segunda-feira, setembro 03, 2012

EM JOGO DE QUATRO GOLS E TRÊS BOLAS NA TRAVE, ABEL MEXE MAL E FLU CEDE EMPATE AO FIGUEIRA

Por Danilo Silveira

Pode-se dizer que o Fluminense jogou no sábado, diante do Figueirense, 60 minutos de um futebol de time campeão. Dominou o time catarinense em pleno Orlando Scarpelli, criou muitas chances de gol e fez 2 a 0 na marcador. Porém, uma substituição de Abel Braga somada a um gol do Figueirense, mudou a história do jogo e o 2 a 2 acabou com um sabor bastante amargo para o time das Laranjeiras, que parece ter fôlego para lutar ponto a ponto pelo título da competição.

Flu é muito superior na primeira etapa.

O Fluminense entrou em campo com uma série de desfalques, dentre eles, Deco e Fred machucados e Thiago Neves suspenso. Foi aí que entrou em cena a força do elenco tricolor. Logo nos minutos iniciais, a equipe comandada por Abel Braga mostrou-se superior em campo e foi criando chances de gol. Aos 6, após falta cobrada da ponta direita, Samuel apareceu livre na área, mas acabou finalizando desajeitado, à direita do gol defendido por Wilson. Aos 12, após cruzamento da direita, Claudinei cortou mal de cabeça e a bola sobrou para Rafael Sóbis, que acabou finalizando à direita do gol. Aos 17, Carlinhos apareceu pela esquerda da área e acabou empurrado por um adversário, mas o árbitro negou a penalidade. O Figueirense atacava menos que o Fluminense, mas conseguia levar algum perigo. Aos 21, Túlio deu um belo passe de letra e por pouco Caio não conseguiu dominar na frente e ficar cara a cara com, Cavalieri. Aos 26 minutos, uma das jogadas mais bonitas do jogo. Uma bela troca de passes do Fluminense terminou com Carlinhos de frente para o goleiro Wilson, mas o lateral tricolor optou por não chutar e sim rolar para o lado em busca de um companheiro, mas ninguém alcançou. Quatro minutos mais tarde, Samuel invadiu a área pela direta, chutou cruzado e a bola beijou a trave direita. O Figueira respondeu em seguida e após cruzamento da esquerda, Jean cortou mal, contra o próprio patrimônio, mas deu sorte que a bola tocou na trave esquerda e não entrou. Duas bolas na trave em um curto espaço de tempo. O Figueira assustava em alguns chutes de média distância, mas o goleiro tricolor se mostrava muito seguro, encaixando quase todos os chutes.

Flu abre 2 a 0, mas Abel mexe mal e time leva o empate.

Veio a segunda etapa e o Fluminense continuou jogando bem e logo achou aquilo que estava faltando: o gol. E ele nasceu naquilo que o Fluminense tem de melhor: a bola parada. Logo com um minuto, escanteio cobrado da direita, Samuel desviou de cabeça e Digão apareceu livre no segundo pau e também de cabeça empurrou para as redes. E aos 7 minutos, Bruno apareceu pelo meio e deu belo passe para Rafael Sóbis chutar e ampliar: 2 a 0. Era o Fluminense fazendo uma partida digna de time que quer ser campeão, dominando o jogo amplamente e vencendo com autoridade. Queria a torcida que fosse assim até o fim, mas não seria. Aos 10 minutos, Márcio Goiano (técnico que levou o Figueira à Série A em 2010 e que fazia agora sua reestréia) promoveu a sua primeira mudança, tirando Claudinei e lançando Almir. Mas foi a mudança feita do outro lado, 11 minutos mais tarde, que deve ser mais comentada. Aos 22, Abel Braga, aniooversariante do dia, completando 60 anos resolveu mudar o esquema que estava dando certo, lançando o volante Diguinho e tirando Wellington Nem de campo. Coincidência ou não, logo em seguida, veio o empate do Figueira, em uma cabeçada de Aloísio após cruzamento da ponta direita. E foi a partir daí que se viu algo que não tem sido comum ultimamente: o Fluminense desarrumado. O Tricolor Carioca parou de atacar de forma organizada, começou a sofrer pressão do Figueira e o empate parecia questão de tempo. Ele teria vindo aos 33, quando após bate rebate na área, Aloísio empurrou para as redes, mas foi marcado o impedimento de forma equivocada. O jogo entrou na sua fase final e os técnicos mexeram mais na equipe. Abel lançou os jovens Mattheus Carvalho e Higor, nas vagas de Rafael Sóbis e Wagner, enquanto Márcio Goiano lançou Deretti na vaga de Caio. E aos 40, veio o castigo para a mudança de postura do Fluminense. João Paulo cobrou falta com perfeição, no canto esquerdo superior de Cavalieri, que nem pulou: 2 a 2. No entanto, as emoções do jogo ainda não tinham acabado. Aos 47, falta perigosa para o Fluminense, Jean cobrou bem e a bola carimbou o travessão, depois a trave esquerda, mas não entrou. Era a terceira vez na partida que um chute acabava tendo o endereço de uma das traves. No lance seguinte, Aloísio teve a chance de virar o jogo, ao aparecer pela ponta esquerda da aárea, mas o sistema defensivo tricolor apareceu para evitar o que seria um resultado péssimo para a equipe. Levando em consideração a bola jogada pelo Fluminense na primeira etapa e começo da segunda, o empate foi muito ruim.

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