quarta-feira, maio 28, 2014

VASCO CLAMA POR MUDANÇAS.

O momento atual vivido pelo Vasco na Série B preocupa. Além de estar distante do G4, a equipe de Adilson Batista não vem convencendo. Na terça da semana passada assisti à bisonha atuação da equipe no empate em 1 x 1 com o Sampaio Corrêa. E ontem, diante do Bragantino, em Bragança Paulista, mais uma atuação muito ruim e outro empate em 1 x 1.

O jogo começou muito ruim, faltoso, com as equipes tendo dificuldade na criação de jogadas. A primeira finalização do Vasco se deu somente aos 19, quando Biteco bateu por cima da meta de Renan, aquele mesmo que já foi do Inter e do Corinthians. Se analisarmos o meio campo vascaíno no papel (Fabrício, Pedro Ken, Douglas e Biteco), não é ruim e parece suficiente para se fazer uma campanha tranquila na Segunda Divisão. Mas na prática, esse meio campo penou para criar, penou para trocar passes certos e envolver o adversário. Aos 27, o Bragantino quase abriu o placar, acertando o poste esquerdo de Diego Silva. Nas minhas contas, o primeiro tempo terminou com 23 faltas cometidas, número alto, que interferiu no andamento do jogo, no tempo de bola rolando.

Veio a segunda etapa e o jogo melhorou em alguma coisa (piorar seria difícil). O Vasco parecia um pouco mais seguro e dono das ações, mas chances de gol mesmo eram raríssimas; Edmilson sofria sem ser abastecido. Adilson lançou Rafael Silva na vaga de Iago e pouco depois Montoya no lugar de Biteco. Pouco adiantou. E o gol do Vasco acabou saindo na bola parada. Rodrigo cobrou falta quase do meio campo, a bola quicou na frente de Renan, que acabou dando rebote, aproveitado por Montoya. Mesmo com uma atuação muito ruim, o Vasco estava conseguindo três preciosos pontos. Só que Cesinha deu um lançamento primoroso, encontrando Robertinho, que cabeceou para empatar o jogo, aos 36 minutos. E poderia ter sido pior se Nunes (ex Vasco) tivesse aproveitado excelente chance aos 48, mas ele acabou cabeceando para fora.

O time do Vasco clama por mudanças. Que a Copa do Mundo sirva de inspiração para o Gigante da Colina, que hoje passou longe de fazer jus ao apelido.

terça-feira, maio 27, 2014

SEM RIBERY, VALBUENA COMANDA GOLEADA FRANCESA.

Nesta terça, a França goleou a Noruega por 4 a 0, em amistoso de preparação para a Copa do Mundo. O grande destaque do jogo foi o meia Valbuena, que não balançou as redes, mas foi o responsável por três assistência.

A França começou o jogo bem. Logo com um minuto, Valbuena cobrou falta da esquerda e Griezmann cabeceou para boa defesa do goleiro Nyland, que colocou para escanteio. E na jogada seguinte foi a vez de Giroud cabecear e novamente o goleiro norueguês evitou o gol. Porém, aos 15 minutos, ele nada pôde fazer para evitar que o placar fosse aberto. Valbuena recebeu (em impedimento que não foi assinalado) na ponta esquerda, cruzou para Pogba cabecear e abrir a contagem. A França deu sinais de que se soltaria cada vez mais na partida, no entanto, na segunda metade da primeira etapa a equipe caiu de produção e viu a Noruega esboçar uma reação.

O intervalo veio em boa hora para a equipe de Deschamps. Logo aos sete minutos da segunda etapa, Giroud ampliou, com belo chute da entrada da área, depois de receber passe de Valbuena. A França passou a ter total domínio do jogo diante de uma Noruega pouco competitiva. Remy saiu do banco de reservas para aumentar o placar depois de ótimo passe de Debuchy. A vitória francesa estava virando goleada. Antes de ser substituído, Valbuena apareceu para dar sua terceira assistência para gol. Cruzamento da esquerda na cabeça de Giroud: 4 x 0. Provavelmente o torcedor francês saiu do Stade de France feliz com o que viu!

