Por Danilo Silveira
Sob o céu do estádio Olímpico de Roma, a Itália teve uma promissora estreia, no jogo inaugural da Eurocopa 2021. Diante de uma frágil e inoperante Turquia, a Azurra anotou chamativos 3x0.Não precisou de muito tempo após o apito inicial, para ficar
perceptivo qual a proposta adotada pelas equipes. A Itália tomava a iniciativa
de partir para o ataque, enquanto a Turquia se fechava, num aglomerado de
jogadores de vermelho jogando em um quarto do campo de jogo.
Era do meio para o lado esquerdo onde a Itália mais tentava
produzir jogadas de maior perigo. Foi por lá que Insigne tabelou e bateu
cruzado, assustando a meta do goleiro Cakir, aos 17 minutos. Quatro minutos
mais tarde, Chielini cabeceou livre após cobrança de escanteio e Cakir fez bela
defesa. A atuação de Turquia pode ser definida como péssima, uma vez que o time
mal conseguia contra atacar e passou longe de mostrar uma consistência
defensiva, que deve ser o mínimo que uma equipe que joga nesses moldes consiga
apresentar. Ainda assim, os comandados de Gunes conseguiram levar o placar
intacto ao intervalo.
Para a segunda etapa, a Itália voltou com Di Lorenzo na vaga
de Florenzi e conseguiu equilibrar mais as suas ações ofensivas no campo de jogo.
Passou a atacar também pelo lado direito. E foi por lá que saiu o gol. Berardi
driblou Yazici e fez o cruzamento; Demiral tentou cortar com o peito e acabou
marcando contra.
Precisando sair para o jogo e buscar o empate, o time turco
passou a expor ainda mais pontos negativos na sua estrutura. Além de não
conseguir produzir nada de efetivo no campo de ataque, a equipe passou a deixar
buracos e mais buracos para a seleção italiana atacar. Interessante da seleção
comandada por Roberto Mancini foi o fato de não abrir mão do ataque, e
continuar pressionando, ainda que em vantagem no marcador. Cada vez mais solta
em campo, a Azurra chegou com tranquilidade aos 3x0. Immobile aproveitou rebote
do goleiro aos 21 e Insigne finalizou com categoria aos 34.
Foi bom ver uma Itália que joga diferente dos moldes que se
espera de uma seleção italiana, por conta do histórico recente. Obviamente que
assistindo apenas um jogo da Eurocopa, é cedo para cravar um novo DNA da seleção
italiana. Mas, talvez a ausência da Copa do Mundo de 2018, tenha sido o sinal
de alerta para a Itália entender que precisava mudar.
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