Durante toda a semana, eu falei que Corinthians x Vasco tinha grandes chances de ser um bom jogo, se alguma das equipes fizesse um gol cedo. Tal afirmativa, foi proferida pelo fato do 0 a 0 não dar a classificação a nenhum dos times, levando a disputa para os pênaltis, já que foi exatamente esse o placar do jogo de ida. Acreditava que se o gol cedo para um dos lados se concretizasse, passaríamos a ter uma partida muito aberta, com muitos contra ataques e muitas chances de gol. Mas, de fato, não saiu gol no Pacaembu no começo. Nem no meio! O tento decisivo veio aos 43 do segundo tempo, e foi de Paulinho, que, completamente sozinho, após cobrança de escanteio, subiu e cabeceou para as redes vascaínas.
De fato também, não
tivemos um jogo com muitas chances de gol. Tivemos foi um duelo bastante
homogêneo durante os 90 minutos. Quase sempre no mesmo ritmo, na mesma
cadência, com a mesma pegada, a mesma vontade. Um jogo que lembrou alguns
duelos entre equipes européias. Se não foi um jogo daqueles com muitas chances,
que tira o fôlego do narrador, foi uma partida muita tática, bem jogada.
Difícil destacar o melhor jogador em campo. Talvez Paulinho, que apareceu
bastante na frente, deu uma boa cabeçada na primeira etapa, para bela defesa de
Fernando Prass e ainda com a cabeça, fez o heróico gol da classificação. E como
esquecer Cássio? Não dá para não citar o goleiro do Timão como um dos heróis da
classificação, por ter feito uma defesa espetacular por volta da metade do
segundo tempo. Falta para o Timão na ponta direita, bola alçada na área e Prass
afastou de soco; a bola chegou na intermediária, para o lateral Alessandro, que
rebateu para frente, mas teve seu chute interceptado por Diego Souza. Até aí
parece um lance normal e comum, mas o que tornou a jogada incrível foi o seu
desfecho. Diego Souza retomou a bola, ainda no campo de defesa, cruzou a linha
divisória, e incrivelmente, o sólido e consistente Corinthians não tinha nenhum
jogador de linha no campo defensivo, e o meio-campista vascaíno avançou,
avançou e avançou, até chutar rasteiro no canto esquerdo, e o goleiro
corintiano, com um toque salvador, tranqüilizou o coração dos corintianos.
Claro, que apenas momentaneamente, pois no lance seguinte, Nilton aproveitou
cobrança de escanteio e carimbou o travessão de cabeça. Nesse momento, a
torcida corintiana presente ao Pacaembu respirou aliviada. Tite, nesse momento
também estava junto do bando de loucos. Expulso no início da segunda etapa, o
técnico passou o restante do tempo assistindo a partida no meio da torcida. E
aos 43 minutos da segunda etapa, quando a cabeçada de Paulinho cruzou a linha
final, ele comemorou literalmente como torcedor, pulando e abraçando o primeiro
cidadão que estava ao seu lado.
Resumindo, tivemos 180 minutos de um grande duelo, entre
duas equipes pra lá de homogêneas. Isto é, equipes que não são dependentes de
um ou dois jogadores, equipes difíceis de se destacar o craque, o cara, o
decisivo. Talvez Dedé seja o nome mais perto desse patamar, e mesmo sem ele, o
Vasco se postou bem defensivamente durante o confronto.
Se o Santos se classificar nesta quinta diante do Vélez,
teremos Santos x Corinthians na semi, mas se os argentinos ganharem, o Timão
enfrenta La U ou Libertad. O número de times vai diminuindo, e cada vez mais,
cresce o tamanho do sonho da imensa torcida corintiana: vencer a América!!!
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