E deu Chile. No esperado confronto da final da Copa América,
a seleção comandada pelo brilhante Jorge Sampaoli foi superior à Argentina e
conseguiu, nos pênaltis, o tão sonhado título. Foi a primeira vez que os
chilenos puderam comemorar a conquista de uma Copa América. Se a primeira vez
nunca se esquece, imagina da forma que foi: em casa, sobre a poderosa Argentina
de Messi, nos pênalti! Emocionante! Épico! Histórico!
Talvez, se no início da competição, me perguntassem qual a
final que mais me causaria expectativa de assistir, eu responderia Chile x
Argentina. As duas melhores seleções do continente atualmente. Duas equipes que
têm no seu ponto forte o ataque, mas que, em minha opinião, na contramão do que
muitos falam, são equipes consistentes defensivamente.
Se as duas equipes jogam no ataque, propondo o jogo e com posse de bola, como
que seria, então, o confronto entre elas? Não seria possível ter duas bolas em
campo, uma para cada um! O Chile foi melhor! Soube melhor atacar e envolver a
Argentina. Soube, ainda, diminuir o ímpeto do fantástico ataque argentino.
Messi não teve a atuação que costuma ter, mas mesmo assim, quase decidiu. No último lance do tempo normal, driblou dois chilenos
e botou Lavezzi em ótima posição para chutar. O atacante não foi fominha e
tentou servir Higuaín, que por questão de centésimos de segundo não chegou com
ângulo para fazer o gol, e acabou acertando a rede pelo lado de fora. Vieram as penalidade e Higuaín isolou, enquanto Bravo pegou a cobrança de Banega. Competente, o Chile converteu as quatro cobranças que fez para conseguir a tão sonhada taça. Cabe destacar que a última cobrança teve direito a uma mini cavadinha de Alexis Sanchéz. Frieza e coragem do grande atacante do Arsenal.
A Copa América veio a reforçar algumas análises que eu
tinha feito previamente sobre as seleções sul-americanas. Chile e Argentina em
ótima fase, com equipes prontas para disputar competições fortes, como a
eliminatória para a Copa do Mundo e a própria Copa do Mundo. Um Uruguai enfraquecido,
sem apresentar bom futebol. Acho que a volta de Suárez não será suficiente para
resolver os problemas da equipe comandada por Tabárez. O Brasil é aquela
bagunça que nos acostumamos a ver recentemente.
A decepção ficou por conta da Colômbia, que apresentou
futebol aquém daquilo que eu esperava, aquém daquilo que foi visto na última
Copa. A surpresa positiva foi o Peru, que mostrou que deve incomodar muito
gente nas eliminatórias.
Quanto ao melhor jogador da competição, em minha opinião,
foi Lionel Messi. Mesmo atuando abaixo daquilo que costumamos ver, ele é
diferenciado dos demais, faz coisas que os outros não fazem. Sobre outros
jogadores que se destacaram, podemos citar Sánchez e Valdívia, importantes para
o primeiro título do Chile de uma Copa América. No entanto, quero deixar
registrado os totais elogios àquele que, para mim, foi o grande personagem
dessa competição: Jorge Sampaoli. Vai se
firmando como um dos melhores técnicos do mundo.
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