Argentina e Uruguai travaram em La Serena um duelo que não
foi dos melhores, mas também passou longe de ser dos piores. Na verdade, tenho
duas críticas a fazer, em geral.
A primeira delas é à postura adotada pelo Uruguai até sofrer
o gol, aos 10 minutos da segunda etapa. Durante cinquenta e cinco minutos a
equipe de Óscar Tabárez foi extremamente defensiva, chegando raramente ao campo
ofensivo, não conseguindo nem contra-atacar com qualidade. Haja vista que o gol
único do jogo veio a mudar o panorama do confronto. E com o Uruguai saindo para
o ataque, o jogo ficou bem mais interessante de ser assistido.
A segunda crítica é ao esquema da Seleção Argentina. Na Copa
do Mundo de 2014, Alejandro Sabella teve sucesso ao jogar com Ageurio
(substituído por Lavezzi quando se machucou), Dí Maria, Messi e Higuaín
compondo o quarteto ofensivo. Para a Copa América, Tata Martino colocou Higuaín
no banco e lançou Pastore na equipe titular, passando Aguero para a posição de
centroavante. Talvez seja cedo para uma análise aprofundada, mas o esquema de
jogo da Copa de 2014, a princípio, me agradava mais. Prefiro Aguero mais pelos
lados do campo, ou no meio mais recuado do que na posição que vem atuando na
Copa América.
Apesar das críticas, a Seleção Argentina não fez uma partida
ruim, mesmo tendo um desempenho abaixo do que se espera. O domínio territorial
e da posse de bola na primeira etapa poderia ter se transformado em gol, mais
Muslera apareceu bem tanto para impedir que o chute de Dí Maria entrasse,
quanto para defender cabeçada de Aguero após bela assistência de Messi. Falando
em Messi, cabe destacar que ele não teve nos seus melhores dias, mas mesmo
quando não é tão genial quanto de costume é de uma classe absurda com a bola
nos pés.
Demorou dez minutos da segunda etapa para a equipe melhor em
campo ficar à frente do marcador. Zabaleta cruzou, Aguero se antecipou no
primeiro pau e fez um belo gol, em uma espécie de falso peixinho. Critiquei
Aguero como centroavante, mas nessa jogada ele foi perfeito na função.
Quase instantaneamente após sofrer o gol, o Uruguai se
lançou ao ataque. O jogo ficou quente, pegado, com discussões e trocas de
provocações em campo. Na melhor chance que o Uruguai teve, Rolan incrivelmente
chutou por cima o rebote oferecido por Romero após chute de Maxi Pereira. No fim das contas, a Argentina
mereceu a vitória. Foi o time que mais buscou o ataque e que foi mais
equilibrado.
Na última rodada, a Argentina enfrenta a Jamaica, enquanto
Paraguai e Uruguai se enfrentam em um jogo que promete fortes emoções.
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