domingo, maio 08, 2016

COM NENÊ E MURICY COMO HERÓIS, VASCO CONQUISTA O ESTADUAL 2016, QUE ESCANCAROU A FRAGILIDADE ATUAL DO FUTEBOL CARIOCA

Por Danilo Silveira

Se em 2015 o herói do título estadual do Vasco foi Vanderlei Luxemburgo, que com um Flamengo muito superior em termos de talento em mãos, não conseguiu dar minimamente um padrão tático ao Rubro-Ngero e acabou eliminado pelo cruzmaltino, em 2016 a dupla Nenê-Muricy Ramalho foi a grande responsável pelo bicampeonato do Gigante da Colina. O primeiro conseguiu a proeza de não conseguir fazer jogar de forma minimamente organizada, um dos melhores elencos recentes da história do Flamengo, enquanto o segundo foi líder e referência técnica do Vasco dentro das quatro linhas.

Muricy Ramalho conseguiu superar a incompetência de Luxemburgo em 2015. O elenco Rubro-Negro desse ano é superior ao de 2015, enquanto o do Vasco em 2016 é inferior ao Vasco de 2015, que tinha Dagoberto e Gilberto.

E quando o assunto é o Cariocão 2016, difícil é achar coisa boa para se comentar. Além de Muricy Ramalho, temos outras coisas constatadas, que não agregam positividade para o futebol bem jogado. Talvez a partida derradeira tenha sido o reflexo de todo o campeonato. Vasco e Botafogo fizeram um duelo horroroso, abaixo da linha do patético, que não merecia ser final nem de campeonato de pelada, quanto mais de um campeonato estadual, o que escancara ainda mais o péssimo trabalho de Muricy na Gávea.

Para quem não teve a oportunidade de assistir ao jogo, aconselho a NÃO ver o VT, pois seria um total desperdício de tempo, pois o futebol jogado foi muito pouco. Aliás, literalmente. Quando estávamos nos acréscimos, a Rede Globo mostrou a estatística de bola em jogo, que apontava 48% de bola rolando e 52% de bola parada. Isso mesmo! A bola ficou mais tempo parada que em jogo. A Fifa recomenda que o jogo tenha em média 2/3 do tempo de bola rolando. Talvez, a bola tenha rolado tão pouco pela quantidade abusiva e desrespeitosa de faltas, que extrapolou  limite do número 50. Uma delas, que curiosamente foi mal marcada pelo árbitro, acabou sendo alçada na área por Nenê e cabeceada para o fundo das redes pelo zagueiro Rafael Vaz. O gol do título cruzmaltino.

Aliás, podemos destacar que o Botafogo foi superior na maior parte do confronto disputado, apesar de não ter levantado o caneco. Talvez Ricardo Gomes seja um dos poucos personagens do Cariocão que mereça algum tipo de elogio. Talvez seja ele a peça mais importante que o Botafogo precise manter para a disputa do Brasileirão, campeonato onde parece ter como principal objetivo, fugir do rebaixamento.

Lembro-me que em 2015, quando o Vasco foi campeão, escrevi nessa página que não ser rebaixado no Brasileirão era grande negócio para o cruzmaltino. Parecia loucura dizer isso de um time recém-campeão, mas o fato é que o Vasco acabou caindo. Pois dessa vez, digo que a tendência é o Vasco retornar para a Primeira Divisão sem maiores sustos. Mas digo também que Jorginho passa longe de representar aquilo que penso sobre futebol, e que seu trabalho no Vasco não é dos melhores.

No entanto, em Terra de Muricy, quem tem Jorginho é rei!

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