JOGO 1: EXPULSÕES, PÊNALTI PERDIDO E EMPATE ENTRE POLONESES E GREGOS NA ABERTURA DA EUROCOPA

Por Danilo Silveira

Começou nesta sexta feira um dos maiores e mais difíceis torneios do mundo: a Eurocopa! No dia 1º de julho, apenas uma seleção vai levantar a taça e a disputa promete ser acirrada em terras polonesas e ucranianas, que sediam a competição. E o jogo de abertura foi entre uma das anfitriãs, a Polônia, e a Grécia, campeã da edição de 2004. Em um duelo movimentado no estádio Narodowi, na cidade de Varsóvia, de dois tempos bem distintos, as equipes terminaram empatadas em 1 a 1.

Bem melhor, Polônia sai na frente

A bola rolou e logo apareceu a primeira grande chance de gol da Eurocopa. E a bola só não estufou as redes porque o goleiro grego Chalkias fez uma boa intervenção, espalmando o chute de Murawski, que entraria no alto, no centro do gol. Durante todo o primeiro tempo, a Grécia se mostrou frágil e mal arrumada, sem conseguir criar muita coisa no campo ofensivo. A melhor chance aconteceu aos 11, quando após falta cobrada da ponta direita na área, Gekas cabeceou e viu a bola passar à direita do gol defendido pelo goleiro Szczesny. Também de cabeça, Lewandowski finalizou aos 16 minutos, mas ele foi bem mais feliz que seu adversário. Após cruzamento da direita de Blaszczykowski, o centroavante polonês aproveitou a saída errada do goleiro e ausência de marcação para abrir o marcador. Vale lembrar que minutos antes ele quase abrira o placar, mas chegara atrasado para completar um cruzamento da direita.

E após o gol, a Polônia seguiu melhor na partida, mais organizada, mais bem destribuída e mais perigosa. Polanski, Rybus, Murawski e Obraniak faziam um bom trabalho no meio de campo, fazendo a bola rolar qualificadamente. E aos 36, os donos da casa tiveram uma chance de ouro para ampliar, mas Perquis finalizou à esquerda do gol de Chalkias, após um rebote de uma bola aérea, quase na marca penal. Nos minuto seguinte, o técnico da Grécia, o português Fernando Santos, precisou mexer, sacando o machucado Avraam Papadopoulos e lançando Kyriakos Papadopoulos. O final do primeiro tempo se aproximava e se o cenário era bom para a Polônia, ficou ainda melhor aos 45 minutos. Mais ou menos no meio-campo, Murawski recebeu bola, deu um drible de corpo em Sokratis, mas escorregou. Até ia tudo normal, mas quando o polonês ia caindo no gramado, o grego apoiou as mãos em suas costas, caracterizando a falta e sendo expulso de campo por conta do segundo amarelo. Em minha opinião, o vermelho podia ter sido mostrado até de forma direta, pois, apesar do lance ter sido próximo ao meio-campo, Sokratis era o último homem de marcação antes do goleiro. Era um final de primeiro tempo perfeito para a Polônia, mas na segunda etapa, o jogo mudaria bruscamente de figura.

Mesmo com um a menos, Grécia empata

Fernando Santos resolveu fazer sua segunda mexida para a etapa final, lançando Salpingidis na vaga de Ninis. E o jogo recomeçou com uma cara diferente. Relaxando por conta da vantagem (tanto em número de gols, quanto em números de jogadores em campo) ou não, o fato é que a Polônia não voltou apresentando o mesmo futebol que apresentara na primeira etapa. E para piorar as coisas, logo aos 5 minutos os gregos empataram. Após cruzamento da direita, Szczesny saiu mal, viu dois adversários dividirem a bola pelo alto e a redonda sobrar limpa para Salpingidis chutar para o gol vazio e colocar igualdade no marcador. E por pouco a Grécia não virou o jogo aos 17, mas Samaras pegou mal na bola, pela ponta esquerda da área, mandando para fora. Aos 22, Gekas, o autor do gol, deixou o campo para a entrada de Fortounis. 

Grécia perde pênalti e chance de estrear vencendo

E logo após a saída de Gekas, o duelo ficou igual também no número de jogadores para cada equipe. Salpingidis recebeu na frente, cara a cara com Szczesny, driblou o goleiro polonês e acabou derrubado. Pênalti corretamente assinalado e o camisa 1 dos donos da casa levou o cartão vermelho e foi mais cedo para o chuveiro. O camisa 8 Rybus precisou ser sacrificado do jogo para que o goleiro reserva, Tytón, entrasse para ocupar o gol polonês. E ele realizou essa missão com maestria, defendendo o pênalti cobrado por Karagounis, no canto esquerdo. Uma cena interessante capturada pela transmissão do jogo, foi o goleiro expulso, Szczesny, vendo a defesa do seu companheiro, por uma televisão, provavelmente no vestiário. Cinco minutos mais tarde, ele viu a sua rede ser balançada, mas o gol foi invalidado, pois foi assinalado o impedimento de Fortunis, que seria o autor da assistência caso o gol valesse. Aliás, um lance muito difícil, tanto que até agora estou na dúvida sobre a posição do jogador. Aos 33, a Polônia teve um pênalti negado pelo árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo quando Papadopoulos derrubou Obraniak pela ponta direita da área. A Polônia não conseguiu apresentar o bom futebol da primeira etapa nos minutos finais do jogo, enquanto a Grécia, se não foi brilhante, foi valente, e conseguiu um empate que pode ser chamado de heróico, jogando durante cerca de 25 minutos com um homem a menos em campo.