Certo dia, no início desse ano, estava “rodando” os canais
esportivos na televisão, até me deparar com um jogo da Libertadores, o qual o
Tigres era uma das equipes. E muito me impressionou a qualidade do time, que
tinha o ataque naquela ocasião formado por Rafael Sóbis e Guerrón.
O bom futebol apresentado pela equipe comandada por Ricardo
Ferretti, despertou-me o desejo de assistir os jogos subsequentes da equipe na
Libertadores. E assim o fiz. O time mexicano foi avançando de fase até que
chegou à semifinal da competição, e tinha pela frente o tradicional
Internacional de Porto Alegre. Talvez a mídia esportiva pudesse analisar de
maneira diferente, mas na minha cabeça, o Tigres era o favorito para o
confronto, pelo futebol que já apresentara anteriormente.
No jogo de ida, deu Inter no Beira-Rio: 2 x 1. E no jogo de
volta, nesta quarta-feira, apareceu o envolvente, bonito e eficiente futebol do
Tigres, que eu já tinha sido apresentado há meses atrás. Os 3 x 1 que deram a
classificação ao Tigres não demonstram exatamente o que foi o duelo. Um placar
mais elástico refletiria melhor o confronto. Talvez uns cinco ou seis a um,
tamanha a superioridade dos mexicanos em campo.
A contagem foi aberta com o ótimo centroavante francês
Gignac, contratação feita recentemente pelo Tigres, que veio a ser a cereja do
bolo. Geferson, em uma falha terrível marcou contra, ampliando, ainda na
primeira etapa, a vantagem mexicana.
Veio a segunda etapa e o Tigres mostrava um preparo físico
invejável, aliado a uma marcação implacável e um ímpeto ofensivo aplausível. E
as chances foram sendo criadas em sequência, enquanto o Inter esbarrava no
sistema defensivo adversário e deixava espaços na defesa. Sóbis perdeu a chance
de ampliar, desperdiçando uma penalidade, mas pouco depois Arévalo teve a incumbência
de cabecear para as redes e tornar mais elástica ainda a vantagem mexicana: 3 x
0.
O Tigres dava uma aula, prática e filosófica de como se
praticar futebol. Mesmo em vantagem, a equipe de Ricardo Ferretti não abdicava
de atacar, explorando os buracos deixados pelo Inter. Pelo cenário apresentado
em campo, o Inter estava prestes a levar
uma daquelas goleadas históricas. Mas acabou que, não só o Tigres não fez mais
gols, como o Inter diminuiu o marcador, com Lisandro López, nos minutos finais.
Estava o Inter agora a um gol da classificação, que seria uma tragédia para o
Tigres, que fazia uma atuação fantástica. O placar não mais foi alterado e o
Tigres garantiu a merecida vaga na final da Libertadores 2015.
Como um time mexicano não pode se classificar para o Mundial
via Libertadores da América, o River Plate, outro finalista, garantiu presença
no Mundial de Clubes, no fim do ano. Nas duas próximas quartas-feiras, Tigres e
River Plate decidem o título da Libertadores. O River carrega a tradição, o
Tigres carrega o favoritismo.
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