Há algum tempo, a Seleção Brasileira não desperta muito o
interesse do povo brasileiro. Isso é notório. Notório também é que a seleção
dirigida por Mano Menezes está em um patamar muito aquém de muitas seleções europeias, e se a Copa do Mundo fosse hoje, Neymar, Oscar, Hulk e companhia
provavelmente não passariam de coadjuvantes. O problema passa longe de ser
falta de talento, o que acontece é que Mano, que até escala bem, não consegue
fazer sua seleção jogar em um padrão aceitável.
Nesta quarta-feira, Brasil e Argentina se enfrentaram em
Goiânia, no Serra Dourada, pelo duelo de ida da Copa Rocca, torneio de dois
jogos, onde as duas seleções só podem usar jogadores que atuam na Argentina ou
no Brasil. Melhor para o Brasil, que pode usar Neymar, Lucas, Leandro Damião,
Dedé, que são jogadores que integram a Seleção principal, além de outros com
muita qualidade, mas que nem sempre são convocados, como Rever, Ralf e Luís
Fabiano. Pior para a Argentina, que não pode usar Messi, Di Maria, Aguero,
Tévez, Lavezzi e Higuaín.
Durante 90 minutos, tivemos um jogo muito ruim, com raras
chances de gol, poucas jogadas bonitas e muito pouca inspiração. Tivemos uma
Argentina para lá de defensiva (saudades do tempo em que Maradona era o
técnico), contente com o empate e buscando muito pouco o gol. Do outro lado,
tivemos um Brasil que até tentava buscar o gol, mas a falta de inspiração e de
envolvimento à marcação adversária era tamanha que foram pouquíssimas jogadas
que realmente levaram perigo ao gol de Ustari. A primeira delas veio aos 25
minutos, quando Paulinho, em posição irregular, cabeceou para empatar o jogo.
Isso porque, minutos antes, o jogador do Corinthains, Martínez, apareceu para
abrir o placar para os hermanos. A torcida brasileira procurou fazer festa e
apoiar a equipe, que de fato fazia uma partida muito fraca.
Mas, a paciência do torcedor teve limite. No meio da segunda
etapa, quando Mano Menezes lançou Wellington Nem na vaga de Lucas, vaias
começaram a ser ouvidas, aliadas a gritos de Felipão. Chegava a ser triste ver
uma Seleção Brasileira com tão pouca inspiração e uma Seleção Argentina tão
retrancada, mas esse desenho não mudou até o apito final. Mas, antes que ele
viesse, Desábato colocou a mão na bola na área e o árbitro assinalou pênalti.
Neymar cobrou bem, converteu e deu a vitória de virada ao Brasil. Vitória essa que nada me deixa mais confiante em relação ao futuro da Seleção Brasileira. Pelo
contrário! Parece que a cada atuação da Seleção de Mano Menezes, mais cresce
minha desconfiança em relação a essa seleção. Exceto o jogo contra a fraca China, onde a Seleção passeou e venceu por 8 a 0. Dificilmente em uma Copa do Mundo ou uma Copa das Confederações, teremos adversários que se mostrem tão limitados como se mostrou a China. E provavelmente, teremos a maioria dos adversários melhores e mais bem arrumados que a Argentina para lá de capenga que o Brasil enfrentou hoje. Por sinal, um Brasil, a exemplo do seu maior rival, para lá de capenga!
Danilo,
ResponderExcluirjoguinho bom mesmo só para alegria dos empresários e para a felicidade dos cofres da CBF.
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Amigo Danilo eu só vejo uma pessoa para mudar o quadro da seleção. Está longe de ser o Felipão ou Muricy. Ele não está no Brasil, pois a maioria dos treinadores do país, com medo de perder emprego jogam bem diferente do nosso estilo. O "nosso estilo" está nas mãos de um espanhol. O nome dele é Pep Guardiola. O treinador mais brasileiro dos estrangeiros que já declarou ser fã do nosso estilo de jogar. Não esse, mas do digamos... até 82. Agora o tempo é curto para 2014. Mais sou brasileiro e não desisto nunca.
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