segunda-feira, julho 05, 2010

Jogo 60 - Raçudos e enfurecidos espanhóis avançam.

Por Danilo Silveira

Sem ser brilhante, sem encantar, a Espanha venceu o Paraguai e está nas semifinais da Copa do Mundo. Foi sofrido. Mas no fim, um gol chorado de Villa garantiu a classificação.

Paraguai começa melhor.

O Praguai fez alterações para a partida contra a Espanha. Os atacantes Roque Santa Cruz e Lucas Barrios foram sacados. O que não significa que o time ficou defensivo. Marcada por sempre trocar passes com qualidade no campo adversário, a Espanha foi surpreendida por um Paraguai que marcava no campo de ataque. Logo no primeiro minuto, Santana arriscou rasteiro da meia lua e Cassilas defendeu. Aos 6, Xabi Alonso arriscou de fora da área mas a zaga afastou pra escanteio. O Paraguai chegava e a Espanha não conseguia se encontrar em campo. Mas o tempo foi passando e os sul americanos diminuindo a forte marcação no campo do adversário e a Fúria timidamente ia chegando. Aos 25, Villa foi ao fundo pela esquerda e cruzou mas a zaga afastou o perigo. Aos 34, chance paraguaia. Cruzamento de Morel e Santana chegou um pouco atrasado. Dois minutos mais tarde, Villa arriscou rasteiro e a bola passou a direita. Aos 40, o Paraguai voltou a assustar. Cruzamento da direita, Valdéz recebeu em posição legal e completou para o gol, mas o impedimento foi assinalado, pois mesmo sem tocar na bola, Cardozo que participou do lance e estava à frente. Aos 45, Valdéz recebeu no mano a mano com Puyol, limpou e bateu por cima.

Pênaltis perdidos.

A fúria voltou melhor para segunda etapa enquanto o Paraguai já não conseguia marcar em cima. Aos 11, Del Bosque tirou Torres e colocou Fábregas na equipe. Mas quem teve a chance de abrir o placar foi o Paraguai. Piqué puxou Cardozo dentro da área cometendo pênalti infantil. E o próprio Cardozo foi para cobrança. Com semblante de quem está nervoso e pressinado, o jogador cobrou no canto esquerdo do goleiro que pulou para fazer a defesa salvando a Fúria. Houve invasão de área dos espanhóis antes da cobrança mas o árbitro nada marcou. E no lance seguinte, novo pênalti, dessa vez a favor da Espanha. David Villa foi puxado por Álcáraz. E Xabi Alonso cobrou e fez, mas dessa vez o juíz resolveu marcar a invasão de área dos espanhóis e mandou voltar a cobrança. E Xabi Alonso desperdiçou, cobrando no canto esquerdo de Villar que espalmou. No rebote, Fábregas driblou o goleiro e sofreu pênalti, ignorado pelo árbitro.

Espanha melhora e consegue vitória.

O esquema de jogo de marcar em cima feito pelos paraguaios na primeira etapa não era mais visto. A Espanha começou a controlar as ações e fazer a bola rodar. Aos 17, Iniesta rcebeu pela esquerda e chutou colocado, com categoria, no canto esquerdo de Villar que salvou. O técnico Martino colocou Vera no lugar de Barreto, mas a Espanha continuou levando perigo. Aos 24, mais um chute de Iniesta, dessa vez por cima do gol. E nova mexida no Paraguai, dessa vez, Valdéz deu lugar a Roque Santa Cruz. E Vicent Del Bosque rapidamente resolveu mexer novamente tirando Xabi Alonso e colocando Pedro, mostrando que queria decidir a partida sem prorrogação. E aos 38 veio o alívio espanhol. Iniesta arrancou pelo meio, passou por Alcáraz e Vera, abriu na direita para Pedro, que tocou de primeira e a bola tocou a trave direita, no rebote, David Villa dominou e chutou, a jabulani tocou na trave direita e entrou. Pode-se dizer que foi o gol da raça, do coração, um gol enfurecido. Aos 39, Barrios arriscou de longe e Cassillas espalmou pra frente e se agigantou para defender o chute de Roque Santa Cruz no rebote. Aos 44, Pedro rolou da direita para Villa que chutou rasteiro para defesa de Villar. E não demorou para o juíz erguer o braço e a Espanha avançar para às semifinais da Copa do Mundo.

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