Confesso que demorou cerca de uma semana para ficha cair. Zico voltou ao Flamengo, seu clube de coração. Agora como dirigente de todo o futebol do clube. Sem ser saudosista, digo que a bate na nação rubro-negra a saudade. A saudade dos tempos que Zico, vestindo o manto sagrado e com a bola nos pés, só não fazia chover no Maracanã.
Ícone de uma geração vitoriasa, o Galinho, como é carinhosamente chamado tem em seu currículo nada mais nada menos que 4 campeonatos brasileiros, uma libertadores e um mundial pelo Flamengo. Suas arrancadas fenomenais, suas enfiadas de bola certeiras e suas cobranças de falta precisas, colocaram seu nome, Arthur Antunes Coimbra, no seleto livro dos melhores do mundo. Não quero nem pretendo entrar no mérito das comparações com outros jogadores, Zico foi apenas um. Nem melhor nem pior, Zico é a cara do Clube de Regatas do Flamengo.
E foi por isso que ele voltou. Diga-se de passagem, em uma atitude muita bem pensada da presidente Patrícia Amorim. Prometendo muito trabalho ele assumiu a gerência de futebol do clube na última Terça-Feira. Em sua priemira coletiva foi sério, simples e objetivo, muito parecido do que era como jogador. E o galinho volta com bastante experiência. Durante cerca de cinco anos ele rodou a Europa como técnico do Fernebache da Turquia, do Olympiakus da Grêcia, além de ter disputado a Copa do Mundo de 2006 como técnico da seleção Japonesa. E isso o ajudara muito na sua nova gestão no Flamengo. Zico vai aliar toda sua experiência à sua paixão e identificação com o clube, para assim fazer o Flamengo voltar a ter a cara do Flamengo.
Em um trecho da sua coletiva, Zico falou que o ídolo ficou para trás e que agora ele quer ser cobrado como dirigente. Concordo com ele, mas é explícito que toda sua história no clube irá pesar a seu favor. Afinal, não é qualquer um, nem mais um dirigente que assume o Clube de Regatas do Flamengo. É simplesmente o Zico. E para quem o viu jogar nada mais preciso acrescentar, é o Zico!
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