sábado, junho 21, 2014

JOGO 24: DERRUBANDO GIGANTES: PRAZER, ME CHAMO COSTA RICA!

Por Danilo Silveira


Quis o sorteio colocar no grupo D da Copa do Mundo três campeões mundiais: Inglaterra, Itália e Uruguai. Além deles, tinha a Costa Rica. País sem tradição no esporte, que está participando apenas do seu terceiro mundial, enquanto a Itália, por exemplo, soma quatro títulos.

Só que é aí que o futebol é fascinante. O poder de surpreender desse esporte o torna fantástico. Hoje, no nono dia de Copa, lá está a Costa Rica com duas vitórias garantida na próxima fase, enquanto a tradicional Inglaterra está eliminada.

Mais fantático que o feito costarriquenho foi a maneira que ela usou para chegar até ele. Depois de engolir o Uruguai na estreia por 3 x 1, o país da América central derrotou a Itália com uma atuação fantástica do ponto de vista tático.

Mais ou menos na metade da primeira etapa já estava estabelecida na Arena Pernambuco a superioridade dos costarriquenhos. Só que a Itália tem Pirlo e dos pés do craque saiu passe para Balotelli, que finalizou mal. O camisa nove ainda pôde se redimir minutos depois, mas parou no goleiro Navas.

Mais que merecidamente, a Costa Rica teria bela chance de abrir o marcador ainda na primeira etapa. Teria. Não teve porque o árbitro chileno Enrique Osses negou a clara penalidade de Chiellini em Campbell. Só que isso não foi problema para os comandados de Jorge Luis Pinto, que foram fortes o suficiente para arrumar outro meio de chegar ao gol. Diaz cruzou, Bryan Ruiz cabeceou, venceu Buffon e colocou à frente do marcador quem merecia estar.


Se Pirlo foi o grande nome da Itália na primeira etapa, Jorge Luis Pinto foi capaz de encontrar uma bela alternativa para diminuir a participação dele no jogo. A Costa Rica voltou para o segundo tempo com uma linha defensiva, hora com quatro, hora com cinco homens e adiantou o restante dos jogadores, hora para o meio-campo, hora para dentro do campo italiano. E Pirlo fiou sem conseguir fazer aquilo que mais sabe: voltar para dar qualidade à saída de bola.

A Itália ficou sem espaço. Mesmo com a não compactação das linhas de marcação da Costa Rica, a Itália não conseguia criar por entre essas linhas, coisa que o Barcelona, por exemplo, faz muito bem. O mais fantástico é que o apito final foi chegando e a Costa Rica teve fôlego e coragem para manter essa estratégia, não se rendendo à retranca em momento algum.

O apito final chegou e a Costa Rica pôde enfim comemorar a sua merecida classificação. Até onde esse time vai na Copa, só o tempo dirá, mas se passar de fase parecia um cenário muito distante da realidade, quase estabelecida no plano do irreal, por que não sonhar com o título? Sonhar não custa nada e o sonho da Costa Rica de chegar às oitavas é tão real.


PS: se o sorteio estabeleceu que certamente uma campeã mundial seria mandada para casa no grupo C, veio a Costa Rica e estabeleceu que serão duas campeãs eliminadas nesse grupo.

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