Ps: Nasri cairia como uma luva nesse time!
Ps2: A França me surpreendeu de forma positiva.

segunda-feira, maio 26, 2014

COM DOSES DE EMOÇÃO, REAL MADRID VENCE SUA DÉCIMA LIGA DOS CAMPEÕES

Por Danilo Silveira

Foi somente aos 48 da segunda etapa que o Real Madrid conseguiu vencer o praticamente intrasponível sistema defensivo do Atlético de Madrid. Sérgio Ramos, de cabeça, tirou o título que parecia nas maõs da equipe comandada por Diego Simeone. Equipe que, por sinal, deve ser muito elogiada. O time do Atlético é um time incrível, não é dos mais brilhantes nem pratica um futebol dos mais belos, mas é um time que sabe muito bem o que quer e tem total consciência daquilo que está fazendo dentro de campo. Depois de passar pelo Milan de Seedorf, Barcelona de Messi e Chelsea de Mourinho, chegou à final e encarou o qualificado Real Madrid de igual para igual. Real Madrid de um Cristiano Ronaldo que teve uma atuação muito, mas muito distante do que se espera de um melhor jogador do mundo. Real Madrid do veloz Gareth Bale, que incomoda muito, do motorzinho Di Maria e de um sumido Benzema.

Os 45 minutos iniciais foram mal jogados. Muitas entradas fortes, muita discussão em campo e poucas chances de gol. Antes dos dez minutos o Atlético sofreu uma baixa: Diego Costa, que era dúvida, não conseguiu permanecer em campo e deu lugar para Adrián López. A partida começou truncada, com poucas chances. O Real poderia ter aberto o placar quando Gareth Bale recebeu um presente do volante Tiago, que errou a saída de bola, entregando a redonda em seus pés, mas o galês acabou batendo para fora. E foi na bola aérea que o time de Diego Simeone abriu o placar: Cassillas errou feio, saiu do gol fora de tempo e Godín usou a cabeça não para estufar as redes, mas para colocar força suficiente para bola cruzar a linha antes de Cassillas afasta-la para longe. Vantagem enorme para o Atlético, já que fazer um gol na equipe de Simeone é das tarefas mais complicadas.

Veio a segunda etapa e quanto mais o relógio passava, mais parecia distante a ocorrência de algum gol. O Atlético não conseguia assustar na parte ofensiva, mas mantinha o duelo sob controle. Até que Ancelotti fez duas mexidas de uma só vez, lançando Isco e Marcelo, nas vagas de Khedira e Coentrão. As alterações surtiram efeito e o Real conseguiu ganhar mais presença ofensiva, enquanto o Atletico se acuou. O gol do Real, que parecia distante, passou a parecer bem mais perto. Mas, a valentia atleticana, somada a aplicação tática eram os dois maiores aliados do time de Simeone para manter o placar intacto. Só que Sérgio Ramos apareceu aos 48 para servir como um pesadelo para os atleticanos.

Veio a prorrogação e por conta das cirscunstâncias, o Real passou a estar mais perto do título. O Atlético se superou e aguentou até os 6 da etapa final, quando Di Maria, fez linda jogada pela esquerda, driblando Juanfran e chutando; Courtois defendeu, mas Bale apareceu e cabeceou para o gol vazio. Foi um duro golpe e a cicatriz deve ficar eternamente em cada jogador atleticano que participou da final. Marcelo ampliou e Criatiano Ronaldo, de pênalti, selou os 4 x 1.

Antes do apito final, Simeone e o zagueiro Varane se desentenderam, mas logo a confusão foi apartada, o árbitro apitou o fim do jogo e o Real comemorou seu décimo título de Liga dos Campeões.


Sinceramente, pelo jogo de hoje, para qualquer lado que fosse a taça seria de forma merecida.

quarta-feira, maio 21, 2014

MESMO COM ATUAÇÃO PÉSSIMA, VASCO ARRANCA EMPATE DO SAMPAIO CORRÊA

Por Danilo Silveira



Se jogar o restante das partidas da Série B como jogou nesta terça-feira diante do Sampaio Corrêa, o Vasco corre sério risco de cair para a Terceira Divisão. O apresentado pela equipe de Adilson Batista em 90 minutos foi bisonho.

Durante boa parte da primeira etapa, o sistema defensivo vascaíno jogou em linha e de maneira avançada. Não sei se essa foi a estratégia montada pelo treinador ou se foi realmente algo imposto pela desorganização da equipe em campo. O fato é esse posicionamento era pra lá de suicida e um pouco de sorte mesclado com falta de qualidade da equipe adversária acabou impedindo que o gol saísse. O velocista Pimentinha, do Sampaio Corrêa, dava muito trabalho à defesa vascaína e chegou perto de abrir o marcador em duas oportunidades: em uma ele chutou para fora e na outra Diego Renan salvou quase em cima da linha. Na parte ofensiva, o time pouco conseguia fazer. Foram raros ou até inexistentes momentos de lucidez da equipe da Colina durante os primeiros 45 minutos. A equipe nitidamente sofria com a ausência de Douglas, mas não é motivo para tamanha falta de inspiração ofensiva.

