segunda-feira, outubro 24, 2016

COM BELO FUTEBOL APRESENTADO, SEVILLA (JORGE SAMPAOLI) VENCE ATLÉTICO DE MADRID (DIEGO SIMEONE)

Por Danilo Silveira

Neste domingo, em solo espanhol, deparávamos com um duelo que se fazia interessante antes mesmo do rolar da bola. De uma lado, o Sevilla, dirigido por Jorge Sampaoli, do outro, o Atlético de Madrid, dirigido por Diego Simeone. Treinadores que possuem a semelhança de terem nascido no mesmo país (argentina) e de serem vencedores na trajetória como treinador (o primeiro já ganhou a Copa Sul-Americana com a LaU e a Copa America com o Chile, enquanto o segundo já venceu a Liga Europa e o Campeonato Espanhol com o próprio Atlético). No entanto, no meio dessas semelhanças, vem a diferença gigantesca: o estilo de jogo proposto por cada um.

Enquanto Simeone é mais conservador, prioriza sua defesa, Sampaoli é mais ofensivo, gosta de ver seu time atuando em cima do seu adversário. A frase acima em nada quer dizer que o time de Simeone não sabe atacar e que o de Sampaoli não sabe defender. Estamos falando de dois treinadores de alto nível, que desempenham bem suas funções profissionais.

Dentro desse cenário, mais me agrada o estilo Sampaoli de ser. E neste domingo, foi o jeito Sevilla de ser. Os torcedores presentes no Ramón Sánchez Pizjuán viram um Sevilla leve, envolvente, solto em campo, buscando sempre agredir a sólida defesa do time madrilenho. Viram também um oponente perigoso, traiçoeiro, no melhor sentido da palavra, mas que não encontrava-se nos seus melhores dias. Fica a dúvida: o Atlético defensivamente teve uma atuação aquém do normal ou o Sevilla, com sua intensidade ofensiva, conseguiu diminuir a eficácia do sistema defensivo atleticano? Sinceramente, um pouco de cada coisa, creio eu. O fato é que o time de Jorge Sampaoli conseguia criar e envolver seu adversário, como raras vezes acontecem em se tratando de Atlético de Madrid do Simeone.

Parece óbvio dizer que quem abrisse o marcador ficaria mais perto da vitória, mas talvez pelo desenho tático do jogo, esse lógica se potencializasse, e um gol poderia significar mais que "apenas" um gol à frente do marcador. Em suma, se o Atlético fizesse 1x0, o Sevilla deveria sair ainda mais para o jogo, se tacar no ataque, abrindo espaços. A chance do Atlético aumentar o placar antes de ver sua sólida defesa ser vazada seria grande. Já se o Sevilla abrisse o placar, o Atlético provavelmente sairia para o jogo, abandonando suas características, abrindo espaço para o contra golpe do Sevilla, que pelo que conheço de Sampaoli, não abdicaria de atacar.

A abertura do placar por parte do time madrilenho poderia ter se tornado verídica minutos antes do apito final da primeira etapa, mas Ángel Correa desperdiçou boa chance, oriunda de uma falha do sistema de marcação adversário. Já no segundo tempo, o Sevilla poderia ter aberto o placar com Nasri, que carimbou a trave direita de Oblak, ou com Vitollo, que aproveitou cruzamento da direita, mas parou no goleiro esloveno. Podemos dizer que os dois times tiveram suas chances de abrir o marcador, cada um à sua maneira, ao seu jeito de atuar dentro das 4 linhas.

Se entrarmos no mérito de merecimento, podemos ter várias vertentes, várias opiniões. Em primeiro lugar: como se mede um merecimento por um gol? Pergunta com alto grau de subjetividade, que poderia gerar uma discussão de horas e horas. Talvez chegássemos a conclusão de que quem mais merece um gol é quem mais busca esse gol, logicamente. Já nesse caso, esbarramos em outra pergunta: O que é buscar um gol? Mais uma vez, alto grau de subjetividade. É atacar com constância. É se defender, atrair o adversário e sair em contra ataque. É ter uma bola parada forte e esperar escanteios ou faltas próximas da área. Três das inúmeras respostas que podem surgir.

No meio de toda essa discussão, só me cabe dizer que, para mim, quem mereceu o gol foi o Sevilla, quem mais buscou o gol foi o Sevilla, porque foi quem melhor atacou, quem mais criou, quem melhor marcou e quem melhor jogou.

Foi aos 27 minutos da segunda etapa, que nasceu do flanco defensivo direito do Sevilla uma bonita trama de passes, que terminou com N'Zonzi invadindo a grande área  e chutando na saída de Oblak, para marcar o gol único do confronto.

