Daqueles jogos onde o placar numérico não expressa de forma
fidedigna aquilo que ocorreu dentro das 4 linhas. A Alemanha teve em Moscou uma
atuação digna de uma seleção que é a atual campeã do Mundo. Perdeu para um México para lá de interessante,
montado pelo professor Osório.
Talvez as três virtudes mais importante usadas pelo México
para derrotar a Alemanha tenham sido: marcar com intensidade e qualidade, saber
contra-atacar e não abdicar de jogar também com a bola no pé. De acordo com
cada momento do jogos, essas virtudes do jogo variaram.
No primeiro tempo, os
contra-ataques foram corriqueiros e o time conseguiu por boa parte atuar bem
com a bola nos pés. Foi nesse cenário que o jogo abriu muitas possibilidades para o México abrir o placar. Os contra-ataques eram para lá de qualificados e a Alemanha deixava espaços no sistema defensivo. Foi num desses contra-ataques que Lozano abriu o placar, após driblar Ozil e chutar sem chances para Neuer. Belo gol!
Na segunda etapa, os contra-ataques foram ficando mais
escassos, enquanto a intensidade do jogo alemão evoluía. Foi aí que veio a
virtude de marcar forte, para terminar a partida sem ser vazado por um time
altamente técnico.
Uma coisa muito interessante de se analisar no jogo, foi a
tranquilidade e a paciência do time alemão, até nos momentos onde a derrota
parecia inevitável. A equipe não se desesperou, não começou a jogar bola na
área ininterruptamente. Kross foi o dono do meio-campo, ditou o ritmo de uma
Alemanha que segue como uma das favoritas ao título mundial.
Chicharito, Vela, Lozano, Ochoa, dentre outros, deram o
cartão de visitas do México na Copa do Mundo. Cartão esse, muito agradável, por
sinal. Esse nível de atuação de uma equipe, digamos “não favorita ao título”,
só faz engrandecer o nível dos jogos, e da Copa do Mundo, em geral.
Para completar, um dado apenas para efeito de curiosidade:
em 2010, a Espanha perdeu a estreia por 1x0 para a Suiça, num jogo onde teve
uma atuação excepcional. O desfecho daquele mundial acho que todo mundo sabe.
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