quarta-feira, novembro 30, 2022

Jogo 40: Argentina tem grande atuação, vence a Polônia e avanca em primeiro do grupo

Por Danilo Silveira

Uma atuação impecável da Argentina diante da Polônia.  

Leve, intensa, técnica, veloz, encantadora e mais alguns adjetivos positivos podem ser dados para a equipe dirigida por Lionel Scaloni.

Se tem um Lionel como treinador à beira do campo, tem um Lionel como regente dentro das 4 linhas. Como joga bola Lionel Messi. Mesmo diante de uma forte marcação polonesa no meio-campo, o camisa 10 conseguiu ser o dono daquela faixa de campo. Ele protege a bola de maneira incrível, acha companheiros quando parece impossível, dita o ritmo do time. O pênalti desperdiçado na primeira etapa, não apaga a grande atuação do gênio.

O jogo por si só no estádio 974, não teve tantas emoções. A Argentina mandou no jogo do início ao fim, fez 2 gols na primeira metade do segundo tempo e a Polônia ficou totalmente entregue, sem poder de reação algum, sem conseguir atacar, sem conseguir reter a posse de bola por muito tempo. Um horror a atuação da equipe comandada por Czeslaw Michniewicz.

No entanto, o jogo se tornava emocionante por conta da composição numérica do grupo. O México abriu 2x0 na Arábia Saudita, no outro jogo do grupo, enquanto a Argentina vencia por 2x0 a Polônia. Com esses resultados, Polônia e México estavam ficando empatados em número de pontos, saldo de gols e gols marcados. Assim, a segunda vaga estava sendo decidida no número de cartões amarelos recebidos. A Polônia lrcava vantagem nesse quesito, por ter sido menos punida.

Argentina X Polônia terminou e ainda faltavam cerca de 4 minutos para o fim do jogo do México. Se o México vencesse por mais um gol de diferença, eliminaria a Polônia e avançaria. O gol até saiu, mas para o lado da Arábia. Assim, a Polônia avançou no saldo de gols.

Até onde vai a Argentina nessa Copa, só o tempo vai dizer. Mas o fato é que a equipe mostrou estar pronta para desafios mais difíceis. O próximo confronto é contra a Austrália, pelas oitavas de final. Vem muito forte a Argentina!

A Polônia, por sua vez, enfrenta a França. Se não jogar mais bola do que diante da Argentina, fica difícil imaginar que ela consiga fazer um jogo duro diante dos atuais campeões do Mundo. 

Jgoo 37: Tunísia faz historia, vence a França, mas está eliminada da Copa

 Por Danilo Silveira

Ainda que não tenha conseguido a classificação, a Tunísia fez história na Copa do Mundo, vencendo pela primeira vez, uma seleção europeia na competição. E justamente em cima do país que o colonizou: a França!

E a vitória da Tunísia passou por um futebol muito interessante apresentado pela equipe comandada por Jalel Kadri. Muita velocidade, um ímpeto invejável para atacar a França constantemente e uma vontade de dar gosto de ver.

Cabe ressaltar que a França foi a campo com o time quase todo reserva, mas isso não diminui o feito tunisiano. Podemos aqui destacar que a Tunísia jogou melhor que a França, uns 70% do jogo.

A porcentagem do parágrafo acima não chega a 100 porque Didier Deschanps foi mandando seu time titular a campo na segunda etapa. Mbappé, Griezmann e Dembélé deram outra qualidade ao time.

Um dos lances mais inusitados da Copa, aconteceu no final do jogo. Bola alçada na área da Tunísia, Talbi afastou de cabeça e Griezmann emendou para as redes. O árbitro da Nova Zelândia, Matthew Conger, validou o gol e encerrou o jogo. No entanto, após o apito final, o VAR chamou o árbitro para o vídeo e o gol foi anulado. Na hora do cruzamento, Griezmann estava impedido e o desvio do tunisiano não tira a posição irregular. O árbitro reiniciou o jogo com bola para a Tunísia no local da infração, e pouco depois apitou o fim do jogo pela segunda vez. Dessa vez, o jogo acabou de verdade.

A classificação da Tunísia não veio pois a Austrália venceu a Dinamarca por 1x0 no outro jogo do grupo. Se houvesse empate, a Tunísia passaria. Curiosamente, o gol da vitória australiana saiu cerca de três minutos após o gol da Tunísia. Por ais ou menos três minutos, a Tunísia teve o gostinho de estar indo para as oitavas de final.

A França pega agora a Polônia nas oitavas de final. É passar a borracha na atuação pífia diante da Tunísia e confiar nos titulares, principalmente Mbappé. A França é bem favorita para esse duelo.

Jogo 38: Austrália bate a Dinamarca e c9 segie a classificacao para as oitavas

 Por Danilo Silveira 

A Dinamarca foi uma das grandes decepções da Copa do Mundo. A equipe dirigida por Kasper Hjumand não conseguiu repetir a boa campanha da Eurocopa de 2021 e acabou eliminada na primeira fase da Copa do Mundo, de forma até melancólica.

Precisando da vitória para ainda sonhar em classificação, a equipe iniciou o jogo diante da Austrália tentando partir com tudo para o ataque. A bem da verdade, parece que foi isso que a Dinamarca tentou a maior parte de Copa: atacar.

Não parece ter faltado vontade nem coragem para os dinamarqueses. Pelo contrário. A proposta parecia das melhores, mas a execução, em nenhum momento funcionou no Catar. 

A Austrália, por sua vez, se classificaria com vitória e se empatasse com a Dinamarca, precisaria torcer para a Tunísia não vencer a França.

Diante desse cenário, a Austrália não deixou de atacar a Dinamarca, mas não fazia isso de maneira tão intensa. "Não se jogava ao ataque", como se diz na gíria.

Se no plano tático, tínhamos propostas que somadas poderiam culminar em um bom jogo, na prática, o jogo foi bem fraco. 

Eis que no outro jogo do grupo, a Tunísia abriu o placar diante da França. O 0x0 estava eliminando Dinamarca e Austrália nesse momento.

Mas isso durou pouquíssimo tempo. Aos 14 minutos da segunda etapa contra, contra ataque rápido da Austrália: Riley McGree serviu Leckie, que arrancou pela ponta esqierda, gingou duas vezes para cima do marcador e bateu cruzado para marcar um belo gol.

Gol esse que colocou a Austrália nas oitavas de final da Copa. Daí até o apito final, a Dinamarca tentou exercer uma pressão, mas mal conseguia chegar perto da meta do goleiro Ryan.

Eriksen, de quem mais se espera uma jogada de maior qualidade, pouco conseguiu produzir. Não só hoje, como em toda a Copa. Mas, cabe aqui dar os parabéns ao jogador. Depois de sofrer um mau súbito no ano passado, no jogo entre Dinamarca X Finlândia, valido pela Eurocopa, ele deu a volta por cima e disputou o Mundial. Talvez, de todos os jogadores participantes, seja ele o mais vitorioso de todos.

Ao ver essa classificação australiana, fica difícil não lembrar do jogo da repescagem contra o Peru. A Austrália conseguiu segurar o ímpeto da forte seleção comandada por Ricardo Gareca, e nos pênaltis, conseguiu uma classificação heroica para a Copa.

Se outrora quase não foi ao Catar, agora a Austrália está entre as 16 seleções mais bem colocadas da Copa. Para ficar entre as 8, terá que superar a Argentina de Messi e companhia. Dura missão! 

