terça-feira, julho 05, 2011

JOGO 6: CHILE MARTELA POR BAIXO, MAS CONSEGUE A VIRADA EM CIMA DO MÉXICO PELO ALTO

Por Danilo Silveira
Depois de fazer uma belíssima Copa do Mundo, o Chile manteve quase o mesmo time para a Copa América, e mesmo com a saída do técnico “El Loco” Bielsa, a equipe manteve o mesmo estilo de jogo do Mundial de 2010, agora comandada pelo argentino Cláudio Borghi, ex-jogador do Flamengo, e venceu os meninos do México por 1 a 0, na estréia.

Chile martela, mas México quem balança as redes


Logo quando a bola rolou, deu para lembrar do Chile da Copa do Mundo. Sanches e Isla eram as peças mais acionadas, pelo lado esquerdo de ataque. Não demorou muito para a equipe de vermelho envolver os mexicanos. Aos 4, bela enfiada de bola e Sanches perdeu ótima oportunidade pela direita, ao chutar para fora. O tempo passou eaos poucos o meio-campista Fernández foi aparecendo. Aos 26, ele cobrou falta com perigo, à esquerda do goleiro Michel. Aparentando limitações e fragilidades, o México, que cortou vários jogadores antes do início da competição, por indisciplina, não conta com Chicharito, que disputou a Copa Ouro (vencida pelo próprio México) e só possui jogadores Sub-23 no elenco, atacava esporadicamente, tendo nos pés de Giovani dos Santos a principal arma ofensiva. O toque de bola da equipe chilena, o esquema de jogo e a rapidez fazia-me lembrar o Barcelona. Faltava mesmo o gol para abrir o placar. E ele poderia ter vindo aos 30, quando Fernández apareceu pelo meio e tocou para Suazo, que errou a finalização. Na parte defensiva da equipe de Cláudio Borghi,, cabe destacar a boa atuação do zagueiro Ponce, que fazia boas intervenções quando era exigido. Aos 40, o improvável aconteceu: bola alçada na área por Giovani dos Santos, Contreras afastou, mas N. Araújo cabeceou para encobrir o goleiro Villar e abrir o placar para os mexicanos. Agora, o Chile precisava ir para o intervalo e voltar para a segunda etapa mais atento nas finalizações.

Depois de martelar por baixo, Chile vira pelo alto


E quando a bola voltou a rolar, os chilenos mantiveram a mesma postura, apesar da enfrentarem um pouco mais de dificuldades para fazer a bola rolar e chegar à frente. Mesmo assim, o domínio do campo ofensivo era notório. A primeira grande chance da equipe veio quando Suazo tabelou com o zagueiro Ponce a chutou na saída do goleiro Michel, que fez boa defesa. Aos 14, Cláudio Borghi trocou Beausejour, que não esteve bem na ponta esquerda,por Paredes, que jogou mais centralizado. Aos 20, Vidal recebeu pela esquerda, pedalou, limpou dois marcadores e arriscou à esquerda. Depois de tanto insistir por baixo e não conseguir, o gol saiu do alto. Escanteio cobrado da direita, Ponce tocou da cabeça, a bola descaiu, Contreras chutou e Paredes (que havia entrado 7 minutos antes) apareceu debaixo da trave para empurrar para o gol. Após o empate, o Chile tentou algumas jogadas aéreas, sem muito sucesso. Acho que foi suficiente para a equipe ver que tem vocação e qualidade para jogar por baixo. Luis Fernando Tena, técnico do México, fez sua primeira alteração, trocando Aquino por Peralta. Vale destacar que a equipe da América do Norte parecia um bloco se defendendo e saindo muito pouco ao campo ofensivo, sendo difícil destacar algum jogador da equipe. Se por baixo o Chile continuou sem conseguir balançar as redes, a virada veio por cima, assim como o gol de empate. Novamente escanteio cobrado da direita, e dessa vez, Vidal apareceu no primeiro pau para cabecear para o fundo das redes mexicanas. O Chile continuou no campo ofensivo, sem relaxar. Aos 35, bela jogada que nasceu da ponta direita: Sanches tocou para Suazo que centrou para Paredes, que sem goleiro, acabou não conseguindo ajeitar o corpo para completar. Em seguida, Carmona entrou na vaga de Fernández na equipe chilena. Quando parecia que o Chile não seria ameaçado, o México veio pra cima. Luis Fernando Tena tirou Márquez Lugo e colocou Edgar Pacheco. Em dois minutos em campo ele fez mais coisa que seu companheiro. Primeiro ele recebeu na direita da área e chutou para quase empatar a partida, mas o goleiro Villar e dois homens de linhas apareceram para brecar a finalização. Depois, ele fez uma dura falta e recebeu amarelo. Antes do apito final, Suazo saiu para a entrada de Estrada no Chile.

Resumindo, foi muito bom ver o mesmo Chile da copa do Mundo na Copa América. Que continue assim!

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