A tendência dessa Copa tem sido a ofensividade. As equipes têm buscado muito o ataque e tem sido raro ver times retrancados. Por isso, o duelo entre Argentina e Irã foi diferente do que mais se tem acompanhado até aqui. O técnico português Carlos Queiroz montou uma retranca quase que impenetrável para cima (ou para trás) da Argentina.
E o primeiro tempo teve praticamente uma nota só. A Argentina tinha a bola, a rodava de um lado para o outro com dificuldades para furar a retranca iraniana, muito bem montada, por sinal. Na melhor chance, Di Maria chutou e o goleiro Haghighi pegou.
Durante a segunda etapa o Irã se soltou mais, tornando o jogo pra lá de perigoso para a seleção sul-americana. Romero fez duas defesas salvadoras. Na mais bela delas, pegou uma cabeçada de Dejagah que tinha o endereço das redes.
E é em jogos desse nível de dificuldade que os maiores craques costumam aparecer. Messi é craque! Messi apareceu! Para a felicidade daqueles argentinos que lotaram o Mineirão. O camisa 10 não teve uma atuação brilhante, mas fez o que dele se espera: decidiu o jogo. Um belo chute, perfeito, para encontrar as redes iranianas quando o relógio já havia ultrapassado a barreira dos 45 minutos.
A Argentina tem muito potencial para evoluir durante a Copa do Mundo. Parece ainda não ter apresentado tudo aquilo que pode. Contra o Irã, o quarteto ofensivo não rendeu o esperado, tanto individual, quanto coletivamente. E quando falo quarteto, falo de Higuaín, Di Maria, Aguero e Messi. Elogios para Lavezzi, que entrou bem no decorrer da segunda etapa.
Já o Irã, mostrou uma aplicação tática surpreendente. Ainda tem chances de classificação, mas precisa torcer por resultados. A vitória sobre a Bósnia na última rodada pode não ser suficiente. O desfecho desse grupo F da Copa promete ser bem interessante.
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