Jgoo 39: xx

Jogo 34

Jogo 33

segunda-feira, novembro 28, 2022

Jogo 32 - Portugal vence Uruguai em jogo que foi melhor jogado na segunda etapa

 Por Danilo Silveira 

Se o Uruguai tivesse entrado em campo para jogar para frente desde o minuto inicial, talvez a gente tivesse tido em Lusail, um dos melhores jogos da Copa do Mundo.

Mas o fato é que a seleção comandada por Diego Alonso só resolveu de fato ir para cima do adversário aos 8 minutos da segunda etapa, justamente quando foi vazada. Bruno Fernandes cruzou da esquerda, Cristiano Ronaldo tentou cabecear e não alcançou, mas caprichosamente, a bola rumou para as redes de Rochet.

Outra coisa que poderia fazer o jogo ser melhor é uma escalação do Uruguai com um quarteto ofensivo com Cavani, Suárez, Arrascaeta e Darwin Nuñes. Arrasca e Suárez começaram no banco e quando Suárez foi para o jogo, foi justamente na vaga de Cavani.

Portugal, por sua vez, não  fez uma partida brilhante, mas é de se elogiar a escalacao de Fernando Santos com Cristiano, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Félix. Rapaz, é muita qualidade ofensiva nesse time português.

Sobre as coisas que aconteceram antes dos 53 minutos de jogo, podemos destacar uma grande chance de Bentancur, que driblou dois marcadores, mas acabou parando no goleiro Diogo Costa, no que seria um dos gols mais bonitos da Copa até aqui. Podemos destacar também o domínio português e um sistema dem marcação bem estruturado do Uruguai.

Mas para desenvolver melhor o texto, podemos pular para os 53 minutos de jogo, que foi quando Portugal abriu o placar.

A partir daí, o jogo tornou-se eletrizante. Arrascaeta entrou, o Uruguai ganhou dinamismo no meio-campo e força para chegar ao campo ofensivo. 

Portugal passou a ser atacado, sofreu alguma coisa, mas ganhou a possibilidade de contra atacar e trabalhar a bola com mais espaço vazio no campo de ataque.

O duelo tornou-se muito interessante de ser assistido. O famoso "lá é cá". Rolou bola na trave para os dois lados, rolou chute de Suárez que bateu na rede pelo lado de fora. 

E ainda deu tempo de Portugal ampliar. Bruno Fernandes, de pênalti, fez seu segundo gol no jogo para coroar uma boa atuação. Joga muita bola o meia português.

O fato é que o Uruguai poderia ter contado com um pouco mais de sorte para estar em uma posição mais confortável no grupo. Contra a Coreia, explodiu bola na trave no que poderia ser o gol da vitória e contra Portugal, a bola na trave poderia ser o gol de empate.

No entanto, a equipe poderia ter procurado o gol de maneira mais incisiva nesses dois jogos. Terá a chance de fazer isso contra Gana. É ganhar e torcer para a Coreia não vencer, que a seleção seguirá no Mundial. Se Uruguai e Coreia vencerem, a decisão da vaga irá para o saldo.

Portugal, por sua vez, está classificado, com boas chances de ser primeiro lugar. A forma de Portugal perder a primeira colocação é perder o jogo para a Coreia, Gana vencer o Uruguai e Gana ultrapassar o saldo de gols portugues.

Jogo 31 - Brasil joga muito mal, mas vence a Suíça no fim

Por Danilo Silveira 

O Brasil é uma das seleções favoritas para ganhar a Copa do Mundo por conta do talento individual em abundância presentes nos 26 jogadores convocados. Se fosse apenas pela parte tática, o Brasil não estaria nessa condição. Muito ruim taticamente a seleção comandada por Tite.

Diante da Suíça, o Brasil não apresentou praticamente nada de positivo. Pode-se dizer que a parte defensiva funciona, mas o fato é que quando a Suíça veio à frente, trouxe problemas para o sistema defensivo brasileiro.

Sistema defensivo esse que conta com jogadores espetaculares. Contar com Marquinhos e Thiago Silva na dupla de zaga e Casemiro à frente dos dois, é privilégio para poucos times do planeta.

Aliás, veio dos pés de Casemiro o desafogo.aos 37 minutos da segunda etapa, Vini Jr. tocou para Rodrygo, que serviu Casemiro, que pegou de primeira, para vencer o goleiro Sommer e vazar a Suíça pela primeira vez na Copa do Mundo. O Brasil ainda teve chance de ampliar, mas Rodrygo desperdiçou.

Mas o fato é que o Brasil jogou muito mal, não apresentou quase nada do bom na parte ofensivo. Ainda que não melhore, o Brasil é um dos favoritos para vencer a Copa. Às vezes, o talento individual compensa quando a parte tática não é das melhores.

Jogo 30 - Coreia joga mais bola que Gana, mas perde em jogo de muitos gols.

 Por Danilo Silveira

Gana e Coreia do Sul fizeram um jogaço, digno de Copa do Mundo. Isso, muito em função da atuação da Coreia, que teve por proposta, atacar a seleção de Gana incessantemente durante os 90 minutos. 

Gana, por sua vez, foi um time muito mais retraído, do que ofensivo. Numa Copa em que muitos jogos têm terminado com poucos gols, chega a ser curioso uma equipe ter uma atuação bem mais puxada para o defensivismo e conseguir fazer três gols.

A superioridade na atuação dentro de campo, não trouxe vantagem numérica para a Coreia na primeira etapa. Pelo contrário! Mesmo atacando menos,  Gana conseguiu ir às redes coreanas por duas vezes. Aos 23, falta cobrada na área e após bate e rebate, Salisu chutou para o gol. Dez minutos mais tarde, Jordan Ayew cruzou da esquerda e Kudus apareceu por trás da zaga para desviar para as redes.

A adversidade no marcador, trouxe ainda mais fome pelo ataque para a Coreia. A equipe voltou para o segundo tempo indo para cima de Gana. E foi premiada! Em três minutos, a equipe de Paulo Bento empatou a partida, com duas cabeçadas de Cho Gue-Sung, aos 12 e aos 15.

O gol de empate trouxe uma atmosfera sensacional ao estádio da Educação. Era um clima de apreensão, misturado com um sentimento de que a virada viria, por parte dos coreanos. 

Gana não atacou muito, mas não significa que Gana seja limitada na parte ofensiva. Quando ataca,  consegue produzir. Aos 22 minutos, bola cruzada rasteira da esquerda e Kudus chutou de primeira para recolocar a seleção africana à frente.

Daí até o final do jogo, o que se viu foi uma Coreia avassaladora, indo para cima de Gana de maneira intensa, organizada, contundente. O empate quase veio. A Coreia parou no bloqueio defensivo de Gana, com os defensores cada vez mais perto da meta defendida por Zigi.

Podemos dizer que a Coreia merecia no mínimo o empate e que Gana merecia, no máximo, o empate. Mas o futebol nem sempre vive de merecimento.

Interessante é que independente do resultado entre Portugal X Uruguai, a Coreia não chegará eliminada para a última rodada. A Copa merece mais um jogo da Coreia com chances de classificação. 

Jgoo 28

Jogo 27

domingo, novembro 27, 2022

Jgoo 26 - Marrocos joga bem e vence a Bélgica

 Por Danilo Silveira 

A qualidade de Eden Hazard e De Bruyne no meio-campo não foram suficientes para a Bélgica furar a forte defesa marroquina. Nem mesmo a entrada de Lukaku (ainda recuperando-se de lesão) aos 35 minutos do segundo tempo foi suficiente para tal.

Hoje foi o dia do Marrocos em Doha. Daquelas vitórias incontestáveis! Se em algum momento pensou-se que o Marrocos iria a campo só para se defender, pensou-se errado. Ainda que tenha ficado mais atrás em alguns momentos, a seleção comandada por Walid Regragui atacou, ou pelo menos tentou atacar a Bélgica quase todo o jogo.

