segunda-feira, novembro 21, 2022

Jogo 4 - Em duelo fraco tecnicamente, EUA e Gales protagonizam primeiro empate da Copa

 Por Danilo Silveira

Gales e EUA protagonizaram um duelo que provavelmente será lembrado como um dos piores do Mundial do Catar. 

Do apito inicial ao apito final, se viu muito mais erros do que acertos. Talvez por nervosismo, talvez por não estarem na forma ideal, o fato é que se viu jogadores errando mais do que acertando. Um time que tem Gareth Bale e Ramsey, deveria ter muito mais qualidade no meio-campo do que Gales apresentou. No primeiro tempo, os dois não produziram quase nada. Ainda que não apresentasse um futebol brilhante (longe disso), os EUA foram os donos da primeira etapa. O time que mais atacou, mais pressionou e mais buscou o gol. O prêmio veio em um lance de beleza plástica elevadíssima, fato raro visto no gramado do estádio Ahmad Bin Ali na noite de hoje. Pulisic deu uma enfiada genial para Tarpeh Weah, que frente a frente com Hennessey, conseguiu executar uma finalização muito estilosa de perna direita, quando o lance parecia mais propício a uma finalização de canhota: 1x0 para os americanos.

Se você está achando que esse Weah no nome do autor do gol tem alguma coisa a ver com o ex jogador liberiano, você está coberto de razão. Tarpeh Weah é filho de George Weah, ex jogador que já foi eleito melhor do mundo e hoje é Presidente da Libéria. Por sinal, George Weah nunca teve a oportunidade de participar de uma Copa do Mundo. Seu filho teve tal oportunidade e aproveitou para balançar as redes logo na estreia.

Se o primeiro tempo foi americano, o segundo tempo foi de Gales. A equipe dirigida por Robert Page parece ter acordado, e ainda que esbarrasse em erros técnicos corriqueiros, provenientes de uma noite de pouca inspiração, a equipe tentava encurralar os EUA, que por sua vez, parecem ter esquecido o futebol apresentado na primeira etapa, no vestiário.

Se o apresentado dentro de campo parecia pouco para vir o empate, veio das arquibancadas o combustível que faltava. Os torcedores galeses cantavam
alto, empurrando para o ataque uma seleção que não ia a uma Copa do Mundo há 64 anos. Desde o Mundial de 1958, o País de Gales não sabia o que era disputar uma Copa. Me arrisco a dizer que a maioria dos torcedores ali presentes torcendo para Gales, não eram nascidos em 1958. E a alegria desse povo veio aos 36 minutos. Gareth Bale, batendo pênalti, deixou tudo igual, dando números finais ao jogo.

A impressão que passa é que os dois treinadores terão muito o que corrigir nas duas equipes para a sequência do Mundial. Caso contrário, fica difícil imaginar que alguma das duas seleções tenha uma vida muito longa no Catar.

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