Imagine um duelo onde os primeiros 35 minutos são de um jeito e
os outros 55 minutos completamente distintos? Assim foi o jogo de ida entre São
Paulo x Atlético/MG, no Morumbi, válido pelas oitavas de final da Libertadores
da América.
Nos 30 minutos inicais, o São Paulo jogou muito, pressionou
o Galo, criou inúmeras chances, principalmente com Ademilson, que entrou na
vaga de Aloísio, que saiu machucado nos minutos inicais. Poderia o Tricolor
Paulista ter marcado 3 ou 4 gols, que não seria nenhum exagero, levando em
conta o poder ofensivo da equipe e a bagunça que se via no sistema defensivo
atleticano. Porém, a equipe de Ney Franco fez apenas um gol, com Jádson, após bela jogada de Ganso. E foi por volta dos 30 minutos que o zagueiro Lúcio fez uma
falta dura em Bernard, levando assim o cartão amarelo, que virou vermelho, pois
ele já havia sido amarelado minutos antes. Ademilson, que tinha entrado na vaga
de Aloísio, deu lugar ao zagueiro Rhodolfo, que entrou na recompor a defesa.
A expulsão foi uma espécie de “acordar o gigante até então
adormecido” O irreconhecível Atlético do início do jogo, agora mais parecia
aquele Atlético que se viu em 2012 e no início de 2013. Um time que joga
bonito. E após um escanteio cobrado da direita, Ronaldinho, de cabeça, empatou
a partida.
Veio a segunda etapa e o Galo encurralou o time paulista, mantendo
a posse de bola no meio-campo, pacientemente, em busca de espaços para tentar
chegar ao gol de Rogério Ceni. O São Paulo marcava bem, buscava o contra
ataque, mas tinha visivelmente sentido o golpe da expulsão de Lúcio. E por
volta dos 15 minutos, o toque de bola do Galo resultou em gol, de Diego
Tardelli. Era a virada do Galo, literalmente forte. Logo após esse fato, o São
Paulo passou a sair mais para o jogo, em busca do empate. Automaticamente, a
equipe do técnico Ney Franco passou a correr sérios riscos de levar um contra
ataque mortal. E foi nos acréscimos, mais precisamente no último lance do jogo,
que a equipe são paulina levou o tal contra-ataque, que não foi mortal por
pouco. Mais precisamente por centímetro. Ronaldinho fez bela jogada no meio e
colocou Luan em ótima condição na ponta-esquerda da área o meia-atacante atleticano
tocou para o meio, onde Rosinei se esticou todo e por pouco não alcançou a bola
e a empurrou para as redes.No resumo da obra, o Atlético/MG leva para Minas Gerais uma vantagem espetacular e se torna muito favorito para avançar às quartas-de-final. Hoje é difícil imaginar que o São Paulo vá conseguir forças para eliminar o melhor time do Brasil, fora de casa, levando um placar adverso. Improvável, não impossível!
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