Hoje também foi dia de Ziyech. O camisa 7 de Marrocos infernizou a defesa belga pelo lado direito, mostrando muita habilidade e velocidade, sendo o melhor jogador em campo.

Um empate hoje, manteria Marrocos invicto e com chance de classificação, mas a equipe merecia demais a vitória. E ela veio do meio para o final da segunda etapa. Dois gols de jogadores que vieram do banco de reservas. Aos 27, Sabiri cobrou uma falta direto para o gol, da ponta esquerda, quando o esperado pelo goleiro Courtois era o cruzamento. O resiltado? Bola no fundo das redes. Demorou-se 162 minutos para vazar o excepcional goleiro belga na Copa do Mundo 2022.

Aos 47, Courtois foi novamente vazado. Passe de Ziyech, gol de Aboukhlal, para selar uma das vitórias "mais maiusculas" da Copa até então.

Há quem diga que essa está sendo a Copa das zebras. Eu diria que os times com menor tradição não estão tendo medo de tentar atacar, além de estarem mostrando muita organização e estão sendo premiados com resultados positivos. Ótimo para o nível do Mundial.

Jogo 25 - Costa Rica vence o Japão e embola o grupo E

 Por Danilo Silveira

A Copa do Mundo é fantástica! Essa é a frase que ilustra até aqui o grupo E. 

Depois de derrotar a Alemanha na estreia, em uma virada incrível, o Japão entrou cheio de moral para enfrentar a Costa Rica, que tinha perdido por 7x0 da Espanha na estreia. 

Quem esperava um jogo fácil para os japoneses, esperou errado. O que se viu no gramado dk Ahmad Bin Ali foi um duelo tático muito forte, de duas equipes que tentavam atacar incessantemente, cada uma à sua maneira.

Enquanto o Japão tentava circular mais a bola e envolver a defesa adversária, a Costa Rica tentava "decidir" suas investidas ofensivas com mais velocidade. 

O saldo disso tudo, foi um primeiro tempo com poucas chances de gol, um duelo amarrado, mas interessante de ser assistido. 

Se o primeiro tempo teve poucas chances de gol, o segundo tempo iniciou com a melhor chance criadas antes mesmo de ser completado o primeiro minuto. Morita arriscou de média distância e Navas usou uma das mãos para rebater o chute alto.

O Japão tentava aumentar a intensidade e a velocidade do seu jogo ofensivo, enquanto a Costa Rica tentava não ser totalmente dominada. 

Nesse cenário, os minutos foram se passando, até que aos 35, a Costa Rica foi fatal. Teresa serviu Fuller, que arriscou um chute de rara felicidade, no canto direito do goleiro Gonda, que ainda tocou na bola, mas não o suficiente para evitar o gol. Não foi uma falha grosseira do arqueiro japonês, mas era uma bola defensável, digamos assim.

Com a vitória da Costa Rica, a Alemanha não será eliminada hoje, mesmo que perca da Espanha. Cabe destacar ainda que as 4 seleções do grupo chegarão à última rodada, com chances de classificação.

sábado, novembro 26, 2022

Jogo 24 - Messi marca e Argentina vence jogo dificil diante do México.

 Por Danilo Silveira

Se a Argentina não teve uma atuação brilhante, foi de uma consciência e solidez muito grande. Era uma final! Se perdesse, a equipe de Scaloni, antes da Copa uma das favoritas, estaria eliminada no oitavo dia de Mundial.

Os caminhos para a vitória foram dos mais complicados. Um México que quase não atacava, amontoando jogadores no campo defensivo, montando uma parede quase intransponível.

Na primeira etapa, a Argentina mostrou-se afobada, nervosa. Não conseguia chegar próximo do gol mexicano, e parecia irritada com isso.

 O jogo foi zerado para o intervalo. E a Argentina voltou melhor. Com um toque de bola um pouco mais envolvente, sendo um pouco mais intensa. Os caminhos para a vitória pareciam mais claros, o México tentava não se acuar, mas parecia cada vez mais vulnerável dentro de campo.

Eis que aos 18, apareceu o gênio! Di Maria tocou da direita para o meio, achando Lionel Messi.  O camisa 10 ajeitou em um pequeno espaço de terreno e finalizou de maneira brilhante, rasteiro, no cantinho esquerdo de Ochoa. Que golaço!

Automaticamente, o México saiu para o jogo e mostrou boa capacidade técnica para jogar esse tal de futebol. Fica visível que os 63 minutos na retranca foram muito mais uma opção do que uma condição imposta pelo adversário.

O jogo ficou melhor de ser assistido. A Argentina ganhou espaco, ganhou o contra ataque. O nível de atuação da equipe subiu bastante e aos 41 minutos, Enzo Fernández ampliou em bela finalização, após assistência de Messi.

Vive a Argentina! Na última rodada, os Hermanos enfrentam a Polônia e se classificam com uma vitória, podendo até avançar com o empate, dependendo do resultado entre México e Arábia Saudita. Os mexicanos precisam ganhar a Arábia Saudita e ainda assim, vão depender do resultado de Argentina x Polônia para seguir na Copa.

Jogo 23: Sob comando de Mbappé, Franca vence a Dinamarca

Por Danilo Silveira

De todos os jogadores da Copa do Mundo, talvez Mbappé seja aquele que mais possa fazer a diferença positiva para o seu time, no caso a seleção francesa, dentro de campo.

Hoje, diante de Dinamarca, ele anotou os dois gols da sua equipe e comandou a vitória diante de um adversário super organizado. 

A Dinamarca teve uma atuação superior à da estreia diante da Tunísia, mas fica a impressão que o time de Kasper Hjulmand pode render muito mais no Catar.

A França conseguia chegar perto do gol dinamarquês com muita facilidade. Griezmann pelo meio, Dembélé pela direita, Mbappé pela esquerda e Giroud mais centralizado, formam um ataque de muita velocidade e qualidade. 

Se pelo lado francês, fala-se em velocidade no ataque , pelo lado dinamarquês, pode-se falar em lentidão. Ainda que demonstre um boa técnica no toque de bola, a Dinamarca sofre para conseguir jogadas mais velozes. Assim foi na estreia, assim foi contra a França.

Os três gols anotados em Doha, saíram na segunda etapa. Aos 15, Mbappé yavelo com Theo Hernández e bateu de primeira para vazar Schmeichel pela primeira vez no Catar. Sete minutos mais tarde, a Dinamarca chegou ao empate na bola parada, em cabeçada de Christensen.

No enredo da partida, estava escrito que o craque decidiria. Aos 40, Griezmann cruzou da direita e Mbappé conseguiu uma improvável e belíssima finalização de coxa direita, quando estava marcado por Kristensen e via Schmeichel logo à sua frente.

A França foi a única seleção até aqui a vencer os seus dois jogos disputados. Cave destacar que nem todas a seleções já jogaram duas vezes. Com os dois triunfos, a seleção de Didier Deschamps, atual campeã da Copa, classificou-se para as oitavas de final, de maneira antecipada. Já a Donamarca, precisa vencer a Austrália e torcer para a Tunísia não vencer a França. Em caso de vitórias Dinamarquezas e tunisianas, a segunda vaga será decidida no saldo de gols.



Jogo 22 - Em grande duelo, Polônia vence Arábia Saudita

Por Danilo Silveira

Arábia Saudita e Polônia protagonizaram um jogaço de futebol no estádio da Educação. Teve de tudo que um bom jogo pede. Emoção, gols, bola na trave, pênalti, polêmica.

