segunda-feira, setembro 24, 2012

COM DOSES DE SOFRIMENTO, FLA VENCE ATLÉTICO/GO E ACABA COM SECA DE VITÓRIAS

Por Danilo Silveira

Depois de sete jogos, o Flamengo conseguiu reencontrar o caminhos das vitórias. Para variar, o time não jogou bem, mas saiu com os três pontos os quais precisava urgentemente. Diante do lanterna Atlético/GO, Dorival JR promoveu a estreia do meia Cléber Santana, mas, para isso, não abriu mão dos três volantes, que se tornaram constantes em seu time. Só que no caso do Flamengo, jogar com três volantes não é sinônimo de ter um sistema defensivo sólido. A fraqueza e os buracos encontrados na defesa rubro-negra se repetiram e o Atlético/GO abriu o placar no início do jogo, com gol de Joílson. Analisando o nome do estádio (Serra Dourada), pode-se dizer que o Flamengo jogava fora de casa, mas olhando-se para as arquibancadas, pode-se dizer que o Rubro-Negro carioca estava em casa, por ter a maioria da torcida a seu favor. E essa imensa torcida vibrou ainda na primeira etapa, quando Cléber Santana fez uma bela jogada, tabelou com Vágner Love e chutou para estufar as redes atleticanas. Gol de estreante, gol para aliviar um pouco os corações dos flamenguistas, que atualmente andam mais sofrendo que vibrando.

Veio a segunda etapa e Dorival continuou com sua proposta medrosa de jogar com três volantes. Liédson entrou na vaga de Adryan e somente por volta dos 15 minutos, Botinelli entrou na vaga de Cáceres. E o gol da vitória estava próximo. Cléber Santana tocou para Vágner Love na ponta esquerda, o artilheiro foi veloz e esperto para ganhar a bola do seu defensor e cruzar na medida para Liédson estufar as redes, marcando seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. Nos 20 minutos finais do jogo, o Flamengo dominou por completo as ações. O Atlético/GO parecia entregue em campo, sem poder de reação, dando espaços na defesa. O Flamengo poderia ter ampliado o placar por algumas vezes. Botinelli sofreu falta fora da área, mas o árbitro marcou pênalti. Vágner Love cobrou no canto direito e Márcio defendeu. Minutos depois, Wellington Silva fez bela jogada pela ponta direita da área e cruzou na medida para Vágner Love, que a dois metros do gol, sem goleiro, conseguiu acertar o travessão, entrando para a galeria do Inacreditável Futebol Clube. Na atual fase, tudo é sofrido para o Flamengo. E o fim da seca de vitórias também foi assim. A frase "quem não faz leva" pode ter começado a incomodar a cabeça dos rubro-negros nos minutos finais. E já nos acréscimos, Felipe apareceu para defender uma cabeçada e concretizar a vitória rubro-negra.

Quarta-feira, o Flamengo enfrenta o Atlético/MG, no Engenhão, em partida atrasada. Analisando a bola que as duas equipes tem jogado, afirmo que o time mineiro é favorito. Acredito em vitória do Galo, mas não seria uma zebra a vitória rubro-negra.

quinta-feira, setembro 20, 2012

EM UM DUELO FRACO, BRASIL JOGA MAL, MAS VENCE A ARGENTINA

Por Danilo Silveira



Há algum tempo, a Seleção Brasileira não desperta muito o interesse do povo brasileiro. Isso é notório. Notório também é que a seleção dirigida por Mano Menezes está em um patamar muito aquém de muitas seleções europeias, e se a Copa do Mundo fosse hoje, Neymar, Oscar, Hulk e companhia provavelmente não passariam de coadjuvantes. O problema passa longe de ser falta de talento, o que acontece é que Mano, que até escala bem, não consegue fazer sua seleção jogar em um padrão aceitável.

Nesta quarta-feira, Brasil e Argentina se enfrentaram em Goiânia, no Serra Dourada, pelo duelo de ida da Copa Rocca, torneio de dois jogos, onde as duas seleções só podem usar jogadores que atuam na Argentina ou no Brasil. Melhor para o Brasil, que pode usar Neymar, Lucas, Leandro Damião, Dedé, que são jogadores que integram a Seleção principal, além de outros com muita qualidade, mas que nem sempre são convocados, como Rever, Ralf e Luís Fabiano. Pior para a Argentina, que não pode usar Messi, Di Maria, Aguero, Tévez, Lavezzi e Higuaín.