Para a segunda etapa, Adilson lançou o artilheiro Edimilson, mas de nada adiantou. Um time que já era desorganizado se tornou ainda mais bagunçado e o gol do Sampaio aconteceu natural e merecidamente. Gol de um time mais organizado, mais inteiro fisicamente, que dominava a partida. E como saiu o primeiro, poderia ter saído o segundo, o terceiro e assim por diante. O Vasco estava muito mais perto de sofrer mais um gol do que de empatar a partida. No entanto, os deuses do futebol deram ao time da Colina um presente quando o relógio já marcava quarenta e muitos. Guilherme Biteco, estreante da noite, foi o autor do gol que deu mais um ponto ao Vasco na tabela de classificação.


O que mais deve preocupar a torcida, a diretoria e a comissão técnica do Vasco não é a perda de dois pontos na tabela com o empate, mas sim a qualidade do futebol apresentado pela equipe, que foi abaixo da linha da mediocridade.

terça-feira, maio 20, 2014

PONTO FINAL NA AGONIA: COM TÍTULO, ARSENAL É SÓ ALEGRIA

Por Eduardo Riviello

Teve fim a seqüência de quase uma década sem títulos oficiais. Fiel ao estilo de posse de bola com velocidade e infiltração, o Arsenal demorou para acordar para o jogo. Só que, depois de despertar, partiu pra própria felicidade: virou o jogo diante de um valente Hull City e, após prorrogação, gritou "é campeão" em Wembley.

As coisas começaram altamente favoráveis aos Tigres: com duas chegadas ao ataque, a equipe aproveitou-se de vacilos na marcação adversária para já abrir 2a0 com oito minutos. Os autores dos gols foram os defensores Chester e Davies. Porém, nove minutos depois, Cazorla foi muito feliz em cobrança de falta e diminuiu o impensável prejuízo para um gol de diferença.

O que era uma partida até então frenética foi se tornando um jogo mais estudado. Ou seja, um andamento no mínimo inusitado para uma partida de futebol - sobretudo se tratando de uma final, quando costumamos ver o confronto sendo primeiro "pensado" e depois "jogado".

No segundo tempo, o Arsenal passou a mostrar quem é que manda. E subiu visivelmente de produção após a primeira mexida de Wenger: Sanogo no lugar de Podolski. O atacante francês marcou presença em campo com estilo e causou diversos transtornos a até então aparentemente tranqüila defesa do Hull. O empate veio com Koscielny, que sentiu as dores do choque com o goleiro McGregor e não pôde comemorar o gol com o entusiasmo que a ocasião merecia: era o início da redenção de um zagueiro que ficou marcado por vacilar numa final de Copa da Liga Inglesa.

O destino da final era a prorrogação. No intervalo do primeiro para o segundo tempo, Wenger fez outras duas substituições: saíram Cazorla e Özil, entraram Wilshere e Rosicky. Ganhou solidez no meio a ponto de assumir quase que inteiramente o controle das ações. E o prêmio pela superioridade caiu para aquele que mais merecia: Aaron Ramsey, que, embora bastante tempo afastado por lesões, foi o grande destaque do clube na temporada. Aliás, vai saber até que ponto a saída da disputa pelo título na Premiership não tenha sido derivada exatamente da contusão do meio-campista galês. Pois foi de Ramsey o gol do título. Título que só se confirmou com o apito final de Lee Probert. Houve tempo ainda para o Hull quase empatar a partida, em lance que contou com escorregão de Mertesacker, saída em vão de Fabianski e quase-gol-contra de Gibbs após a finalização/cruzamento de Aluko, que ainda apareceu bem em finalização de média distância muito bem defendida por Fabianski.

Quem não infartou, celebrou. O Arsenal é campeão na Copa da Inglaterra 2013-4. E que venha a próxima temporada.


 Aaron Ramsey com o troféu de campeão na Copa da Inglaterra (a "FA Cup"): meia galês marcou o gol do título e foi um dos destaques na temporada.

quarta-feira, maio 14, 2014

UNA NOCHE DIABÓLICA EN EL ESTADIO DE CLUB ATLETICO INDEPENDIENTE

Por Danilo Silveira

Avellaneda é uma cidade Argentina, que fica na província Buenos Aires. Lá encontra-se o fascinante Club Atletico Independiente.  Trinta minutos foi mais ou menos o tempo que o coletivo (assim são chamados os ônibus por lá) número 100 me levou do microcentro de Buenos Aires até uma espécie de estradinha, que fica praticamente ao lado do Tenis Club Independiente. E ao lado do clube fica o belo estádio Libertadores da América, a cancha onde os Diabos Vermelhos, como são chamados, mandam os seus jogos.

