
Por Danilo Silveira
Brasil sofre pressão, mas melhora e abre o placar
Depois de ficar devendo na estréia, o Brasil entrava em campo pressionado para conseguir uma boa atuação. Mano Menezes alterou o time, sacando Robinho e colocando o meia Jadson, enquanto no Paraguai, Vera ganhou a vaga deixada por Barreto, que se machucou na estréia e Alcaráz voltava à equipe no lugar do lateral-direito Piris, com isso, Verón foi descolado da zaga para à esquerda. Logo com um minuto de jogo, Lucas Barrios recebeu pelo meio e serviu Roque Santa Cruz, que finalizou para fora quando a marcação chegava. Falando em marcação, o Paraguai realizava-a sob pressão, no campo de ataque do Brasil, com Estigarribia pela esquerda, Verón pela direita e os homens de meio impedindo a saída de bola da Seleção Brasileira. Essa foi a tônica do jogo até mais ou menos os 15 minutos. Apesar da superioridade paraguaia, a melhor chance foi do Brasil, quando Lúcio tocou para Ganso no meio, o jogador santista d

Mano Menezes mexe mal, bagunça Brasil, que quase sai de campo derrotado
Na volta do intervalo, o comandante brasileiro inventou! De fato, literalmente! Se era hora de Jadson, autor do gol, deslanchar e se soltar na partida, Mano impediu isso, tirando o jogador do gramado. Lucas? Robinho? Fred? Nenhum desses era o substituto, e sim, Elano. Imediatamente o Brasil parou de criar e viu o Paraguai crescer na partida. Aos 9, pelo lado esquerdo, Estigarribia desceu, passou por Ramires e cruzou, Thiago Silva não cortou e a bola chegou limpa para Roque Santa Cruz, que livre, solto, aproveitou um buraco na zaga brasileira e tocou para empatar o jogo. Logo em seguida, Geraldo Martino lançou Valdéz na partida, sacando Lucas Barrios, que não repetiu o bom desempenho que teve na estréia. Pato passou a jogar aberto na direita, mas com um meia de ligação a menos, tudo tornava-se mais difícil no Brasil.
Ganso se desdobrava para criar, Elano estava sumido e Ramires tentava chegar à frente. E aos 20, Ramires entregou para Ganso, que abriu na direita para Neymar, que em vez de finalizar firme, tentou avançar ou fazer sabe Deus o que com a bola e acabou desarmado. Dois minutos mais tarde, lançamento longo de Ortigoza buscando Rivero na ponta esquerda da área; Daniel Alves e Lúcio fechavam na marcação e a bola era inteira do lateral brasileiro, que acabou perdendo-a para o volante paraguaio, que tocou para o meio da área, achando Roque Santa Cruz, que entregou para Valdéz, que chutou, a bola pegou em Júlio César, rebateu no atacante e acabou entrando: era a virada paraguaia! Gol interessante para o futebol. Gol interessante para Mano Menezes refletir sobre a troca feita para a segunda etapa. Mas parece que o gol só fez a cabeça do treinador piorar e ele tirou Ramires, um dos melhores em campo, para colocar o meia do São Paulo Lucas. Acredito que tenha passado na cabeça do treinador tirar o Elano, mas ele tinha colocado o jogador há pouco. Talvez ele tenha tentado corrigir a primeira troca, mas acabou piorando as coisas. No Paraguai, o melhor em campo, Estigarribia, deu lugar a Martínez. Não demorou muito e aos 36, Mano tirou Neymar, que errou quase tudo que pôde, lançando Fred. Muito mais bem arrumado em campo, o Paraguai teve a chance de fazer o terceiro em contra-ataque com Vera pela esquerda, mas o jogador acabou errando o passe, ao tentar colocar Santa Cruz na cara do gol. Aos 39, enfim, Elano apareceu, em cobrança de falta perigosa, que Villar espalmou. Se o Brasil não merecia empatar pelo que apresentava em campo, quiseram os deuses do futebol a igualdade e Ganso achou Fred no meio da marcação para o atacante do Fluminense proteger com o corpo e bater de primeira, no canto direito de Villar para dar números finais ao jogo.
Pela segunda vez na história das Copas Américas (desde 1975, quando a Copa Sul-Americana mudou de nome), o Brasil não vence em nenhum de seus dois primeiros jogos. O que mais me assusta não é esse dado e sim a qualidade do futebol apresentado pelos brasileiros, e mais que isso, a atuação do técnico Mano Menezes. Hoje, quem torcia para o Brasil e via atentamente o jogo, deve ter agradecido pelas substituições serem limitadas no futebol, porque sabe Deus o que mais Mano Menezes ia inventar podendo mexer mais na equipe.

Pela segunda vez na história das Copas Américas (desde 1975, quando a Copa Sul-Americana mudou de nome), o Brasil não vence em nenhum de seus dois primeiros jogos. O que mais me assusta não é esse dado e sim a qualidade do futebol apresentado pelos brasileiros, e mais que isso, a atuação do técnico Mano Menezes. Hoje, quem torcia para o Brasil e via atentamente o jogo, deve ter agradecido pelas substituições serem limitadas no futebol, porque sabe Deus o que mais Mano Menezes ia inventar podendo mexer mais na equipe.
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