sábado, agosto 16, 2014

COM GOL NOS ACRÉSCIMOS, ARSENAL LARGA COM O PÉ DIREITO NO INGLÊS

Por Danilo Silveira


Diante de muitas expectativas, o Arsenal estreou na temporada 2014-2015. Três dias antes do jogo de ida contra o Besiktas, pela Pré Liga dos Campeões, os Gunners receberam o Crystal Palace, no Emirates.
Mudou a temporada, mas algumas coisas continuaram até aqui, intactas. O Arsenal conseguiu uma daquelas vitórias com a marca do Arsenal. Aquele jogo em que parece que a vitória não vem, mas no final das contas dá tudo certo.

Hangeland abriu o marcador para o Crystal Palace na primeira etapa, apesar do amplo domínio do Arsenal no jogo. E quando parecia que o time de Arsene Wenger iria para o intervalo perdendo, Koscielny foi lá e empatou a partida de cabeça, em posição duvidosa (me pareceu em impedimento).  Cabe destacar que quem cobrou a falta para o zagueiro empatar o jogo foi Alexis Sánchez. O chileno fazia sua estreia com a camisa do Arsenal. Não fez um grande jogo, errou muito, mas foi bem participativo, mostrando que pode ser uma boa válvula de escape para a equipe.

Veio a segunda etapa e o Arsenal rodava a bola, procurava espaços no campo ofensivo para penetrar na zaga adversária. Acontece que o Crystal Palace jogava muito fechado, dificultando a vida dos Gunners. Wenger começou a mexer na equipe. Primeiro trocou o lateral-esquerdo Gibbs por Monreal, da mesma posição. Depois, fez uma troca de centroavantes: Sanogo deu lugar a Giroud. As mexidas, no entanto, não acrescentaram muita coisa ao time, que continuou enfrentando muitas dificuldades para romper o bloqueio da equipe de Keith Millen.

Por fim, Wenger decidiu tornar o time mais ofensivo. Wilshere dava lugar a Chamberlain. O campo de ataque estava povoado, o Arsenal tinha a bola, mas parecia faltar profundidade. Os minutos foram se passando e o Crystal Palace não se abria. A equipe até tentava algumas investidas ao ataque, mas no geral a proposta era muito defensiva. Por sinal, cabe destacar que Chamakh, ex-Arsenal, atuava na equipe do Palace, mas não de centroavante. Com a camisa 29, o marroquino era o homem mais avançado do meio-campo.

Os 45 minutos estavam chegando ao fim e o árbitro Jonathan Moss indicou cinco minutos de acréscimos. Uma forte entrada de Puncheon em Monreal rendeu o segundo cartão amarelo e consequente expulsão do meio-campista do Crystal Palace. Era um fator positivo para o Arsenal. Teria a equipe de Wenger alguns minutos com um homem a mais. Instantes depois, aos 45, saiu o gol que trouxe a alegria ao Emirates. Debuchy chutou, Speroni deu rebote e Ramsey completou para as redes, dando ao Arsenal a primeira vitória na promissora temporada.


Talvez na história recente do Arsenal essa seja a temporada que inicia de forma mais promissora. O clube abriu os cofres, Wenger foi às compras! Trouxe Sánchez, Debuchy, Ospina e Chambers. E possivelmente ainda trará mais gente se a equipe passar pelo Besiktas e chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. O Arsenal dá indícios de que fará uma belíssima temporada. 

Por sinal, cabe destacar que a volta dos campeonato europeus deram uma bela animada no futebol. Estavam fazendo falta desde o término da Copa do Mundo.

NEWELLS ESBARRA NO GYMNASIA E NÃO CONSEGUE MANTER 100%

Por Danilo Silveira

Depois de vencer o Boca Juniors na Bombonera na estreia do Campeonato Argentino, o Newells Old Boys recebeu o Gimnasia no Coloso del Parque para tentar manter os 100%. No entanto, a equipe comandada por Gustavo Raggio criou poucas chances de gol e acabou empatando em 1 x 1.


O duelo começou e logo ficou nítido a proposta de ambas as equipes. O NOB valoriza a posse de bola enquanto o Gimnasia se posicionava todo atrás da linha da bola para tentar impedir que o adversário avançasse para dentro do seu campo. Acontece que a posse de bola do NOB não era aquela envolvente e ofensiva, que culmina na criação de chances de gol. Era sim aquela posse defensiva, passando constantemente entre os zagueiros. O time encontrava dificuldades para avançar e quando tentava acabava parando na marcação adversária.

O panorama da partida culminou em um duelo com raríssimas chances de gol. Cabe destacar que o Gimnasia mostrou-se muito faltoso na primeira parte do jogo. Aos 25 minutos, por exemplo, a equipe já havia feito oito infrações. O atacante Scocco, recém-repatriado pelo Newells, cabeceou à esquerda do gol defendido por Monetti após cruzamento da esquerda. Foi uma das raras oportunidades na primeira etapa. O mesmo Scocco protagonizou ainda na primeira etapa uma cena lamentável, ao cuspir na nuca de Barsottini, de forma totalmente antidesportiva. As câmeras mostraram os dois jogadores recebendo cartão amarelo. Provavelmente o árbitro não visualizou a cusparada e viu apenas algum tipo de desentendimento entre os dois atletas. Lamentável!