Cabe aqui destacar, que a Arábia Saudita teve uma atuação maiúscula, apesar da derrota. Leve, solta, envolvente, de toque na bola refinado. Assim, os comandados de Hervé Renard se apresentaram, após a grande estreia derrotando a Argentina. 

Se não teve uma atuação brilhante, a Polônia soube sofrer a pressão da Arábia e conseguiu, de maneira inteligente, chegar ao ataque para construir o marcador. Contou ainda, com um dia inspirado de Szczesny, que defendeu uma penalidade de Al Dawsari, no fim da primeira etapa, quando os poloneses já venciam por 1x0.

Cabe aqui destacar, um lance hiper polêmico, que poderia ter mudado a história do jogo. Ainda na primeira etapa, o lateral direito polonês, Cash, usou o cotovelo em uma dividida pelo alto. Como já tinha o cartão amarelo, o jogador poderia ter sido expulso de campo, mas o árbitro Wilton Pereira  Sampaio, nada assinalou. 

O mesmo Cash, foi quem teve participação fundamental no gol polonês, fazendo a jogada pela direita e cruzando para Lewandowski, que não conseguiu finalizar para as redes, mas no rebote do lance, serviu Zielinski. Era o primeiro gol polonês na Copa do Mundo.

A desvantagem no placar fez a Arábia crescer ainda mais seu nível de jogo na segunda etapa. De pé em pé, sem afobação, a equipe tentava evoluir no campo ofensivo, para furar a defesa polonesa. Na chance mais clara, Szczesny usou as pernas para evitar que a finalização de Salem empatasse o jogo.

Se a leveza no toque de bola no meio campo e as investidas pelos francos da Arábia, traziam perigo, a Polônia, por sua vez, começou a ser mais presente no campo ofensivo. Milik carimbou o travessão em bonita cabeçada e Lewa acertou a trave esquerda da Arábia em finalização com o joelho.

O fato é que o duelo tornou-se eletrizante. Daqueles jogos em que prometem ter emoção até o fim. Eis que aos 36 minutos, veio o mais duro golpe para a Arábia Saudita. Al Malki perdeu bola no campo defensivo e Lewandowski saiu de cara para o gol. Ele não perdoou! Teve calma para finalizar, vencer Mohameed Al Owais e entrar para o seleto grupo de jogadores que marcam gol em Copa do Mundo. A Copa precisava de um gol de Lewa!

Tudo embolado no grupo C. Argentina e México fazem o outro jogo do grupo, ainda hoje. Se a Argentina perder, está eliminada. Podemos destacar que, aconteça o que acontecer nesse jogo, a Polônia entrará na última rodada, se classificando em caso de empate. Enquanto a Arábia, se classificará se vencer o México.

sexta-feira, novembro 25, 2022

Jogo 20: Inglaterra rende menos que pode e empata sem gols com EUA

 A Copa chegou ao seu quinto 0x0 em 20 jogos. Mas, não foi por falta de oportunidades de gol que o duelo entre EUA e Inglaterra terminou sem gols. 

Ainda que tenha sido um jogo marcado por boas chances de gol, o duelo foi abaixo daquilo que era esperado. Principalmente por conta da atuação inglesa, muito distante daquela envolvente e empolgante na goleada sobre o Irã.

Cabe ressaltar ainda, que os EUA tiveram uma atuação acima da que tiveram na estreia, quando empataram em 1x1 com País de Gales. 

Podemos citar aqui, quatro grandes chances de gol, todas na primeira etapa. Pelo lado dos EUA, Pulisic carimbou o travessão de Pickford, em chute de canhota. Pelo lado inglês, Kane parou na zaga americana, após finalizar um passe vindo da direita. Mount obrigou Turner a fazer ótima defesa em chute rasteiro, enquanto Saka isolou após boa jogada de Shaw pela esquerda.

Em um vídeo com os melhores momentos do jogo, talvez aparecam mais chances da Inglaterra que dos EUA. Mas, sem um recorte desses momentos, o fato é que os EUA jogaram melhor.

Na última rodada, a Inglaterra enfrenta País de Gales, jogando pelo empate para se classificar. Enquanto EUA x Irã fazem um duelo direto por uma das vagas. Impossível não lembrar do lado político nesse jogo. Quem vencer, avança!

Jogo 19 - Holanda sofre e vêEquador jogar melhor em empate.r

 Por Danilo Silveira

Depois de uma estreia com vitória, mas pouco futebol, a Holanda voltou a deixar a desejar. Na tarde desta sexta-feira, os presentes ao Khalifa viram o Equador ser superior durante quase todo o confronto diante de uma Holanda apática e sem brilho.

E olha que a Holanda conseguiu o mais difícil: abrir o placar cedo. Por sinal, o gol mais rápido da Copa até então. Klassen ajeitou para Gakpo, que chutou forte para vencer o goleiro Galíndez e vazar o Equador pela primeira vez no Mundial.

Daí em diante, o que se viu foi o Equador jogar um futebol qualificado, de toque de bola envolvente e velocidade, para sufocar a Holanda. Tentando tirar a velocidade do jogo equatoriano, a Holanda tentava manter a bola no pé. O problema é que essa posse de bola era completamente infrutífera, em boa parte do tempo, no campo defensivo. O meio campo holandês não funcionava, com De Jong muito sumido em campo.

O prêmio para a superioridade equatoriana, poderia ter vindo nos acréscimos da primeira etapa, mas foi marcado impedimento de Porozo quando a bola foi às redes holandesas. Ainda que não tenha tocado na bola, o zagueiro equatoriano atrapalhou a visão do goleiro Noppert.

A segunda etapa começou com o mesmo desenho tático. E Equador logo chegou ao empate. Estupiñan apareceu pela ponta esquerda, bateu cruzado para defesa de Noppert, mas no rebote, lá esteve o artilheiro! Enner Valencia fez seu terceiro gol nessa edição do Mundial, assumindo a artilharia do torneio.

O Equador continuou melhor em campo e poderia ter virado o jogo aos 13, mas o chutaço de Plata explodiu no travessão holandês. Nos minutos finais do duelo, a Holanda conseguiu conter um pouco o ímpeto equatoriano, saindo mais para o campo de ataque, retendo a posse de bola.

Com o empate, o Catar acabou eliminado da competição. Holanda, Equador e Senegal disputam as duas vagas. Podemos dizer que a Holanda leva um pouco de vantagem, já que precisa apenas empatar com o eliminado Catar. Já Senegal e Equador fazem um confronto direto. Quem ganhar avança, e se der empate, Equador avança. Se Senegal Vencer, Equador ainda pode ficar com a segunda vaga, mas teria que torcer para a Holanda perder para o Catar e disputar a vaga com a Laranja no saldo de gols.


Jogo 18 - Em jogo marcado por erro de arbitragem, Senegal derrota o Catar.

 Por Danilo Silveira 

Aos 33 minutos da primeira etapa, Ismaila Sarr trombou com afif na grande área de ataque do Catar. Eis aí, um dos lances mais difíceis para a arbitragem na Copa do Mundo. Foi ou não pênalti para os anfitriões? O espanhol Antônio Mateu não assinalou a penalidade. Até aí, ok. Mas para mim, beira o absurdo, o árbitro não ter sido chamado ao VAR para rever o lance, tamanha era a dificuldade de interpretar o lance e tamanha era a importância do lance para o jogo.

Não dá para dimensionar o que aconteceria se a penalidade fosse assinalada. Mas, um gol do Catar naquele momento, colocaria fogo em um jogo que Senegal era amplamente melhor. Superioridade essa, traduzida no marcador aos 40 minutos. Boualem Khoukhi bloqueou mal um  chute senegalês e a bola sobrou para Dia marcar o primeiro gol senegalês na Copa do Mundo 2022. Era o gol que dava mais tranquilidade para a equipe de Aliou Cisse.

