Por Danilo Silveira
Depois da vitória por 3 x 0 em cima do Japão, no jogo na estreia, em Brasília, o Brasil foi até o Castelão, em Fortaleza, em busca da manutenção dos 100% na competição. O adversário foi o México, que vinha de derrota para a Itália, no Novo Maracanã. E, após o final final, mesmo sem conseguir uma atuação convincente, o Brasil de Felipão comemorou mais uma vitória.
O Brasil entrou em campo com a mesma formação da estreia, mas o México não. A equipe comandada por José Manuel de la Torre ia para campo com duas alterações em relação a time que perdeu para Itália: Zavala e Aquino (muito mal na estreia), davam lugar a Torres Nilo e Mier. Os primeiros 15 minutos da Seleção Brasileira foram muito bons. A equipe sufocou o México e abriu o placar aos 8 minutos: Um mexicano desviou um cruzamento da direita e Neymar estava no lugar certo, para demonstrar sua grande habilidade, pegando de primeira no canto direito do goleiro Corona. Deposi de abrir o placar, o Brasil continuou bem no jogo, pressionando os mexicanos, até então quase inoperantes no ataque. Porém, por volta dos 15 minutos o Brasil parou de apresentar o futebol acima descrito. O time que sufocou o México nos minutos iniciais deu lugar a um time faltoso, sem jogadas bem elaboradas. O México passou a sair mais para o jogo, mas tinha dificuldades de criar chances de gol. Por pouco o Brasil não ampliou com o que tinha de melhor: Neymar. O garoto recebeu lançamento de Fred, dominou no peito e arriscou para fora. Pouco depois dos 30 minutos, David Luiz machucou o nariz, ao chocar-se com Thiago Silva. O zagueiro precisou passar quase todo o restante da primeira etapa recebendo atendimento médico. Com um a menos, aí mesmo que o Brasil desencontrou-se em campo. O intervalo veio em boa hora para a seleção que vestia amarelo.
Felipão poderia mexer para a segunda etapa devido à má atuação na maior parte da primeira etapa, mas preferiu voltar com o mesmo time que foi para o intervalo. Não houve nem sopro de melhorias. Apesar do time estar mal, tinha um fator de desequilíbrio: Neymar. O jovem talento destoava em campo, com belas jogadas. Ele colocou Hulk na cara do gol em belo passe por elevação, mas o camisa 19 chutou mal, para fora. Depois, ele recebeu pela direita, driblou um marcador e bateu cruzado para fora. Jogadas mais bem elaboradas e bom entrosamento não faziam parte do vocabulário da Seleção Brasileira. O que de melhor produzia a Seleção Brasileira mais acontecia por conta do talento individual. Como exemplo, um contra-ataque onde Paulinho saiu enfileirando adversários e tocou para Neymar, que chutou para boa defesa de Corona. O México cada vez mais rondava a área de Júlio César e o jogo tornava-se complicado para o Brasil. Felipão tinha no banco de reservas jogadores de frente como Lucas e Bernard, mas preferiu mexer lançando Hernanes, na vaga de Oscar, completamente sumido em campo. Acredito que o treinador brasileiro poderia ter mexido melhor. A essa altura, José Manuel de la Torre já tinha lançado Herrera na vaga de Flores no time mexicano e pouco depois da entrada de Hernanes, o treinador mexicano mexeu de novo, colocando Barrera na vaga de Torres Nilo. Os minutos se passavam e o apito final chegava mais perto. O jogo não era dos melhores e o Brasil aproximava-se de uma vitória magra e feia. Barrera deu algum trabalho para a marcação brasileira pela ponta direita, mas as investidas do México não se concretizavam em grandes chances de gol. Felipão lançou Lucas na vaga de Hulk e Jô na vaga de Fred. E mais uma vez, Jô conseguiu mostrar oportunismo, fazendo o segundo gol brasileiro. Não sem antes brilhar a estrela de Neymar. O novo reforço do Barcelona apareceu pela esquerda, driblou dois adversários e cruzou para o atacante atleticano, livre de marcação, chutar para o gol, uma bola que não era das mais fáceis.
No jogo em seguida ao do Brasil, a Itália venceu o Japão, e com isso, os classificados do grupo A ficaram definidos. Brasil e Itália avançam para as semifinais. No sábado, as duas seleções vão duelar em Salvador, para decidir quem será primeiro colocado. Por ter melhor saldo, o Brasil joga pelo empate para ser primeiro e, provavelmente, fugir de um confronto com a Espanha na semifinal.
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