Vitória emblemática, filosófica, que pôs fim à invencibilidade do Atlético de Madrid no campeonato espanhol.




segunda-feira, outubro 03, 2016

ARSENAL VENCE BURNLEY COM GOL NO ÚLTIMO MINUTO

Por Danilo Silveira

Um dos times que mais gosto de assistir jogar no futebol é o Arsenal. Dá gosto de ver a equipe de Arsene Wenger. Seja na derrota, seja na vitória, seja com um time excepcional ou com um time não tão talentoso assim em mãos, o fato é que quase sempre vemos o Arsenal do técnico francês jogar bem. A equipe apresenta um padrão, daqueles que dá gosto de ver. Confesso que fazia tempo que não assistia um jogo inteiro do Arsenal, coisa que resolvi fazer neste domingo eleitoral, pouco antes de ir até as urnas exercer a cidadania.  E valeu a escolha!

Não que o Arsenal tenha feito uma partida excepcional, mas é possível ver, já no início de temporada, um time ajustado, entrosado, ofensivo mas sem perder o equilíbrio. Os Gunners dominaram o duelo quase todo diante do Burnley. Está certo que não foram criadas tantas oportunidades de gol, mas tem de se destacar o grande volume ofensivo apresentado pela equipe londrina, que parece pagar o preço de atacar muito: seus adversários, principalmente os times de menor expressão, costumam jogar muito fechados. Nem sempre parece ser uma estratégia de jogo previamente programada, mas sim uma condição imposta pelo volume ofensivo dos time de Wenger.

O Burnley até tentava sair para o ataque, mas apresentava notórias dificuldades em manter a bola no campo adversário por muito tempo. Com isso, o centroavante Vokes acabava isolado à frente, tentando lutar contra vários defensores adversários. Em contra partida, o Arenal povoava o campo ofensivo com 6, 7, ou até mais jogadores jogadores, tentando achar um espaço para furar a defesa adversária. No fim das contas, apesar do domínio do Arsenal, a melhor chance do primeiro tempo foi do Burnley. Pane na zaga dos Gunners e Vokes recebeu cruzamento na medida, livre de marcação, mas cabeceou mal, à esquerda de Peter Cech.

Veio então a segunda etapa e o panorama do jogo era parecido, mas a intensidade das equipes subiu um pouco e chances de gol começaram a ser criadas com maior frequência. Sánchez chutou, Heaton defendeu. Gudmundsson cabeceou, Cech fez uma defesaça. Keane carimbou o travessão do Arsenal. Walcott viu seu chute passar a centímetros do poste esquerdo. O 0x0 cada vez mais parecia inevitável no Turf Moor, até que aos 48 minutos, veio o alívio para o Arsenal. Escanteio cobrado curto, cruzamento na área, desvio do meio para o segundo pau e a bola encontrou Chamberlain e Koscielny, livres de marcação. Foi aí que a sorte sorriu para o time visitante. Chamberlain chutou, a bola iria para fora, mas desviou no cotovelo de Koscielny e entrou. Há quem diga que o gol deveria ser invalidado por a bola tocar no braço do zagueiro, mas ele aparentemente não teve intenção nenhuma, nem usou o braço para expandir a área de ocupação do seu corpo. Gol legal!

Como o Tottenham venceu o Manchester City, o Arsenal diminuiu a diferença para o líder. Temos agora o City com 18, o Tottenham com 17 e o Arsenal com 16. Parece privilégio dos grandes ver Arsenal do Wenger e City do Guardiola na mesma liga. Talvez para compensar tamanha beleza, tenham colocado o Mourinho para dirigir um time no mesmo campeonato. Que este seja mero coadjuvante.

domingo, outubro 02, 2016

COM BOM PRIMEIRO TEMPO, INTER FAZ AS PAZES COM A VITÓRIA DIANTE DO FIGUEIRENSE

Por Danilo Silveira

Internacional e Figueirense entraram no estádio do Beira-Rio para se enfrentar em situações bem complicadas na tabela de classificação do Brasileirão: ambos na zona de rebaixamento. Pior ainda para o Inter: se o Figueirense vencesse, deixaria as quatro últimas posições, mas já o Colorado, mesmo somando três pontos, permaneceria no incômoda décima oitava posição. E no fim das contas, acabou dando a segunda opção da frase acima. Com um gol único marcado por Vitinho, antes mesmo dos cinco minutos, os gaúchos somaram três pontos na tabela. Apesar de seguirem estacionados na mesma posição, os três pontos foram para lá de valiosos, já que ser décimo oitavo com 30 pontos é bem diferente que ser décimo oitavo com 27, ainda que não seja costume do internacional ter apenas 30 pontos somados na reta final do Brasileirão.

Pressão inicial do Inter

Logo quando a bola rolou, o Internacional mostrou que não estava muito disposto a "estudar" o jogo nos minutos iniciais. A equipe conseguiu imprimir um ritmo ofensivo bem interessante logo cedo. Como prêmio, o gol. William fez boa jogada pela direita e cruzou para Vitinho, de perna esquerda, chutar para as redes catarinenses. Os minutos subsequentes ao gol deram impressão de que o placar logo seria aumentado pela equipe gaúcha, que não diminuiu o ritmo nem o ímpeto ofensivo, contrastando com um Figueirense quase nulo no ataque e perdido na parte defensiva. Talvez se não fosse o goleiro Gatito Fernández, o intervalo chegasse com 2 ou 3 a 0 para o Internacional. Em chutes de William e de Seijas, o arqueiro paraguaio salvou o Figueira.