Durante 90 minutos, tivemos um jogo muito ruim, com raras chances de gol, poucas jogadas bonitas e muito pouca inspiração. Tivemos uma Argentina para lá de defensiva (saudades do tempo em que Maradona era o técnico), contente com o empate e buscando muito pouco o gol. Do outro lado, tivemos um Brasil que até tentava buscar o gol, mas a falta de inspiração e de envolvimento à marcação adversária era tamanha que foram pouquíssimas jogadas que realmente levaram perigo ao gol de Ustari. A primeira delas veio aos 25 minutos, quando Paulinho, em posição irregular, cabeceou para empatar o jogo. Isso porque, minutos antes, o jogador do Corinthains, Martínez, apareceu para abrir o placar para os hermanos. A torcida brasileira procurou fazer festa e apoiar a equipe, que de fato fazia uma partida muito fraca.

Mas, a paciência do torcedor teve limite. No meio da segunda etapa, quando Mano Menezes lançou Wellington Nem na vaga de Lucas, vaias começaram a ser ouvidas, aliadas a gritos de Felipão. Chegava a ser triste ver uma Seleção Brasileira com tão pouca inspiração e uma Seleção Argentina tão retrancada, mas esse desenho não mudou até o apito final. Mas, antes que ele viesse, Desábato colocou a mão na bola na área e o árbitro assinalou pênalti. Neymar cobrou bem, converteu e deu a vitória de virada ao Brasil. Vitória essa que nada me deixa mais confiante em relação ao futuro da Seleção Brasileira. Pelo contrário! Parece que a cada atuação da Seleção de Mano Menezes, mais cresce minha desconfiança em relação a essa seleção. Exceto o jogo contra a fraca China, onde a Seleção passeou e venceu por 8 a 0. Dificilmente em uma Copa do Mundo ou uma Copa das Confederações, teremos adversários que se mostrem tão limitados como se mostrou a China. E provavelmente, teremos a maioria dos adversários melhores e mais bem arrumados que a Argentina para lá de capenga que o Brasil enfrentou hoje. Por sinal, um Brasil, a exemplo do seu maior rival, para lá de capenga!

quarta-feira, setembro 19, 2012

EM JOGO FRACO TATICAMENTE, MAS EMOCIONANTE NOS MINUTOS FINAIS, REAL VIRA PARA CIMA DO CITY

Por Danilo Silveira


Dois times mal escalados, tendendo para o defensivismo e apresentando um futebol longe de ser envolvente. Foi assim que começou o duelo entre Real Madrid e Manchester City, na rodada de abertura da UEFA Champions League. Foi do meio da segunda etapa para o final que o jogo mudou completamente de figura e as redes passaram a ser balançadas em seqüência e o jogo cresceu em emoção. Após o apito final, o Real Madrid comemorou a vitória por 3 a 2, de virada.

Times mal escalados e jogo fraco na primeira etapa

O duelo começou e impressionava de fato os nomes que estavam no banco de reservas. No Real Madrid, Modric, Ozil e Kaká viam Khedira, Xabi Alonso e Essien, começarem o jogo na equipe titular. Já no City, Aguero contemplava a titularidade de Javi Garcia, Barry e Yayá Touré. Como já parecia estar no script, as duas equipes fizeram um primeiro tempo muito fraco. O que de fato funcionou foi a marcação avançada do time da casa, que encurralava o City, porém, com a bola nos pés, eram nítidas as deficiências apresentadas pelos madrilenhos. Criastiano Ronaldo foi quem criou as melhores oportunidades. Aos 7 minutos, ele cortou Kompany e bateu cruzado pela ponta esquerda da área e Hart apareceu para fazer boa intervenção. Aos 11, Cristiano , novamente pela ponta esquerda, arriscou, Higuaín desviou no meio do caminho e Joe Hart apareceu para fazer uma grande defesa. O Real até arriscava chutes de longa e média distância, até tinha o domínio territorial no campo ofensivo, mas produzia poucas jogadas coletivas mais bem elaboradas e mais parecia jogar na base da vontade que na boa armação tática. Aos 34, Nasri se machucou e Roberto Mancini, tendo Aguero no banco, preferiu colocar Kolarov em campo, tornando ainda mais complicadas as coisas para o seu time. 

