E o futebol segue aprontando suas peças. Não é que a Grécia
venceu neste sábado, em Varsóvia, a Rússia, pelo placar de 1 a 0, conseguindo
sua classificação para as quartas de final da Eurocopa. E de quebra, mandou os
russos de volta para casa mais cedo. A Rússia, time que apresentou o melhor futebol
no grupo A nos dois primeiros jogos, sucumbiu à retranca e à aplicação tática
da Grécia, que até então, era o time que pior tinha se apresentado no grupo.
Não que os russos tenham feito um jogo muito ruim, mas foi pior do que os dois
primeiros e não que a Grécia tenha feito uma partida brilhante, mas foi melhor
que as duas primeiras.
Karagounis coloca gregos em vantagem nos acréscimos da
primeira etapa
O jogo começou e quem esperava uma Grécia fechada, enganou-se.
Logo aos 4 minutos, Karagounis bateu escanteio da direita, Katsouranis apareceu
no primeiro pau, desviou com o pé e obrigou Malafeev a trabalhar. O jogo era
equilibrado, com as duas equipes buscando atacar, proporcionando aos
espectadores um bom duelo. Aos 9, após cruzamento da direita, Arshavin
finalizou com a sola do pé e Sifakis defendeu no meio do gol. Três minutos mais
tarde, Dzagoev arriscou de fora e a bola passou à esquerda do gol, com perigo.
Por volta dos 20 minutos, a Rússia passou a jogar melhor e dominar as ações
ofensivas. Por volta dos 25, já se podia dizer que a Grécia tinha virado uma
verdadeira retranca. E assim foi até o fim da primeira etapa. A Rússia tinha
dificuldades para criar e os gregos praticamente não apareciam no campo ofensivo.
Destaque para o atacante Samaras, que quando a Grécia atacava era ponta
esquerda e quando a Grécia defendia, era quase um lateral, sendo o melhor
jogador da equipe no quesito marcação. Apesar de não fazer um grande jogo, a
Rússia tinha a seu favor o empate e a Grécia parecia muito longe do gol. Mas,
aos 47 minutos, o improvável aconteceu. A Grécia cobrou um lateral pela ponta
direita, pouco depois da linha que divide o meio-campo, a marcação russa falhou
e a bola chegou até Karagounis, que invadiu a área e chutou cruzado para
inaugurar o marcador.
Rússia não supera ferrolho grego e está fora da Eurocopa
O gol de Karagounis estava classificando a Grécia, mas também a
Rússia, porque Polônia e República Tcheca empatavam no outro jogo da chave.
Qualquer gol que saísse no outro jogo obrigaria a Rússia a empatar o seu duelo.
Dick Advocaat lançou para a segunda etapa Pavliuchenko, na vaga de Kerhakov. E
a Rússia começou tentando exercer uma pressão na equipe grega. A dificuldade de
penetrar no sistema defensivo fazia com que os russos arriscassem chutes de
fora da área, mas a pontaria não estava das melhores. E foi a Grécia que
começou a chegar com mais perigo. Aos 13, Torosidis apareceu pela ponta
direita, cruzou rasteiro e Gekas por pouco não teve a chance de finalizar
debaixo da trave, mas Anyukov apareceu antes para afastar o perigo. Aos 15, Karagounis
fez fila na defesa russa, entrou na área e foi ao chão. O árbitro não só deixou
de marcar a penalidade como deu cartão amarelo para o camisa 10 grego,
tirando-o do jogo das quartas de final. Para mim, não houve o pênalti, mas
também não houve simulação, isto é, teve o choque, mas não caracterizou a
infração. O fato é que Karagounis passou um bom tempo reclamando. Aos 18, o
técnico Fernando Santos tirou o atacante Gekas para lançar o lateral Holebas,
que atuou pelo lado esquerdo. Assim, Samaras, que continuava a fazer uma grande
partida, passou a jogar mais avançado. Pouco depois, outra mexida: saiu
Karagounis, entrou Makos. Aos 23 minutos, a Grécia teve muito perto de fazer o
segundo gol. Zhirkov fez falta em Salpingidis, pouco antes dá linha da área. Tzavelas
foi para bola e em uma cobrança magistral, carimbou a trave esquerda, quase na
junção com o travessão e Malafeev apenas olhou e rezou para que a bola não
entrasse. Por volta dos 25 minutos, a Rússia tomou um gol sem ver a bola entrar
na sua meta. Isso porque no outro jogo da chave, a República Tcheca abria o
marcador e isso significava que a Rússia precisaria do empatar para se
classificar. Aos 26, Pogrebnyak entrou na vaga de Glushakov e aos 35, Izmailov
entrou na vaga do lateral Anyukev. Nesse meio tempo, aos 29, Denisov arriscou
de fora e o goleiro defendeu no canto esquerdo o chute rasteiro. A última
mexida na Grécia aconteceu aos 37: Salpingidis por Ninis. A Rússia apresentava
muita gente no campo ofensivo, mas faltava organização. Aos 38, veio a chance
mais clara e os deuses gregos atuaram e impediram que as redes fossem
balançadas. Arshavin cruzou dá direita e Dzagoev cabeceou, vendo seu arremate
passar à direita, tirando tinta do poste. Os minutos se passaram, os jogadores
russos aparentavam nervosismo e não conseguiam organização para criação de
jogadas de perigo. Até que veio o apito final, que decretou a Rússia fora da
Eurocopa 2012.
Parabéns à valentia grega, à classificação da República
Tcheca. Mas, foi triste ver a Rússia eliminada. Agora, fica a torcida para os
russos estarem no Brasil em 2014.
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