quarta-feira, abril 29, 2015

NA ALTITUDE DE SUCRE, TIGRES VIRA PARA CIMA DO UNIVERSITARIO.

Por Danilo Silveira

Na fase de grupos da Libertadores, o bom futebol apresentado pelo Tigres, do México, me chamou atenção. E isso me motivou a assistir o duelo de ida das oitavas-de-final, onde os mexicanos foram até a Bolívia duelar com o Universitário de Sucre. Os 90 minutos foram mais que suficientes para o Tigres confirmar a boa impressão deixada na fase de grupos e despontar ainda mais como um dos favoritos à conquista da América.

Com um minuto de jogo, o Universitario abriu o marcador. Após cobrança de escanteio da esquerda, Castro desviou no primeiro pau e Jorge González cabeceou para o fundo das redes. Nem mesmo o gol sofrido precocemente e os 2.810 metros de altitude foram suficientes para desestabilizar a equipe do Tigres. Não demorou muito tempo para os comandados do brasileiro naturalizado mexicano, Ricardo Ferretti, implementarem um bom toque de bola no meio campo e terem a superioridade na partida.

Talvez o ponto mais forte do time do Tigres seja o trio de ataque, formado por Rafael Sóbis, Guerrón e Álvarez.  Talvez sabendo disso, o Universitario avançava a marcação, tentando ao máximo impedir a transição da posse de bola do Tigres do meio para o ataque. E de certa forma deu certo, pois os mexicanos, apesar de uma boa atuação, não conseguiram criar muitas oportunidades de gol na primeira etapa. Na melhor delas, aos 34 minutos, Guerrón achou Alvárez na ponta esquerda e o camisa 11 chutou cruzado, não indo às redes por questão de centímetros.

Quando o árbitro argentino Patricio Loustau apitou o fim do primeiro tempo, Guerrón acabou se desentendendo com seu companheiro de equipe, Pizarro, chegando a proferir-lhe um empurrão. O princípio de confusão logo cessou e, coincidência ou não, Guerrón não voltou para a segunda etapa, cedendo lugar a Enrique Esquerda.

Demorou apenas nove minutos na segunda etapa para o Tigres chegar ao empate, que veio com uma pitada de competência de Ricardo Ferretti. Esquerda entrou desempenhando bem o papel de “falso 9”, caindo pela ponta direita, mas também aparecendo bem pelo centro, dando opção de jogadas de profundidade. E foi numa dessas aparições que ele recebeu de Rafael Sóbis (em posição muito duvidosa, mas acredito que não estava impedido), limpou o goleiro Robles e chutou para empatar a partida.

A troca de um jogador por outro (Guerrón por Álvarez) foi benéfica ao Tigres, mas houve outra mudança também positiva na equipe mexicana. Só que essa não de uma peça por outra, mas sim no posicionamento de uma peça já atuante. Arévalo passou a ter mais liberdade para atacar, para se aproximar da área adversária. Em uma dessas investidas ele descolou excepcional passe para Álvarez, que deixou o defensor Cuéllar sentado antes de chutar para virar o jogo e colocar o Tigres em ótima situação para avançar às quartas de final.

No jogo da volta, os mexicanos podem até perder por 1 x 0 que avançam à próxima fase. A vitória do Universitario por 2 x 1 leva o jogo para a prorrogação e o triunfo por qualquer outro resultado dá aos bolivianos a classificação. Jogando o futebol que jogou hoje, cabe dizer que se torna muito difícil outro desfecho que não seja a classificação do time mexicano.

quinta-feira, abril 02, 2015

São Paulo joga mal e perde para o San Lorenzo na Argentina.


O San Lorenzo entrou para jogar uma partida decisiva de Libertadores e o São Paulo parece ter entrado para disputar um amistoso qualquer. Mais ou menos por aí se resume o duelo em Buenos Aires, que terminou com a merecida vitória do time argentino.




Contanto com o quarteto ofensivo formado por Ganso, Michel Bastos, Alan Kardec e Alexandre Pato, o São Paulo teve um desempenho ofensivo pífio. O goleiro adversário quase nada trabalhou e o máximo que a equipe de Muricy Ramalho conseguia eram boas, e não tão corriqueiras assim, trocas de passes na intermediária de ataque.




No lado oposto, Rogério Ceni também não teve muito trabalho, é verdade. Mas o São Lorenzo incomodou mais, soube melhor usar o lado direito de ataque, com Buffarini tendo boa atuação. E o prêmio veio mais ou menos na metade do segundo tempo e dos pés de quem veio do banco de reservas. Cauteruccio deu um belíssimo chapéu em Tolói, avançou e soltou uma bomba para vencer Rogério e marcar o gol único do jogo.




Apesar do revés e da má atuação, o São Paulo ainda está na segunda colocação do grupo, mas só por conta do saldo de gols, já que o San Lorenzo, terceiro colocado, tem os mesmos seis pontos ganhos. O cenário para o São Paulo no grupo não é dos melhores, mas também não é dos piores. Mas, em uma Libertadores que até aqui tem nos revelado muitos times bons, o São Paulo dificilmente irá muito longe se continuar apresentando o futebol que jogou na noite dessa quarta-feira.