segunda-feira, junho 16, 2014

JOGO 9: EM QUATRO ANOS MUITA COISA PODE MUDAR! A SUIÇA QUE O DIGA!

Por Danilo Silveira


Na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, a Seleção Suíça ficou conhecida pelo seu defensivismo. Os europeus foram eliminados da Copa sofrendo apenas um gol, do empolgante Chile de Marcelo Bielsa. Além disso, passaram pela fortíssima Espanha (que veio a ser campeã) por 1 x 0, jogando quase que o jogo inteiro na retranca. E a Suiça se transformou de uma Copa do Mundo para outra! Algo que ficou expresso de forma visível neste domingo no gramado do Mané Garrincha. Envolvente, habilidosa, equilibrada, empolgante, a Suiça  comandada pelo alemão Hitzfeld derrotou o Equador, de virada, com gol da vitória anotado aos 47 do segundo tempo, por Seferovic.

Nos mais de 90 minutos de futebol que antecederam o tento final, viu-se muita coisa boa. A diferença da proposta das duas equipes era de fácil percepção. A Suiça apostava na posse de bola, na qualidade do seu meio-campo, onde está presente o capitão da equipe, Inler, que teve boa atuação. Apostava ainda nas constantes subidas de dois laterais que tiveram boa participação no jogo: Lichtsteiner e Ricardo Rodriguez, com maior destaque ao segundo, que deu assistências para ambos os gols. Por sua vez, o Equador apostava na velocidade. Aposta essa que pode ser resumida à atuação de Monteiro, que infernizou o sistema defensivo suíço por toda o campo ofensivo. E foi em uma de suas jogadas de velocidade que saiu o gol equatoriano. Ele partiu pela esquerda, driblando Lichtsteiner e sendo parado com falta. E dessa falta surgiu o gol de Enner Valencia, que livre de marcação cabeceou para abrir o placar, aos 21 minutos.

A Suíça fez por merecer o empate ainda nos 45 minutos iniciais, mas ele só veio aos 2 da segunda etapa, quando Rofriguez cobrou escanteio e Mehmedi apareceu no primeiro pau para cabecear. Os europeus passaram a dominar as ações e a virada parecia iminente. O Equador ficou acuado em campo, mas em alguns momentos a equipe de Reinaldo Rueda dava mostras de que ainda tinha fôlego e o duelo ficava lá e cá. E nesse lá e cá, melhor para a Suiça. Não posso dizer que foi no apagar das luzes porque era dia. Mas afirmo que foi aos 47 minutos da segunda etapa que Seferovic, que veio do banco de reservas, completou cruzamento do Ricardo Rodriguez para dar à partida um vencedor e impedir o primeiro empate dessa edição da Copa do Mundo.

Pelo que foi visto hoje, parece que a retranca Suíça faz parte do passado. A envolvente Suíça do presente pode conseguir muita coisa boa em um futuro próximo.

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