E a segunda etapa não podia ter começado melhor para Senegal. Logo aos 2 minutos, Diédhiou ampliou marcador, ao completar de cabeça, um escanteio cobrado da direita. Infelizmente, houve irregularidade no lance. Na origem do escanteio, detecta-se que a bola toca por último no jogador senegalês, o que significa que era para ter sido assinalado tiro de meta, ao invés de escanteio. O VAR não pode ser assinalado nesse tipo de lance. Ruim para o futebol. 

Com 2x0 no marcador e superioridade dentro de campo, Senegal parecia ter uma vida tranquila no gramado de Al Thumana, em Doha. Seria difícil imaginar que o Catar, muito inofensivo no ataque até aqui, durante todo o Mundial, fosse conseguir ameaçar a vitória de Senegal. Aí que vem o futebol e surpreende.

O Catar reuniu forças e organização dentro de campo para atacar de forma contundente e colocar o Senegal em apuros. Foi aí que apareceu o goleiro Mendy, para salvar a pátria da seleção africana. Primeiro em chute de Almoez e depois para operar um milagre em finalização de Ismaeel Mohammad quase dentro da pequena área. Mas aos 32, o goleiro nada pôde fazer em cabeçada de Muntari, no canto direito: 2x1.

Quando o jogo ganhava contornos de emoção para o público e drama para Senegal, veio o gol do alívio. Ndiaye fez boa jogada pela direita e cruzou para Dieng bater de primeira e fazer o terceiro para dar números finais ao jogo. Vale ressaltar que o lance foi executado por 2 jogadores que vieram do banco de reservas. 

Depois de uma ótima atuação contra a Holanda, Senegal fez um bom jogo diante do Catar, mas cabe ressaltar que a equipe de Aliou Cisse sofreu muito na parte defensiva nos 45 minutos finais. Na última rodada, Senegal enfrenta o Equador, em busca da classificação para as oitavas de final.

Já o Catar, apresentou fragilidades, mas muita valentia na segunda etapa. Com duas derrotas, só um milagre classifica a seleção para as oitavas. É preciso que o Equador vença Holanda e Senegal e o próprio Catar vença a Holanda. Assim, Catar, Holanda e Senegal ficariam empatados com três pontos e a segunda colocação seria decidida no saldo de gols.

 

quinta-feira, novembro 24, 2022

Jogo 16 - Brasil mostra qualidade e vence a Sérvia na estreia

 Por Danilo Silveira

Se não teve uma atuação excelente, o Brasil teve atuação segura, mostrando qualidade em quase todos os setores do campo de jogo.

A Sérvia passou a maioria do duelo se defendendo, e cabe ressaltar, que nos momentos em que os comandados de Dragan Stojkovic foram à frente, o sistema defensivo brasileiro fez sucumbir qualquer possibilidade mais clara de gol da Sérvia. Alisson passou os 90 minutos quase sem trabalhar.

Apesar do volume de jogo apresentado, os comandados de Tite não fizeram uma boa partida durante a primeira etapa. Vini Jr. aberto na esquerda, Raphinha aberto na direita, Neymar centralizado, Richarlison isolado na frente eram o desenho de um quarteto ofensivo que não conseguia ser superior ao sistema defensivo da Sérvia.

Veio a segunda da etapa e a ideia mais clara de jogo era que Richalrlison precisaria deixar o campo de jogo, pois pouco produzia. Para desfazer essa ideia, o camisa 9 apareceu para pegar o rebote de Milonkovic, em chute de  Vinícius Jr. para abrir marcador no estádio Lusail, aos 16 minutos.

Onze minutos mais tarde, Richarlison anotou o seu segundo gol na partida e um dos gols mais bonitos da Copa, até aqui. Vini Jr. cruzou da esquerda, o camisa 9 ajeitou de maneira espetacular e executou um voleio mais espetacular ainda, para dar números finais à partida.

Se não teve uma atuação brilhante, o Brasil mostrou segurança defensiva, muita qualidade do meio para frente e confirma a credencial de uma das seleções favoritas ao título.

Jogo 15: Portugal vence Gana com fim de jogo eletrizante.

 Por Danilo Silveira

Portugal e Gana fizeram um jogo muito curioso. O duelo se desenhava de uma forma, quando de repente, tudo começou a caminhar diferente do esperado.

Portugal dominou a partida durante 64 minutos, em um jogo de uma nota só. Portugal povoava  o campo ofensivo, tentando envolver a seleção de Gana com um ataque hiper qualificado , com João Félix, Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e Bruno Fernandes.

Gana, por sua vez, parecia confortável em se defender, chegando ao ataque muito pouco e com pouca gente.

Eia que aos 19 minutos da segunda etapa, veio o erro crasso do árbitro Ismail Elfath. Cristiano Ronaldo caiu na área, chocando-se com o adversário, mas não houve falta. No entanto, a pé amizade foi marcada, convertida por Cristiano Ronaldo e o jogo mudou totalmente de curso.

Nos aproximadamente 30 minutos restantes, o que se viu foi um duelo eletrizante. Gana partiu para cima em busca do empate e Portugal precisou se defender comais contundência, mas não deixou de tentar atacar.

No resultado disso tudo, Gana chegou ao empate com Ayew aos 27. No entanto, cinco minutos mais tarde, João Félix recebeu uma assistência fenomenal de Bruno Fernandes e executou uma finalização fe omenal para colocar Portugal novamente frente. 

Buscando empatar novamente, Gana se lançou ao ataque e Portugal se aproveitou para ampliar. Rafael Leão, recém saído do banco de reservas, recebeu na ponta esquerda e finalizou com maestria: 3x1.

Para quem achava que a emoção do jogo tinha chegado ao fim, Gana conseguiu tacar fogo no jogo aos 43, com Bukari anotando o 3x2.

A impressão que passa é que tanto Portugal, quanto Gana, podem render mais. Gana defendeu-se a maior parte do tempo, mas quando resolveu jogar, mostrou qualidade. Portugal, por sua vez, precisa evoluir sua construção ofensiva.

 


Jogo 14 - Uruguai e Voreia não saem do zero em jogo equilibrado

 Por Danilo Silveira 

Podemos dizer que equilíbrio é a palavra que traduz de maneira fidedigna o que foi o duelo entre Uruguai e Coreia do Sul. Duas equipes que alternaram a superioridade no jogo durante os 90 minutos. A bem da verdade, nenhuma das seleções conseguiu aproveitar de maneira contundente os momentos de superioridade. 

O Uruguai esteve mais perto de balançar as redes. Uma cabeçada na trave de Godín na primeira etapa e uma bomba de fora da área de Valverde na segunda etapa, que também teve como destino a trave coreana ilustram a sorte que a Coreia teve para sair sem ser vazada do estádio da Educação, em Al-Rayyan.

A Coreia, por sua vez, teve sua melhor oportunidade ainda na primeira etapa, quando Hwang Ui-Jo recebeu livre na área, poderia ter dominado, mas optou por bater de primeira e mandou para fora.

Talvez seja dos pés de Son pela Coreia e Suárez pelo Uruguai que os torcedores mais esperam que saiam jogadas de maior perigo. No entanto, os dois tiveram atuações super discretas.

Na segunda etapa, Cavani entrou na vaga de Suárez e o Uruguai melhorou. Cavani parece não estar nas condições físicas de Copas atrás, onde foi protagonista. Mas sua presença de área ainda incomoda.