Em final eletrizante, Real vira com gol de Cristiano Ronaldo

Veio a segunda etapa e nenhum dos técnicos mexeu. Parecia difícil acreditar que o jogo melhoraria, muito por conta da escalação e da armação tática adotada pelos treinadores de ambas as equipes. O fato é que o City voltou menos retrancado (seria quase impossível recuar mais), O Real voltou atacando com mais organização (seria difícil desorganizar mais) e o jogo melhorou um pouco (se piorasse os espectadores iam acabar dormindo). Aos 14, Marcelo arriscou de fora da área e a bola passou à esquerda, com perigo. O meio do segundo tempo foi se aproximando e os dois treinadores começaram a mexer em suas equipes. Roberto Mancini lançou Dzeko e tirou David Silva. Apesar de ter lançado mais um atacante, ele comprometia demais a criação de jogadas por estar tirando um dos melhores jogadores do time, que não fazia um bom jogo, acredito eu, muito por conta da parte tática deficiente implantada pelo treinador italiano. Já José Mourinho, lançou Ozil na vaga de Essien aos 19. Dá para dizer que a mexida foi boa, mas Mourinho não fez mais que o óbvio, pois atuar com três volantes, deixando Ozil, Modric e Kaká no banco é algo, para mim, inviável. Mancini parecia fazer de tudo para o seu time não atacar de forma organizada, mas mesmo assim, o City chegou ao gol. Yayá Tourré saiu jogando de trás do meio campo, tabelou, continuou avançando e tocou para Dzeko, que chutou na saída de Cassillas para abrir o placar. E minutos após o gol, Mourinho resolveu colcoar o time para frente: trocou Higuaín por Benzema e lançou Modric na vaga de Khedira. Naturalmente o Real melhorou na partida e os 20 minutos finais de jogo foram eletrizantes. Aos 29, Yayá Tourré recebeu no meio da área e teve a chance de ampliar, mas chutou à esquerda de Cassillas. Logo em seguida, Marcelo arriscou de fora da área, a bola desviou em Javi Garcia e entrou nas redes do City: 1 a 1. O Real se animou e partiu em busca da virada. Aos 34, Benzema chutou meio sem ângulo da ponta direita e o seguro goleiro Hart fez mais uma boa defesa. Aos 39, Kolarov cobrou falta da meia direita na área e a bola acabou passando por todo mundo e caindo no fundo das redes de Cassillas. Era o City de novo na frente e muito perto de conseguir um resultado heróico no Santiago Bernabéu. Mas, o que o jogo deixou a desejar no ponto de vista tático, foi compensado por doses fortes de emoção. Aos 41, Benzema recebeu na meia lua de Di Maria, girou e chutou no canto esquerdo de Hart, que por pouco não evitou o empate. Pela segunda vez, os donos da casa empatavam o duelo e agora tinham pouco tempo para conseguir uma virada. E ela por pouco não saiu na melhor jogada coletiva da partida. Em um contra ataque rápido da equipe madrilenha, a bola passou pelos pés de Modric, de Ozil, de Benzema e chegou até Cristiano Ronaldo, que bateu no canto direito, para nova defesa de Hart, o melhor jogador em campo. E quis o destino que o melhor jogador em campo falhasse em um momento decisivo. Aos 46, Cristiano Ronaldo chutou da ponta esquerda, no meio do gol e Hart acabou falhando. Foi a virada do Real Madrid em um jogaço do ponto de vista de emoção e um jogo abaixo da crítica do ponto de vista tático.


segunda-feira, setembro 10, 2012

MESSI MARCA DE FALTA E ARGENTINA VENCE PARAGUAI EM CASA POR 3 A 1

Por Danilo Silveira

Jogando em casa, na cidade de Córdoba, a Argentina venceu nesta sexta-feira o Paraguai, por 3 a 1. A equipe comandada por Alejandro Sabella não fez um jogo brilhante, mas foi mais que suficiente para derrotar a seleção vice-campeã da Copa América, que apresentou um futebol ruim e parece ver longe o sonho de disputar a Copa do Mundo no Brasil.


