Não consegui assistir à partida entre Barcelona x Bayern de
Munique desta quarta-feira em sua totalidade. Compromissos pessoais me
impediram de realizar o compromisso mais importante do dia para um amante de futebol:
justamente assistir às duas fantásticas equipes, dirigidas por Luis Enrique e
Guardiola, duelarem no Camp Nou.
Vendo o confronto de maneira fracionada, utilizando para
isso o recurso do Replay, cheguei a cerca de 80% do duelo assistido. Mais
precisamente, assisti à meia hora inicial e os 15 minutos finais em tempo real,
enquanto a meia hora inicial da segunda etapa foi assistida depois.
A desordem cronológica e ausência de visualização dos 15
minutos finais da primeira etapa tornam difíceis a este que vos falar redigir algo
de qualidade elevada, coerente e com maior riqueza de detalhes. Mas um, e
somente um detalhe fez possível que este texto fosse apresentado sem que se
sinta falta de pontos mais minuciosos: Lionel Messi.
Acho que nem um futebol de mais alto níveldisputadona parte
em que deixei de acompanhar o jogo me faria mudar de ideia: Messi foi Messi,
Messi foi genial; o melhor do jogo, o dono da partida, o melhor do mundo.
Uma vez questionado sobre o segredo do seu Barcelona,
Guardiola respondeu de maneira simples e objetiva, afirmando que o segredo era
Lionel Messi. Talvez por isso, nem mesmo o gênio que treina o Bayern de Munique
foi capaz de parar o seu ex-clube. Porque Messi é o segredo! E Messi muda
conforme as alternativas paliativas encontradas para tentar decifra-lo.
Mais precisamente: Messi é indecifrável! E isso ficou nítido
no segundo gol da equipe catalã. Os aspectos biomecânicos apontavam totalmente
para um corte para a perna esquerda com finalização com a parte interna do pé
canhoto, no canto direito de Neuer. Mas Messi muda conforme a necessidade. Driblou
Boateng para o lado direito, finalizou com a perna direita, utilizando-se de
uma bela cavadinha para encobrir a muralha nomeada Manuel Neuer . Boateng ficou
no chão, estatelado, como se tivesse sofrido um golpe fatal de UFC.
O zagueiro alemão foi o retrato do Bayern no jogo desta
quarta-feira. Parecia inteiro, firme, forte, mas caiu subitamente, quase que
sem explicação, só, e somente só pela presença de Messi. Se reerguer diante do estrago causado pelo
argentino é tarefa das mais complicadas. Guardiola terá que “Guardiolizar”
bastante se quiser levar a equipe de Munique à final.
A vantagem de 3 x 0 adquirida pelo Barça deve dar a ele mais
do que os óbvios três gols de frente. A equipe catalã deve ganhar para o jogo
da volta o contra-ataque, o espaço para jogar em velocidade. O Bayern terá que
lutar contra o relógio, contra o Barcelona e contra Messi. Missão alemã que
flerta com o impossível, mas que tange um pedaço mínimo do alcançável.
Pimenta nos olhos dos outros é refresco! Talvez Guardiola
nunca tenha provado a veracidade desse ditado tanto quanto hoje.
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