Veio a segunda etapa e o gol do Newells não demorou muito a sair. Aos dois minutos o garoto Tévez, de apenas 17 anos, cruzou da direita e Figueroa (que entrou na primeira etapa na vaga do contundido Villalba) cabeceou acertando a trave direita e no rebote Maxi Rodríguez chutou para estufar as redes. Era o gol que premiava uma equipe, que mesmo sem fazer uma partida brilhante, presava pela posse de bola e tentava o ataque.

Abria-se, portanto, um caminho muito promissor para o Newells dentro do jogo. Atrás no duelo, o Gimnasia provavelmente sairia mais para o ataque oferecendo espaços para o contra-ataque. Acontece que não demorou muito tempo para os visitantes empatarem o confronto. Aos 13, após cruzamento da direita, Barsottini executou forte cabeçada para colocar tudo igual no marcador. Por ironia, o mesmo jogador que levou a cusparada de Scocco. Talvez uma espécie de sanção aplicada pelos deuses do futebol à falta de fair-play do jogador do Newells. O Gimnasia, depois de conseguir empatar o jogo diante do River na estreia, conseguia o mesmo feito diante do Newells.

A partir desse momento, os visitantes passaram a ser melhor no confronto, sendo um time mais ofensivo do que havia sido durante todo o primeiro tempo. Demorou alguns minutos para o NOB voltar a dominar o jogo, manter a posse e estudar a melhor forma de chegar ao campo ofensivo e criar chances de gol. O tempo foi se passando e o gol parecia distante para ambos. Aos 45, o Gimnasia perdeu Quiroga, expulso em decorrência do segundo cartão amarelo. O Newells ganhava alguns minutos com um homem a mais para tentar chegar ao gol. No entanto, o 1 x 1 persistiu e ambas equipes seguem invictas no torneio.


O Gimnasia me pareceu um time que mesmo sem ser brilhante, vai ser daqueles que vai dar muito trabalho para gigantes. Aliás, já na estreia arrancou um ponto do atual campeão River Plate. Já o Newells pareceu um time bem arrumado, que ainda tem muito que evoluir e pode brigar forte pelo título.

PS: Cabe ainda destacar que Tatá Martino, novo técnico da Seleção Argentina, encontrava-se no estádio acompanhando a partida.

domingo, agosto 03, 2014

A REALIDADE DO FUTEBOL BRASILEIRO NO PÓS-COPA

Por Danilo Silveira

Neste domingo completam exatas três semanas em que a Copa do Mundo de 2014 nos deixou, para ficar viva somente na lembrança daqueles que a saborearam. E como ela tem feito falta. Tem sido complicado acompanhar futebol nesses 21 dias. Com os principais times da Europa em pré temporada então... Nos resta o Campeonato Brasileiro e as finais da Taça Libertadores.

A inevitável comparação entre jogos do Brasileirão com os da Copa do Mundo evidenciam o quão atrasado estamos em relação ao restante do mundo. O futebol que se pratica aqui é muito fraco se formos comparar, por exemplo, com a Liga dos Campeões. Claro que um dos motivos é o nível da habilidade técnica do atletas. Mas não é só isso. Não sou exigente ao ponto de querer que o Flamengo jogue com a mesma beleza que o Bayern, que o Botafogo seja tão encantador quanto o Barcelona ou que o Atlético Paranaense seja do nível do Real Madrid. O que gostaria de ver são times bem organizados e distribuídos taticamente, tornando o espetáculo "assistível".

Dentre o que vi Pós-Copa, talvez o Flamengo seja o que foi de pior. Parece que o Rubro-Negro da Gávea pratica um desporto diferente daquele praticado entre 12 de junho e 13 de julho. Como prêmio, a última colocação do Campeonato Brasileiro para o Mengão. E para carimbar o retrocesso do Flamengo, a saída do bom técnico Ney Franco para a entrada de Vanderlei Luxemburgo, que acumula consigo trabalhos mal feitos em outros clubes recentemente, inclusive no próprio Flamengo.

Acompanhando a decadência está a Seleção Brasileira. Depois da saída de Felipão, eu esperava a contratação de um treinador, se não bom ou excelente, aceitável. Foi aí que veio a CBF e lançou Dunga como novo-velho treinador. Não é piada de mau gosto, é verídico. Tão absurdo quanto a contratação feita pelo Grêmio: Felipão chegou para substituir Enderson Moreira. Parece que
os 7 x 1 sofridos para a Alemanha, que deveriam servir para desencadear um processo evolutivo do futebol brasileiro, serviu mesmo para desorientar cartolas e dirigentes.

Nesse mar de horrores, ainda conseguimos encontrar algo de bom, que ainda faz lembrar futebol bem jogado. Trata-se do Cruzeiro, campeão brasileiro em 2013 e líder da competição em 2014. Um time muito bem montado e organizado pelo competente treinador Marcelo Oliveira. Melhor time do Brasil na atualidade com sobras. A Raposa soma três vitórias e um empate no pós Copa e caminha a longos passos rumo ao título brasileiro novamente.


Um outro time que se mostrou bem arrumado é o San Lorenzo. Um dos gigantes da Argentina pode conseguir o inédito título da Copa Libertadores da América. Enfrenta o Nacional-PAR na grande decisão. Os dois confrontos acontecem nas duas próximas quartas-feiras. Um bom programa para o amantes de futebol.