No fim das contas, o 0x0 ficou de bom tamanho e cabe ressaltar que devemos ter fortes emoções no grupo H da Copa do Mundo, que ainda conta com Portugal e Gana.

Jogo 12 - Bélgica sofre muito, segura pressao canadense e estreia com vitória

 Por Danilo Silveira 

Canadá o Bélgica fizeram um jogo onde o resultado final não refletiu em nada o que foi o jogo. A vitória belga pelo placar mínimo não foi reflexo de uma superioridade da equipe durante os 90 minutos. Pelo contrário!

Podemos dizer que a seleção do Canadá, amassou o adversário, como se diz na gíria, na maior parte do tempo.

Cada jogo tem suas peculiaridade, seus detalhes. Muitas das vezes, um detalhe, muda completamente o fluxo do jogo. Arrisco-me a dizer que se o pênalti cobrado por Alphonso Davies tivesse como destino as redes belgas, logo aos 9 minutos de partida, o futuro do jogo seria completamente diferente. Mas, o grande nome do Canadá, viu sua cobranças parar no gigante Courtois.

Seria o primeiro gol do Canadá na história das Copas. Gol esse que parecia muito maduro nos minutos que sucederam-se, tamanho era o domínio canadense.

Tentando sair da pressão canadense, a Bélgica tentava manter a posse de bola, ainda que no campo defensivo, já que não conseguia reproduzir a primeira linha de marcação adversária, muito alta.

Como a bola ficava retida no campo defensivo belga, De Bruyne e Hazard não conseguiam participar muito do jogo. Talvez a parte criativa da Bélgica seja o ponto de maior destaque da equipe.

O Canadá parecia ansioso e afoito em certos momentos em que chegava mais perto do gol. O O fato é que aos poucos, a Bélgica parece que entrndeu o que estava acontecendo no jogo e passou a se adaptar à um jogo mais defensivo.

No embalo do "quem não faz leva", a Bélgica abriu o marcador aos 43 minutos. Alderweireld lançou Batshuayi do campo defensivo e o atacante conseguiu uma bela finalização, para vencer o goleiro Borjan.

Uma virtude muito elogiável do Canadá foi a força mental da equipe para seguir jogando da mesma maneira, sufocando a Bélgica, mesmo depois de perder uma penalidade e ver o adversário abrir o placar, mesmo jogando menos bola.

Do meio para o final da segunda etapa, a Bélgica conseguiu se desvencilhar um pouco da pressão canadense, mantendo a posse de bola mais no ataque, aproveitando os espaços deixados por um Canadá que não teve medo de se lançar todo para a frente. Assim, a equipe comandada por Roberto Martínez conseguiu estrear com vitória.

Nos bolões da Copa, provavelmente a maioria colocou a Bélgica vencendo o jogo. Creio que a maioria dessa maioria, não esperava que a vitória belga viesse com tanto sufoco e com tanta superioridade canadense nos 90 minutos.


quarta-feira, novembro 23, 2022

Jogo 11 - Velhos conceitos com novos personagens. Viva a Espanha!

Por Danilo Silveira

Os anos dourados da Espanha se deram mais ou menos há uma década. Foi quando a equipe conquistou as Eurocopas de 2008 e 2012 e terminou com a espera dos espanhóis por um título de Copa do Mundo, em 2010.

O estilo de jogo que levou a Espanha aos triunfos acima citados, encantaram o mundo. Um jeito de jogar futebol leve, de troca de passes rápidas, envolventes, com a manutenção da posse de bola quase como um mantra. 

Há quem diga, que para se jogar assim, é necessário ter jogadores específicos, com inteligência e capacidade técnica acima da média.

A Espanha daquela época, tinha Xavi, Iniesta, entre outros. Esses dois, eram fora de série. Se você for tirar a média de inteligência e Capacidade técnica, poucos superarão esses caras.

Os dois não estão mais na Espanha, mas a Espanha ainda tem muito mais desses dois do que se possa imaginar. O conceito é o mesmo, a forma de jogar é a mesma, o encanto é o mesmo. 

Ainda que possua um grupo de qualidade muito elevada, talvez não exista na Espanha, jogadores que façam o que Xavi e Iniesta faziam. Mas existe na Espanha um entendimento de que se cada um se esforçar para fazer o coletivo sair da maneira almejada, seu time terá um DNA. E o DNA da Espanha é um dos mais bonitos já visto na história recente desse esporte.

Vida longa à Espanha na Copa do Mundo!

Jogo 10 - Japão vira a joga água no chopp alemão

 Por Danilo Silveira

O futebol foi agraciado com um jogaço de Copa do Mundo nesta quarta-feira. Se ontem, a campeã do Mundo Argentina tomou a virada para a Arábia Saudita, hoje foi a vez da campeã do mundo Alemanha sofrer a virada para o Japão. Fato curioso é que em ambos os jogos, o placar foi aberto na primeira etapa, de pênalti. E os gols das viradas das seleções asiáticas, marcados na segunda etapa.

Há de se destacar a calma, paciência e inteligência que o Japão teve para chegar ao empate e à virada. Os 74 minutos entre o apito inicial e o gol de empate japonês, foram marcados por um belíssimo futebol apresentado pela Alemanha.

Rápida, envolvente, ofensiva, elegante. Essa é a Alemanha que a gente se acostumou a ver em um histórico recente e que se mantém em 2022. O fato que mais impressionou esse que vos escreve, é a quantidade de gente que ataca nesse time alemão. Havertz, Gnabry, Muller e Musiala jogavam mais a frente e ainda contavam com o talento e técnica refinada da dupla Gundogan e Kimmich vindo mais de trás. Isso sem contar nas investidas pela esquerda do lateral Raum.

E nesse escopo de time, podemos desenhar o gol alemão. Kimmich apareceu na intermediária e achou um passe por elevação para Raum, completamente desmarcado na ponta esquerda. O goleiro Gonda saiu mal e cometeu a penalidade, convertida por Gundogan.

Como se diz na gíria, a Alemanha colocou o Japão nas cordas. Foi desfilando seu bom futebol pelo gramado do estádio de Khalifa e ampliar o placar, parecia questão de tempo. Gundogan parou na trave, Gnabry teve sua cabeça interceptada por Gonda, nas duas chances de maior destaque.

E o domínio alemão, ainda que permanecesse, começou a contrastar com descidas em velocidade do Japão, cada vez mais corriqueiras. E em duas delas, veio a virada. Doãn e Asano, aos 29 e 37 minutos, respectivamente, jogaram uma água gelada no chopp alemão.

Lembrando que esse grupo conta também com Costa Rica e com a campeã do Mundo, Espanha. Altas emoções devem vir por aí.

terça-feira, novembro 22, 2022

Jogo 6 - dinamarca e Tunísia nao saem do zero

 Por Danilo Silveira 

Dinamarca e Tunísia fizeram um duelo bem interessante na cidade de Rayyan.

Se alguém esperava facilidsde para a Dinamarca, esperou errado. É jogo de Copa do Mundo! Facilidade é raridade.  A Tunísia mostrou um conjunto para lá de interessante, que conseguiu bater de frente com os dinamarqueses. Qualidade com a bola no pé, sistema de marcação sólido, velocidade para contra atacar e bolas lançadas atrás da defesa dinamarquesa foram alguns dos artifícios usados pela seleção africana para fazer um jogo de igual para igual.

Verdade seja dita, a Dinamarca ficou devendo um pouco de futebol na estreia. A equipe teve muita dificuldade para fazer fluir o jogo ofensivo, a porta parecia fechada pelos francos e pelo meio. Christian Eriksen é talvez de quem mais deva se esperar a qualidade para quebrar sistemas defensivos sólidos. E ele quase abriu o marcador em chute de média distância, já na segunda etapa, mas o goleiro Dahmen fez boa defesa.

