sexta-feira, abril 29, 2011

APAGÃO, SOFRIMENTO E REDENÇÃO: É O FLUMINENSE MAIS VIVO DO QUE NUNCA.


Por Danilo Silveira

Depois de ressurgir das cinzas na fase de grupos da Taça Libertadores, começava o mata mata para o Tricolor das Laranjeiras. Após um apagão nos refletores do Engenhão, que atrasou a partida em quase uma hora, a torcida pôde comemorar a vitória da equipe por 3 x 1. Agora, o Tricolor vai para o Paraguai com uma boa vantagem.

Apagão e gol relâmpago.

Rafael Moura e Fred estavam prontos para dar o pontapé inicial quando de repente, cai a energia do estádio Olímpico João Havelange. Muita demora, o Flu até voltou para o vestiário e a partida demorou para recomeçar. No tempo de interrupção, a torcida apresentou ao público um grande mosaico, escrito "guerreiros", em homanagem à equipe, a qual chamam de "time de guerreiros". O Tricolor voltou a campo com uma mudança antes mesmo da bola rolar: o uniforme tradicional, tricolor, foi substituído pelo uniforme verde e grená,o mesmo utilizado no último jogo da competição, na Argentina. E mal rolou a bola a torcida comemorou; aos 3 minutos, escanteio cobrado da esquerda, Edinho desviou no primeiro pau e Rafael Moura apareceu livre no segundo psote, para cabecear e abrir o marcador para o Flu. Mas a tarefa de vencer o time Paraguaio não seria fácil, a equipe mostrava um bom padrão d ejogo, explorando a técnica de seus jogadores. As investidas pelas laterais eram frequentes e aos 16, bola nas costas de Mariano e um chute cruzado assustou Ricardo Berna. A partida seguiu em um bom ritmo, o Flu contava com o talento de Conca, que aparecia muito bem na partida, e antes do intervalo, um problema; Júlio César sentiu, e em seu lugar, entrou Fernando Bob.

Em poucos minutos, apagão tricolro e redenção.

Se antes do início da partida o apagão foi nos refletores, no começo da segunda etapa parece ter sido na equipe do Fluminense. O Libertad voltou muito melhor, encurralando o Flu no campo de defesa. O treinador interino, que por sinal está melhor que o seu antecessor, Muricy Ramalho, gritava desesperado à beira do campo. Aos 13, mudança na equipe Paraguaia: saiu Nuñes para a entrada de Maciel. E dois minutos mais tarde veio o gol de empate; bola alçada na área e Gamarra, livre de marcação, cabeceou para as redes. E de maneira instantânea, o Flu saiu pro jogo, e aos 18, Valencia completou cobrança de escanteio de cabeça, obrigando o goleiro adversário a realizar boa defesa. A torcida tricolor parece ter perdido a paciência com a equipe e algumas vaias podiam ser ouvidas. Aos 19 minutos, nova mexida no Libertad: saiu o atacante Pavlovich para a entrada de Orue. E 7 minutos mais tarde, Enderson Moreira tirou Fernando Bob, que entrou no fim da primeira entrada e colocou Araújo, mostrando ousadia. E o prêmio veio no minuto seguinte, quando Marquinho deu belo chute de fora da área e a bola entrou no canto direito de Vargas. Era o Tricolor novamente na frente. E no minuto seguinte, Conca apareceu pelo meio, foi derrubado, mas a bola sobrou na esquerda para Aaraújo, livre de marcação, só que equivocadamente o árbitro assinalou a falta ao invés de dar a lei da vantagem. Acontece que o Fluminense tem Conca, e dos pés do Argentino saiu uma cobrança perfeita, que entrou no canto direito do goleiro para festa da torcida. O tempo passou e antes do fim, cada técnico ainda realizou uma substituição: No Flu, Diogo na vaga de He-Man e no Libertad, Moreira no lugar de Rojas. E aos 48, falta perigosa pro Libertad e Berna fez boa defesa, garantindo a vantagem de dois gols para o Tricolor das Laranjeiras.

O Libertad se mostrou uma boa equipe, muito técnica. O Fluminense precisa entrar na partida de volta com o espírito de luta e de superação, porque a vantagem é boa, mas o fator casa pode ser um grande trunfo ao lado da equipe Paraguaia, que deve ir muito focada para esse duelo. Promessa de jogão!

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