Semifinalista da Eurocopa de 2008, a Rússia iniciou sua trajetória na edição de 2012, com o pé direito. Diante da República Tcheca, a equipe dirigida por Advocaat fez uma exibição muito boa, vencendo por sonoros 4 a 1, no estádio Miejski, na cidade de Breslávia, na Polônia. Muitas vezes, ouve-se dizer em peso da estréia, ouve-se dizer em equipes ainda presas no primeiro jogo, mas a Rússia espantou tudo isso e mostrou-se solta, rápida e leve.
República Tcheca começa melhor, mas Rússia não demora a
dominar o jogo
O jogo começou e os Tchecos logo passaram a figurar mais no
campo ofensivo, buscando chegar perto do gol defendido por Malafeev. Mas não
demorou muito para os russos mudarem esse panorama. Aos 14, Zyryanov cruzou da
direita, Kerzhakov deu uma bonita cabeçada, acertando a trave esquerda de Peter
Cech, e na sobra, Dzagoev chutou para abrir o marcador. E a partir daí, a
Rússia passou a dominar o jogo e não teve lá muitas dificuldades de ampliar.
Aos 22, Arshavin, o dono do jogo, tocou para o meio da área, um de seus
companheiros não conseguiu dominar, deixando a bola passar e a redonda
caprichosamente chegou até Shorokov, que tocou por cima de Cech para fazer o
segundo gol. A República Tcheca não se encolhia, tentava jogar de igual para igual
e aos 25, Rosick tocou para Kablec, que chutou rasteiro para defesa de Malafeev.
Aparentemente consciente de cada ação tomada na partida, a equipe russa atacava
com uma velocidade incrível, envolvendo o sistema defensivo Tcheco, que pareceu
um tanto quanto atordoado com o estilo de jogo implantado pelo seu adversário. Aos
26, a Rússia teria que ter a oportunidade de bater uma penalidade, mas o
árbitro inglês Howard Webb (o mesmo que apitou a final da Copa) ignorou um
empurrão de Plasil em Arshavin. A equipe Tcheca poderia ter saído da primeira
etapa sofrendo uma goleada e dá para dizer que o 2 a 0 ficou de bom tamanho.
Aos 32, em mais uma jogada veloz, Kerzhakov finalizou após cruzamento rasteiro
da esquerda, mas a bola saiu. Pelo lado Tcheco, cabe destacar a atuação do
ponta esquerda Kadlec e do meio-campista Jiracek, que aos 46 arriscou de fora
da área, mas a bola passou por cima da meta.
Tchecos diminuem, mas Rússia faz mais dois e concretiza goleada
Para a segunda etapa, o técnico russo, M. Bilek, resolveu
mexer, lançando Hubschman na vaga de Rezek. E logo aos 6 minutos, um
acontecimento interessante para dar emoção ao jogo. Plasil deu bela enfiada de
bola, achando Pilar em meio a vários jogadores russos e o camisa 14 teve
tranqüilidade e categoria para driblar Malafeev e chutar para diminuir o
marcador. Apesar disso, a Rússia foi quem continuou melhor no jogo, seguindo
com seu estilo de jogo rápido na parte ofensiva. Arshavin, que já tinha feito
um bom primeiro tempo, cresceu ainda mais de produção, apresentando um futebol
muito vistoso. Aos 19, ele deu belo passe para Kerzhakov, mas o camisa 19 russo
bateu para fora. E daí em diante, o jogo ficou com essa tônica, a Rússia criava
chances e Kerzhakov abusava do direito de perdê-las, como aos 22, onde chutou
muito mal depois de descer em velocidade pela direita. Até que aos 28, o
treinador holandês Advocaat tirou o camisa 19 e lançou Pavliuchenko no jogo. Do
outro lado, três minutos mais tarde, Petrzela entrou na vaga de Jiracek. A
Rússia mostrava-se infinitamente superior, mas o placar era para lá de
perigoso. E aos 34, Dzagoev invadiu a área e bateu cruzado, marcando o terceiro
e dando uma dose de tranqüilidade ao torcedor russo. E três minutos mais tarde,
Pavliuchenko fez bela jogada individual e bateu para vencer Peter Cech, que
ainda tocou na bola, e fazer o placar virar goleada.
O goleiro que foi o herói
do Chelsea na conquista da Champions League, via sua seleção ser vazada pela
quarta vez no mesmo jogo. Antes do fim, ainda deu tempo para uma substituição
para cada lado. Na Rússia, Kokorin entrou na vaga de Dzagoev, enquanto na
República Tcheca, Lafata entrou na vaga de Baros. Porém, nada mais apagaria a
bela atuação coletiva da Rússia, que deve dar trabalho para seleções
tradicionais nessa competição.
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