita, mas as investidas do México não se concretizavam em grandes chances de gol. Felipão lançou Lucas na vaga de Hulk e Jô na vaga de Fred. E mais uma vez, Jô conseguiu mostrar oportunismo, fazendo o segundo gol brasileiro. Não sem antes brilhar a estrela de Neymar. O novo reforço do Barcelona apareceu pela esquerda, driblou dois adversários e cruzou para o atacante atleticano, livre de marcação, chutar para o gol, uma bola que não era das mais fáceis.

No jogo em seguida ao do Brasil, a Itália venceu o Japão, e com isso, os classificados do grupo A ficaram definidos. Brasil e Itália avançam para as semifinais. No sábado, as duas seleções vão duelar em Salvador, para decidir quem será primeiro colocado. Por ter melhor saldo, o Brasil joga pelo empate para ser primeiro e, provavelmente, fugir de um confronto com a Espanha na semifinal.

quarta-feira, junho 19, 2013

JOGO 4 - TAITI É GOLEADO POR 6 X 1 PELA NIGÉRIA, MAS COMEMORA GOL HISTÓRICO

Por Danilo Silveira

Depois de vencer a Nova Caledônia por 1 x 0 na final da Copa das Nações da Oceania, em 2102, o Taiti conquistou o direito Brasil em 2013 jogar a Copa das Confederações. Com um time quase todo amador, (apenas um jogador é profissional), virou quase jargão que o Taiti sofreria três goleadas na primeira fase.

E no jogo de estreia, a Seleção do Taiti foi atropelada pela Nigéria. Talvez o momento de maior emoção na vitória dos africanos no Mineirão por 6 x 1, tenha sido justamente o gol da Seleção do Taiti, muito comemorado por jogadores e comissão técnica.

O primeiro gol da Nigéria saiu logo aos 4 minutos, em uma falha do árbitro. Um jogador do Taiti cortou uma bola de cabeça e ela tomava o rumo de um companheiro seu, mas o árbitro de El Salvador, Joel Aguilar, mal posicionado, desviou o rumo da bola e ela chegou até Echiejile, que chutou, contando com um desvio em Nicolas Vallar, camisa 10 do Taiti, que matou o goleiro Javier Samin. O 2 x 0 veio pouco depois, aos 9, com O minutos, com Oduamadi, que deu bonito drible em um adversário e chutou bem. Com 2 x 0 no placar e um adversário muito frágil, o jogo passou a parecer um treino de luxo para os nigerianos. O Taiti marcava em linha em em alguns momentos e os jogadores africanos infiltravam muito fácil na defesa, saindo facilmente na cara do goleiro. Os nigerianos cansaram de perder gols e fizeram “apenas” mais um no primeiro tempo, de novo com Oduamadi.

Seleção do Taiti comemora gol histórico
Veio a segunda etapa e aos 8 minutos aconteceu o lance histórico. Após escanteio cobrado da esquerda, Jonathan Tehau apareceu no segundo pau e cabeceou para marcar o gol do Taiti. Festa no banco de reservas, festa dentro de campo. Muito possivelmente o momento de maior emoção que o Taiti viverá na Copa das Confederações 2013. Minutos depois de marcar um gol histórico, Jonathan Tehau marcou outro gol, dessa vez contra, ao tentar cortar um cruzamento. Oduamadi fez o quinto gol nigeriano, o terceiro dele no jogo e Echiejile fechou a conta.

Se a Seleção Taiti perder seus dois próximos jogos e a Seleção Espanhola vencer a Nigéria (hipótese altamente possível, diria eu até provável), o jogo entre Uruguai e Nigéria vai valer o segundo lugar do grupo e, consequentemente, a classificação para as semifinais. Um hipotético empate entre os dois, pode fazer com que o saldo de gols seja o critério de desempate a ser usado. Analisando-se o jogo de hoje, pode-se dizer que a Nigéria poderia ter vencido por um placar mais elástico, para ter mais chances de classificar-se, caso empate com o Uruguai e caso concretizem-se os três resultados citados no começo do parágrafo.

segunda-feira, junho 17, 2013

JOGO 3 - A MESMICE NEM SEMPRE É ALGO RUIM. VIDE A ESPANHA!