Aliás, vale um parágrafo especial ao camisa 10 dinamarquês. É muito bom ver Christian Eriksen jogando com a camisa da Dinamarca. Para quem não sabe, no ano passado, ele sofreu um mau súbito durante uma partida da Eurocopa entre Dinamarca X Finlândia. Foram momentos muito tensos e se temia até pela perda da vida do atleta. Ele deu a volta por cima, recuperou-se de um problema cardíaco e lá está no Catar jogando o Mundial.

Volyando ao duelo, vale aqui destacar que do meio para o final da segunda etapa, a Tunísia parece ter perdido fôlego. Começou a ser mais comum a Dinamarca conseguir trabalhar a bola com mais espaço livre. Já foi citado anteriormente a chance que Eriksen teve de fazer o primeiro gol, mas a jogada mais clara aconteceu na bola parada. Escanteio cobrado pela direita, bola desviada para o canto direito e Cornelius, que veio do banco de reservas, deu um peixinho, desviou a bola, que caprichosamente beijou a trave tunisiana. Fim de papo e nada de gols!

É de se esperar muitas emoções no grupo D, que conta ainda com França e Austrália.

Jogo 5 - Concentração, disciplina, sorte...a Arábia Saudita venceu a Argentina!

 Por Danilo Silveira

Senhoras e senhores, a Copa do Mundo começou!

Um daqueles resultados históricos, para dar uma sacudida daquelas no Mundial do Catar. Uma das favoritas ao título, a Argentina sofreu uma virada da Arábia Saudita em 5 minutos e saiu derrotada do gramado do estádio Lusail Iconic.

A bem da verdade, os sauditas apresentaram todas as virtudes necessárias para um time de futebol triunfar.

Sorte! Na primeira etapa, Messi fez 1x0 de pênalti aos 5 minutos, e depois disso, a Argentina balançou a rede mais 3 vezes, porém os 3 gols foram anulados por impedimento. Num deles, Lautaro Martínez estava pouco, mas muito pouco à frente do penúltimo defensor saudita.

Vigor físico! Um preparo físico invejável foi visto dentro de campo por parte da seleção comandada pelo francês Hervé Renard. Mesmo com o relógio avançado na segunda etapa, a equipe não perdeu a capacidade de chegar inteira nas divididas, de marcar alto e de sair jogando em velocidade.

Vontade! A equipe jogou, literalmente, "uma partida de Copa do Mundo". Uma vontade sobrenatural, de um time que já entra para história, no terceiro dia da Copa.

Concentração! Esse que vos escreve, não lembra de sequer um momento de desatenção por parte daqueles que vestiam verde dentro de campo. Um time absurdamente focado e disciplinado. As linhas de marcação altas, deixavam o cenário suscetível para a Argentina explorar a "bola nas costas" da zaga árabe. Assim, era necessário muita concentração saudita para acertar a linha de impedimento. Tarefa executada com sucesso, visto que a Argentina balançou as redes 3 vezes, mas os gols foram anulados graças à perfeição da linha de impedimento.

Um resultado como esse, faz o mundo virar as atenções ainda mais para a Copa do Mundo. e há quem diga que a emoção da Copa só começa nas oitavas de final!


A Argentina está longe de ser eliminada. Esse time ainda pode vir muito forte na competição. Tem pela frente, Polônia e México. 



segunda-feira, novembro 21, 2022

Jogo 4 - Em duelo fraco tecnicamente, EUA e Gales protagonizam primeiro empate da Copa

 Por Danilo Silveira

Gales e EUA protagonizaram um duelo que provavelmente será lembrado como um dos piores do Mundial do Catar. 

Do apito inicial ao apito final, se viu muito mais erros do que acertos. Talvez por nervosismo, talvez por não estarem na forma ideal, o fato é que se viu jogadores errando mais do que acertando. Um time que tem Gareth Bale e Ramsey, deveria ter muito mais qualidade no meio-campo do que Gales apresentou. No primeiro tempo, os dois não produziram quase nada. Ainda que não apresentasse um futebol brilhante (longe disso), os EUA foram os donos da primeira etapa. O time que mais atacou, mais pressionou e mais buscou o gol. O prêmio veio em um lance de beleza plástica elevadíssima, fato raro visto no gramado do estádio Ahmad Bin Ali na noite de hoje. Pulisic deu uma enfiada genial para Tarpeh Weah, que frente a frente com Hennessey, conseguiu executar uma finalização muito estilosa de perna direita, quando o lance parecia mais propício a uma finalização de canhota: 1x0 para os americanos.

Se você está achando que esse Weah no nome do autor do gol tem alguma coisa a ver com o ex jogador liberiano, você está coberto de razão. Tarpeh Weah é filho de George Weah, ex jogador que já foi eleito melhor do mundo e hoje é Presidente da Libéria. Por sinal, George Weah nunca teve a oportunidade de participar de uma Copa do Mundo. Seu filho teve tal oportunidade e aproveitou para balançar as redes logo na estreia.

Se o primeiro tempo foi americano, o segundo tempo foi de Gales. A equipe dirigida por Robert Page parece ter acordado, e ainda que esbarrasse em erros técnicos corriqueiros, provenientes de uma noite de pouca inspiração, a equipe tentava encurralar os EUA, que por sua vez, parecem ter esquecido o futebol apresentado na primeira etapa, no vestiário.

Se o apresentado dentro de campo parecia pouco para vir o empate, veio das arquibancadas o combustível que faltava. Os torcedores galeses cantavam
alto, empurrando para o ataque uma seleção que não ia a uma Copa do Mundo há 64 anos. Desde o Mundial de 1958, o País de Gales não sabia o que era disputar uma Copa. Me arrisco a dizer que a maioria dos torcedores ali presentes torcendo para Gales, não eram nascidos em 1958. E a alegria desse povo veio aos 36 minutos. Gareth Bale, batendo pênalti, deixou tudo igual, dando números finais ao jogo.

A impressão que passa é que os dois treinadores terão muito o que corrigir nas duas equipes para a sequência do Mundial. Caso contrário, fica difícil imaginar que alguma das duas seleções tenha uma vida muito longa no Catar.

Jogo 3 - Senegal joga melhor, mas Holanda vence com 2 gols no final

 Por Danilo Silveira

Holanda e Senegal fizeram uma partida muito equilibrada e muito bem disputada taticamente. A impressão passada é que os dois treinadores estudaram muito o adversário. No saldo disso tudo, tivemos uma partida com poucas chances de gol, em que os goleiros não trabalharam muito, o que não significa que a partida tenha sido pouco movimentada.

Podemos dizer que ambas as equipes tentaram atacar mais pelo lado direito. Pelo lado senegalês, Sabaly e Diatta, infernizavam a vida do lateral esquerdo hplandês, Blind, que tinha dificuldades de ir ao ataque, preso tentando conter as investidas adversárias. Enquanto isso, Bergwijn tentava explorar as costas do lateral direito senegalês, Diallo, pelo flanco direito de ataque holandês. E foi justamente por essa faixa de campo que surgiu a primeira grande chance da Holanda. A boa troca de passes terminou com De Jong de cara para o gol. O camisa 21 ficou sem ângulo para chutar, teve que cortar dois marcadores para conseguir espaço para o arremate, eis que surgiu um terceiro marcador para bloquear o chute.

Por falar em De Jong, faltou ele aparecer mais no meio campo para dar mais fluidez e desenvoltura à parte criativa holandesa. A bem da verdade, podemos dar mérito ao sistema de marcação senegalês, que anulou o camisa 21 holandês. A verdade é que a seleção africana foi melhor na maior parte da partida.