Jogo muda de figura na segunda etapa.

Nos 45 minutos finais a partida mudou um pouco de figura. Já não se via aquele Inter com tanta apetite no ataque, já não se via aquele Figueirense tão encolhido. A vitória do Inter, que na primeira etapa parecia que seria sem sustos, agora parecia estar duvidosa. Quanto mais o time catarinense se expunha, mais o inter ganhava o contra-ataque, mas sinceramente, a equipe de Celso Roth pouco soube explorar esse fator. Na segunda etapa, o inter estava mais parecido com um time que ocupa a décima oitava posição do campeonato. Não que o time tenha feito 45 minutos terríveis, mas a capacidade de produção ofensiva diminuiu drasticamente em relação à etapa inicial. Já pelo outro lado, o Figueirense parece um time bem limitado, com pouca criatividade, poucas jogadas trabalhadas. Isso explica as raras chances de gol criadas, apesar de uma presença no campo ofensivo considerável. Na melhor delas, Rafael Moura serviu Gustavo Ermel, que bateu para fora, à direita de Danilo Fernandes. Apito final e um pequeno alívio para a torcida colorada, que não via o time vencer desde 8 de setembro. Torcida essa que tem (ou deveria ter) a noção de que existe um longo caminho para o Inter percorrer visando evitar a disputa da Série B em 2017.



quarta-feira, setembro 28, 2016

LEICESTER VENCE PORTO E MANTÉM OS 100% NA LIGA DOS CAMPEÕES

Por Danilo Silveira

Leicester e Porto se enfrentaram no King Power Stadium, na cidade de Leicester, na tarde desta terça-feira, em duelo válido pela Liga dos Campeões. Melhor para os donos da casa, que venceram por 1x0 e seguem 100% na competição, na liderança isolada do grupo G.

No entanto, os 90 minutos que levaram o Leicester a tal condição de líder, não foram dos melhores. Principalmente em se tratando de Liga dos Campeões, onde esse que vos escreve está acostumado a ver jogos de alto nível. 

A primeira boa chance foi do Porto, com André Silva, que recebeu lançamento longo, aproveitou a saída do goleiro Schmeichel e tentou finalizar por cobertura, mas sem sucesso. Talvez tenha sido o momento do jogo em que o Porto conseguiu pegar a defesa do Leicester mais desguarnecida. Outras chances do time português aconteceram, mas não foi por falta de homens de azul defendendo a baliza de Schmeichel.

Aos poucos, o Leicester foi se soltando em campo e ocupando mais o campo de ataque. No entanto, eram poucas as jogadas bem tramadas. O excesso de faltas na partida e a grande quantidade de bolas alçadas na área traduziam um duelo que não era dos mais bem jogados.

Sabe aquela história de que no meio do nada acaba aparecendo tudo? Pois é! Quando o jogo apresentava poucas alternativas ofensivas e haviam indícios de que a ausência de beleza perduraria, veio um dos lances mais belos da partidas. Mahrez recebeu uma virada de jogo na ponta direita, deu um belíssimo cruzamento para Slimani aparecer na pequena área e cabecear bem, vencendo Cassillas para abrir o marcador para o atual campeão inglês.

Se no meio de gigantes o Leicester conseguiu se virar bem na última edição do Campeonato Inglês, no meio de gigantes a equipe de Ranieri mostrou se virar também na Liga dos Campeões. O Porto tentava esboçar uma reação, tentava penetrar no campo de ataque, mas o sistema defensivo do Leicester mostrou estar muito bem, obrigado.

Na segunda etapa, o jogo melhorou em alguma coisa. Não que tenha ficado espetacular, mas ficou um pouco melhor de se assistir. O Porto tentava uma pressão cada vez maior, enquanto o Leicester parecia ter como missão não deixar que essa pressão se tornasse muito aguda, mas sem sofrer riscos!
. Leia-se priorizar o sistema defensivo e só sair para o ataque "na boa".  Como se a equipe soubesse exatamente aquilo que devia fazer para não deixar o Porto empatar e, quem sabe, ampliar o marcador, sendo a primeira das missões a mais importante

Nuno Espirito Santos colocou em campo Hector Herrera, que logo achou um bonito chute de fora da área, para bonita defesa de Schmeichel. Nuno Espírito Santo colocou em campo Jesús Corona, que numa sobra de disputa aérea, emendou de primeira, vendo a bola explodir na trave esquerda de Schmeichel. 