Por Danilo Silveira

Costumamos usar o termo “mesmice” para designar algo repetitivo, que cai na rotina. Por muitas vezes ou quase sempre, a expressão é utilizada de forma para representar algo ruim, algo chato. Mas, acredito que nem sempre é dessa forma. E a Seleção espanhola de futebol é um exemplo de uma mesmice que me agrada, e muito. Foi na Copa do Mundo de 2010, foi na Eurocopa de 2012. E agora na Copa das Confederações 2013. Quase os mesmos jogadores nesses três torneios, um estilo de jogo praticamente o mesmo estilo e a mesma forma encantadora e brilhante de se praticar futebol. Aqueles que defendem a tese de que acabou o ciclo da Seleção Espanhola, vão precisar esperar mais um pouco. Porque neste domingo, contra o Uruguai, a Fúria mostrou que o ciclo não acabou e que a magia continua viva. Ou melhor, vivíssima. Sim, uma atuação excepcional. Durante 90 minutos, a manutenção da posse de bola acima de 70%, diversas oportunidades criadas e um domínio avassalador diante dos uruguaios.

Nos 45 minutos inicias, a Celeste, comandada por Óscar Tabárez finalizou uma única vez ao gol de Cassillas. Uma falta cobrada na área que Cavani cabeceou para tranquila defesa do arqueiro espanhol. Já os europeus, carimbaram a trave com Fábregas, balançaram as redes com Pedro e Soldado e por pouco não marcaram o terceiro com Piqué, em lance de boa intervenção de Muslera. Esse foi basicamente o cartão de visitas da Espanha na Copa das Confederações.

Para a segunda etapa, Óscar Tabárez lançou Álvaro González na vaga de Gastón Ramírez. O Uruguai passou a sair mais para o jogo, mas o domínio espanhol continuou visível. O tempo foi passando e o técnico uruguaio cada vez mais colocando o time para frente. Primeiro, Lodeiro na vaga de Gargano, depois Forlán na vaga de Perez. Vicente Del Bosque também fez suas alterações ao longo da segunda etapa: Cazorla, Javi Martínez e Mata entraram nas vagas de Fábregas (que fez bom primeiro tempo), Xavi e Pedro. Nos minutos finais, a ousadia do técnico uruguaio foi premiada em linda cobrança de falta de Luis Suárez, no canto direito de Cassillas: 2 x 1.

Se quiserem evitar mais um título da Seleção Espanhola, sugiro aos adversários que treinem bastante e estudem uma forma de jogar de igual para igual com a Seleção Espanhola, porque ela vem forte, muito forte. Ver a manutenção do futebol da Seleção Espanhola ano após ano é algo que considero muito benéfico para o futebol mundial. Serve de exemplo! E que sirva de inspiração.

JOGO 2 - SEM MUITO BRILHO E COM DIFICULDADES, ITÁLIA DERROTA MÉXICO NA ESTREIA

Por Danilo Silveira

O Novo Maracanã abriu suas portas neste domingo para Itália e México estrearem na Copa das Confederações. E as duas seleções fizeram um primeiro tempo muito bom, bastante movimentado, mas não conseguiram repetir isso na segunda etapa.

Goleiro Corona não consegue evitar o golaço de Pirlo em cobrança de falta
Ficou perceptível no início da partida que Balotelli era uma peça de muita importância na equipe italiana. Tratava-se do homem de referência, que dava muito trabalho ao sistema defensivo mexicano. Porém, suas tentativas de estufar as redes acabaram não tendo tanto sucesso: o goleiro Corona apareceu bem, garantindo a manutenção do 0 x 0 nos minutos iniciais. Já o México, adiantava seu quarteto ofensivo (Guardado, Giovani dos Santos, Chicharito e Javier Aquino), tentando impedir uma saída de bola mais qualificada dos italianos e quando detinha a posse de bola articulava boas jogadas, com trocas rápidas de passe. Apesar de presente no campo ofensivo com frequência, o México não levava perigo constantemente ao gol de Buffon. O primeiro lance mexicano de maior destaque aconteceu em boa jogada pela esquerda, que terminou com um forte chute de Guardado (que fez bom primeiro tempo), que explodiu no travessão do goleiro italiano. Se Balotelli tentou algumas vezes e não conseguiu balançar as redes, Pirlo foi lá e mostrou ao atacante como se deve finalizar uma bola: com calma e categoria. Foram essas as características que o meio-campista italiano demonstrou em cobrança magnífica de falta: 1 x 0 para a Itália. O sistema defensivo italiano se comportava bem, demonstrava segurança. Mas, aos 33 minutos, a falha foi fatal. Barzagli perdeu a bola para Giovani dos Santos e acabou cometendo pênalti no lance. Chicharito cobrou bem e empatou a partida.

