Pode-se dizer que o Fluminense jogou no sábado, diante do
Figueirense, 60 minutos de um futebol de time campeão. Dominou o time
catarinense em pleno Orlando Scarpelli, criou muitas chances de gol e fez 2 a 0
na marcador. Porém, uma substituição de Abel Braga somada a um gol do
Figueirense, mudou a história do jogo e o 2 a 2 acabou com um sabor bastante
amargo para o time das Laranjeiras, que parece ter fôlego para lutar ponto a
ponto pelo título da competição.
Flu é muito superior na primeira etapa.
O Fluminense entrou em campo com uma série de desfalques,
dentre eles, Deco e Fred machucados e Thiago Neves suspenso. Foi aí que entrou
em cena a força do elenco tricolor. Logo nos minutos iniciais, a equipe
comandada por Abel Braga mostrou-se superior em campo e foi criando chances de
gol. Aos 6, após falta cobrada da ponta direita, Samuel apareceu livre na área,
mas acabou finalizando desajeitado, à direita do gol defendido por Wilson. Aos
12, após cruzamento da direita, Claudinei cortou mal de cabeça e a bola sobrou
para Rafael Sóbis, que acabou finalizando à direita do gol. Aos 17, Carlinhos
apareceu pela esquerda da área e acabou empurrado por um adversário, mas o
árbitro negou a penalidade. O Figueirense atacava menos que o Fluminense, mas
conseguia levar algum perigo. Aos 21, Túlio deu um belo passe de letra e por
pouco Caio não conseguiu dominar na frente e ficar cara a cara com, Cavalieri. Aos
26 minutos, uma das jogadas mais bonitas do jogo. Uma bela troca de passes do
Fluminense terminou com Carlinhos de frente para o goleiro Wilson, mas o
lateral tricolor optou por não chutar e sim rolar para o lado em busca de um
companheiro, mas ninguém alcançou. Quatro minutos mais tarde, Samuel invadiu a
área pela direta, chutou cruzado e a bola beijou a trave direita. O Figueira
respondeu em seguida e após cruzamento da esquerda, Jean cortou mal, contra o
próprio patrimônio, mas deu sorte que a bola tocou na trave esquerda e não
entrou. Duas bolas na trave em um curto espaço de tempo. O Figueira assustava
em alguns chutes de média distância, mas o goleiro tricolor se mostrava muito
seguro, encaixando quase todos os chutes.
Flu abre 2 a 0, mas Abel mexe mal e time leva o empate.
Veio a segunda etapa e o Fluminense continuou jogando bem e
logo achou aquilo que estava faltando: o gol. E ele nasceu naquilo que o
Fluminense tem de melhor: a bola parada. Logo com um minuto, escanteio cobrado
da direita, Samuel desviou de cabeça e Digão apareceu livre no segundo pau e
também de cabeça empurrou para as redes. E aos 7 minutos, Bruno apareceu pelo meio
e deu belo passe para Rafael Sóbis chutar e ampliar: 2 a 0. Era o Fluminense
fazendo uma partida digna de time que quer ser campeão, dominando o jogo
amplamente e vencendo com autoridade. Queria a torcida que fosse assim até o
fim, mas não seria. Aos 10 minutos, Márcio Goiano (técnico que levou o Figueira
à Série A em 2010 e que fazia agora sua reestréia) promoveu a sua primeira
mudança, tirando Claudinei e lançando Almir. Mas foi a mudança feita do outro
lado, 11 minutos mais tarde, que deve ser mais comentada. Aos 22, Abel Braga,
aniooversariante do dia, completando 60 anos resolveu mudar o esquema que
estava dando certo, lançando o volante Diguinho e tirando Wellington Nem de
campo. Coincidência ou não, logo em seguida, veio o empate do Figueira, em uma
cabeçada de Aloísio após cruzamento da ponta direita. E foi a partir daí que se
viu algo que não tem sido comum ultimamente: o Fluminense desarrumado. O
Tricolor Carioca parou de atacar de forma organizada, começou a sofrer pressão
do Figueira e o empate parecia questão de tempo. Ele teria vindo aos 33, quando
após bate rebate na área, Aloísio empurrou para as redes, mas foi marcado o
impedimento de forma equivocada. O jogo entrou na sua fase final e os técnicos
mexeram mais na equipe. Abel lançou os jovens Mattheus Carvalho e Higor, nas
vagas de Rafael Sóbis e Wagner, enquanto Márcio Goiano lançou Deretti na vaga
de Caio. E aos 40, veio o castigo para a mudança de postura do Fluminense. João
Paulo cobrou falta com perfeição, no canto esquerdo superior de Cavalieri, que
nem pulou: 2 a 2. No entanto, as emoções do jogo ainda não tinham acabado. Aos
47, falta perigosa para o Fluminense, Jean cobrou bem e a bola carimbou o
travessão, depois a trave esquerda, mas não entrou. Era a terceira vez na
partida que um chute acabava tendo o endereço de uma das traves. No lance
seguinte, Aloísio teve a chance de virar o jogo, ao aparecer pela ponta
esquerda da aárea, mas o sistema defensivo tricolor apareceu para evitar o que
seria um resultado péssimo para a equipe. Levando em consideração a bola jogada
pelo Fluminense na primeira etapa e começo da segunda, o empate foi muito ruim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário