terça-feira, junho 19, 2012

JOGO 22: EM JOGO DE BAIXO NÍVEL TÉCNICO, ITÁLIA VENCE IRLANDA E SE CLASSIFICA

Por Danilo Silveira



Itália e Irlanda fizeram nesta segunda feira, o pior jogo, até aqui, da Eurocopa 2012. No estádio Miejski, na cidade polonesa Poznan, tivemos um duelo de baixo nível técnico e o que salvou foi o golaço de Balotelli, que ajudou a Itália a vencer por 2 a 0 e se classificar para as quartas-de-final.

Itália joga mal, mas vai para o intervalo em vantagem

A Itália foi para campo com quatro alterações em relação ao último jogo. Os dois alas, Maggio e Giaccherini, deram lugar para Abate e Balzaretti. Na zaga, Barzagli substituiu Bonucci e no ataque, Di Natale ganhou a vaga de Balotelli. Além disso, houve uma mudança de esquema tático. De Rossi passou da zaga para o meio e a Itália passou de um 3-5-2 para um 4-4-2. Com menos de um minuto, Di Natale cruzou da direita e de Rossi emendou de primeira, com a bola passando à direita do gol de Given. Muita gente poderia esperar que a eliminada Irlanda começasse o duelo toda fechada no campo defensivo, mas isso de fato não aconteceu. A equipe dirigida pelo italiano Giovanni Trapattoni adiantou a marcação e fez um duelo de igual para igual contra a tetracampeã mundial. A mudança de esquema parece que não fez bem à Itália, que não se encontrava em campo. Cassano e Di Natale pouco apareciam no jogo e os italianos não conseguiam levar perigo ao gol de Given. Mas, na segunda metade do primeiro tempo, esses dois atacantes passaram a aparecer mais e a Itália, se não passou a jogar bem, pelo menos melhorou no jogo. Aos 30, Balzaretti foi ao fundo pela esquerda, cruzou para trás, encontrando Di Natale, que girou e bateu em cima de St. Ledger. Os italianos pediram pênalti, mas a bola toca no peito do defensor irlandês. Três minutos mais tarde, Di Natale apareceu pela direita em velocidade, driblou Given, mas perdeu ângulo para concluir em gol e acabou batendo para o meio da área, onde havia um jogador irlandês para afastar o perigo. Logo em seguida, Cassano arriscou de fora da área, um chute aparentemente fácil para o goleiro, mas Given se enrolou e acabou botando para escanteio. Escanteio esse que foi cobrado por Pirlo, no primeiro pau, onde estava Cassano, para cabecear, ver a bola tocar no goleiro Given e ser cortada por Duff. Na hora, os espectadores até podem ter ficado em dúvida, mas vendo o replay, foi possível constatar que o jogador irlandês corta a bola quando ela já ultrapassou totalmente a linha e o gol foi corretamente validado pelo árbitro turco Cuneyt Cakir. Mesmo longe de jogar bem, a Itália foi para o intervalo em vantagem. No outro jogo da chave, Espanha e croácia empatavam em 0 a 0. Com isso, estávamos chegando a um empate triplo no grupo. e nesse caso, o regulamento aponta que deve-se desconsiderar os resultados dos jogos que envolvem a outra seleção do grupo, que não esteja envolvida no empate.. Isto é, descartariam-se as vitórias de Itália, Croácia e Espanha sobre a Irlanda. Como Espanha e Croácia estavam empatando sem gols e a Itália empatou em 1 a 1 com essas duas seleções, a Azurra estava passando em primeiro, graças ao maior número de gols marcados.

Equipes apresentam péssimo futebol, mas Balotelli anota um belo gol

A Itália voltou melhor para a segunda etapa. Aos 3 minutos, Balzaretti foi ao fundo e cruzou para Cassano, que bateu na direção do gol, mas seu arremate foi interceptado por Dunne. Pouco depois, Di Natale recebeu pela direita, lançou De Rossi no meio e o camisa 16 bateu colocado, mas para fora do gol. Aos 8, a Itália construiu uma boa jogada coletiva. Cassano tocou para Thiago Motta, recebeu de volta de calcanhar, achou Di Natale na ponta esquerda e Given precisou trabalhar para defender o chute do centroavante italiano. Aos 10, Cesare Prandelli foi obrigado a mexer na sua equipe: machucado, Chiellini deixou o campo para a entrada de Bonucci. Sete minutos mais tarde, o treinador italiano mexeu por opção, e por sinal, uma opção difícil de entender: saiu Cassano, que vinha bem no jogo, para a entrada de Diamanti. Dois minutos mais tarde, foi a vez de Trapatonni mexer na Irlanda, sacando Mc geady, para lançar Shane Long. E o jogo entrou em um período péssimo. Faltas para todos os lados, o jogo toda hora era interrompido e nenhuma das equipes apresentava um futebol bom. Ingredientes esses que têm sido raros nessa Eurocopa. Aos 29, Di Natale saiu para a entrada de Balotelli e logo em seguida, Walters entrou na vaga de Doyle, na Irlanda. A Itália foi recuando na partida e o jogo ficou muito perigoso para a seleçao tetracampeã mundial. Aos 33, Buffon precisou trabalhar para defender uma forte cobrança de falta de Andrews, no meio do gol. Aos 40 minutos, Trapattoni fez sua última mexida: saiu Robbie Keane, entrou Cox. E veio a informação de que a Espanha abria o placar diante da Cróacia, o que colocava os italianos em segundo lugar no grupo. Aos 42 minutos, Andrews recebeu o segundo amarelo, sendo expulso de campo. Com um a mais, a Itália chegou ao segundo gol. Escanteio batido da direita, Balotelli deu uma belíssima meia bicicleta e estufou as redes de Given. Um belo gol! Mas, apesar disso, a festa italiana ainda não estava completa. Teríamos maiores emoções. Isso porque, se a Croácia empatasse no outro jogo, voltaríamos a ter um empate triplo, só que com as três tendo empatado em 1 a 1 entre si. Com isso, a decisão do grupo ficaria no saldo de gols que cada seleção fez na Irlanda. A Croácia venceu por 3 a 1, a Espanha por 4 a 0 e o 2 a 0 da Itália tiraria a Azurra por conta do número de gols marcados. Sendo assim, tivemos alguns minutos de alta tensão. A Itália partiu em busca do terceiro gol, que não saiu. Mas, a Croácia também não balançou as redes espanholas e a Itália está classificada para as quartas-de-final


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