Nem mesmo as mexidas do técnico português, nem mesmo a pressão do Porto que aumentou nos minutos finais e nem mesmo os 4 minutos de acréscimos na segunda etapa foram suficientes para vazar a defesa do Leicester.

Longe de ser brilhante, mas longe de ser um time frágil. Esse é o Leicester, que conquistou a Inglaterra na última temporada e agora busca vôos mais altos.

segunda-feira, agosto 22, 2016

QUE O OURO NÃO FAÇA O BRASILEIRO ESQUECER O QUÃO ATRASADO NOSSO PAÍS ENCONTRA-SE NO FUTEBOL

Por Danilo Silveira
 Confesso que durante os jogos olímpicos do Rio, o futebol não foi o esporte que mais acompanhei. Ainda assim, consegui ver um joguinho ou outro.

O que logo me chamou atenção foi o baixo nível da competição. Obviamente que se dá um desconto pois as equipes jogam com o time todo, ou quase todo, sub-23 (cada seleção pode levar até 3 jogadores acima desta idade). E se no Brasil já se faz um time forte sub-23, imagina quando um dos atletas acima de 23 anos é o Neymar?!

Só que o jogo de estreia mostrou que o Brasil estava longe, mas muito longe de apresentar o futebol que se era esperado de um time que conta com Gabriel Jesus, Neymar, entre outros. Um 0x0 contra uma África do Sul que mostrou-se para lá de frágil.

O Brasil seguiu o seu caminho, empatando com Iraque, vencendo a Dinamarca e a Colômbia, enquanto eu segui meu caminho, assistindo o basquete, o handebol, entre outros esportes, que mais me interessavam do que o futebol, que já assisto demais ao longo do ano. Parava de vez em quando para ver um pedacinho ou outro de algum jogo, e sinceramente, não vi muito coisa que me agradasse. Veio a semifinal e assisti alguns minutos da goleada do Brasil sobre Honduras, que se mostrou um oponente muito frágil.

Viria então a grande final.Viria então a Alemanha (logo a Alemanha). Em pleno no Maracanã, vestido de verde e amarelo. Impossível não relembrar 2014, impossível não pensar nos 7x1. Alguns brasileiros falavam em revanche, algo que me parece surreal, pois o cenário é completamente diferente, a competição é diferente, as equipes são diferentes. Dos 7x1 para cá, pouca coisa parece ter mudado, por sinal. O Brasil continua sem entender futebol e a Alemanha continua mostrando excelência nesse esporte.

Comecei a ver o duelo, e mesmo sabendo da discrepância que há entre a forma de enxergar futebol da Alemanha e do Brasil, o time verde e amarelo soava-me favorito. Parecendo ser um time de melhor qualidade, o Brasil tentava tomar a iniciativa do jogo diante de uma Alemanha, fria, gelada, esbanjando consciência daquilo que fazia dentro de campo. O Brasil parecia esbarrar na sua própria afobação. Aí veio o talento de Neymar, que em uma cobrança de falta espetacular, abriu o marcador.

Talvez pudesse ser o caminho aberto para uma goleada, ou algo do tipo. Mas, do outro lado estava a Alemanha, que em momento algum se desesperou, que não perdeu sua organização. Veio o segundo tempo e com ele, o empate alemão. Após cruzamento da direita, um bonito chute para as redes brasileiras. Um gol que lembrou em alguma coisa um dos sete sofridos pelo Brasil no fatídico 7x1.

Os minutos se passavam e cada vez mais ouvia-se um grande silêncio no Maracanã. Apreensão, medo, nervosismo. O futebol que o Brasil apresentava passava longe de ser o ideal, mas era bem superior do que nos acostumamos a ver com Dunga e Felipão. O time demonstrava organização, e parecia mais perto do segundo gol que a Alemanha. Mas além da defesa alemã, o Brasil precisava superar o próprio nervosismo e afobação, talvez o principal inimigo naquele momento. Nervosismo e afobação que poderia acarretar em mais que a própria não ocorrência do segundo gol brasileiro, mas na ocorrência do segundo gol alemão. Bem, no fim das contas, nem um nem outro. Nem os 30 minutos de prorrogação foram suficientes para que alguma das redes fosse novamente balançadas.

No resumo da obra, o Brasil foi ligeiramente superior a Alemanha. Foi o time que mais buscou o gol, mas não necessariamente o mais organizado. As cobranças de pênaltis escolheriam com quem ficaria o ouro, e a essa altura, estaria merecido para qualquer uma das duas seleções, analisando-se os 120 minutos anteriores.

Veio então a defesa de Wéverton, na única cobrança desperdiçada. Veio em seguida o encontro do chute de Neymar com as redes. Veio então o tão sonhado ouro para a seleção brasileira de futebol.