Placa que fica na recepção do clube
Com sete Libertadores no currículo e conhecido como rei das copas, o Independiente disputa hoje a segunda divisão do Campeonato Argentino, lutando no pelotão da frente buscando uma vaga na elite. O duelo o qual fui assistir era contra o San Martín, de San Juan. A pelota ia rolar somente as 20h10 e quando cheguei ao Clube o relógio ainda marcava umas 16hrs. Fui muito bem recebido pelos funcionários, que me informaram que a venda de ingressos se iniciaria por volta das 17h30, lá mesmo. Dito e feito. Paguei 220 pesos por ele (cerca de 55 reais) e lá fui em direção ao estádio. Fui um dos primeiros a entrar e logo fiquei fascinado com a beleza que ele nos proporciona aos olhos. Um estádio tipicamente argentino, longe daquele padrão FIFA, que serve para unificar o mundo da bola e distanciar os países da sua cultura esportiva. Aos poucos os torcedores foram entrando e a ornamentação das grades e arquibancadas deixavam o estádio cada vez mais belo.

Libertadores da América visto de fora
Devia estar uns 15 graus e a cantoria da torcida serviu para esquentar o ambiente. Impressiona como se comporta a torcida, barulhenta durante praticamente todos os 90 minutos. Dentro de campo, o jogo não foi lá dos mais bonitos. O nível técnico do duelo pareceu fraco e o Independiente comportou-se melhor que seu adversário, dominando as ações em boa parte do tempo. Domínio esse que se traduziu em gols, um em cada tempo. O 2 x 0 serviu para deixar o gigante colado no G3 (três clubes sobem para a primeira divisão). Faltam 5 partidas para o término da competição e o Independiente é o quarto colocado, com 58 pontos, dois a menos que o terceiro, o Instituto, que soma 56.

Confira a entrada em campo do Independiente:


A diabólica noite em Avelleaneda não acabou por aí. Ao sair do estádio caminhei cerca de dois minutos e me deparei com o estádio Juan Domingo Perón, do Racing, o rival do Independiente. Sem exageros, a cancha do rival deve ficar a uns 150 metros do Libertadores da América. Como se você saísse de São Januário, andasse dois minutos e chegasse na Gávea. Tão louco, tão fascinante!

Vale ainda destacar que hoje em dia os jogos entre times argentinos acontecem com torcida única. Ou seja, a torcida visitante não tem o direito de entrar no estádio do rival. Medida essa, adotada por conta da violência, que até hoje atrapalha a beleza do futebol, não só brasileiro, mais mundial.

A visita ao estádio dos Diablos Rojos ficará eternamente na minha lembrança. Foi um inferno de emoção.

quinta-feira, maio 08, 2014

INOFENSIVO, CRUZEIRO SAI DERROTADO DO NUEVO GASÓMETRO

Por Danilo Silveira

Na noite desta quarta-feira o Cruzeiro não chegou nem perto de ser aquele time que encantou o país em 2013, com uma força ofensiva invejável, que mais parecia uma máquina de fazer gols. A equipe comandada por Marcelo Oliveira não criou praticamente nenhuma chance clara de gol e saiu do Nuevo Gasómetro derrotada por 1 x 0 por um compacto e arrumado San Lorenzo, comandado por Edgardo Bauza.

A tônica do primeiro tempo foi um San Lorenzo mais presente na parte ofensiva, mas sem criar muitas chances de gol. Apesar de termos um duelo tático interessante no campo de jogo, a falta de emoção acabou tornando os 45 minutos iniciais meio chatos.

Veio a segunda etapa e o Cruzeiro melhorou passando a atacar mais. Como seu aliado, o time do Papa tinha uma torcida impressionante, que cantava quase que ininterruptamente. E ironicamente, foi quando o time visitante melhorou no jogo que o San Lorenzo criou suas melhores chances. Primeiro, Fábio conseguiu salvar o Cruzeiro em duas defesas sequenciais espetaculares: primeiro em uma cabeçada e depois, mesmo caído, ele conseguiu parar um chute adversário. Só que nem o goleiro cruzeirense foi capaz de impedir que Santiago Gentiletti abrisse o placar pouco tempo depois. Jogada que nasceu em uma bola parada e terminou com a cabeçada do jogador para as redes celestes, aos 19 minutos.

Marcelo Oliveira mexeu no ataque da sua equipe, sacando Júlio Baptista e Willian, lançando Borges e Dagoberto. Mas a mudança não surtiu um efeito muito positivo não. O Cruzeiro continuou sem criar e distante do gol defendido por Torrico. O apito final veio e com ele a impressão de que teremos na próxima quarta-feira um duelo bem mais interessante que o de hoje. O palco é o Mineirão e de lá sairá um dos semifinalistas da competição.


Meu palpite? San Lorenzo passa!