Jogo 58: Em uma narrativa de cinema, Argentina derrota a Holanda nos penaltis e chega à semifinal

 Por Danilo Silveira

Um daqueles jogos memoráveis de Copa do Mundo. Um dos melhores jogos do Mundial 2022 até aqui!

A Argentina flertou com a eliminação, quando a vaga na semifinal parece certa, mas teve frieza, tranquilidade e muita força mental para se colocar mais uma vez entre as 4 primeiras colocadas em uma Copa do Mundo.

Podemos dizer que a maior parte do jogo foi da Argentina. Sob o comando de Messi  (provavelmente quem vai ganhar o prêmio de melhor jogador da Copa), a equipe dirigida por Scaloni conseguiu envolver a Holanda, jogar mais futebol e chegar ao gol. Em um passe magnífico de Lionel Messi, Molina saiu na cara do gol para fazer 1x0, aos 34 da primeira etapa.

Na segunda etapa, o jogo ficou a feição da Argentina. A Holanda precisava sair para o jogo e deixava espaços para a Argentina contra tra atacar. E tudo que a Argentina mais gosta nessa Copa é de espaço, que é quando Messi tem maior chance de desequilibrar. 

E aos 26 minutos, a Argentina conseguiu ampliar, em pênalti convertido por Messi. Tudo caminhava para uma vitória tranquila da Argentina. Foi quando a Holanda viu pelo alto, a chave do sucesso. Se por baixo, estava difícil, por cima a equipe de Van Gaal chegou ao empate. Koopmeiners apareceu dentro da área para finalizar cruzamento da direita para as redes e colocar emoção de sobra no jogo aos 37.

O cenário emocional do jogo mudou. A Holanda pareceu acreditar mais que poderia empatar, enquanto a Argentina saiu dos seus moldes de jogo. A equipe já não conseguia reter a bola nos pés e a pressão da Holanda tornou-se cada vez mais forte. Até que aos 50, um dos gols mais bonitos e interessantes da Copa do Mundo. Falta na meia lua para a Holanda. Acho que todo o planeta espeta a uma cobrança direta para o gol. Mas Koopmeiners mostrou ao mundo que o óbvio nem sempre é o mais eficiente. Ele bateu fraquinho, por baixo da barreira (que saltou), servindo Berghuis, que giou e bateu para as redes. Senhoras e senhores, quis os deuses do futebol, colocar uma prorrogação em Lusail.

O cenário parecia totalmente favorável à Holanda. Mas a Argentina mostrou uma força mental elogiavel no nível máximo. A equipe se reestruturou e foi para cima da Holanda. Na meia hora de futebol jogada após o apito final dos 90 minutos, a Argentina criou uma cinco chances de gol, com direito à bola na trave. Mas o destino levou a decisão para as penalidades.

E brilhou a estrela de Martínez, que pegou as cobranças de Van Dijk e Berghuis. Nem mesmo a cobrança para fora de Enzo Fernández conseguiu tirar a vaga da Argentina. Se não fez nenhum gol com bola rolando, Lautaro Martínez converteu o pênalti derradeiro, que colocou a Argentina na semifinal da Copa do Mundo.

São dois passos para o tri e para coroar o melhor jogador do século. Lionel Messo nunca esteve tão perto de entrar para o seleto grupo de campeões de uma Copa do Mundo.

Jogo 57: Mais organizada, Croácia elimina o Brasil

 Por Danilo Silveira

Faltou coragem para o Brasil ganhar da Croácia. A falta de ousadia do técnico o Tite foi castigada, de maneira caprichada pelos deuses do futebol.

Tivemos no estádio da Educação, um primeiro tempo de superioridade croata. A seleção comandada por Zlatko Dalic mostrou muito mais consciência tática, paciência e tranquilidade para executar sua proposta de jogo. Com a bola no pé, trocando passes e envolvendo o Brasil, os croatas tiravam a velocidade de jogo que o Brasil tentava imprimir.