Veio a segunda etapa e com ela, parece ter vindo o cansaço holandês. Cada vez mais, Senegal parecia próximo do gol. O grande craque senegalês, Sadio Mané, contundido, fazia uma falta absurda. Mas os comandados de Aliou Cissé eram valentes, aguerridos.

Podemos dizer que o goleiro holandês, Noppert pouco trabalhou na primeira etapa. Só não podemos dizer que ele pouco foi notado em campo, pois os seus 2 metros e 3 centímetros, fazem dele o jogador mais alto a participar de uma Copa do Mundo. E na segunda etapa, ele começou a trabalhar de maneira mais intensa. Foi em um chute de Diatta pela direita, que ele evitou que Senegal abrisse o placar.

Bateu os 30 minutos no relógio e o cenário parecia promissor aos africanos. Foi aí que veio a máxima do futebol que "é comum quem joga melhor, perder".

Aos 38, De Jong cruzou da direita, Gakpo apareceu livre de marcação, se antecipou ao goleiro para cabecear e abrir o placar. Senegal se lançou ao ataque para tentar o empate. Desguarnecido, sofreu o segundo gol aos 53 minutos. Depay, que entrou no meio do segundo tempo, já que não estava 100% fisicamente, chutou, Mendy rebateu para o meio e Klassen pegou o rebote para dar números finais ao jogo. Números esses que não refletem aquilo que foi jogado durante os 90 minutos na cidade de Doha.

Jogo 2 - Inglaterra massacra o sistema defensivo iraniano e tem estreia de gala

Por Danilo Silveira

Antes do apito inicial em Ar-Rayyab, talvez fosse possível prever um jogo de ataque contra defesa, muito duro. A Inglaterra, vice-campeã europeia, com um ataque poderosíssimo, diante do Irã, comandado por Carlos Queiróz, conhecido e famoso por montar defesas muito sólidas, além de hiper experiente em Copas do Mundo.

Logo nos primeiros instantes de partida, deu para perceber que a tônica do jogo seria a descrita no parágrafo anterior. A Inglaterra tinha a posse de bola quase integral, mas não se lançava toda ao ataque. Parecia tentar entender qual a melhor forma de partir para cima. A bola ficou boa parte do início do jogo retida no defensores Maguire e Stones, que jogavam quase na linha do meio campo. Do outro lado, via-se dez jogadores de vermelho, mais o goleiro iraniano espremidos no campo defensivo.

Falando em goleiro iraniano, Beiranvand foi o protagonista do jogo por alguns minutos. Por volta dos 5 minutos, ele se chocou com um defensor e teve uma lesão na face. A partida ficou parada durante algum tempo. O arqueiro tentou voltar ao jogo, mas não conseguiu e acabou substituído por Hosseini.

Voltando ao, cabe destacar que a Inglaterra foi cada vez mais se soltando. Saka pela direita, Sterling pela esquerda, Kane por dentro. Aos poucos, o jogo foi fluindo. Até que aos 34 minutos, Shaw cruzou da esquerda e o volante Bellingham apareceu para cabecear e vencer o goleiro iraniano.

Do primeiro gol em diante, o que mais se viu foi a Inglaterra crescer na partida. A seleção comandada por Gareth Southgate não parecia sentir nenhum tipo de ansiedade ou desconforto por se tratar de uma estreia em Mundial. Um entrosamento fora do comum, aliado aos jogadores em uma forma técnica fora do normal. O sistema defensivo de Carlos Queiróz foi simplesmente massacrado, aniquilado até o apito final. Ainda na primeira etapa, Saka e Sterling ampliaram.

Uma reviravolta no placar era algo praticamente inimaginável. O que poderia se esperar é que a Inglaterra reduzisse o ritmo na segunda etapa, já que a vitória parecia bem encaminhada. Mas isso não ocorreu. O que se viu foi uma Inglaterra ainda mais intensa e um Irã que resolveu tentar sair para o jogo um pouco mais que na etapa inicial. Ainda que o duelo tenha perdido um pouco em emoção, tamanha era a superioridade inglesa (tanto no jogo jogado, quanto no marcador), o jogo ficou legal de ser assistido. De repente, surgem do banco de reservas da Inglaterra, Folden, Rashford e Grealish. Meu amigo, essa seleção inglesa é fantástica. E os caras entraram comendo a bola. 

No resumo da obra, a segunda etapa teve mais 5 gols. Taremi marcou duas vezes para o Irã e Saka fez mais um, Grelish e Rashford anotaram um cada, para os ingleses
. Não vamos perder a conta. Final de jogo: Inglaterra 6x2 Irã;

Se andaram por aí colocando Argentina, Brasil, França e Espanha como favoritas ao título, a Inglaterra jogou 90 minutos hoje para dar o seguinte recado: "eu também sou favorita!"

domingo, novembro 20, 2022

JOGO 1 - Catar vira Quito por uma noite

 Por Danilo Silveira

O Equador venceu e convenceu no jogo de estreia da Copa do Mundo 2022. A equipe comandada pelo argentino Gustavo Alfaro mostrou uma consciência enorme daquilo que precisava fazer durante a partida. Horas marcava alto, horas recuava um pouco a linha de marcação. Horas atacava com mais velocidade e intensidade, horas cadenciava mais o jogo. Horas tentava evoluir ofensivamente pelo meio, horas abria o jogo pelas pontas.

Aos 5 minutos, após cobrança de falta alçada na área, Félix Torres emendou um voleio e Enner Valencia completou para as redes. Ao que tudo indicava, o gol mais rápido da história das Copas do Mundo tinha sido anotado. Mas o VAR apontou impedimento na origem do lance e Daniele Orsato anulou o tento. Mas o dia era de Enner Valencia, o melhor jogador em campo. Aos 15 minutos, ele recebeu de cara para o gol, teve lucidez e habilidade para driblar o goleiro Saad Al Sheeb, que cometeu a penalidade. O próprio camisa 13 do Equador cobrou, com extrema categoria, para agora sim, marcar o primeiro gol do Mundial do Catar. Quinze minutos mais tarde, Enner Valencia repetiu a dose. Preciado cruzou da direita e o atacante executou uma cabeçada fenomenal, no canto direito, para ampliar o marcador.

O fato é que a partida apresentava-se fácil para o Equador. O time não parecia sentir o peso da estreia e jogava leve, solto e hiper a vontade no gramado do Al Bayt, na cidade de Khor. O Catar, por sua vez, não conseguia produzir praticamente nada de positivo no campo ofensivo. Para ser sincero, a equipe pouco conseguia se organizar na parte defensiva e quando o Equador adiantava a linha de marcação, os comandados do espanhol Félix Sánchez pareciam se perder ainda mais em campo. Em um dos lances de rara beleza plástica do Catar, uma boa troca de passes pela direita terminou em um ótimo cruzamento para Almoez Ali. O camisa 19, no entanto, cabeceou muito mal. Foi o último lance da primeira etapa.

Vieram os 45 minutos finais e o Equador continuou melhor em campo. Na frente no marcador, por dois gols de vantagem, a equipe sul-americana soube controlar bem a vantagem e conter as investidas ofensivas do Catar, que pareciam mais corriqueiras, porém com a mesma efetividade baixa.

A vitória do Equador parece um fato normal, mas chama muito a atenção, o nível elevadíssimo de futebol apresentado.
Pela primeira vez na história das Copas, um país sede é derrotado no jogo inaugural. Podemos dizer que o Equador fez o catar parecer a capital Quito por uma noite.