Se existe um início dos sonhos, a Argentina provou disso. Logo aos 2 minutos, após um jogada tramada pela ponta direita, a bola sobrou limpa na meia lua para Di María, que chutou, contou com desvio nas costas de Lavezzi e viu a bola chegar nas redes de goleiro Villar, entrando no canto direito. Com o gol relâmpago, a Argentina animou sua torcida, que gritava olê com cinco minutos de jogo. O duelo mostrava-se equilibrado em campo e o jogo não era lá dos melhores. E aos 16, o Paraguai chegou à igualdade com grande dose de ajuda do volante argentino Braña. Ele foi afastar uma bola que estava na sua área defensiva, mas, inexplicavelmente utilizou a mão, cometendo uma penalidade infantil, assinalada pelo árbitro brasileiro Wilson Luiz Seneme. Fabbro, que é argentino, mas naturalizado paraguaio, cobrou no canto direito de Romero para empatar. Messi fazia um primeiro tempo muito discreto, não dando seu costumeiro show particular. E a Argentina chegou ao segundo gol aos 29. Di Mária descolou uma enfiada de bola pelo meio, que me pareceu para um companheiro que estava logo à frente, mas a bola correu demais, passou pelos defensores paraguaios e chegou até Higuaín, que teve oportunismo para chutar cruzado pela ponta direita da área e colocar novamente os hermanos em vantagem. E por muito pouco a Argentina não chegou ao terceiro gol ainda na primeira etapa. Di Maria sofreu falta de Piris pela ponta esquerda e Messi cobrou com carinho, acertando o poste direito de Villar.

Veio a segunda etapa e logo com dois minutos a Argentina esteve muito perto de ampliar o marcador. Messi apareceu pela intermediária, driblou dois jogadores e deu um toque estiloso, com cavadinha, encobrindo o goleiro Villar, mas a bola beijou caprichosamente a trave esquerda e não entrou. O jogo não mudou muito de figura. A Argentina era superior, mas não fazia uma partida brilhante. O Paraguai mostrava-se um time limitado na parte ofensiva e esforçado na marcação. Gerardo Pelusso, o uruguaio técnico da seleção paraguaia, resolveu mexer duplamente aos 14 minutos, sacando Fabbro e Roque Santa Cruz e promovendo as entradas de Cardozo e Valdéz. E aos 19, surgiu o gol que deu tranquilidade para a Seleção argentina. E ele foi marcado pelo grande astro dessa equipe. Lionel Messi bateu falta com perfeição, acertando o canto esquerdo do goleiro Villar: 3 a 1. Se as coisas já eram para lá de complicadas para o Paraguai, ficaram ainda mais difíceis depois do terceiro gol argentino. Sabella promoveu sua primeira alteração após o gol, lançando o experiente Palácios, na vaga de Lavezzi. Pelusso mexeu pela última vez aos 28, tirando Estigarribia, que me chamou atenção na Copa América, pelo bom futebol apresentado, mas que foi uma peça muito apagada nesses 73 minutos em que esteve em campo. Em seu lugar, entrou E. Benítez. A Argentina seguiu com o jogo controlado, sem sofrer maiores sustos até o apito final. Guinazu e Biglia ainda entraram nas vagas de Di Maria e Braña e participaram da vitória de uma Argentina, que mesmo sem ser encantadora, mostrou-se um time muito forte, que dificilmente ficará fora da Copa do Mundo do Brasil em 2014.

quarta-feira, setembro 05, 2012

LÍDERES DA SÉRIE B, VITÓRIA E CRICIÚMA TERMINAM EMPATADOS APÓS UM BOM JOGO NO BARRADÃO

Por Danilo Silveira



Vitória e Criciúma fizeram na noite desta terça-feira um bom jogo de futebol no Barradão, em Salvador. Movimentado, corrido e, melhor que isso, com as duas equipes não se contentando com o empate e buscando o ataque, a vitória. No geral, podemos dizer que o Tigre foi melhor. No fim das contas, o duelo acabou 2 a 2, com todos os gols na primeira etapa. Um resultado que não foi ruim para nenhum dois lados e deixou as duas equipes nas respectivas posições que iniciaram a rodada: o Vitória é o líder e o Criciúma e o vice-líder.

Primeiro tempo de quatro gols.

