domingo, junho 21, 2015

BOLA CASTIGADA E SELEÇÕES CLASSIFICADAS EM LA SERENA

Por Danilo Silveira


Dos 16 jogos até aqui disputados nesta Copa América, eu tive o prazer de acompanhar 12. Desses, sem dúvidas, Uruguai e Paraguai foi o pior tecnicamente. Se antes do apito inicial eu depositava boas expectativas no duelo, após o apito final a decepção era clara.

O Paraguai entrou no gramado do La Portada de La Serena já classificado, enquanto o Uruguai podia até perder por um gol que avançaria de fase. A impressão que se passou é que o 0 x 0 era um resultado cômodo aos dois.

Os dez, quinze minutos iniciais se passaram e pouca coisa de bom aconteceu. Destaque para uma cabeçada paraguaia, que passou perto da trave direita de Muslera. Creditei a fraqueza do jogo até então a um possível “tempo em que as equipes se estudam, visando entender a melhor maneira de atuar”. Acontece que o relógio andava e nada parecia capaz de mudar o cenário. Parecia conveniente às duas equipes “encebar” o jogo. A bola era demorada a ser reposta em tiros de meta, laterais e faltas por ambas as equipes.

Aos 28 minutos, veio um fato que deu alguma animadinha no jogo: o gol uruguaio. Giménez apareceu na área para completar escanteio cobrado da direita com uma bela cabeçada, que tocou na trave de Villar antes de entrar. O gol fez bem ao Uruguai, que esboçou apresentar um futebol um pouco melhor. Só que antes mesmo do intervalo, o Paraguai chegou ao empate em gol muito semelhante ao do Uruguai: escanteio cobrado da direita e cabeçada para as redes. Lucas Barrios foi quem teve a competência de jogar a bola às redes. Vale lembrar que foi dele também o gol na estreia, nos acréscimos, que deu ao Paraguai o heroico empate contra a favorita ao título, Argentina.

Veio a segunda etapa e o Uruguai passou a atacar mais, buscando o gol que o faria ultrapassar o Paraguai na tabela. No entanto, não podemos dizer que houve uma pressão uruguaia e maiores esforços para buscar a vitória. As equipes continuavam demorando na reposição de bola e o jogo continuou chato de se assistir. Nem as mudanças feitas por Óscar Tabárez e Ramón Diaz mudaram muita coisa no panorama do jogo. Aliás, uma notícia ruim para cada lado. O Uruguai perdeu Álvaro Pereira para as quartas-de-final, por conta de um cartão amarelo, enquanto no Paraguai, Ortigoza saiu de campo lesionado. Até então, não tive acesso a nenhuma notícia sobre a possibilidade do meio-campista jogar a próxima partida da competição.

Talvez o ápice do jogo tenha ocorrido já nos acréscimos da segunda etapa. O camisa 10 paraguaio, Derlis González, quase virou o jogo em chute no canto direito, mas Mulera apareceu bem para evitar. Para a próxima fase, a vida do Uruguai não poderia ser pior. A seleção celeste tem duas possibilidades de adversário: Chile ou Argentina. Para mim, as duas melhores seleções da competição. Após a decisão do Grupo C, saberemos com exatidão qual será o confronto. O Paraguai, por sua vez, enfrenta o primeiro colocado justamente do grupo C, que conta com Brasil, Peru, Venezuela e Colômbia. Todos têm chances de liderar o grupo. 

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