Ontem, antes do jogo entre Flamengo e Inter, eu falei que o
time carioca, por conta das atuações que vinha apresentando ao longo do ano e
de toda bagunça aparente dentro do clube, merecia jogar em um Engenhão vazio,
mas Íbson, o estreante da noite, merecia ser ovacionado em um estádio lotado.
Os espectadores que compareceram ao estádio
olímpico João Havelange, viram algo que tem sido raro ultimamente: o Flamengo
jogar bem. Se não durante os 90 minutos, durante uns 65, o time de Joel Santana
fez uma boa exibição. Esse ano, o Rubro-Negro carioca já ganhou muito jogo,
atuando mal, e dessa vez, ironicamente, a equipe correspondeu bem dentro de
campo, mas não saiu com três pontos no bolso. Um duelo de seis gols, contra o
desfalcado Inter, (mesmo sem alguns de seus principais jogadores o Inter mostrou-se
mais arrumado que muito time do Brasileirão) terminou 3 a 3.
Na primeira etapa, o melhor em campo foi Íbson. Jogando mais
avançado do que costuma, como um meia, ele foi bem (o que não significa que eu
ache que ele deve atuar nessa posição o restante do campeonato). O camisa 7
rubro-negro organizou o meio-campo, mostrou muita disposição na marcação e
ainda participou de um dos gols. Primeiro, Aírton, em uma espécie de
meio-voleio, abriu o placar. Pouco depois, o Flamengo exerceu uma marcação
pressão no Inter e Íbson acabou roubando a bola do zagueiro Índio e sofrendo o
pênalti, que R10 cobrou no canto direito de Muriel. Por falar nisso, Ronaldinho
mais uma vez teve uma atuação abaixo da crítica, e foi substituído debaixo de
vaias na segunda etapa. Porém, muita coisa ainda aconteceu antes disso.
O Inter diminuiu com Gilberto, ainda nos 45 minutos
iniciais. Veio o segundo tempo e veio o gol do artilheiro. Demonstrando o
oportunismo característico dessa sua volta ao Flamengo, Vagner Love fez 3 a 1.
A primeira vitória do Fla no Brasileirão parecia bem encaminhada, mas Fabrício
e Dátolo, com belos chutes no canto esquerdo, empataram o jogo. Destaque para a
falha de Ronaldinho no terceiro gol do Inter. Mais uma daquelas jogadas onde o
craque vira de costas para o marcador, fica predendo e bola e acaba perdendo-a.
Mais uma daquelas jogadas onde o craque arma um contra ataque para o
adversário.
O empate momentâneo não apagava a boa atuação rubro-negra, e
tínhamos no Engenhão um jogo aberto, com duas equipes buscando o ataque e com
espaços para isso. Era a hora de Joel Santana colocar velocidade na equipe. Ao
contrário disso, o técnico lançou o volante Amaral na vaga de Aírton, Renato
Abreu na vaga de Luiz Antônio e Deivid na vaga de Ronaldinho, que saiu sob
vaias.
A melhora no futebol apresentado pelo Flamengo foi
considerável, mas a fase ainda tão ruim, que nem assim a vitória veio! E apesar
de ter melhorado o desempenho, destaques negativos para Ronaldinho e para as
substituições de Joel Santana.
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