Não demorou muito para as redes serem balançadas. Logo aos 5 minutos, Lucca recebeu lançamento na ponta direita, invadiu a área e cruzou rasteiro para Zé Carlos, que dentro da pequena área escorou para as redes do goleiro Deola. Uma ducha de água fria e tanto na torcida do Vitória, que compareceu em peso ao estádio. Atrás no marcador, os baianos foram para cima do arrumado Criciúma e cada vez mais passaram a figurar no campo ofensivo. A equipe levava perigo principalmente na bola aérea, como aos 16, quando William aproveitou o primeiro desvio de escanteio cobrado da direita e emendou para o gol, vendo seu chute passar perto, à esquerda de Michel Alves. Acredito que um dos pontos que deixou o jogo bem gostoso de se assistir é que as duas equipes jogavam com quatro homens ofensivos, dois meias e dois atacantes. O Vitória jogava com dois centroavantes de ofício, Willian e Élton. E os dois tiveram participação decisiva no gol de empate, aos 27. O meia Willie arriscou de fora da área, Michel Alves rebateu, Élton chutou no rebote para nova defesa do goleiro, mas no segundo rebote, lá estava William, para estufar as redes do Tigre. E o jogo passou a viver um momento eletrizante. Logo após o gol do time baiano, o Criciúma voltou a figurar à frente do marcador. O bom e rápido Lucca, melhor jogador em campo, roubou bola no campo ofensivo, avançou pela ponta esquerda e de fora da área acertou um belo chute, no canto esquerdo de Deola: 2 a 1. Detalhe que esse havia sido apenas o segundo chute a gol do time catarinense: os dois entraram. Lembra que eu disse que a bola alta estava levando perigo ao Criciúma? Pois bem, aos 38, após escanteio cobrado da esquerda, Élton cabeceou para empatar o jogo. Quatro gols nos 45 minutos iniciais e um excelente jogo no Barradão.

Jogo segue corrido e bem jogado.

A segunda etapa foi tão boa quanto a primeira, apesar de não termos tido nenhum gol. Aos poucos, o Cricipuma foi mostrando que havia voltado melhor para a segunda etapa. Mais organizado, o time dirigido por Paulo Comelli adiantou a marcação e deu muito trabalho ao Vitória. Aos 15 minutos, Carpegianni resolveu mexer duas vezes em uma tacada só no time baiano. Saíram Willie e Michel para as entradas de dois ex-Fluminense: Fernando Bob e Tartá. Aos 16, o Criciúma teve perto de fazer o terceiro, quando Kleber recebeu livre na frente, mas tentou encobrir Deola, que conseguiu defender sem maiores dificuldades. Três minutos mais tarde, Lucca fez bela jogada pela ponta direita, arriscou para o gol e viu a redonda sair à esquerda. Aos 23, Carpegianni queimou a última alteração, lançando Marquinhos, ex-Flamengo, na vaga de Pedro Ken. No minuto seguinte, o artilheiro da Série B, Zé Carlos, sentiu e pediu para ser substituído. Em seu lugar, entrou Gilmar. Pouco depois, Paulo Comelli lançou o meia Válber na vaga de Giovanni Augusto, que não fez uma boa partida. O jogo continuou em alta voltagem, com as duas equipes buscando o gol, frisando que o time catarinense estava mais arrumado em campo. Aos 38, Lucca, provavelmente por cansaço, deixou a partida para a entrada de Lins. E a grande chance do Vitória de empatar op jogo veio dos pés de jogadores que vieram do banco de reservas. Tartá fez boa jogada pelo meio, encontrou Marquinhos na ponta direita, mas o chute do meia atacante acabou parando em Michel Alves. Ainda temos bastante campeonato pela frente, mas me arrisco a dizer que em 2013, teremos Criciúma e Vitória na Primeira Divisão.

segunda-feira, setembro 03, 2012

EM JOGO DE QUATRO GOLS E TRÊS BOLAS NA TRAVE, ABEL MEXE MAL E FLU CEDE EMPATE AO FIGUEIRA

Por Danilo Silveira

Pode-se dizer que o Fluminense jogou no sábado, diante do Figueirense, 60 minutos de um futebol de time campeão. Dominou o time catarinense em pleno Orlando Scarpelli, criou muitas chances de gol e fez 2 a 0 na marcador. Porém, uma substituição de Abel Braga somada a um gol do Figueirense, mudou a história do jogo e o 2 a 2 acabou com um sabor bastante amargo para o time das Laranjeiras, que parece ter fôlego para lutar ponto a ponto pelo título da competição.

Flu é muito superior na primeira etapa.

