domingo, julho 03, 2011

JOGO 3:COM GANSO, NEYMAR E COMPANHIA, BRASIL SOFRE NA CRIAÇÃO E ESBARRA EM UMA ARRUMADA VENEZUELA

Por Danilo Silveira

As duas seleções com maior tradição da América do Sul estrearam na Copa América contra as duas com menos tradição. Na sexta-feira, dia 1º de julho, a Argentina tropeçou diante da Bolívia, no empate em 1 a 1, e hoje, foi a vez do Brasil esbarrar na retranca de uma organizada Venezuela e empatar sem gols. Após um bom primeiro tempo, a equipe de Mano Menezes foi muito mal na segunda etapa.

Brasil cria algumas chances, mas primeiro tempo acaba zerado

Com cerca de sete minutos de atraso, a bola rolou na cidade de La Plata. O Brasil começou bem, chegando à frente, tentando pressionar a Venezuela. No ataque, Neymar, Robinho e Pato apresentavam-se e circulavam muito, mas a defesa do Brasil estava meio estranha, cometendo algumas pequenas falhas, que não alteravam o andamento do jogo, mas demonstravam que a dupla Lúcio e Thiago Silva não estava nos melhores dias. Aos 26 minutos surgiu a primeira grande chance do Brasil, quando Daniel Alves tocou da direita, Pato ajeitou e carimbou o travessão do goleiro Vega. Logo em seguida, um fato curioso: um ca
chorro entrou no campo de jogo, deu uma breve passeada pela grama e depois saiu. Voltando ao futebol, apesar de ver um adversário recheado de talentos, a Venezuela não se limitava a defender-se e tentava chegar ao ataque. Em uma dessas chegadas, Thiago Silva fez falta em um adversário, mas a bola sobrou limpa para Rincón, que disparava rumo ao gol brasileiro, mas o árbitro preferiu marcar a falta, amarelar o zagueiro brasileiro, em vez de aplicar a lei da vantagem. Na segunda metade da primeira etapa, o Brasil criou suas melhores chances na partida. Primeiro, Ramires deu belo lançamento para Pato na direita, o atacante dominou de maneira belíssima e chutou cruzado para defesa do goleiro. Depois, em um rápido contra ataque, Neymar abriu para Robinho na esquerda, o atacante finalizou e Vizcarrondo tirou a bola usando o ombro, antes que a ela entrasse. A última chance veio aos 44, quando Ganso deu bela enfiada para Neymar, que finalizou colocado, mas muito mal, à esquerda do goleiro. Esse lance causou um mal-estar entre os jogadores em campo pois os venezuelanos reclamavam que havia um jogador da equipe caído e a bola deveria ter sido jogada para fora. Apesar de criar algumas oportunidades, o Brasil ia para o intervalo sem gols.

Chances desaparecem e Brasil tropeça

As duas seleções voltaram com o mesmo time para a segunda etapa. Se na primeira etapa o Brasil criou, na segunda aconteceu o contrário. A Venezuela voltou mais corajosa, explorando o lado esquerdo de ataque, marcando de maneira avançada e dificultando a saída de jogo da equipe verde-amarela. O homem da criação da equipe, Arango, aparecia em algumas jogadas, mas a coletividade aparecia mais, o toque de bola e a boa marcação. Mas a seleção venezuelana bem poderia ter ficado com um homem a menos, se árbitro tivesse expulsado de campo González, pro forte entrada em Neymar, mas ele preferiu dar somente o amarelo. Logo em seguida, Mano Menezes lançou Fred na vaga de Robinho, enquanto C. Farias lançou A.
Moreno na vaga de Rondón. No momento da saída de Robinho, ouvia-se vaias no estádio, resta saber a quem eram destinadas. Aos 30, Mano Menezes mexeu de maneira dupla, colocando Elano na vaga de Ramíres que machucou-se em dividida de bola e lançando Lucas na vaga do melhor do time, Alexandre Pato, mas que no segundo tempo deu uma sumida. Os minutos iam se passando, ainda deu tempo de C. Farias trocar Fedor e Gonzáles por Maldonado e Di Giorgi, mas gols e belas jogadas não foram vistas mais, até que o árbitro da partida soprou pela última vez. Em três jogos da Copa América, dois deles com placar final no mínimo curiosos, com Argentina e Brasil tropeçando.

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