Ouro esse que veio de uma tamanha desorganização. Até alguns meses antes, Dunga seria o comandante da seleção nos jogos olímpicos, o que prova que o Brasil pouco evoluiu dos 7x1 para cá. Sorte daqueles que sonhavam com esse ouro, que apareceu Rogerio Micale no caminho. Se ele é bom ou mau técnico, sinceramente não tenho embasamento para dizer. Mas, pelo pouco que conheço do seu trabalho, parece se tratar de um técnico melhor que Dunga e Felipão, o que vamos combinar, não é tarefa tão difícil.

Esse ouro olímpico deveria servir para o Brasil começar a trilhar uma novo caminho para a sua seleção neste esporte, mas sinceramente, conhecendo as coisas por aqui, a tendência é piorar ainda mais. Vai ter gente achando que o Brasil voltou a ser o número um, que o Brasil está um grande maravilha no futebol e que daqui para frente é só alegria. Complicado! Até porque, estamos em sexto nas eliminatórias para a próxima Copa do Mundo (fora da zona de classificação). Além do mais, trocamos um pseudo-técnico (Dunga) por um técnico que tem seu estilo de jogo não muito condizente com o que deve-se esperar do futebol apresentado pela Seleção Brasileira, o tal do futebol-arte. Tite é melhor que Dunga, melhor que Felipão e melhor que Mano? Sim, óbvio! Mas isso não faz dele o técnico ideal para dirigir a Seleção Brasileira de futebol.

Que a mídia e a população cooperem, que não me venham com o discurso de "o campeão voltou", "O Brasil voltou a ser respeitado" "Vingamos o 7x1" "Assim que queremos ver nossa seleção daqui para frente.", pois esse tipo de discurso em nada ajuda, apenas atrapalha. Que tenhamos a consciência e o discernimento necessários para entender o futebol, para enxergar que estamos atrasados em quilômetros em relação a outros países. Entender que antes de pensar em não fazer feio mais uma vez na próxima Copa do Mundo, temos que melhorar muito para ganhar o direito de participar da próxima Copa do Mundo.

Caso contrário, esse ouro vai ser apenas um pontinho de alegria para a população no meio do caos.


sábado, julho 02, 2016

A RAZÃO ALEMÃ VENCEU A MÍSTICA ITALIANA: PARA O BEM DO FUTEBOL.

Por Danilo Silveira


De um lado a razão, que nos levava a crer que a Alemanha, um dos melhores times de futebol da atualidade, venceria a Itália, de nível bem inferior. Do outro lado, a fé, a mística e os poderes contrários à razão, que faziam muitos acreditarem na tal história que, mesmo com um time inferior, a Itália “sempre chega”, por ter tradição, pelo fato da camisa pesar.

Confesso que no futebol, entre a razão e a fé, costumo ficar do lado da razão, porque é algo mensurável, que os olhos enxergam. Se um time é muito melhor que o outro, é favorito, certo? Mas confesso ainda que respeito, porém sem admiração, a Itália e sua tradição de conseguir resultados acima do que o nível de seu futebol indica.

O intervalo chegou com o lado da fé em melhor situação que o lado da razão. Mais precisamente, a Alemanha não conseguiu criar muitas oportunidades de gol, desenvolveu seu futebol de forma inferior ao habitual e a Itália conseguiu truncar o jogo e manter o 0x0.

Veio, então, aos 19 minutos da segunda etapa, aquele balde de água fria na fé e na mística italiana. Após jogada e cruzamento da ponta esquerda, Ozil apareceu na área para finalizar e anotar o seu primeiro gol nesta edição da Eurocopa (contra a Eslováquia ele havia perdido uma penalidade). Por sinal, era o primeiro gol sofrido por Buffon nesta Euro.

Era um passo enorme, gigantesco, para a razão se sobrepor à mística italiana. Aquele pensamento de “A Alemanha realmente é muito melhor. A Itália até equilibrou o jogo, mas tava na cara que não iria suportar até o fim” começava a ganhar força.

Os adeptos da razão começaram a ver de perto a sua tese de que a Alemanha é superior e irá vencer cada vez mais perto. A Itália se desestruturou, se perdeu em campo, e em contraste, a Alemanha passou a ser a Alemanha a qual estamos acostumados: a que ocupa o campo ofensivo, encurrala o adversário e cria muitas situações ofensivas. Em uma delas, Mario Gómez só não anotou um golaço porque Buffon fez uma linda defesa para uma bela finalização de calcanhar. O fato era que o segundo gol alemão parecia questão de tempo.

Foi portanto aos 32 minutos, que após cruzamento da direita, a bola tocou no braço de Boateng: pênalti para a Itália. Detalhe que o zagueiro alemão parece ter aberto o braço justamente para não se apoiar no seu adversário e correr o risco de fazer uma penalidade. Ironia do destino. Bonucci bateu, converteu e colocou a discussão fé x razão em total evidência no duelo. Lá estava a Itália, aparentemente morta no jogo, a alguns minutos de conseguir levar para prorrogação o duelo contra a campeã mundial, detentora de um futebol exemplar. Os minutos se passaram e o apito de Viktor Kassai decretou que teríamos sim, a tal da prorrogação.