O Fluminense entrou em campo com uma série de desfalques, dentre eles, Deco e Fred machucados e Thiago Neves suspenso. Foi aí que entrou em cena a força do elenco tricolor. Logo nos minutos iniciais, a equipe comandada por Abel Braga mostrou-se superior em campo e foi criando chances de gol. Aos 6, após falta cobrada da ponta direita, Samuel apareceu livre na área, mas acabou finalizando desajeitado, à direita do gol defendido por Wilson. Aos 12, após cruzamento da direita, Claudinei cortou mal de cabeça e a bola sobrou para Rafael Sóbis, que acabou finalizando à direita do gol. Aos 17, Carlinhos apareceu pela esquerda da área e acabou empurrado por um adversário, mas o árbitro negou a penalidade. O Figueirense atacava menos que o Fluminense, mas conseguia levar algum perigo. Aos 21, Túlio deu um belo passe de letra e por pouco Caio não conseguiu dominar na frente e ficar cara a cara com, Cavalieri. Aos 26 minutos, uma das jogadas mais bonitas do jogo. Uma bela troca de passes do Fluminense terminou com Carlinhos de frente para o goleiro Wilson, mas o lateral tricolor optou por não chutar e sim rolar para o lado em busca de um companheiro, mas ninguém alcançou. Quatro minutos mais tarde, Samuel invadiu a área pela direta, chutou cruzado e a bola beijou a trave direita. O Figueira respondeu em seguida e após cruzamento da esquerda, Jean cortou mal, contra o próprio patrimônio, mas deu sorte que a bola tocou na trave esquerda e não entrou. Duas bolas na trave em um curto espaço de tempo. O Figueira assustava em alguns chutes de média distância, mas o goleiro tricolor se mostrava muito seguro, encaixando quase todos os chutes.

Flu abre 2 a 0, mas Abel mexe mal e time leva o empate.

Veio a segunda etapa e o Fluminense continuou jogando bem e logo achou aquilo que estava faltando: o gol. E ele nasceu naquilo que o Fluminense tem de melhor: a bola parada. Logo com um minuto, escanteio cobrado da direita, Samuel desviou de cabeça e Digão apareceu livre no segundo pau e também de cabeça empurrou para as redes. E aos 7 minutos, Bruno apareceu pelo meio e deu belo passe para Rafael Sóbis chutar e ampliar: 2 a 0. Era o Fluminense fazendo uma partida digna de time que quer ser campeão, dominando o jogo amplamente e vencendo com autoridade. Queria a torcida que fosse assim até o fim, mas não seria. Aos 10 minutos, Márcio Goiano (técnico que levou o Figueira à Série A em 2010 e que fazia agora sua reestréia) promoveu a sua primeira mudança, tirando Claudinei e lançando Almir. Mas foi a mudança feita do outro lado, 11 minutos mais tarde, que deve ser mais comentada. Aos 22, Abel Braga, aniooversariante do dia, completando 60 anos resolveu mudar o esquema que estava dando certo, lançando o volante Diguinho e tirando Wellington Nem de campo. Coincidência ou não, logo em seguida, veio o empate do Figueira, em uma cabeçada de Aloísio após cruzamento da ponta direita. E foi a partir daí que se viu algo que não tem sido comum ultimamente: o Fluminense desarrumado. O Tricolor Carioca parou de atacar de forma organizada, começou a sofrer pressão do Figueira e o empate parecia questão de tempo. Ele teria vindo aos 33, quando após bate rebate na área, Aloísio empurrou para as redes, mas foi marcado o impedimento de forma equivocada. O jogo entrou na sua fase final e os técnicos mexeram mais na equipe. Abel lançou os jovens Mattheus Carvalho e Higor, nas vagas de Rafael Sóbis e Wagner, enquanto Márcio Goiano lançou Deretti na vaga de Caio. E aos 40, veio o castigo para a mudança de postura do Fluminense. João Paulo cobrou falta com perfeição, no canto esquerdo superior de Cavalieri, que nem pulou: 2 a 2. No entanto, as emoções do jogo ainda não tinham acabado. Aos 47, falta perigosa para o Fluminense, Jean cobrou bem e a bola carimbou o travessão, depois a trave esquerda, mas não entrou. Era a terceira vez na partida que um chute acabava tendo o endereço de uma das traves. No lance seguinte, Aloísio teve a chance de virar o jogo, ao aparecer pela ponta esquerda da aárea, mas o sistema defensivo tricolor apareceu para evitar o que seria um resultado péssimo para a equipe. Levando em consideração a bola jogada pelo Fluminense na primeira etapa e começo da segunda, o empate foi muito ruim.

sábado, setembro 01, 2012

COM DOSES FORTES DE EMOÇÃO, LIVERPOOL AVANÇA À FASE DE GRUPOS DA LIGA EUROPA



Por Danilo Silveira 


Na última quinta-feira, jogando em Anfield Road, o Liverpool passou por um grande susto, diante do Heart, da Escócia, no jogo que decidiu qual equipe seguiu rumo à fase de grupos da Liga Europa. Depois de vencer o duelo de ida na Escócia, por 1 a 0, os Reds sofreram em casa e o gol da classificação só saiu aos 43 do segundo tempo, dos pés do uruguaio Suárez.