Veio a segunda etapa e o agradável jogo apresentado pelas duas equipes na primeira etapa deu lugar a um jogo bem abaixo taticamente. O México já não mais conseguia tocar a bola com qualidade e já não mais marcava a Itália de maneira avançada. O time comandado por Cesare Prandelli cresceu no jogo, contando com a categoria de Pirlo, o melhor em campo, e com a luta incessante de Balotelli entre a marcação. E o treinador italiano lançou Cerci na vaga de um Marchisio pra lá de discreto na partida, enquanto o comandante mexicano, José Manuel de la Torres, lançou Mier na vaga de Javier Aquino, que não foi bem jogando aberto pela ponta direita. E aos 32 minutos, veio o gol dele: Mário Balotelli. Ele recebeu na área, ganhou a disputa de corpo com Francisco Rodrígues e chutou para estufar as redes e dar a vitória à Itália na estreia. Na comemoração, ele tirou a camisa, levando assim cartão amarelo.

Balotelli comemora seu gol, que deu a vitória à Itália
No resumo da obra, Itália e México fizeram um primeiro tempo bom e equilibrado, mas na segunda etapa o jogo caiu de produção, o México atacou menos e a Itália foi superior. O placar disse bem o que foi o jogo. Apesar de ter um jogador brilhante (Pirlo), a Seleção Itália como time passa longe de ser brilhante. Tem bons valores (Balotelli é bom, De Sciglio fez boa partida na lateral esquerda), mas não tem o material humano tão qualificado quanto a Espanha de Xavi, Iniesta, Fábregas e companhia, nem quanto o Brasil de Oscar, Neymar, Lucas, Paulinho e, claro, Ronaldinho Gaúcho (ah não! Esse o Felipão esqueceu de levar).

domingo, junho 16, 2013

JOGO 1 - NÃO FOI BRILHANTE, MAS FOI UM BOM COMEÇO PARA O BRASIL: 3 X 0 NO JAPÃO

Por Danilo Silveira
Logo aos 2 minutos, Neymar abriu o placar em belo chute


A Seleção Brasileira dirigida por Felipão me transmite mais confiança que as seleções dos dois técnicos antecessores. O que não quer dizer lá muita coisa, já que Dunga e Mano Menezes tiveram passagens muito ruins no comando técnico da seleção do país penta campeão mundial. E no último sábado, na estreia da Copa das Confederações, a Seleção Brasileira foi bem, começou com o pé direito. Não foi brilhante, não encantou, mas isso já era esperado dentro da realidade em que vive atualmente a Seleção Canarinho. Foi um time seguro, tranquilo, que soube aproveitar oportunidades.

O primeiro gol saiu logo aos 2 minutos, quando Fred ajeitou para Neymar, que fez um golaço de fora da área, acertando a bola de canela, fato esse que não tirou a beleza da plasticidade do gol. Golaço que deu calma para o Brasil manter a posse de bola a maior parte do tempo, anulando quase por completo o poder ofensivo japonês. Kagawa e Honda pouco conseguiam articular jogadas mais agudas na equipe japonesa. Está certo que a posse de bola do Brasil por muito tempo era improdutiva, isto é, não se transformava em chances de gol, mas o Brasil tinha o controle da partida. Durante o primeiro tempo da partida, pode-se destacar isolados chutes a gol do Japão, nenhum com alto grau de perigo e duas chances para a Seleção Brasileira. Em uma delas, uma inusitada jogada. Um japonês foi sair jogando e acabou atingindo Marcelo em uma “região complicada” digamos assim. O fato acabou gerando um contra-ataque para o Brasil e Neymar serviu Fred, que chutou para boa defesa de Kawashima. Na outra oportunidade, Hulk bateu forte de fora da área e acertou a rede pelo lado de fora. Mesmo sem fazer um grande primeiro tempo, o Brasil mostrou algum entrosamento, em jogadas pelas laterais (Hulk e Daniel Alves pela direita e Marcelo e Oscar pela esquerda).

