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Costumamos usar o termo “mesmice”
para designar algo repetitivo, que cai na rotina. Por muitas vezes ou quase
sempre, a expressão é utilizada de forma para representar algo ruim, algo
chato. Mas, acredito que nem sempre é dessa forma. E a Seleção espanhola de
futebol é um exemplo de uma mesmice que me agrada, e muito. Foi na Copa do
Mundo de 2010, foi na Eurocopa de 2012. E agora na Copa das Confederações 2013.
Quase os mesmos jogadores nesses três torneios, um estilo de jogo praticamente
o mesmo estilo e a mesma forma encantadora e brilhante de se praticar futebol.
Aqueles que defendem a tese de que acabou o ciclo da Seleção Espanhola, vão
precisar esperar mais um pouco. Porque neste domingo, contra o Uruguai, a Fúria
mostrou que o ciclo não acabou e que a magia continua viva. Ou melhor,
vivíssima. Sim, uma atuação excepcional. Durante 90 minutos, a manutenção da
posse de bola acima de 70%, diversas oportunidades criadas e um domínio
avassalador diante dos uruguaios.
Nos 45 minutos inicias, a Celeste,
comandada por Óscar Tabárez finalizou uma única vez ao gol de Cassillas. Uma
falta cobrada na área que Cavani cabeceou para tranquila defesa do arqueiro
espanhol. Já os europeus, carimbaram a trave com Fábregas, balançaram as redes
com Pedro e Soldado e por pouco não marcaram o terceiro com Piqué, em lance de
boa intervenção de Muslera. Esse foi basicamente o cartão de visitas da Espanha
na Copa das Confederações.
Para a segunda etapa, Óscar
Tabárez lançou Álvaro González na vaga de Gastón Ramírez. O Uruguai passou a
sair mais para o jogo, mas o domínio espanhol continuou visível. O tempo foi passando
e o técnico uruguaio cada vez mais colocando o time para frente. Primeiro,
Lodeiro na vaga de Gargano, depois Forlán na vaga de Perez. Vicente Del Bosque
também fez suas alterações ao longo da segunda etapa: Cazorla, Javi Martínez e
Mata entraram nas vagas de Fábregas (que fez bom primeiro tempo), Xavi e Pedro.
Nos minutos finais, a ousadia do técnico uruguaio foi premiada em linda
cobrança de falta de Luis Suárez, no canto direito de Cassillas: 2 x 1.
Se quiserem evitar mais um título
da Seleção Espanhola, sugiro aos adversários que treinem bastante e estudem uma
forma de jogar de igual para igual com a Seleção Espanhola, porque ela vem
forte, muito forte. Ver a manutenção do futebol da Seleção Espanhola ano após
ano é algo que considero muito benéfico para o futebol mundial. Serve de
exemplo! E que sirva de inspiração.
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