Por Danilo Silveira
Com uma rivalidade que vai além do âmbito esportivo, Rússia e Polônia entraram no estádio nacional de Varsóvia para disputar uma partida de futebol. E as duas seleções fizeram bonito, proporcionando aos espectadores uma boa e movimentada partida de futebol. Difícil dizer qual das duas equipes jogou melhor e o empate em 1 a 1 acabou traduzindo bem o que foi a partida.
Em primeiro tempo equilibrado, Rússia sai na frente
Durante todo o jogo tivemos uma partida muito equilibrada, foi autêntico "jogo lá e cá". As primeira boas chances foram criadas pela seleção que jogava em casa. Logo aos 6 minutos, Obraniaki cobrou falta da ponta direita, Boenisch, dentro da pequena área, cabeceou e a bola só não entrou porque Malafeev, com a perna esquerda, salvou a Rússia. Quatro minutos mais tarde, Lewandowski foi dono de uma jogada plasticamente muito bonita. Após boa troca de passes do time polonês, ele ajeitou no peito e pegou de primeira e a bola passou perto do gol, alguns centímetro acima. E o centroavante do Borussia Dortmund apareceu novamente aos 17, participando de uma bela troca de passes e dando uma belíssima assistência para Polansk, que chutou para o gol, mas a jogada foi paralisada corretamente, pois o camisa 7 estava em posição irregular. Um pecado por conta da beleza do lance. Mesmo sem criar chances claras de gol nesse início, a Rússia era muito presente no ataque, contando com mais uma boa atuação da dupla Arshavin e Zhirkov, que também brilharam na primeira rodada. Kerhakov também fazia uma boa partida. O maior problema do time russo era no último passe, que não estava encaixando. E foi na bola parada que o time do técnico holandês Advocaat achou o passe perfeito. Arshavin bateu falta da ponta esquerda, Dzagoev apareceu como elemento surpresa e cabeceou no canto esquerdo do goleiro Tyton, que nada pôde fazer, a não ser olhar a bola entrar. E assim, a Rússia foi para o intervalo na frente.
Jakub marca um belo gol e empata para a Polônia
Para a segunda etapa, a Rússia voltou muito bem, aproveitando os espaços deixados pela Polônia, que saía em busca do gol de empate. Arshavin, que já tinha sido participativo na primeira etapa, subiu ainda mais de produção. Aos 11, ele fez uma bela jogada, escapando da marcação pela esquerda e pegando a defesa polonesa desguarnecida, mas quando ele deu uma assistência para um companheiro livre na direita, apareceu uma perna adversária, para impedir, por centésimos de segundos, aquilo que provavelmente se tornaria uma clara chance de gol. E por ironia, no lance seguinte veio o empate polonês. Obraniak serviu Jakub na ponta direita e o lateral, da ponta direita, exatamente de cima da risca da grande área, soltou um canudo, acertando o canto direito de Malafeev. Indefensável!
E após conseguir o empate, a Polônia cresceu no jogo, ganhou forças, se animou e passou a partir para o ataque de forma mais incisiva. A Rússia, marcava, é claro, mas não abdicava de atacar, tentando levar perigo ao gol de Tyton, como aos 22 minutos, quando Dzagoev tocou para Kerhakov, recebeu de volta de calcanhar e bateu para defesa do goleiro. Aos 23, a Polônia respondeu em chute pela ponta direita da área, executado por Polansk e defendido pelo goleiro Malefeev. A polônia passou a arriscar chute de fora da área, mas nenhum teve sucesso. O jogo corrido, as duas equipes jogavam bem e, talvez por isso, a primeira substituição só veio ocorrer aos 25, quando Advocaat lançou Pavliuchenko na vaga de Kerhakov. Aos 34, Dzagoev, o autor do gol, deu lugar ao ponta direita Izmailov. Pelo que apresentaram, as duas equipes mereceram a vitória, mas isso é impossível no futebol e a partida terminou empatada.
A Rússia, só não se classifica se perder para a Grécia por 3 gols de diferença, o que é improvável. Já o caminho da Polônia é mais duro. A anfitriã precisa derrotar a República tcheca para avançar. Se tivesse que apostar, apostaria que essas duas equipes se classificam, o que seria bastante interessante.
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