Lá foi a Itália, com peso na camisa de sobra e futebol em falta, jogar a prorrogação. Pior que não conseguir atacar, é não tentar. A Itália abdicou do jogo ofensivo, voltou seu futebol 99% para a parte defensiva, esperando que no 1% de jogo focado no ataque, viesse do céu de Roma, um gol salvador na cidade de Bordeaux. E o gol não veio do céu da capital italiana, mas também não veio do céu de Berlim. Viriam, portanto, os pênaltis.

Buffon de um lado, Neuer do outro. Já não parecia tão irracional assim a Itália passar. A mística italiana já tinha atuado em solo francês. Vencer Bélgica, Espanha e levar o duelo diante da Alemanha para a prorrogação já parecia um cenário divino. Zaza e Pelle perderam do lado italiano, e Ozil desperdiçou pelo lado alemão. Cabia a Schweinteiger a incumbência de chutar às redes e levar a Alemanha à semifinal. Naquele momento, parecia essa a lógica, o desfecho racional de um duelo já desenvolvido até então, um pouco distante das vias racionais. Pois,Schweinteiger isolou! A mística italiana apareceu de novo!

Lembrem-se, “sempre que a Itália parece morta, ela está mais viva do que nunca.” Frase irracional, incoerente, linguisticamente conflitante, que aproxima os opostos de maneira incabível à lógica. Caros, futebol não tem lógica.  Já se confundiam em campo a fé e a razão. Já parecia mais racional a Itália vencer as penalidades, depois de ter revertido cenários adversos. Já parecia que não daria para a Alemanha. Veio a série alternada, a Itália converteu três penalidades seguidas, assim como a Alemanha. A Itália cobrou primeiro, isto é, a Alemanha cobrou três penalidades com a obrigação de converter, caso quisesse continuar na Eurocopa. E  ela cumpriu a missão. Até que Darmian, na décima sétima cobrança da disputa, sendo a nona italiana, viu seu chute ser bloqueado por Neuer. Veio Hector com a incumbência de converter e colocar a Alemanha na semifinal. Batida na esquerda de Buffon, que acertou o canto, mas viu a mística italiana passar centímetros abaixo do seu corpo e morrer no fundo das redes.


Com todo o respeito que tenho à mística e ao peso da camisa italiana: ter a Alemanha na semifinal é muito mais encantador e legal para os amantes do bom futebol, do que ter uma Itália que precisar urgentemente repensar seu estilo de peso, ao invés de acreditar que a mística sempre será superior ao futebol.

quinta-feira, junho 23, 2016

EUROCOPA 2016: ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE A PRIMEIRA FASE

Por Danilo Silveira

Confesso que não assisti a todos os 36 jogos da Eurocopa. Nem perto disso! Ainda assim, posso dizer que acompanhei bastante coisa. No total, foram 15 jogos assistidos integralmente, e dos outros 21, muitos acompanhei boa parte. Enfim, vamos aos comentários dessa primeira fase:

A seleção que mais me encantou foi a espanhola. Aliás, a que mais me encanta desde 2010. Talvez há seis anos atrás fosse ainda mais forte, pois tinha Xavi e Villa, ambos em excelente forma. Mas, mesmo sem os dois, que foram peças fundamentais na conquista da Copa do Mundo, aquela Espanha ainda vive. Ainda vive em seus conceitos, em beleza, magia e arte de praticar futebol. Vive e está vivíssima, buscando o terceiro título consecutivo de uma Eurocopa.  Sim! A Espanha é a atual bicampeã da competição.

Não há como não falar da Alemanha. A seleção comandada por Joachim Low parece seguir firme seu belo futebol, envolvente, que impõe a sua superioridade, com posse de bola e ocupação do campo ofensivo. Talvez seja, ao lado da Espanha, a grande favorita. Por sinal, Espanha e Alemanha, caso avencem às quartas, se enfrentam.

Cometi eu o crime de acompanhar poucos minutos a Bélgica em ação nessa Euro: os 45 minutos finais contra a Irlanda e alguns minutos da primeira etapa contra a Itália. Mas foi suficiente para ver que a Bélgica que encantou na Copa de 2014 segue viva, segue forte. Forte o suficiente para ser colocada como uma das seleções bem cotadas ao título.

Impossível não citar a Croácia. Com Modric e Rakitic no meio-campo, a seleção vem fazendo ótima Eurocopa. Teve duas grandes atuações nos dois primeiros jogos, vencendo a Turquia e deixando a vitória contra a República Tcheca escapar nos acréscimos. Na última rodada, veio então um resultado que eu, sinceramente, não esperava: vitória sobre a Espanha. Assisti o primeiro tempo do jogo praticamente todo (não acompanhei nada da segunda etapa) e mesmo achando a Espanha bem superior, gostei da postura da seleção croata, de tentar e conseguir causar desconforto ao sistema defensivo espanhol, que devido ao esquema de jogo implementado passa muitos jogos praticamente sem ser incomodado.

