segunda-feira, maio 06, 2013

BOTAFOGO: FUTEBOL BOM, BONITO, ENVOLVENTE E CAMPEÃO

 
Por Danilo Silveira
Quando assisto futebol, tenho uma forte tendência de torcer par ao time que joga o futebol mais bonito, mais vistoso e que normalmente, em consequência desses adjetivos, trata-se da melhor equipe. Neste domingo, tive a felicidade de ver a melhor equipe vencer e ser campeã. Trata-se do Botafogo, um time leve, rápido, envolvente, comandado por Oswaldo de Oliveira e liderado pelo craque Seedorf, dentro das 4 linhas. Um time que, de tudo que assisti nesse Cariocão, foi o melhor. Em todos os quesitos. Na qualidade de futebol, no talento individual, na armação tática e por aí vai.
O Botafogo venceu os dois turnos, derrotando os seus três adversários grandes nesse trajeto. Bateu o Flamengo por 2 x 0 na semifinal da Guanabara, o Vasco por 1 x 0 na final e o Fluminense na final da Taça Rio, por 1 x 0. Reparem que nesses três jogos o Glorioso não tomou gol. O Botafogo é bom em todos os setores, inclusive na defesa, mas há um dos setores em que a equipe é mais do que boa, mais do que muito boa, é excelente, fantástica. Debaixo da trave. Jefferson é um dos maiores goleiros que eu já vi em solo nacional. Incrível. Um gigante. Hoje, na final contra o Fluminense, ele mais uma vez fez defesas incríveis, que ajudaram a garantir o título. Talvez a mais incrível delas em uma bola que Leandro Eusébio recebeu na esquerda da área e o arqueiro alvinegro se agigantou, executando uma saída de gol espetacular e tomando a bola do zagueiro tricolor. Zagueiro esse que integra um sistema defensivo deficiente da equipe comandada por Abel Braga. Deficiência escancarada para quem assiste aos jogos do Fluminense, mas talvez maquiada para aqueles que não assistem, mas tomam como base estatísticas de gols sofridos.

O que realmente importa hoje é que o Botafogo venceu e convenceu.  Não jogou tão bem na primeira etapa, achei o Fluminense superior. Mas, nos 45 minutos finais, o Glorioso esmagou o Tricolor e esteve perto de golear, apesar de ter vencido apenas por um gol de vantagem. Poderiam ser dois se Marcelo de Lima Henrique tivesse validado o gol de Dória, ao invés de assinalar pênalti no lance. Seedorf perdeu, explodindo a bola no travessão de Cavalieri. Chance desperdiçada que não fez falta nem apagou as grandes atuações do holandês ao longo da competição. Mais ainda: o Botafogo venceu com gol do contestado Rafael Marques. Teve dificuldades com a camisa alvinegra, mas evoluiu ao longo da competição, fez gols importantes e parece ter encontrado seu espaço. Quando o time funciona, a tendência é ser mais fácil para o jogador mostrar suas qualidades.

Para o Fluminense, o time que “consegue o impossível”, restou agora a Libertadores. Quarta-feira, a equipe de Abel Braga enfrenta o Emelec, em São Januário, e se quiser avançar terá que reverter um resultado adverso de 2 x 1, trazido do Equador. Acredito que o Fluminense consiga sim avançar às quartas-de-final. Atualmente, o mais difícil não é ver o Fluminense ganhar, é ver o Fluminense jogar bem. Bom mesmo é o Botafogo, que começou 2013 conseguindo fazer as duas coisas!


Um comentário:

  1. O botafogo mereceu ganhar o titulo, jogou melhor futebol, mas era uma obrigação do Botafogo. Até porque pegou um vasco quebrado, um flamengo onde mudou toda a diretoria, inclusive o técnico e um fluminense que estava dividido com a Libertadores.
    Mas o Botafogo não tem nada com isso e ganhou com facilidade esse carioca.

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