quinta-feira, fevereiro 03, 2011

QUE SEJA ETERNO ENQUANTO DURE.

Por Danilo Silveira

A noite de hoje entra para a história do Clube de Regatas do Flamengo. Engenhão lotado, torcida ansiosa, tudo para ver Ronaldinho Gaúcho estrear com a camisa do Flamengo. O time saiu do túnel e ele foi um dos últimos a pisar no gramado do Estádio Olímpico João Havelange. Um lindo mosaico escrito "bem-vindo R 10" era a homenagem dos rubro negros. Dentro de campo, Ronaldinho se movimentou bastante, tocou diversas vezes na bola, mostrou qualidade em alguns lançamentos e errou muitos passes. Mas o futebol apresentado hoje era o que menos importava.

O Nova Iguaçu mostrou muita qualidade. A equipe da Baixada parecia estar jogando a partida da vida. Aos 8, Ronaldinho cobrou falta na área e o rebote ficou coma equipe adversária, que puxou um contra ataque rápido que terminou com Alex Faria perdendo uma incrível chance. O Flamengo não conseguia penetrar na zaga adversária. Thiago Neves, Vander e RG não conseguiam o último passe e a partida se tornou dura. Aos 21, RG recebeu no meio, deu de letra pra Deivid, recebeu de volta e abriu na esquerda; a bola parecia que iria voltar para Deivid, mas Renato Abreu apareceu como uma flecha, mas a finalização saiu mal. Aos 37, RG cobrou falta no alto e no centor do gol, obrigando o goleiro a fazer uma boa defesa.

Veio a segunda etapa e o Flamengo encontrava as mesmas dificuldades dos 45 minutos iniciais. Aos 4, RG tocou para Deivid que não conseguiu chegar a tempo de finalizar com firmeza. Aos 13, Luxa trocou Deivid e Vander por Wanderley e Botinelli. Algumas vaias para Deivid, mas os companheiros em campo aplaudiam o jogador. Aos 15, Wanderley arriscou de fora e a bola passou a esquerda. O argentino Botinelli não entrou bem, mas Wanderley mostrou uma vontade não vista em campo no atacante Deivid. E aos poucos o Fla melhorou e começou a pressionar o Nova Iguaçu. A equipe da Baixada também mexeu, entrando Dieguinho na vaga de Mossoró. Thiago Neves, Botinelli e Léo Moura tentaram mas sem sucesso. O 0 x 0 persistia e não parecia interessante dar as boas vindas ao astro da noite sem balançar as redes. Os jogadores em campo pareciam saber disso e o Fla foi pra cima. A bola estava na direita, foi de pé em pé passando no meio até chegar na esquerda para Egídio, que tinha entrado há pouco na vaga de Maldonado; o laterla rubro negro tocou para Thiago Neves que ao invés de cruzar arriscou pro gol, o goleiro deu rebote e Wanderley completou para as redes e saiu comemorando muito o gol solitário da noite, porém suficiente para enloquecer os presentes no estádio. Uma vitória magra, suada, sofrida foi como um sim de um padre no altar para o casamento de RG 10 e a Nação rubro negra!


Um comentário:

  1. DEMAIS! Texto como sempre espetacular. Amei o " Uma vitória magra, suada, sofrida foi como um sim de um padre no altar para o casamento de RG 10 e a Nação rubro negra!" Demais,mesmo. Parabéns,Danilo. Fla e RG jogaram bem, esperamos jogos melhores. Assim como textos cada vez melhores. Abraço!

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