Assisti mais da metade do tempo em que a Inglaterra esteve atuando e, sinceramente, não diria que foi algo muito ruim. Mas, acho que com material à disposição, a equipe poderia render bem mais. O futebol apresentado parece pouco para ir longe. Quanto à Itália, assisti ao duelo contra a Suécia e um pedaço contra a Bélgica. Não curti muito não! Parece aquela velha história da Itália, que todo mundo dá como morta, mas que mesmo sem encantar consegue ir longe. Sinceramente, esse rótulo não me parece dos mais agradáveis.


Sabe aquela seleção com menor tradição que acaba surpreendendo? Pois é! Nessa Eurocopa trata-se da Hungria. Um time pra lá de consciente, detentor de um toque de bola mais bonito que muita seleção de maior tradição. Seleção essa que avançou de forma invicta, quase eliminando Portugal, num empolgante 3x3, onde teve à frente do marcador três vezes. Pega a Bélgica nas oitavas, em um duelo que promete ser um dos melhores dessa fase da competição.

domingo, maio 08, 2016

COM NENÊ E MURICY COMO HERÓIS, VASCO CONQUISTA O ESTADUAL 2016, QUE ESCANCAROU A FRAGILIDADE ATUAL DO FUTEBOL CARIOCA

Por Danilo Silveira

Se em 2015 o herói do título estadual do Vasco foi Vanderlei Luxemburgo, que com um Flamengo muito superior em termos de talento em mãos, não conseguiu dar minimamente um padrão tático ao Rubro-Ngero e acabou eliminado pelo cruzmaltino, em 2016 a dupla Nenê-Muricy Ramalho foi a grande responsável pelo bicampeonato do Gigante da Colina. O primeiro conseguiu a proeza de não conseguir fazer jogar de forma minimamente organizada, um dos melhores elencos recentes da história do Flamengo, enquanto o segundo foi líder e referência técnica do Vasco dentro das quatro linhas.

Muricy Ramalho conseguiu superar a incompetência de Luxemburgo em 2015. O elenco Rubro-Negro desse ano é superior ao de 2015, enquanto o do Vasco em 2016 é inferior ao Vasco de 2015, que tinha Dagoberto e Gilberto.

E quando o assunto é o Cariocão 2016, difícil é achar coisa boa para se comentar. Além de Muricy Ramalho, temos outras coisas constatadas, que não agregam positividade para o futebol bem jogado. Talvez a partida derradeira tenha sido o reflexo de todo o campeonato. Vasco e Botafogo fizeram um duelo horroroso, abaixo da linha do patético, que não merecia ser final nem de campeonato de pelada, quanto mais de um campeonato estadual, o que escancara ainda mais o péssimo trabalho de Muricy na Gávea.

Para quem não teve a oportunidade de assistir ao jogo, aconselho a NÃO ver o VT, pois seria um total desperdício de tempo, pois o futebol jogado foi muito pouco. Aliás, literalmente. Quando estávamos nos acréscimos, a Rede Globo mostrou a estatística de bola em jogo, que apontava 48% de bola rolando e 52% de bola parada. Isso mesmo! A bola ficou mais tempo parada que em jogo. A Fifa recomenda que o jogo tenha em média 2/3 do tempo de bola rolando. Talvez, a bola tenha rolado tão pouco pela quantidade abusiva e desrespeitosa de faltas, que extrapolou  limite do número 50. Uma delas, que curiosamente foi mal marcada pelo árbitro, acabou sendo alçada na área por Nenê e cabeceada para o fundo das redes pelo zagueiro Rafael Vaz. O gol do título cruzmaltino.

Aliás, podemos destacar que o Botafogo foi superior na maior parte do confronto disputado, apesar de não ter levantado o caneco. Talvez Ricardo Gomes seja um dos poucos personagens do Cariocão que mereça algum tipo de elogio. Talvez seja ele a peça mais importante que o Botafogo precise manter para a disputa do Brasileirão, campeonato onde parece ter como principal objetivo, fugir do rebaixamento.

Lembro-me que em 2015, quando o Vasco foi campeão, escrevi nessa página que não ser rebaixado no Brasileirão era grande negócio para o cruzmaltino. Parecia loucura dizer isso de um time recém-campeão, mas o fato é que o Vasco acabou caindo. Pois dessa vez, digo que a tendência é o Vasco retornar para a Primeira Divisão sem maiores sustos. Mas digo também que Jorginho passa longe de representar aquilo que penso sobre futebol, e que seu trabalho no Vasco não é dos melhores.

No entanto, em Terra de Muricy, quem tem Jorginho é rei!

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

BARCELONA VENCE ARSENAL EM BELO JOGO DE FUTEBOL

Por Danilo Silveira

Arsenal e Barcelona fizeram na última terça-feira o que deles se esperam: um belo jogo de futebol. Foram agraciados com tal evento aqueles que estiveram presentes no estádio Emirates, assim como aqueles que, como este que vos escreve, assistiram na televisão.

