sexta-feira, julho 08, 2011

JOGO 7 :ARGENTINA NÃO CRIA, VÊ COLÔMBIA PERDER MUITAS CHANCES E SAI NO LUCRO COM 0 A 0


Por Danilo Silveira

Quem achou que a Argentina faria uma partida contra a Colômbia melhor do que fez contra a Bolívia na estréia, enganou-se. Os hermanos tiveram muitas dificuldades na criação, sofreram pressão colombiana e não saíram derrotados graças aos gols perdidos pelo adversário.

Dayro Moreno perde gol incrível e jogo vai zerado para o intervalo

A partida começou e logo ficou visível a postura ofensiva da Colômbia. A equipe marcava a Argentina sob pressão, chegando em alguns momentos a ter cinco homens avançados, tentando impedir a saída de bola adversária. Aos 6 minutos, porém, a equipe poderia ter perdido um jogador, pois Aguilar deu forte entrada em Tévez, mas o árbitro deu apenas o cartão amarelo para o jogador. Era difícil ver a Argentina chegar ao gol adversário através de uma jogada trabalhada. Aos 17, Cambiasso apareceu da esquerda e chutou para área, em busca de algum companheiro, mas a bola pegou uma curva e parecia ter o endereço do gol e o arqueiro Martínez afastou o perigo. Dois minutos mais tarde, a Colômbia chegou de uma maneira muito mais bonita e convincente em um contra ataque de pé em pé que terminou com Ramos aparecendo livre
na área, mas ele acabou desperdiçando ótima chance. Quanto mais o tempo passava, mais ficava evidente a superioridade colombiana dentro das quatro linhas e aos 25, Gabriel Milito errou saída de bola, dando um passe açucarado para Ramos driblar Romero e quando estava para finalizar, Burdisso chegou e trombou com o jogador, mas a bola sobrou limpa, à feição de Dayro Moreno, que increvelmente, sem goleiro, bateu para fora de canhota. Existe um tal de Messi e até aqui não citei o nome dele e aos 33 ele deu o ar da graça, deixando Lavezzi na cara do gol pela ponta direita da área, mas o atacante do Napoli finalizou mal, em cima do goleiro. Diga-se de passagem que essa foi a melhor chance da Argentina na partida. A Colômbia ainda teve chance de abrir o placar aos 41, mas Romero apareceu evitando que o chute de Falcao García chegasse ao gol.

Colômbia segue melhor, cria mas empate persiste até o apito final

A segunda etapa começou com as duas equipes sem modificações. Aos 7 minutos, Cambiasso chutou de fora, obrigando Martínez a trabalhar. Os minutos se passaram e chegava a hora dos treinadores fazerem suas alterações. Sergio batista foi o primeiro. Quando Aguero se preparava para entrar e as câmeras mostravam Cambiasso saindo, tudo indicava que essa seria a alteração, mas não. O treinador argentino fez uma mexida dupla, tirando Cambiasso e Lavezzi para as entradas de Gago e Aguero. A presença de Gago em campo ao invés do careca da Inter de Milão, pouco mudou a equipe, enquanto Aguero mostrou vontade e disposição, mas nada que fizesse a Argentina ter uma melhora significativa na partida. Enquanto isso, na Colômbia, Falcão García começou a se destacar, e muito. Aos 19, ele limpou jogada no meio e tocou para Guarín dar um passe genial para Armero, pela ponta esquerda, chutar cruzado, assustando Romero. A Argentina tinha uma espécie de meio-campo fantasma. Na criação, quase ninguém aparecia e ao mesmo tempo, defensivamente eram vistos buracos enormes, por onde jogadores adversários apareciam livres. Aos 21, novamente a dupla do Porto, Guarín e Falcão apareceu; o meia deu bela enfiada de bola para o atacante, que tinha tudo para abrir o placar, mas o goleiro argentino apareceu para fazer nova intervenção. Aos 27, Sergio batista resolveu colocar um centroavante, lançando Higuaín na vaga de um sumido Banega. Di Maria e Pastore eram peças que o treinador poderia utilizar, mas ele não quis iniciar o jogo com nenhum dos dois e nem coloca-los no decorrer da partida. Quase nada a se destacar até o fim. Somente aos 42, o técnico colombiano H. Gómez resolveu mexer, tirando Falcao para a entrada de Gutiérrez. E antes do apito final, ainda tirou Ramos e Dayro Moreno, para colocar Soto e Mosquera. No fim das contas, o 0 a 0 foi melhor para a Argentina que para Colômbia, devido o que as duas seleções apresentaram dentro de campo.

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