Veio a segunda etapa e a Seleção Brasileira conseguiu, a exemplo da primeira etapa, um gol nos minutos iniciais. Daniel Alves cruzou da direita e Paulinho apareceu bem para finalizar, aproveitanr falha de Kawashima e ampliar o marcador. Maeda, atacante japonês que entrou na vaga de Kiyotake, assustou em chute de fora, defendido por Júlio César. Mas, o ataque japonês, no geral, pouco se alterou na segunda etapa, ou seja, perigo quase nenhum à meta defendida por Júlio César. Vendo sua equipe vencer por 2 x 0 e controlar o jogo com tranquilidade, Felipão começou a fazer as suas mexidas. Neymar sentiu um incômodo nas costas e acabou dando a vaga para Lucas, Hernanes entrou na vaga de Paulinho e Jô substituiu Fred. E antes do apito derradeiro, Oscar fez boa jogada e serviu Jô, que não desperdiçou: 3 x 0 para o Brasil.

Jô entrou na segunda etapa e fez o terceiro gol brasileiro

Está certo que estamos em outro momento, a seleção é composta por outros jogadores e tem outro treinador. Mas, comparando-se a estreia na Copa das Confederações 2013 contra o Japão, com a estreia na Copa do Mundo de 2010 (vitória de 2 x 1 contra a Coreia do Norte), percebemos uma atuação muito superior contra os japoneses.

segunda-feira, junho 10, 2013

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O BRASILEIRÃO

Por Danilo Silveira

Virtudes em Criciúma

Dos cinco jogos iniciais no Brasileirão, o Flamengo ganhou apenas 1. E pasmem, ganhou aquele que eu acho o mais difícil. Derrotou o Criciúma no Heriberto Hulse. E mais, ganhou jogando bem. Está certo que ainda na primeira metade da etapa inicial o atacante Fabinho foi expulso, deixando o time da casa com menos um, mas isso não tira o mérito rubro-negro. O time jogou bem, mostrou calma, organização e segurança, virtudes que atualmente são difíceis de ser ver no time do Flamengo. E agora? Mano vem? Muricy vem? Algum outro treinador está para chegar? Ou Jaime de Almeida vai ser efetivado? Dúvidas que devem desaparecer nos próximos dias.

Mais três pontos na conta do Glorioso

Não foi uma grande partida no Moisés Lucarelli, mas o resultado foi maravilhoso para o Botafogo. A equipe de Oswaldo de Oliveira venceu por 2 x 0, trouxe três pontos de Campinas e vai para a pausa para a Copa das Confederações com 10 pontos na tabela, em 15 disputados. O Botafogo é bom, é forte. Nos último três anos, com Joel Santana, Caio Júnior e Oswaldo de Olivera, respectivamente, o Glorioso bateu na trave e não conseguiu vaga na Libertadores. Em 2013, acho que enfim o Botafogo consegue sua vaguinha no almejado torneio Sul-americano.

Galo jogando como Galo


E a seca de vitórias do Galo foi espantada (eram seis jogos sem vencer). Jogando em sete Lagoas (o Independência está nas mãos da FIFA e será usado para treinamento na Copa das Confederações), a equipe do técnico Cuca foi bem, conseguiu fazer 2 x 0 e derrotar a dura equipe do Grêmio. A equipe voltou a ter a velocidade habitual, jogando em uma intensidade muito alta. Ronaldinho foi decisivo, converteu um pênalti e em um contra-ataque marcou o segundo também. Por sinal, vale lembrar que ontem o gaúcho completou 50 jogos com a  camisa do Galo. Após o jogo, ele foi informado sobre essa marca, disse que não sabia e falou que espera que venham mais 50 jogos com a camisa atleticana. Um casamento até então perfeito. Falando do Grêmio, trata-se sim de um time forte, mas não admiro tanto a forma da equipe jogar e não acho o trabalho de Vanderlei Luxemburgo dos melhores. Não consigo ver a equipe gremista lutando forte pelo título nesse Brasileirão, como muitos estão imaginando.

domingo, junho 02, 2013

NEM MELHOR NEM PIOR, APENAS UM ESTÁDIO DIFERENTE!