E quando o Brasil conseguia manter a bola no ataque, o sistema defensivo croata sobressaia. Vinicius e Raphinha tentavam jogadas pelos flancos, mas pouco conseguiam. Assim como em toda a Copa, os laterais do Brasil pouco chegavam ao ataque. Danilo e Militão, junto Marquinhos e Thiago Silva, formavam praticamente  grupo de 4 zagueiros.

Veio a segunda etapa e passados alguns minutos, ficou nítida a melhora do Brasil. A Croácia já aprese tava dificuldades de reter a bola no pé, enquanto o Brasil parecia cada vez mais perto do gol. 

Era a hora de Tite mexer na equipe, fazer alguma mudança de cunho ofensivo. E o que se viu, foi Tite tirar Vinícius Jr e Raphinha para colocar Rodrygo e Antony. Mudança de peças, mas sem mudança de posicionamento. Dois pontas deram lugar a dois pontas. Os laterais seguiram sem apoiar e o Brasil seguiu sentindo a falta de mais jogadores no campo de ataque.

Quis o destino que a primeira vaga na semifinal fosse decidida após os 90 minutos. E cada vez mais, o Brasil parecia perto do gol. Parecia faltar pernas para a Croácia. E pouco antes do fim da primeira etapa da prorrogação, veio o alívio parcial para os brasileiros. Neymar tabelou com Paquetá, driblou o goleiro Livakovic e chutou para as redes: um golaço! O craque brasileiro percorreu por trás do gol com cara de raiva e proferindo palavrões para come.orar o gol...parecia o gol da classificação para a semifinal.

E quando tudo parecia favorável para a seleção brasileira, os deuses do futebol aparecem para dar esperança ao time mais bem montado e mais organizado dentro de campo. Orsic serviu Petkovic, que bateu de primeira, viu a bola desviar em Marquinhos e entrar nas redes de Alisson.

Vieram as penalidades e a Croácia eliminou o Brasil. Faltou humildade ao Brasil! Um time que demonstrou uma soberba sobrenatural ao longo da Copa, cai de maneira melancólica. Dos 5 jogos do Brasil, 4 atuações ruins e uma de média para boa. Segue a Croácia, novamente nas semifinais, assim como em 2018. Grande atuação de um time comandado por um treinador excepcional!

Jogo 54: Brasil abre vantagem na primeira etapa, mostra qualidade e vence a Coreia com folga

 Por Danilo Silveira

O Brasil conseguiu diante da Coreia, o que não havia conseguido fazer durante a primeira fase: abrir o placar nos minutos iniciais.

Quando o relógio marcava 15 minutos da primeira etapa, o placar já marcava 2x0. Isso parece que foi primordial para o Brasil ganhar tranquilidade e espaço para desfilar o bom futebol de seus jogadores.

Se taticamente não é brilhante, em termos de talento, o Brasil tem de sobra. Por outro lado, a Coreia tentava atacar o Brasil. Em momento nenhum a seleção asiática deixou a desejar em termos de atitude.

Mas quanto mais atacava, mais a Coreia deixava espaços para o Brasil contra atacar. Desenhava-se uma goleada histórica no 974. O jogo foi para o intervalo com 4x0 para o Brasil.

Valente, a Coreia voltou para a segunda etapa disposta a atacar o Brasil e diminuir a diferença no marcador. O Brasil teve chances de aumentar a diferença, mas a ousadia coreana foi recompensada e o jogo acabou 4x1 para o Brasil.

A Coreia deixa a Copa de cabeça erguida, tendo apresentado um futebol bem interessante. Já o Brasil, conseguiu apagar um pouco a má impressão deixada na primeira fase, onde apresentou um futebol taticamente muito ruim. Nas quartas, o Brasil pega a Croácia. Favoritismo brasileiro, mas expectativa de um jogo mais difícil.