Por Danilo Silveira
Todo jogo tem sua própria história...seus heróis, seus vilões,
seus momentos cruciais, seus lances de maior relevância. E o "SE" não
entra em campo, apesar de ficar sempre remoendo o pensamento daquele que de alguma
forma se entreteu com a partida em questão. "E se aquela bola tivesse
entrado?", "E se tal substituição tivesse sido feita?" "E
se o goleiro não defende aquele chute cara a cara?"
No caso de Colômbia x Japão, a pergunta que paira sobre o ar é
"E se Sánchez não fosse expulso aos 3 minutos de jogo?" Quando Kagawa
pegou rebote de ótima defesa de Ospina e chutou, o jogador colombiano tinha
duas alternativas básicas: deixar a bola passar (muito provavelmente entraria
no gol) ou impedia que a bola passasse. Ele escolheu a segunda opção é só
conseguiu o fazer com a mão. ]
O árbitro D. Skomina só tinha uma opção: assinalar o pênalti e
expulsar o jogador. E assim o fez. Kagawa bateu bem e colocou o Japão em
vantagem. Difícil imaginar um inicio menos trágico para a Colômbia na Copa do
Mundo.
Mas estamos falando de. Time comandado por José Pekerman, técnico
de qualidade elevadíssima. A Colômbia foi para cima do Japão, e não "homem
a menos",. Dado momento, parecia não existir. E o prêmio pela iniciativa
de partir para cá com organização e ousadia, mesmo com um homem a menos, veio
aos 39 minutos. Quinteros cobrou falta por baixo da barreira, Kawashima
segurou,as a tecnologia mostrou ao árbitro que a bola já havia cruzado a linha
final: 1x1 com muito mérito para a Seleção sul-americana.
Veio a segunda etapa e os comandados de A. Nishino tiveram
paciência e tranquilidade para dominar o jogo e encurralar a Colômbia. A
vocação do time japonês não parece ser das mais ofensivas, percebia-se que o
time tinha certa dificuldade de pentear na defesa colombiana. Quando chegava
com mais perigo, Ospina aparecia para salvar. Mas o time de Jasebe, Kagawa,
Osako e companhia, tem lá suas virtudes, e parece que foi, por tentativa e
erro, vendo a melhor forma de conseguir furar o bloqueio colombiano.
E o terceiro gol do jogo, assim como os dois primeiros, veio na
bola parada. Aos 28, Osako apareceu na área para completar escanteio da
esquerda para o fundo das redes. Indefensável. Acredito que nem se tivessem
dois Ospinas debaixo dos postes o gol seria evitado.
Vitória japonesa por 2x1 que dá muita emoção ao grupo. O time
colombiano, de Falcão Garcia e James Rodrigues (o primeiro sofreu a falta que
originou o gol da sua equipe e o segundo entrou aos 14 da segunda etapa e pouco
conseguiu produzir) me parece ter todas as condições para avançar de grupo. Já
o Japão, me parece. Adversário mais fraco, mas numa fase onde cada grupo tem 4
seleções, que jogam três jogos e duas se classificam, vencer o primeiro é um
passo enorme para avançar de fase.
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