Sob a regência do “bando de loucos”presente em Itaquera, o
Corinthians desfilou leve e solto para derrotar o São Paulo na Libertadores em
plena quarta-feira de cinzas, no primeiro duelo entre as equipes na história da
competição.
Com um minuto de jogo o Timão desperdiçou boa oportunidade
com Fábio Santos, que bateu para fora após pegar o rebote oferecido pela zaga
são paulina. Era o anúncio do que viria nos minutos iniciais em Itaquera: Um
Corinthians pressionando o São Paulo, marcando no campo ofensivo e usando a
velocidade dos seus homens de frente para tentar envolver o adversário. Jádson,
Danilo, Renato Augusto e Emerson Sheik formavam o quarteto ofensivo sem um
homem fixo fazendo a função de centroavante. Podemos dizer que tal função
poderia ser exercida cada hora por um jogador, até mesmo por um que não fizesse
parte desse dito quarteto ofensivo. E foi assim que saiu o primeiro gol. Elias
infiltrou na defesa são paulina para receber belo lançamento de Fágner e
finalizar de primeira. Golaço! Cabe destacar a participação de Danilo na troca
de passes que antecedeu o lançamento que originou o primeiro tento corintiano.
Mais objetivo, mais leve, mais bem distribuído em campo, o
Corinthians dominava completamente um São Paulo que até tentava jogar pelo
chão, mas esbarrava na lentidão de seu meio-campo e na forte e competente
marcação corintiana. A equipe de Muricy Ramalho até conseguiu por alguns
minutos esboçar um domínio territorial, mas não criou nada que viesse a trazer
maiores sustos ao goleiro Cássio.
Veio a segunda etapa e o Corinthians continuou superior dentro de campo. Se em 2012, quando venceu a Libertadores e o Mundial pelo Timão, Tite contava com Paulinho de segundo volante, agora ele tem em sua equipe Elias, que formando dupla com o mesmo Ralf de três anos atrás, desempenha um papel tão importante quanto o que Paulinho desempenhava: o de ser o homem que vem de trás, o motorzinho, que dita o ritmo do time, que auxilia na marcação e que é de suma importância na transição com os meias armadores.
O segundo gol corintiano veio para coroar o time que melhor
atuava em campo. Emerson Sheik roubou bola de Bruno (Em um primeiro instante me
pareceu lance faltoso, mas vendo o replay achei um lance legal) para puxar um
contra-ataque fulminante, que terminou com Jádson cortando Reinaldo e chutando
para vencer Rogério Ceni. E o Timão ainda desperdiçou a chance de ampliar com
Danilo, que finalizou para fora, dentro da grande área.
No resumo da obra, os 2 x 0 poderiam ter sido 4 ou 5, mas
foram mais que suficientes para fazer, em pleno carnaval, a alegria do torcedor corintiano, que
soltou o grito de “olé”nos minutos finais da partida. O sonho do bicampeonato
da Libertadores parece do tamanho do futebol apresentado pelo Corinthians na
noite desta quarta: maiúsculo!
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