Era o sistema defensivo dos Gunners dos mais consistentes dos últimos anos no clube, contra o melhor ataque do mundo na atualidade. Era a paciência do Barcelona para furar uma marcação que era executada de maneira espetacular contrastando com o poder do time londrino em contra atacar em velocidade de maneira constante no jogo. Era o chute de Chamberlain que The Stegen salvou sentado no chão contra o chute de Neymar que parou no gigante Peter Cech. Era um jogo de futebol...na mais pura essência.

E quando se fala em jogo de futebol se trabalha com sorte, azar, erros e acertos. Erro de Suárez ao desperdiçar uma cabeçada livre, de frente para o gol...acerto de Giroud, ao também de cabeça, fazer a bola rumar para as redes, mas acerto maior ainda de The Stegen, que fez essa mesma bola trilhar outro caminho frações de segundos antes da mesma cruzar a linha final.

 Azar do Arsenal em ver no seu adversário um trio MSN...N de Neymar, que puxou um contra-ataque ainda no canto de defesa, S de Suárez, com quem Neymar tabelou antes de arrancar pelo campo ofensivo em direção ao gol...M de Messi, o melhor jogador do mundo, que recebeu o passe de Neymar e teve a calma para dominar e estufar as redes londrinas. Sorte de quem assiste o futebol praticado por esse Barcelona.

Arsene Wenger, o fantástico treinador do Arsenal, disse antes do duelo algo parecido com “o Barcelona é perigoso mesmo quando está sendo dominado”. Pois é. O parágrafo acima descreve de forma breve o primeiro gol do jogo, que aconteceu pouco depois do relógio cruzar a marca dos 20 minutos do segundo tempo. O Arsenal parecia ter o controle territorial da jogada, parecia que retomaria a bola em questões de segundos...Mas no futebol, nem sempre o que parece que vai acontecer, acontece...O Barcelona foi fatal! O mesmo Barcelona que venceu Real Madrid, Bayern, Juventus...faltava o Arsenal. Não falta mais!


Ainda teve tempo para Messi cobrar um pênalti no canto contrário de Peter Cech, para fazer 2x0 e tornar a classificação do Arsenal ainda mais improvável. Se quis o destino que um desses dois times deixasse a competição nas oitavas-de-final, de forma tão precoce para o que ambos podem render, que para compensar ele nos agracie com mais um grande jogo de futebol na segunda metade do confronto, no Camp Nou. O futebol agradece.

quinta-feira, janeiro 21, 2016

FLAMENGO MOSTRA BOM FUTEBOL, BATE SÃO PAULO E CHEGA À SEMIFINAL DA COPINHA

Por Danilo Silveira

Flamengo e São Paulo travaram um duelo bastante interessante pelas quartas de final da Copa SP de Juniores. Duas equipes que tentaram o ataque muito mais pelo chão do que pelo alto, que souberam valorizar a posse, que não abusaram dos chutões nem das bolas alçadas na área. Duas equipes de base que parece que entenderam o que muita equipe profissional não entende: que futebol se joga pelo chão, que pelo alto é vôlei e basquete.

No final das contas, venceu o Flamengo. Com merecimento, pois foi o time mais consistente, que errou menos (os dois gols do Flamengo, ambos marcados por Felipe Vizeu, saíram em erros da defesa são paulina), que soube atacar com inteligência e defender com muita qualidade.

Flamengo esse comandado por Zé Ricardo, treinador que sobe cada dia mais no meu conceito nas atribuições das suas funções. Foi na Copinha do ano passado que o vi pela primeira vez dirigir uma equipe de futebol, ocasião em que o Flamengo não perdeu nenhum jogo, sendo eliminado apenas nas penalidades, pelo Atlético-MG. Por sinal, nesta edição, o Flamengo também está invicto, com 6 vitorias e um empate. São apenas dois degraus que separam o rubro-negro do título. No domingo, a semifinal é contra o América-MG.

Mais que os bons resultados numéricos, fica a impressão que os juniores do time do Flamengo estão em boas mãos. Que fique a dica para atual diretoria rubro-negra, que parece escolher a dedo os treinadores errados para comandar o futebol profissional do rubro-negro. Que o Flamengo organizado, bem estruturado, com equilíbrio defensivo e ofensivo sirva de espelho para o profissional.

Acho muito difícil que em 2016 vejamos o Flamengo profissional apresentar atuações do nível que os garotos da base apresentaram hoje. Muricy Ramalho não me parece o treinador ideal para fazer um time jogar bonito, ser equilibrado e valorizar a posse de bola. Veremos se o tempo afastado do futebol o fez mudar alguns conceitos. Caso não, teremos grandes chances de ver muita bola alçada na área, muito defensivismo e pouco (ou nenhum) futebol bonito dentro de campo.