Dois times mal escalados, tendendo para o defensivismo e
apresentando um futebol longe de ser envolvente. Foi assim que começou o duelo
entre Real Madrid e Manchester City, na rodada de abertura da UEFA Champions
League. Foi do meio da segunda etapa para o final que o jogo mudou
completamente de figura e as redes passaram a ser balançadas em seqüência e o
jogo cresceu em emoção. Após o apito final, o Real Madrid comemorou a vitória
por 3 a 2, de virada.
O duelo começou e impressionava de fato os nomes que estavam
no banco de reservas. No Real Madrid, Modric, Ozil e Kaká viam Khedira, Xabi
Alonso e Essien, começarem o jogo na equipe titular. Já no City, Aguero
contemplava a titularidade de Javi Garcia, Barry e Yayá Touré. Como já parecia
estar no script, as duas equipes fizeram um primeiro tempo muito fraco. O que
de fato funcionou foi a marcação avançada do time da casa, que encurralava o
City, porém, com a bola nos pés, eram nítidas as deficiências apresentadas
pelos madrilenhos. Criastiano Ronaldo foi quem criou as melhores oportunidades.
Aos 7 minutos, ele cortou Kompany e bateu cruzado pela ponta esquerda da área e
Hart apareceu para fazer boa intervenção. Aos 11, Cristiano , novamente pela
ponta esquerda, arriscou, Higuaín desviou no meio do caminho e Joe Hart apareceu
para fazer uma grande defesa. O Real até arriscava chutes de longa e média
distância, até tinha o domínio territorial no campo ofensivo, mas produzia
poucas jogadas coletivas mais bem elaboradas e mais parecia jogar na base da
vontade que na boa armação tática. Aos 34, Nasri se machucou e Roberto Mancini,
tendo Aguero no banco, preferiu colocar Kolarov em campo, tornando ainda mais
complicadas as coisas para o seu time.
Em final eletrizante, Real vira com gol de Cristiano Ronaldo
Veio a segunda etapa e nenhum dos técnicos mexeu. Parecia
difícil acreditar que o jogo melhoraria, muito por conta da escalação e da
armação tática adotada pelos treinadores de ambas as equipes. O fato é que o
City voltou menos retrancado (seria quase impossível recuar mais), O Real
voltou atacando com mais organização (seria difícil desorganizar mais) e o jogo
melhorou um pouco (se piorasse os espectadores iam acabar dormindo). Aos 14,
Marcelo arriscou de fora da área e a bola passou à esquerda, com perigo. O
meio do segundo tempo foi se aproximando e os dois treinadores começaram a
mexer em suas equipes. Roberto Mancini lançou Dzeko e tirou David Silva.
Apesar de ter lançado mais um atacante, ele comprometia demais a criação de
jogadas por estar tirando um dos melhores jogadores do time, que não fazia um
bom jogo, acredito eu, muito por conta da parte tática deficiente implantada
pelo treinador italiano. Já José Mourinho, lançou Ozil na vaga de Essien aos
19. Dá para dizer que a mexida foi boa, mas Mourinho não fez mais que o óbvio,
pois atuar com três volantes, deixando Ozil, Modric e Kaká no banco é algo,
para mim, inviável. Mancini parecia fazer de tudo para o seu time não atacar de
forma organizada, mas mesmo assim, o City chegou ao gol. Yayá Tourré saiu
jogando de trás do meio campo, tabelou, continuou avançando e tocou para Dzeko,
que chutou na saída de Cassillas para abrir o placar. E minutos após o gol,
Mourinho resolveu colcoar o time para frente: trocou Higuaín por Benzema e
lançou Modric na vaga de Khedira. Naturalmente o Real melhorou na partida e os
20 minutos finais de jogo foram eletrizantes. Aos 29, Yayá Tourré recebeu no
meio da área e teve a chance de ampliar, mas chutou à esquerda de Cassillas.
Logo em seguida, Marcelo arriscou de fora da área, a bola desviou em Javi
Garcia e entrou nas redes do City: 1 a 1. O Real se animou e partiu em busca da
virada. Aos 34, Benzema chutou meio sem ângulo da ponta direita e o seguro
goleiro Hart fez mais uma boa defesa. Aos 39, Kolarov cobrou falta da meia
direita na área e a bola acabou passando por todo mundo e caindo no fundo das
redes de Cassillas. Era o City de novo na frente e muito perto de conseguir um
resultado heróico no Santiago Bernabéu. Mas, o que o jogo deixou a desejar no
ponto de vista tático, foi compensado por doses fortes de emoção. Aos 41,
Benzema recebeu na meia lua de Di Maria, girou e chutou no canto esquerdo de
Hart, que por pouco não evitou o empate. Pela segunda vez, os donos da casa empatavam o
duelo e agora tinham pouco tempo para conseguir uma virada. E ela por pouco não
saiu na melhor jogada coletiva da partida. Em um contra ataque rápido da equipe
madrilenha, a bola passou pelos pés de Modric, de Ozil, de Benzema e chegou
até Cristiano Ronaldo, que bateu no canto direito, para nova defesa de Hart, o
melhor jogador em campo. E quis o destino que o melhor jogador em campo
falhasse em um momento decisivo. Aos 46, Cristiano Ronaldo chutou da ponta
esquerda, no meio do gol e Hart acabou falhando. Foi a virada do Real Madrid em
um jogaço do ponto de vista de emoção e um jogo abaixo da crítica do ponto de
vista tático.
Danilo,
ResponderExcluiré meu amigo, começo de temporada é complicado para todo mundo...
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