Por Danilo Silveira

Eu ainda estava por nascer no dia 16 de julho de 1950. Muitos e muitos anos depois, ouvi dizer algo do tipo “Naquele dia ouviu-se o maior silêncio da história do Maracanã.” Foi nesse dia, que completará em breve 63 anos, que a Seleção Brasileira, dentro de casa, perdeu a Copa do mundo para os uruguaios, levando às lágrimas milhares de brasileiros.

De lá até o ano de 2002, pôde o Brasil ganhar cinco copas do mundo. De lá até 2010, pôde o Maracanã receber muitas e muitas emoções. Escolhido para sediar pela segunda vez a final de uma Copa do Mundo, o Maracanã precisou ser colocado abaixo, para subir, três anos mais tarde, mais moderno e mais luxuoso. Mais bonito?

Não necessariamente. Já diz o ditado que “a beleza está para os olhos de quem o vê”. Sim, cabe confessar que o Novo Maracanã está belíssimo, quase que impecável em sua arquitetura. Mas o outro Maracanã, o antigo, era lindo, maravilhoso. Era um patrimônio cultural! Um cartão postal, literalmente. Não conheço muitos estádios mundo afora, mas o Maracanã, o antigo, era único. Aliás, é único! Pode não estar mais entre nós no âmbito físico, mas estará sempre presente na memória daqueles que o amavam.

Diz outra frase famosa que “a beleza interior também é muito importante”. O velho Maracanã, tinha uma beleza que transcendia às denominações “internas” e “externas”. Uma beleza sentimental e afetiva. Algo difícil de transcrever em palavras. Pois bem, esse Maracanã o qual me refiro, nos deixou.

Diz uma outra frase que “É preciso evoluir”. Serve para alguns justificarem a demolição do Maracanã, o antigo, para construção do novo Maracanã. Mas será que não podíamos evoluir em um outro espaço, preservando nossa identidade, nossa história, nosso cultura, nosso país, nosso povo? Mas, ao mesmo tempo, como poderia o Rio de Janeiro receber uma final de Copa do Mundo em outro estádio, que não o Maracanã? Seria como trair nosso velho e querido estádio. A solução foi uma “cirurgia plástica”. Mantemos o nome e o espaço físico, mas mudamos o resto todo.

Se a tecnologia me permitisse, eu teria trazido o Maracanã, o antigo, para minha casa e o salvado dentro de um pen drive. Assim, sempre que me desse vontade eu poderia mergulhar nele e sentir as emoções que ele me proporcionava. Emoções particulares, que ele, somente ele, me proporcionava. Hoje, o Maracanã continua sendo Maracanã, mas ao mesmo tempo não é mais o Maracanã.

O novo Maracanã está aí. Tem o mesmo formato do antigo, mas nem de longe é o Maracanã que eu conheci. Melhor? Pior? Diria eu que nem melhor nem pior, apenas um estádio diferente. Que nele tenhamos grandes emoções, vivamos momentos épicos e inesquecíveis. Sim, claro! É essa a torcida.

E o Maracanã, o antigo? Que descanse em paz, consciente de que fez muita gente chorar e sorrir, não necessariamente nessa ordem. E não necessariamente por sentimentos idênticos. Não só choros de tristeza, nem só sorrisos de alegria. O Maracanã, o antigo, já presenciou sorrisos de agonia e choros de alegria. E o Maracanã, o novo? Esse já me fez chorar de alegria e sorrir de tristeza. Um choro alegre por saber que temos em nosso país uma arena moderna e belíssima, que vai receber a final de uma Copa do Mundo. Um sorriso triste, por saber que o Maracanã, o antigo, agora só na memória.