Por Danilo Silveira
Quando assisto futebol, tenho uma forte tendência de torcer
par ao time que joga o futebol mais bonito, mais vistoso e que normalmente, em
consequência desses adjetivos, trata-se da melhor equipe. Neste domingo, tive a
felicidade de ver a melhor equipe vencer e ser campeã. Trata-se do Botafogo, um
time leve, rápido, envolvente, comandado por Oswaldo de Oliveira e liderado
pelo craque Seedorf, dentro das 4 linhas. Um time que, de tudo que assisti
nesse Cariocão, foi o melhor. Em todos os quesitos. Na qualidade de futebol, no
talento individual, na armação tática e por aí vai.
O Botafogo venceu os dois turnos, derrotando os seus três
adversários grandes nesse trajeto. Bateu o Flamengo por 2 x 0 na semifinal da
Guanabara, o Vasco por 1 x 0 na final e o Fluminense na final da Taça Rio, por
1 x 0. Reparem que nesses três jogos o Glorioso não tomou gol. O Botafogo é bom
em todos os setores, inclusive na defesa, mas há um dos setores em que a equipe
é mais do que boa, mais do que muito boa, é excelente, fantástica. Debaixo da
trave. Jefferson é um dos maiores goleiros que eu já vi em solo nacional.
Incrível. Um gigante. Hoje, na final contra o Fluminense, ele mais uma vez fez
defesas incríveis, que ajudaram a garantir o título. Talvez a mais incrível
delas em uma bola que Leandro Eusébio recebeu na esquerda da área e o arqueiro
alvinegro se agigantou, executando uma saída de gol espetacular e tomando a
bola do zagueiro tricolor. Zagueiro esse que integra um sistema defensivo
deficiente da equipe comandada por Abel Braga. Deficiência escancarada para
quem assiste aos jogos do Fluminense, mas talvez maquiada para aqueles que não
assistem, mas tomam como base estatísticas de gols sofridos.
O que realmente importa hoje é que o Botafogo venceu e
convenceu. Não jogou tão bem na primeira
etapa, achei o Fluminense superior. Mas, nos 45 minutos finais, o Glorioso
esmagou o Tricolor e esteve perto de golear, apesar de ter vencido apenas por
um gol de vantagem. Poderiam ser dois se Marcelo de Lima Henrique tivesse
validado o gol de Dória, ao invés de assinalar pênalti no lance. Seedorf
perdeu, explodindo a bola no travessão de Cavalieri. Chance desperdiçada que
não fez falta nem apagou as grandes atuações do holandês ao longo da competição. Mais ainda: o Botafogo venceu com gol do contestado Rafael Marques. Teve dificuldades com a camisa alvinegra, mas evoluiu ao longo da competição, fez gols importantes e parece ter encontrado seu espaço. Quando o time funciona, a tendência é ser mais fácil para o jogador mostrar suas qualidades.
Para o Fluminense, o time que “consegue o impossível”,
restou agora a Libertadores. Quarta-feira, a equipe de Abel Braga enfrenta o
Emelec, em São Januário, e se quiser avançar terá que reverter um resultado
adverso de 2 x 1, trazido do Equador. Acredito que o Fluminense consiga sim
avançar às quartas-de-final. Atualmente, o mais difícil não é ver o Fluminense
ganhar, é ver o Fluminense jogar bem. Bom mesmo é o Botafogo, que começou 2013
conseguindo fazer as duas coisas!
O botafogo mereceu ganhar o titulo, jogou melhor futebol, mas era uma obrigação do Botafogo. Até porque pegou um vasco quebrado, um flamengo onde mudou toda a diretoria, inclusive o técnico e um fluminense que estava dividido com a Libertadores.
ResponderExcluirMas o Botafogo não tem nada com isso e ganhou com facilidade esse carioca.