JOGO 9: CECH FALHA, MAS DOIS GOLS NO INÍCIO GARANTEM VITÓRIA TCHECA DIANTE DOS GREGOS

Por Danilo Silveira

Em um jogo de dois tempos bem distintos, a República Tcheca venceu a Grécia por 2 a 1, jogando no estádio Miejski, na Polônia. Depois de apresentar um bom futebol na primeira etapa, os Tchecos recuaram muito e sofreram pressão da Grécia, mas conseguiram segurar o resultado.

Tchecos marcam duas vezes em menos de seis minutos

As estatísticas apontam que, antes da segunda rodada da Euro, a Grécia tinha sofrido apenas 9 gols nas últimas dez vezes que entrou em campo (média de menos de um por partida). E somente em uma dessas partidas, na derrota por 3 a 1 para a Romênia, os gregos levaram mais de um gol. E nesta terça feira, diante da República Tcheca, o rime dirigido pelo português Fernando Santos tomou um duro golpe nos minutos iniciais. Com menos de 6 minutos de jogo, a República Tcheca abriu 2 a 0 no marcador. Logo aos 2, Jiracek achou um espaço pelo meio do sistema defensivo grego, recebeu de Hubschman e da meia-lua bateu de perna esquerda para abrir o placar. Três minutos mais tarde, Gebre Selassie foi ao fundo, cruzou, o goleiro Chalkias tocou na bola, mas não evitou que ela passasse e chegasse até Pilar, que mesmo marcado por Torosidis e Katsouranis, conseguiu empurrar para as redes. Os dois gols deram tranqüilidade para os Tchecos, que jogavam soltos em campo, apresentando um bom futebol, com destaque para o Jiracek, autor do primeiro gol e melhor em campo nos 45 minutos iniciais. Mostrando limitações, a Grécia não conseguia chegar com consistência ao ataque. Samaras lutava incansavelmente no ataque, tentando se desmarcar no meio do sistema defensivo tcheco, mas sem muito sucesso nessa empreitada. Aos 21, o goleiro grego de 38 anos, Chalkias, ao sair jogando com os pés, acabou sentindo uma contusão, precisando deixar o gramado para a entrada do seu reserva, Sifakis. E sete minutos mais tarde, ele precisou trabalhar, defendendo chute de Rosicky, no canto direito. Aos 40 minutos, Fotakis cabeceou para o fundo das redes de Peter Cech, após cruzamento da direita, só que foi assinalado o impedimento em um lance muito complicado, que me deixou em dúvida.

Cech falha, República Tcheca recua, mas consegue sair com a vitória

Para a segunda etapa, Fernando Santos lançou o atacante Gekas, tirando Fotakis. A Grécia voltou mais agressiva, tentando encurralar a República Tcheca e aos 7 minutos chegou ao empate. E o gol foi muito mais por falha adversária que por mérito próprio. Da ponta esquerda, Sâmaras cruzou por baixo e a bola estava aparentemente controlada por Peter Cech, mas o grande goleiro do Chelsea, herói da conquista da Champions League do seu clube recentemente, acabou cometendo uma falha grotesca. Talvez se dispersando com a chegada do um companheiro próximo à bola, ele acabou largando a redonda e Gekas aproveitou para empurrá-la para as redes. A Grécia se animou com o gol e, inexplicavelmente, a República Tcheca mudou sua postura, parou de agredir o adversário e se limitou a ficar fechada na defesa. Gebre Selassie era a válvula de escape dos tchecos pela ponta direita, mas era muito pouco e a Grécia passou a dominar a partida. Samaras passou a aparecer bem mais pela ponta esquerda, Karagounis vinha pelo meio recuado e Salpingidis aparecia mais na frente. Aos 25, Fernando Santos lançou o atacante camisa 11, Mitroglou, na vaga de Fortounis. Ele atuou enfiado por entre o sistema defensivo tcheco, mas não conseguiu muita coisa. Chances claras de gol, de fato a Grécia não criou, mas a República Tcheca sofreu uma pressão muita forte, ao meu ver, de maneira desnecessária, haja vista a qualidade na parte ofensiva exibida durante a primeira etapa.