sexta-feira, setembro 09, 2011

NOITE DA FIEL E DOS DITADOS


Por Danilo Silveira

No tão esperado duelo entre Corinthians e Flamengo, melhor para o Timão. Em um jogo pegado, mordido, com cara de decisão, a equipe do Parque São Jorge conseguiu a virada com dois gols de Liédson.
A apaixonada torcida do Corinthians deu um show à parte. Em um Pacaembu fervendo, cantando alto, o Corinthians começou o jogo imprimindo uma pressão muito forte em cima do Flamengo, que ficou acuado, sem conseguir sair. A primeira grande oportunidade de gol veio em um chute de fora de Paulinho, defendido de maneira espetacular por Felipe. Pouco depois, o arqueiro rubro-negro fez bela defesa em cabeçada de Liedson, mas já havia sido marcada a posição irregular do atacante corintiano. Pressionado, o Flamengo mal conseguia passar do meio-campo, a não ser na base dos chutões para frente. Aos 26, uma das raras chances do Flamengo veio em um chute de Thiago Neves pela ponta esquerda, que Júlio César defendeu. Mas as coisas no futebol nem sempre seguem uma lógica em que o melhor em campo está à frente no placar. E após um escanteio cobrado da esquerda por Ronaldinho, Ralf não conseguiu tirar, desviou para o segundo pau e a bola chegou em Deivid, que completou para as redes corintianas e não pagou o mico de perder mais um gol feito nesse Brasileirão. Mas, de se elogiar mesmo não era a atuação rubro-negra e sim a torcida corintiana. Mesmo com a equipe atrás, a Fiel não parava de cantar e apoiar o time, que correspondia dentro de campo. O gol até fez o Flamengo dar uma tímida melhorada e equilibrar o jogo, até que o apito final da primeira etapa soou.
Veio a segunda etapa e o Corinthians partiu em busca do resultado que lhe garantiria a volta à liderança, isto é, a vitória. Aos 11, Tite tirou Jorge Henrique e lançou Willian na equipe. Aos 14, Chicão cobrou falta e Felipe ficou olhando a bola caprichosamente beijar o travessão. A inoperância do Flamengo era algo nítido. A essa altura era rezar para o jogo terminar 1 a 0, pois difícil seria marcar o segundo gol. Aos 15 minutos, uma cena lamentável: o zagueiro Gustavo, do Flamengo, deu um soco na barriga de Liedson. A arbitragem da partida não viu e o lance passou impune. Se na primeira etapa Ralf cortou mal e a bola chegou em Devid, aos 17 da segunda etapa, Willians não conseguiu afastar uma bola pelo alto e acabou dando um passe para Liedson, que precisou finalizar uma bola muito mais difícil do que a que Deivd concluiu na primeira etapa, para empatar a partida no Pacaembu. Pouco depois, Sheik quase virou o jogo em uma cabeçada defendida por Felipe, o melhor jogador do Flamengo em campo.O Rubro-Negro até melhorou após o gol adversário, quase marcando ficando à frente do palcar novamente em chute da Thiago neves após passe de Devid, mas a bola desviou e foi para escanteio. Os erros individuais da equipe de Vanderley Luxemburgo eram grotescos. Leo Moura saiu jogando mal e colocou a bola em lateral, Thiago Neves não conseguiu dominar um simples passe, Willians errou passe de um metro e Deivid foi inoperante novamente. Enquanto isso, Luxemburgo assistiu a tudo do banco de reservas, até certo momento, quando resolveu mexer duplamente na equipe, sacando Thiago Neves (que caiu de produção na segunda etapa) e Maldonado (que voltou de contusão nesta partida), para as entradas de Botinelli e Muralha. Mais organizado, mais compacto, o Corinthians buscava a virada. Aos 36, Felipe novamente salvou o Flamengo, dessa vez em chute de Willian pela direita. Aos 37, Tite lançou Weldinho e Danilo, sacando Alessandro e Alex. E o ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura” fez valer no Pacaembu aos 44 minutos, quando Sheik abriu bola para Willian nas costas de Junior César, Welinton tentou cobrir, não conseguiu e o atacante corintiano cruzou para Paulinho, que desviou até a bola encontrar Liedson, que completou para as redes.
Ao Flamengo, resta lembrar um outro ditado: que seja eterna enquanto dure, porque a boa fase da equipe acabou faz algum tempo.

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