Primeiro tempo sem muitas chances de gol

Aos 4 minutos de jogo, Paterson arriscou de fora da área e a bola passou à direita do goleiro Reina. Poderia ser um indício de que o time visitante não adotaria uma proposta defensiva. E acredito até que esse era o propósito, mas acontece que o time escocês mostrou-se muito limitado para conseguir jogar de igual para igual com o Liverpool. O time inglês, por sinal, nem de longe fazia uma boa partida. A primeira chegada com mais perigo aconteceu aos 14, quando Downing (improvisado na lateral-esquerda) fez boa jogada pela esquerda, cruzou no segundo pau, encontrando um companheiro que cabeceou para o meio, onde estava Suárez, que também usou a cabeça, mas não conseguiu achar o rumo do gol e a defesa afastou o perigo. O Heart mostrava-se um time bem arrumado, mas, como já dito, apresentava muitas limitações. A tendência do jogo parecia o Liverpool começar a ser superior de forma mais notável e logo abrir o placar. Aos 27, Gerrard fez uma linda jogada, passando por três marcadores, invadindo a área pela esquerda e chutando, para defesa do goleiro Mac Donald, com o braço esquerdo. Aos 33, Suárez fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro, encontrando Morgan, que empurrou para o gol vazio, mas foi marcada a saída de bola antes do cruzamento do uruguaio e o gol foi invalidado. Lance muito difícil! O jogo chegou zerado no intervalo e parecia difícil imaginar que o Heart pudesse de fato colocar em risco a classificação inglesa.

Segunda etapa de fortes emoções

Veio a segunda etapa e o Liverpool logo passou a jogar melhor. Não que o time fizesse uma boa partida, mas passou a criar um maior número de oportunidades de gol. Aos 5, Gerrard lançou Suárez na ponta esquerda, o uruguaio ajeitou para Shelvey, que bateu de fora, mas não conseguiu acertar o gol. Aos 61, o técnico do Liverpool, B. Rodgers mexeu pela primeira vez, lançando o jovem Sterling, na vaga de outro jovem: Adam Morgan. E o garoto entrou melhor que seu companheiro, caindo pela ponta direita, demonstrando ser habilidoso. Aos 18, Suárez recebeu uma ótima enfiada de bola na frente, driblou o goleiro para a direita, mas acabou perdendo ângulo para finalizar e a defesa chegou para brecar o arremate. O Heart marcava com qualidade, mas tinha dificuldades de sair para o campo ofensivo. Pode-se dizer que quanto mais o tempo passava e o Liverpool não balançava as redes, mais o jogo ficava perigoso, pois o time escocês dependia de uma bola para devolver o placar do jogo de ida. Aos 20, a primeira mexida no Heart: Sutton saiu para a entrada de Driver. O Liverpool continuou criando chances e o gol parecia maduro. Suárez, apesar de não fazer um grande jogo, dava trabalho ao sistema defensivo adversário. Aos 30, mais duas mexidas, uma em cada equipe. O técnico do time escocês, J. McGlynn, lançou Carrick na vaga de Novikovas, enquanto B. Rodgers lançou Borini na vaga de Henderson. E aos 39 minutos, o improvável aconteceu. Templeton pegou uma sobra de escanteio pela esquerda, passou por um marcador e, de fora da área, arriscou um chute fraco, aparentemente inofensivo. Só que o goleiro Reina se atrapalhou e cometeu uma grande lambança, não conseguindo defender e engolindo um frango daqueles brabos. Era o gol do Heart, que estava coroando um time esforçado e organizado e levando o jogo para a prorrogação. Festa da torcida do Heart, que comparecia a Anfield Road em um considerável número. O time escocês se animou no jogo e uma possível prorrogação começaria, aparentemente, melhor para o time visitante. Só que aos 42, Suárez recebeu no meio, arrancou, cortou Zaliukas e chutou entre Mac Donald e a trave direita, para empatar o jogo e colocar o Liverpool na fase de grupos da competição.